Os Carolas levam sua arte a todos os lugares

Grupo carioca atua  na Ilha do Governador com a proposta de descentralizar a produção teatral                  Foto: Reprodução Facebook

Rayane Lacerda

 

     No Rio de Janeiro, um grupo de teatro vem recebendo destaque devido a sua forma de divulgar e ganhar a atenção do público. Os Carolas realizam intervenções culturais e urbanas na cidade, reproduzindo cenas com os atores em espaços públicos, tais como as praças próximas aos teatros onde fazem apresentações. É uma ideia sugestiva para os produtores de espetáculos em Pelotas e que enfatiza a importância de projetos semelhantes que vem sendo promovidos por grupos pelotenses.

Ao conversar com Nathália Araújo, 21, uma das atrizes do grupo, pode-se compreender a importância dessas atividades culturais. “Aqui no Rio a cultura do teatro é muito restrita na Zona Sul. As outras áreas mais carentes não têm muitas peças ou coisas do tipo. A gente acredita que essas intervenções são uma boa forma de levar o público ao teatro”, explica.

Além disso, o grupo prova que as pessoas de classes desfavorecidas socialmente gostam de teatro tanto quanto quem possui fácil acesso à arte. Para os artistas, não é somente essencial a ocupação dos espaços culturais com projetos que rendam bastante público, mas que os resultados também sejam uma prova de que a população gosta de teatro e precisa desse tipo de atividade.

Fundação do grupo

A Companhia de Teatro Os Carolas surgiu em 2015 na Ilha do Governador – lado ocidental da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e compreende quatorze bairros da cidade. Com 10 integrantes, descentralizar o incentivo à cultura e à arte é o foco principal. “Queremos elevar a arte insulana [naturalidade da Ilha do Governador] e que venham mais investimentos para a arte da Ilha, que é muito carente nesse quesito”, defende Nathália. E completa: “Todos os grupos artísticos da Ilha têm muita dificuldade de ascensão. Queremos incentivar trazendo recursos de qualidade para eles”.

Dona Carola, a peça em cartaz

 

Espetáculo  é uma comédia sobre relações de um homem com sua mãe conservadora e superprotetora     Foto: Rebecca Rúbia/Divulgação

A atual e primeira peça em cartaz do grupo chama-se Dona Carola e traz como temática principal a convivência de um filho jovem com a sua mãe idosa. É uma comédia voltada para o público adulto, escrita por Aloisio Villar em 1998. O autor, que possui mais de 20 textos teatrais encenados em todo Brasil e Lisboa, resolveu adaptar seu conto para o teatro em 2014, quando foi encenada no interior de São Paulo. A peça usa uma linguagem simples e coloquial, com a intenção de gerar um humor de fácil compreensão. As piadas são baseadas em situações consideradas constrangedoras por um filho que possui uma mãe conservadora, o que gera fácil identificação dos espectadores com a peça.

O grupo também busca reforçar a campanha “Eu quero um teatro na Ilha”, iniciada em 2014 por artistas do bairro preocupados com a cultura local. Segundo eles, a intenção do movimento é “reabrir o Teatro Óperon para uso público, com a ideia de mostrar como é difícil fazer teatro no bairro, devido à falta de espaços, o que dificulta o crescimento de grupos teatrais aqui”. A campanha iniciou após o fechamento da Casa de Cultura Elbe de Holanda devido à falta de verba para manter o espaço. “O diretor Gilberto D’alma, que trabalhava lá, junto com outros artistas da Ilha, deu início à campanha em 2014. para a região voltar a ter um espaço cultural com cursos de teatro, pintura, etc.”, explica Nathália.

Carla, a nora de Dona Carola

Nathália Araújo interpreta personagem Carla que causa indignação do público Foto: Reprodução/Facebook

Nathália fala com orgulho de sua personagem na peça. Ela explica que interpreta a nora de Dona Carola, namorada do Henrique, seu filho. “É uma figura bem geniosa e com personalidade forte, muito decidida. Gosto muito de fazer este papel. Sinto que o público sente raiva do jeito dela e gosto de conseguir causar isso, mesmo sem ser a personagem principal”, expressa. 

Ela destaca os resultados positivos que está percebendo no decorrer de todas as apresentações já feitas: “A experiência está sendo ótima! É a primeira peça adulta, com um cunho mais sério, então estou amando. É ótimo estar em uma peça que está fazendo sucesso, pois pretendo estudar artes cênicas e ser atriz”, compartilha Nathália.

O objetivo de expandir o teatro para as zonas periféricas também faz com que ela se interesse cada vez mais pelo ramo. Ao final da conversa, ela afirma que pretende, um dia, abrir um teatro de qualidade e reconhecido na Ilha do Governador.  

 O dramaturgo

Aloisio Villar acompanhou no teatro primeira apresentação da peça Foto: Arquivo Pessoal

Aloisio Villar, escritor da peça, iniciou a sua carreira artística como compositor de escolas de samba aos 20 anos de idade. Com seu texto em formato de peça em cartaz, ele compartilhou suas inseguranças e como foi o seu processo de escrita em 1998, ano em que teve a criatividade de produzir o texto Dona Carola. Inicialmente, esses contos foram publicados no site Ouro de Rolo entre os anos de 2012 e 2014. Quando questionado sobre a sua inspiração, comenta que foi motivado pelo filme Contos de Nova York, de Woody Allen, “em que uma das histórias era sobre uma mãe tão superprotetora que tomava conta da vida do filho mesmo depois de morta”.

Dona Carola surgiu em formato de conto até o escritor reencontrar a sua obra em 2014 e decidir transformar em peça teatral. Dois amigos foram os primeiros a conhecer a peça e aprovaram o conteúdo. “Insegurança sempre tem, eu tive mais no começo até dominar o texto, os personagens”, lembra sobre o início da sua adaptação para o teatro. E como ele fez para superar tais inseguranças? Respeitando o seu próprio tempo de produzir arte. “Com algumas cenas consegui pegar o jeito dos personagens e deixei que eles conduzissem a história”, explica.

Sobre as diversas reações durante as apresentações da peça, ele deixa uma linda frase: “A lágrima e a gargalhada são das maiores emoções humanas”.

Outras duas peças serão apresentadas por meio da parceria de Aloisio com o grupo Os Carolas, que se chamam Confissões de uma velha senhora e Folhetim. Villar afirma que a intenção é levar essas peças para outros teatros do Rio de Janeiro, assim como dar continuidade à proposta de descentralização da arte. Cada vez mais a arte busca alcançar todos os espaços e todos os públicos.

Links importantes

Blog do autor da peça

Fanpage do grupo Os Carolas

Site onde o conto foi publicado

Ficha Técnica

Texto: Aloisio Villar

Direção, maquiagem, arte gráfica e sonoplastia: Johnny Lima

Produção: Jeane Fontes

Figurinos e cenário: Cia. Os Carolas

 

Operador de som: Danny Ferre

Elenco:

Aleson Araújo

Maz Braian

Arthur Khalil

Nathália Araújo

Andreza Oliveira

Jeane Fontes

Johnny Lima

Loyana Borges

Filipe de Souza

Victor Veiga

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Grafite colore paisagem de Rio Grande

“Arte na Parada” já contemplou dezenas de abrigos de ônibus da cidade  com desenhos expressivos

 

     Marina Fagundes

     Cada vez mais, ao caminhar pela cidade de Rio Grande, podemos identificar a presença dos grafites. A arte que colore e traz mais beleza à paisagem do município pode ser vista em lugares como muros de escolas, pontos de ônibus e nos muros dos pavillhões do Porto.

Reafirmando a receptividade da cidade a este tipo de manifestação artística, Rio Grande recebeu o encontro “Meeting Of Styles” (MOS),  quando foram convidados cerca de 50 artistas com objetivo de criar um painel que demonstrasse a diversidade do grafite. O painel foi criado nos muros do Porto de Rio Grande, em um final de semana cheio de cor e repleto de atividades como apresentações de dança e de Dj’s.

O MOS consiste num encontro internacional de artistas da arte urbana que vem sendo realizado há 15 anos, com início em 2002. De acordo com os dados divulgados no site oficial do enconto, cerca de 250 edições já foram realizadas, sendo cinco delas no Brasil e três dessas no Rio Grande do Sul.

Além desse evento, durante esse ano outras atividades envolvendo o grafite foram realizadas em Rio Grande, entre elas, o projeto “Arte  na Parada”, promovido pela Prefeitura de Rio Grande com objetivo de oportunizar espaços de trabalho para os artistas locais.

Mesmo com pouco tempo de existência, o “Arte na Parada” já contemplou dezenas de abrigos de ônibus com o grafite. De acordo com o prefeito Alexandre Lindenmeyer, pretende-se continuar o projeto no ano que vem, com aberturas de novos editais. O “Arte n Parada” foi indicado ao Prêmio MuniCiência, iniciativa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que recoonhece práticas e projetos inovadores realizadas pelos municípios.

O projeto irá concorrer com outras 29 iniciativas realizadas por cidades de todo o País. Os cinco municípios vencedores terão seus trabalhos apresentados durante a XXI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios,  publicadas nos Guias de Reaplicação da CNM e ainda irão participar de uma viagem internacional para compartilhar experiências.

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Game of Thrones e o seu sucesso permanente

Sara Carulina Silva da Rosa

      Game Of Thrones… É muito provável que você já tenha ouvido falar esse nome. GOT, como é conhecida pelos íntimos, é uma das séries de maior sucesso dos últimos tempos e a mais popular da história do canal HBO. É baseada na saga de livros de fantasia épica “As Crônicas de Gelo e Fogo”, do escritor George R.R. Martin. É uma série de televisão norte-americana criada por David Benioff e D.B.WeissGame of Thrones é filmada no Canadá, Croácia, Islândia, Malta, Marrocos, Espanha, Irlanda do Norte, Escócia e nos Estados Unidos.  A primeira temporada da série estreou em 17 de abril de 2011 e. até agora, sete temporadas já foram exibidas. Segundo a HBO, a oitava temporada será a última.

A História

O enredo acontece em um mundo ficcional (Westeros), em uma espécie de Europa Medieval e conta a história diária de famílias, conhecidas como “casas”. Todas as histórias vividas se baseiam em uma frase muito famosa dentro e fora da série: “Winter is coming” – o inverno está chegando. Essa afirmação se refere a uma característica importante que permeia todas as decisões e narrativas: as estações são muito intensas – o verão é muito longo e quente, mas quando chega o inverno, ele é muito frio e muito mais duradouro (corresponde a anos). A narrativa, com o passar dos episódios se desenvolve em muitas histórias de ódio, sangue, morte, vingança, maldade, traições e conflitos. Tudo com o objetivo de chegar ao pódio: ocupar o Trono de Ferro de Westeros (símbolo do poder absoluto) e assim comandar os sete reinos.

Westeros é um continente formado por Sete Reinos e uma área não mapeada ao norte, separada do resto do reino por uma parede de gelo, conhecida como a Muralha, que é vigiada pela Patrulha da Noite. Os Sete Reinos foram conquistados por Aegon I, que invadiu com seus dragões e conquistou seis das sete nações independentes, tornando-as governadas pela Casa Targaryen, porém cada região permaneceu sob o controle de uma das casas mais importantes. São quatro as “casas” principais:

– Baratheon, composta por Robert Baratheon (Rei do Westeros, ocupando o Trono de Ferro), Joffrey, Tommen e Myrcella, filhos do Rei; Stannis Baratheon e Renly Baratheon, irmãos do Rei;

– Lannister, composta Tywin Lannister; Cersei Lannister, filha de Tywin e casada com Robert Baratheon – consequentemente Rainha do Westeros; Jaime Lannister, filho de Tywin; Tyrion, filho de Tywin.

– Stark: Eddard Stark; Catelyn Stark, esposa de Eddar; Robb Stark, Sansa Stark, Arya Stark, Brandon Stark e Rickson Stark, filhos de Eddard e Catelyn; Jon “Snow”, filho bastardo de Eddard Stark

– Targaryen, composta por Viserys e Daenerys Targaryen.

Por que GOT faz tanto sucesso?

Uma série que caiu no gosto mundial. Nos lançamentos de novas temporadas e episódios, milhares de pessoas ao redor do mundo param, ansiosos, pra descobrir novos fatos e os desdobramentos dos conflitos, sempre muito intensos, de GOT. Mas por que Game Of Thrones se tornou tão famosa? Listamos abaixo os três principais motivos:

– Super Produção: Há um consenso em comum entre todos os fãs e até mesmo entre aqueles que conhecem pouco sobre a série: é uma megaprodução. As cenas são dignas de grandes premiações, com efeitos especiais incríveis e os personagens muito bem coreografados, em sintonia com a equipe de pós-produção.

– Temas Polêmicos: GOT é feita de temáticas polêmicas. De civilizações pré-históricas e seus costumes, passando por dragões, banalização da morte e das relações familiares, e chegando em incesto. Não há como negar o caráter pesado e problemático que a série evoca.

– Surpresas: A série é recheada de momentos inesperados, portanto não se apegue a nenhum personagem. Todos eles, sejam principais ou coadjuvantes, em algum momento da série, podem morrer. E não necessariamente será no final de uma temporada.

Além dos fatores citados, há uma grande influência das redes sociais. Devido a grande presença da tecnologia e as oportunidades de discussão que ela propicia, GOT ganha muito espaço. Durante as exibições dos episódios, que são feitas uma vez por semana, durante o período da temporada, as redes sociais ficam cheias de fãs da série, que por meio de seus perfis discutem e expõem suas alegrias, decepções e expectativas com a série. Pode-se observar também que GOT atrai um público de diferentes idades, desde adolescentes até a terceira idade, e isto se dá devido a grande heterogeneidade de personagens e temáticas que a série mostra.

Não há como negar que Game Of Thrones é um sucesso. Estreou em 2011 e sete anos após ainda segue atraindo fãs e se mantendo no topo de séries mais assistidas e comentadas. A oitava temporada está prevista para o mês de abril de 2018, segundo divulgou a HBO. Se você gostou da série e quer adentrar nesse mundo diferente, as vezes ilógico e bizarro para as mentes humanas, separamos o trailer oficial da série, lançado em maio de 2011.

 

 

Ficha Técnica:

Criadores: David Benioff e D.B. Weiss

Baseado em: (título original) A Song Of Ice And Fire – de George R.R. Martin

Gênero: Fantasia / Drama

Primeiro Episódio: 17 de abril de 2011

Duração dos Episódios: 50-80 minutos

País de Origem: Estados Unidos

Personagens / Elenco (Lançamento – 1ª Temporada):

– Sean Bean > Personagem: Lord Eddard “Ned” Stark

– Peter Dinklage > Personagem: Tyron Lannister

– Kit Harington > Personagem: Jon Snow

– Emilia Clarke > Personagem: Daenerys Targaryen

– Lena Headey > Personagem: Cersei Lannister

– Nikolaj Coster- Waldau > Personagem: Jaime Lannister

– Sophie Turner > Personagem: Sansa Stark

– Maisie Wiliams > Personagem: Arya Stark

– Ian Glen > Personagem: Jorah Mormont

– Michelle Fairley > Personagem: Catelyn Stark

– Mark Addy > Personagem: King Robert Baratheon

– Aidan Gillen > Personagem: Lord Petyr “Littlefinger” Baelish

– Harry Llord > Personagem: Viserys Targaryen

– Isaac Hempstead > Personagem: Bran Stark

– Richard Madden > Personagem: Robb Stark

– Jack Gleeson > Personagem: Prince Joffrey Baratheon

– Alfie Allen > Personagem: Theon Greyjoy

– Rory McCann > Personagem: Sandor Clegane

– Jason Momoa > Personagem: Khal Drogo

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O Cavaleiro dos Sete Reinos: história e fantasia

Em capa dura o Cavaleiro dos Sete Reinos chegou ao Brasil pela editora Leya     Foto: Kímberlly Kappenberg

           Kímberlly Kappenberg

      O Cavaleiro dos Sete Reinos – Histórias do Mundo de Gelo e Fogo reúne três novelas escritas pelo norte-americano George R. R. Martin, autor das famosas Crônicas de Gelo e Fogo que deram origem a série de sucesso do canal HBO, Game Of Thrones. Publicado no Brasil em 2014 pela editora Leya, o volume de 416 páginas acompanha as aventuras de Dunk e Egg – um cavaleiro andante e seu escudeiro – 90 anos antes do início da aclamada série.

A premissa do livro se assemelha ao filme Coração de Cavaleiro (2001), protagonizado por Heath Ledger, onde um cavaleiro andante desconhecido e no fim de sua carreira morre, deixando seus pertences, armadura e cavalo para o escudeiro de origem humilde, que acaba tomando seu lugar nas competições. É o que acontece com Dunk, que alcunha para si o nome de Sor Duncan, o Alto, após a morte de seu mestre e passa a viajar os Sete Reinos à procura de sustento, na companhia do menino Egg.

Com justas, duelos e cavaleiros de armadura, as histórias poderiam muito bem ter se passado em uma Inglaterra medieval, mas o continente fictício de Westeros é o cenário das novelas O Cavaleiro Andante, A Espada Juramentada e O Cavaleiro Misterioso. Além da semelhança com a Idade Média, a narrativa conta com conspirações para a tomada do trono e um retrato do que pode se assemelhar a vida feudal neste mundo fantástico.

George Martin: criador do mundo fantástico dos sete reinos        Foto: Creative Commons/Gage Skidmore

Em O Cavaleiro dos Sete Reinos, as histórias são contadas unicamente pelo ponto de vista de Dunk, ao contrário das Crônicas de Gelo e Fogo em que cada personagem narra um capítulo intercalado, o que facilita a fluidez da leitura. Dentro do cânone do autor, O Cavaleiro dos Sete Reinos representa para as Crônicas de Gelo e Fogo o mesmo que o livro O Hobbit, de J. R. R. Tolkien, dentro da saga O Senhor do Anéis: um livro mais contido, de estrutura simples e que pode ser introdutório a esse mundo fantástico, sem que os leitores necessariamente tenham lido as demais obras, explicando um pouco do passado histórico do universo ficcional.  

Essa comparação não é por acaso. As novelas, que começaram a ser publicadas por George R. R. Martin em 1998, assim como os outros cinco livros das Crônicas de Gelo e Fogo (A Guerra dos Tronos, A Fúria dos Reis, A Tormenta de Espadas, O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões) têm grande influência de J. R. R. Tolkien, um dos autores favoritos de Martin, o que se reflete em nomes de personagens, criação de povos e culturas. Outras obras comparadas as Crônicas de Gelo e Fogo são Harry Potter, de J. K. Rowling e As Crônicas de Nárnia, de C. S. Lewis.

Os protagonistas e sua relação com personagens conhecidos

Personagens Dunk e Egg no traço do ilustrador Gary Gianni                     Foto: Divulgação/George R. R. Martin

O jovem Egg no futuro se torna o rei de Westeros, conhecido como Aegon V, o Improvável – ele recebe esse nome por ser o quarto filho de um quarto filho, cujas chances de ascensão ao trono seriam improváveis, e por essa razão que ele vivia com Dunk. Aegon (V) Targaryen é o avô da personagem Daenerys Targaryen, uma das grandes protagonistas das Crônicas de Gelo e Fogo. Ele também é o irmão mais novo do Meistre Aemon Targaryen, que vivia no norte, com Jon Snow na Patrulha da Noite, no início da saga.

Quanto a Sor Duncan, o Alto, mesmo que sua família e sobrenome sejam desconhecidos, George R. R. Martin divulgou em uma convenção de fãs realizada nos Estados Unidos em 2016 que ele seria um antepassado da cavaleira Brienne de Tarth. O autor não deu mais detalhes sobre o parentesco, apenas confirmou uma das suposições que os leitores mais ávidos já sustentavam, baseados tanto no porte físico de Dunk e Brienne, quanto nas semelhanças de suas jornadas. No futuro, Sor Duncan acaba se tornando comandante da Guarda Real durante o reinado de Aegon V.

Outro personagem conhecido das Crônicas de Gelo e Fogo que aparece em O Cavaleiro dos Sete Reinos é Lorde Walder Frey, responsável pelo Casamento Vermelho – um dos episódios mais marcantes tanto da série Game Of Thrones, quanto dos livros, onde houve um massacre contra a família Stark. Na novela O Cavaleiro Misterioso ele ainda é uma criança pequena, que acompanha o pai num banquete de casamento (irônico, não?).

As Crônicas de Gelo e Fogo

Lançada em 1996 e composta por sete livros, dos quais cinco já foram publicados – A Guerra dos Tronos, A Fúria dos Reis, A Tormenta de Espadas, O Festim dos Corvos e A Dança dos Dragões – as Crônicas de Gelo e Fogo acompanha os conflitos relacionados ao poder no continente fictício de Westeros, que envolvem quatro famílias principais: Stark, Lannister, Baratheon e Targaryen. Grande parte da narrativa é inspirada nas Guerras das Rosas, que opuseram as famílias inglesas York e Lancaster.

No Brasil o primeiro volume do cânone de George R. R. Martin só chegou em meados de setembro de 2010, através da editora Leya, cerca de sete meses antes da estreia da série de TV baseada nos livros, Game Of Thrones, que atualmente detém o recorde de série mais assistida da história e cuja temporada final deve estrear na metade de 2019.

Sobre o autor e sua obra

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A cena eletrônica em Pelotas

A dupla de DJs João Vitor Oliveira e Pietro Rocha de Castro criou o projeto Gorillowz         Foto Divulgação

Carolina Ávila

     Engana-se quem acha que o Brasil é somente o país do samba, sertanejo, bossa nova e funk. Outro gênero vem ganhando cada vez mais destaque: a música eletrônica. Ela está conquistando cada vez mais espaço no País e no mundo. São diversos artistas nacionais e internacionais consagrados que fazem sucesso com o som eletrônico, que possui uma batida bem peculiar, diferente de qualquer outro ritmo, e que escolheram o Brasil como rota das suas turnês.

Aqui no País, existem centenas de festivais que celebram a música eletrônica e que reúnem milhares de admiradores e fãs do som de batida única, animado e cheio de personalidade. Entre eles, Tomorrowland, Ultra Brasil, XXXperience e Warung Day Festival são os mais conhecidos dos apaixonados do som eletrônico. Estes festivais recebem os principais DJs – artistas responsáveis por reproduzir as composições e músicas – para animar o público alvo destes eventos. Nomes conhecidos como MatinGarrix, Dimitri Vegas e Hardwell já passaram por aqui e detonaram em suas apresentações. Mas o Brasil também tem seus DJs reconhecidos, como VintageCulture, Alok, Gustavo Mota, entre outros.

Em Pelotas não poderia ser diferente, a cena eletrônica ganha cada vez mais espaço e o número dos seus adeptos vem crescendo de forma gradual. Um dos estilos mais predominantes na cidade é o psy trance, que surgiu em Israel, tem uma batida rápida entre 132 e 200 batidas por minuto (bpm) e chama atenção pelo grande público presente nos seus eventos. As festas raves atraem pessoas de diversas partes da região sul e colocam Pelotas como uma das principais cidades que propaga a cena eletrônica no Estado, trazendo artistas nacionais e internacionais.

Nesse boom da música eletrônica, surge em Pelotas também um novo projeto que tem o objetivo de elevar o status da cidade em relação à produção de festas do gênero, a marca Hoax. Idealizada pelos empresários Mariane Oliveira e Marcelo Zanotto, está por detrás de eventos em que o som predominante vai das vertentes da housemusic ao Techno. Ao longo das edições, este novo conceito e estilo de som ganha um maior número de apreciadores. A empresária Mariane Oliveira conta entusiasmada que a Hoax planeja novas parcerias com festas renomadas – inclusive já possui com a nova casa de shows da cidade, a Skye Beach Club (Avenida Adolfo Fetter 3100) – e uma pequena tour com a HoaxOn The Road.

Além dessas produções de eventos e festas do gênero eletrônico, a cidade de Pelotas também é protagonista no surgimento de novos artistas do ramo. Alguns nomes como Blazy, Gotinari e Aurora Vortex surgiram aqui e já são destaques em âmbito internacional. A dupla de DJs João Vitor Oliveira e Pietro Rocha de Castro criou o projeto Gorillowz e vem se destacando não só em Pelotas como em outras cidades da região com o seu estilo de som, o Low. Iniciado na metade de 2016 o projeto da dupla teve referências de artistas locais como Blazy, responsável por ensinar alguns macetes da produção de músicas. Eles contaram em entrevista que sempre gostaram do som eletrônico e que cada um possuía seu projeto, mas decidiram se unir e assim surgiu o Gorillowz, que busca reconhecimento para além das fronteiras de Pelotas.

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Crítica: Segunda temporada de Stranger Things

Mariana Florencio

     Stranger Things, série produzida pela Netflix, foi um dos maiores sucessos do streaming on-line em 2015. Agora, a série de ficção científica e terror que trouxe os anos 80 de volta à moda, voltou para sua segunda temporada. Dirigida e produzida pelos irmãos Matt Duffer e Ross Duffer, co-produzida por Shawn Levy, a segunda temporada não decepcionará os fãs.

A primeira temporada deixou muitos questionamentos aos telespectadores, assim como um grande sentimento de nostalgias pelos anos 80. Após a explosão de Eleven (Millie Bobby Brown) junto ao Demogorgon e o resgate de Will (Noah Schnapp) do mundo invertido, os destinos dos personagens ficaram incertos e em aberto. Então começamos a segunda temporada de volta à cidade de Hawkins, exatamente um ano após os acontecimentos da primeira temporada.

Will tenta seguir normalmente sua vida com a ajuda de seus amigos Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo) e Lucas (Caleb McLaughlin), embora ainda sofra com as visões do mundo invertido, que ao longo dos primeiros capítulos se tornam mais frequentes. Cabe ao xerife Hopper (David Harbour) resolver o mistério que toma conta da cidade, quando diversas plantações começam a apodrecer do dia para a noite.

Assim, mergulhamos na nova trama da série, que pode ser dividida em três grandes blocos. No começo são respondidos alguns ganchos, reencontramos os personagens e a nova história se inicia. Na segunda parte vemos o desenrolar e as complicações do novo mistério e, por fim, na sua parte final, ela é resolvida. A série, então, constitui-se como um longo filme de nove horas que os fãs imergirem no universo científico da trama.

Porém a verdadeira paixão do público pela série está em seus personagens. Novamente somos agraciados pela ótima interpretação dos atores juvenis, que dão a leveza e a alma para a produção. Assim como a interpretação espetacular de Winona Ryder, mãe de Will. Todos os personagens ganham novos rumos, ações e núcleos que são muito bem desempenhados pelo elenco. Novas aquisições, como os irmãos Max (Sadie Sink) e Billy (Drace Montgomery), encontram espaço e trazem uma atmosfera mais real e palpável.

Após as apresentações iniciais, nos encontramos novamente em volta do grande mistério: o laboratório de Hawkins. Agora o Dr. Owens (Paul Reiser), tenta limpar a bagunça deixada pelo Dr. Martin Brenner (Matthew Modine), assim como ajudar Will a superar e ultrapassar seu passado com o mundo invertido. Porém, a tarefa não será fácil, com novas ameaças surgindo do fundo dos corredores do laboratório.

Em outro aspecto, ressurge Eleven. Nessa temporada, seu foco será em descobrir seu passado e suas origens. Como qualquer adolescente ela passa por momentos difíceis, ainda tendo que lidar com seus poderes. Em seu episódio solo – “A irmã perdida” – ela vai em busca de resposta e acaba encontrando alguém de seu passado, que poderá ajudar a descobrir-se. Esse episódio é muito criticado pelos fãs, que acharam que não havia necessidade dele. Porém, é interessante ver como os personagens podem crescer e desenvolver fora do seu núcleo.

Por fim, a série se foca mais nos relacionamentos dos seus diversos personagens, não havendo um foco principal como na temporada passada – com o desaparecimento de Will. Mas a produção continua firme e estável, desenrolando-se bem em volta de seus mistérios. Enxergamos o crescimento de muitos personagens, o surgimento de novas relações, que vão ser muitas vezes as bases de conflitos. No final, todos eles têm que se juntar de formas imprevisíveis para combater as novas ameaças que surgem de todos os lados. O medo em torno do mundo invertido cresceu, assim como seus personagens.

Stranger Things mantém-se firme e estável na sua segunda temporada, e com ótimas referências aos anos 80 – como os filmes Caça-Fantamas, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, O Exorcista e muitos outros sucessos do cinema, TV, música e games que marcaram a década. Ou seja, é algo muito prazeroso de se ver e suas nove horas passam muito rápido. E o melhor? A terceira temporada já está confirmada! 

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O Tarja Preta de cada dia

Juliano Guerra apresentou prévia de novo trabalho no show Tarja Preta em novembro     Foto: Douglas Dutra

Douglas Dutra

     Só com tarja preta pra sobrevivemos às neuras de nossas cabeças. Dos remédios aos smartphones, acordamos e vamos dormir sedados.

Foi esse olhar cáustico e trágico que Juliano Guerra apresentou na prévia de seu novo trabalho, Neura, no show Tarja Preta, no dia 28 de novembro no Espaço de Arte Daniel Bellora.

Acompanhado de banda composta por Rael Valinhas, Gustavo Oliveira, Davi Batuka e Dani Ortiz, com participações especiais de Bruno Chaves, Miro Machado e Eric Peixoto, Juliano fez uma apresentação elétrica, mas intimista, dando à luz as dez canções que irão compor o álbum, a maioria inéditas.

Sua formação musical mista, que vai das músicas bregas dos anos 80 ao grunge, é evidente nas canções e melodias, que não cabem num rótulo específico e, em vez disso, perpassam os mais variados gêneros, do baião à milonga, com solos de guitarra e castanholas.

Nas letras, a crítica, bastante presente nos trabalhos anteriores, intensifica-se e ataca desde a superficialidade de movimentos políticos conservadores até os textões de Facebook. Além disso, a melancolia das ansiedades e angústias contemporâneas e as neuroses de existir em um mundo de agitação política e cultural.

Se nos álbuns anteriores, Lama e Sexta-Feira, pudemos acompanhar a evolução poética e musical do artista, em Neura veremos o amadurecimento de seu estilo de acidez e sagacidade únicos, que o tornam ímpar na música brasileira atual, acompanhado dos talentos com quem faz parceria.

Neura, de Juliano Guerra, está sendo produzido pelo A Vapor Estúdio e será lançado em 2018 pela Escápula Records.

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A rua é o palco de Bruna Santos

Bruna Santos leva seu trabalho para os mais diversos espaços da cidade               Foto: acervo pessoal 

Mariana Florencio

     O calçadão não é apenas um lugar de compras e de passagem para os pelotenses, mas também referência cultural. Suas quadras e ruas adjacentes se enchem de artistas, fazendo performances das mais diversas artes. Entre essas pessoas encontramos na Rua 15 de Novembro, em frente à agência da Caixa Econômica Federal, Bruna Santos e seu violão.

Muitos artistas procuram o Calçadão e as ruas como espaço para expressar sua arte para um maior número de pessoas. E para Bruna não é diferente. A rua é um palco que permite que o artista mobilize muitas pessoas. Em seu ponto, junto ao artesanato, e afastado dos sons das lojas comerciais, Bruna encanta quem passa com suas músicas acústicas.

A arte, além de bonita, é uma forma de tocar as pessoas, e para a artista essa é sua maior recompensa. “Às vezes as pessoas estão na correria do dia a dia e param, ouvem uma música, desestressam e vão embora. Dizem que dá uma pequena melhoradinha no dia. Já ouvi muito isso. É essa é uma das maiores recompensas do músico.”. Com sua voz e violão ela se sente capaz de mudar o cotidiano das pessoas.

E é exatamente esse contato e reconhecimento com o público que a faz ficar ali. Você entra em contato com sua audiência, além de sua total liberdade de escolher seu repertório. E essa paixão só faz Bruna querer crescer cada dia mais, ela já vive da música, com suas apresentações na rua e alguns shows particulares ocasionalmente. Porém, ela busca evoluir sempre, se profissionalizando e tocando seu projeto artístico como música.

Além de Bruna, vários outros artistas já são reconhecidos e usam as ruas do centro de Pelotas para se expressar. Na próxima vez que passar na correria pelas ruas do calçadão de Pelotas, pare e observe, a arte está em todos os lugares. E se quiser, passa na esquina da Rua 15 de Novembro com Rua 7 de Setembro, a voz de Bruna vai melhorar seu dia.

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A dor da colônia Maciel em três atos

Incêndio destruiu boa parte do Museu Etnográfico

Vernihu Oswaldo Pereira Neto

     Pelotas é uma terra cheia de histórias, lar de diversos povos que foram se juntando para fazer aquela que hoje é chamada de Princesa do Sul. No centro os casarões, ladrilhos e pedras. No entorno a beleza rural das colônias, a simplicidade que enche os olhos a cultura europeia que é vista em cada olho azul, em cada sorriso, em cada fio de cabelo loiro, perdidos no meio dos pampas gaúchos. A história dessas colônias é guardada e contada de geração para geração e organizada em museus. Por isso, a dor tomou conta da Colônia Maciel quando ao acordar viram o telhado de seu museu caído e muitas das peças destruídas.

Em conjunto, a Prefeitura de Pelotas, a direção do Museu Etnográfico da Colônia Maciel e a UFPEL abriram no casarão 6, na Praça Coronel Pedro Osório, no Centro de Pelotas, uma exposição sobre o museu. Inaugurada no dia 28 de setembro, a mostra se estenderá até 2 de abril de 2018. 

Organizada em três atos, rememora ao livro “A Divina Comédia” de Dante Alighieri. No primeiro ato da exposição está uma sala com iluminação fraca, onde encontramos o “inferno” as peças destruídas e perdidas, que não passarão por processo de restauro por terem sido muito danificadas. No ato seguinte o purgatório, onde encontramos das ferramentas utilizadas no restauro e peças que ainda passarão pelo processo de restauro. E por fim, no ambiente mais iluminado do museu vemos as peças já restauradas estamos por fim no céu.

Apenas uma peça permaneceu intacta ao desastre. Por coincidência ou não, a peça sobrevivente foi a imagem da padroeira da colônia Maciel.

A exposição conta com apoio dos estudantes do curso de história da UFPEL que ficam de plantão no museu e com os alunos do curso de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis que são os responsáveis pelo restauro das peças.

Enquanto as peças seguem sendo restauradas, a história vai acontecendo lentamente, na velocidade que as estradas de terra permitem. Na velocidade das águas que cruzam toda a colônia e das lágrimas daqueles que viram uma parte de sua história ser destruída. E a santa padroeira, intacta no desastre, segue protegendo a colônia Maciel. Ali! No fim do Brasil, ao sul da linha do Equador, no meio dos velhos pampas gaúchos, onde o velho e o novo continente se encontram, onde a vida é simples, o tempo passa devagar e as águas emolduram vidas.

Visite o site do Museu Etnográfico da Colônia Maciel.

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Pelotas tem sua 17ª Parada da Diversidade

Público lotou Avenida no início do mês  em evento que celebra a diversidade com música e alegria

Naiara Kasthasmokia

        

     O primeiro final de semana de dezembro foi marcado pela 17ª Parada da Diversidade de Pelotas, que contou com centenas de pessoas que prestigiaram apresentações artísticas. O evento congrega os movimentos sociais e apresenta os concursos Miss Drag e Mister Diversidade. Mais uma vez a edição foi ao longo da Avenida Bento Gonçalves, com o palco de show localizado em frente ao Altar da Pátria.

A Parada Gay já é um evento tradicional na cidade, e fez parte da programação da Semana da Diversidade na tarde do domingo, dia 3 de dezembro. O tempo ensolarado colaborou para o sucesso da programação.

Este ano, a Parada foi organizada pelo Grupo Também, ONG Gesto, Vale a Vida, Núcleo de Gênero da Universidade Federal de Pelotas e o Grupo Juntos. O evento também foi um momento para reforçar a discussão de gênero para as escolas, de acordo com o projeto de lei votado e aprovado por diferença de um voto na Câmara dos Vereadores de Pelotas, que possibilitará às escolas a tratarem sobre gênero dentro da sala de aula. Segundo Marcos Fernandes, um dos organizadores que faz parte do Grupo Também, afirma que a Parada da Diversidade tem um papel importantíssimo para a comunidade LGBT, que precisa mostrar sua identidade para a população. Se diz feliz pela aprovação da discussão de diversidade e gênero a serem pautados nas escolas, dentro do Plano de Educação. Para ele, as crianças precisam muito dessa discussão nas escolas, para serem preparados para a integração social.

Marcos Fernandes ressalta que Parada cumpre papel fundamental para afirmação da comunidade LGBT

Não bastasse a discriminação, a cada 25 horas um homossexual é assassinado no Brasil, apesar de ser um País formado pela mistura de raças e crenças. Segundo dados de uma pesquisa divulgada no início do ano pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), o ano de 2016 foi recorde de mortes LGBT  no Brasil, foi o ano mais violento desde 1970. Foram registradas 343 mortes de janeiro a dezembro do ano passado, fazendo o Brasil ser o campeão mundial na violência contra as minorias sexuais, segundo o Blog do Correio 24 horas.

Movimentos como a Parada da Diversidade de Pelotas possibilitam um espaço de fala para essa camada da sociedade, que muitas vezes não é ouvida e respeitada. Apesar das diferenças das orientações sexuais de cada indivíduo, todos somos iguais e possuímos o dever de respeitar as diferenças do outro, para uma sociedade que preze pela boa convivência entre as pessoas que fazem parte das diferentes camadas da população.

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