Rapper pelotense lança dois vídeos na internet

por Tatiane Meggiato    

O amor pela música levou projeto à aprovação em edital estadual

Lady Dee trouxe paixão pela arte de sua família

Ela foi influenciada pela música desde muito cedo. A percussão e o canto têm sido um legado dos seus pais. Atualmente, com 40 anos, Daiane Moraes, conhecida como Lady Dee, concilia a carreira musical com o trabalho na área dos serviços gerais, que exerce desde os catorze anos. Sobre a sua principal fonte de sustento, Daiane destaca: “Hoje minha renda continua como auxiliar de serviços gerais, ou melhor, faxineira, realmente nunca vivi da música, sempre foi por amor”.

A carreira musical de Lady Dee começou muito cedo como backing vocal (canto de apoio), no final de 1997, em um grupo chamado Mente Aberta, no seu bairro. Quando a proposta acabou, seguiu fazendo participações em outros grupos da cidade, além de projetos paralelos com bandas de pagode, reggae e carnavalescas. Com a aprovação no edital Fundação Marcopolo/ SEDAC RS, que disponibilizou recursos através da Lei Aldir Blanc, a cantora lançou recentemente dois clipes. “Só consegui gravar algo concreto através do edital que me proporcionou realização desse sonho hoje com 40 anos, sendo que estou há 24 anos no rap”, lembra.

Daiane Moraes participou de vários grupos antes de gravar clips

A rapper enfatiza também a dificuldade que várias vezes encontrou pelo fato de ser mulher e negra. Comenta que passou por diversas situações de preconceito e machismo por defender suas ideias. Por conta disso, até passou anos parada e na luta para conseguir alcançar seus objetivos, o que o projeto proporcionou atualmente. “O que eu queria eu consegui, levar leveza e verdade, fazer as pessoas cantarem sem medo de imposições e preconceitos, sem rótulos com letras feitas com alma e coração”.

A música de Lady Dee luta pela liberdade de expressão      Foto: Reprodução Youtube

Seus dois clipes foram lançados há menos de um mês com o apoio do edital e já somam milhares de visualizações.

O vídeo “Nossa trajetória” foi lançado no dia 20 de setembro.

“Cria do Gueto” no dia 28 de setembro.

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Batalha de rimas beneficente Extremo Sul MCs acontece até dia 10

Por Vitor Valente   

Valor arrecadado no evento será destinado à compra de caixas de leite

O projeto Rap Contra o Frio reúne há seis anos artistas da cena cultural de Rio Grande com o objetivo de auxiliar a população carente da cidade. Às vésperas do Dia das Crianças acontece a Batalha de Rimas Extremo Sul MCs. O evento começou no dia 3 e vai até 10 de outubro. São sugeridas doações de R$3,00 através do pix rapcontraofrio@gmail.com. Todo o valor arrecadado será destinado à compra de caixas de leite, que serão distribuídas no Dia das Crianças.

A batalha reúne artistas do Extremo Sul do estado (Rio Grande, São José do Norte, Pelotas, Canguçu, Bagé e Santa Vitória do Palmar) que disputam através dos stories do Instagram com vídeos de 30 segundos de versos livres. O público pode participar votando no freestyle preferido. Além disso, o evento conta com dois jurados que ajudam a definir os vencedores. Os oito temas das batalhas foram sugeridos pelo público. Os artistas selecionados são Daruma Og, Ad Snitram, RD, Gas, Creator, Phul, Miranda e Ipeey.

Chaveamento dos duelos já está definido          Foto: Reprodução/Instagram

André Dizéro, idealizador do Rap Contra o Frio, conta que se inspirou em um festival de grafite para a criação da batalha por stories. “Percebi uma oportunidade de trazer o modelo para a linguagem do rap e criar novas conexões entre os artistas e o público, fortalecendo ainda mais a corrente solidária”, diz André. “O projeto Extremo Sul tomou corpo e hoje faz parte da programação do RCOF”.

A primeira edição do evento foi realizada com beatmakers. “Por ser uma vontade antiga realizar uma batalha da modalidade e por perceber o crescimento do interesse da juventude que busca se inserir no meio musical”, explica Dizéro. “Foi da hora, tivemos muito engajamento e batemos a meta de arrecadações”. A organização fica sob responsabilidade do rapper, que comemora a parceria de longa data e transparente com os apoiadores. A premiação para o campeão inclui troféu Sesc, boné da Made in CDN, beat produzido pelo Tosze Beats, gravação, mix e master pela xLOUD Produtora e um ensaio fotográfico pela equipe da Diretoria de Arte e Cultura (DAC) da FURG.

André Dizéro é rapper, produtor cultural e empresário       Foto/Divulgação: Marcus Negri

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Todo Mundo Odeia o Cris

 

Por Matheus Müller      

Série lançada em 2005 aborda vida de comediante norte-americano

A sitcom americana “Everybody Hates Chris”, que leva no Brasil o título “Todo Mundo Odeia o Chris”, é uma série de comédia lançada no ano de 2005. A produção fez muito sucesso pelo fato de abordar temas e assuntos tão delicados quanto complexos, envolvendo a vida do comediante e ator Chris Rock, que dá nome à série.

As suas gravações foram finalizadas em 2009, com quatro temporadas ao todo. Foi um sucesso tanto nos Estados Unidos, quanto internacionalmente. Atualmente, está sendo exibida pela Rede Record.

A vida do  ator e comediante Chris Rock inspira série de TV    Fotos: Divulgação

A narrativa gira em torno do propósito de contar como foi a infância e a adolescência de Chris. Também envolve personagens ligados às bases de sua formação e de tamanha importância para o fluxo narrativo, como os membros da sua família e o seu melhor e único amigo da escola Greg (Vincent Martella).

Da esquerda para a direita, os principais personagens são a caçula da sua família Tonyia (Imani Hakim), o irmão Drew (Tequan Richmond), o melhor e único amigo branco de Chris, Greg (Vincent Martella), o personagem principal da série que aqui representa Chris Rock (Tyler James Williams), logo após temos a matriarca da família Rochelle (Tichina Arnold), e por fim o pai da família Julius (Terry Crews)

O show fez muito sucesso por aqui devido ao reconhecimento imediato por parte dos espectadores em relação a algumas situações fictícias que ocorrem ao decorrer da narrativa. São momentos cotidianos que compõem o dia a dia de Chris que se parecem muito com o que convivemos aqui pelo Brasil. Daí vem o apreço dos fãs pela série.

A direção teve o mérito de usar o humor na medida exata e nos melhores e mais pertinentes momentos, jamais parecendo algo forçado. É tudo literalmente dosado na proporção ideal para o entendimento dos fatos e para gerar apego aos personagens.

Fãs criaram vínculos com o cotidiano da família de Chris

Que o show de TV foi um sucesso geral todos já sabem, mas o porquê de ter um fim tão repentino não é algo tão conhecido assim. O último episódio da série, lançado no dia 8 de maio de 2009, deixa uma incógnita para o telespectador. A história trata de quando Chris recebe a notícia se passou ou não em sua prova do supletivo, mas, no fim, deixa a resposta em aberto e, desde então, não foram mais lançados novos episódios.

Acredita-se que Chris não teria passado no teste, e com isso havia deixado os estudos para ingressar na vida de comediante. Outro fator crucial para o término da série é que o comediante Chris Rock perdera o seu pai na vida real. Com isso, o tom da série ficaria meio pesado e sem sentido se continuasse a ser produzida.

A escolha de pôr fim à narrativa da série tão amada mundialmente veio pelo consenso por parte dos produtores e do comediante. Mas, mesmo com o fim de “Todo Mundo Odeia o Chris”, a produção segue sendo acompanhada e comentada por parte do povo brasileiro e, assim, mantém consigo os seus fãs de décadas.

O ator principal Tyler James Williams já pediu encarecidamente em diversas entrevistas para que seus fãs brasileiros parem de encher suas caixas de comentários, em suas redes sociais, com apelidos e brincadeiras. Não foi uma reclamação, mas sim um pedido verdadeiro, pois isso já chega a ser caótico comenta ele. Isso apenas demonstra nossa ligação com a série, suas piadas e com as afetuosas interações entre os integrantes da família principal.

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Os Saraivas e amigos gravam série de lives

Por Ronaldo Luis    

A nona apresentação on-line desta temporada da banda aconteceu dia 18 de setembro

                 Grupo contou com participações especiais em todas edições             Imagem: Reprodução

A banda Os Saraivas e amigos, liderada pelos músicos pelotenses Fábio e Felipe Saraiva, seguem apresentando suas lives durante este período de pandemia. Desde o início da série de shows on-line, já aconteceram nove edições. Com sua música, o grupo leva uma mensagem espirituosa de alegria aos seus fãs e famílias. No seu amplo repertório, um dos seus maiores sucessos é a música “Não Perca a Fé”, com uma mensagem especial para este momento.

Com apoio da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, os músicos desenvolveram o projeto de apresentações que também contou com o patrocínio de várias empresas que valorizam as boas iniciativas, entre as quais o Frigorífico Castro, além do financiamento do Sistema Pró-Cultura RS LIC.

Já ocorreram lives com as participações especiais de Amâncio Jorge, Xavabanda e Mateus Almeida. A última apresentação on-line desta temporada foi realizada no dia 18 de setembro, nas dependências do Clube Brilhante em Pelotas.

Cada live exigiu planejamento com detalhes de produção e repertório

Ao falar sobre a construção da continuidade do projeto de shows on-line, o músicos Fábio e Felipe Saraiva comentaram sobre como está sendo este período da pandemia e as dificuldades encontradas. Com o avanço da vacinação, e com a previsão de um controle da pandemia, os músicos locais recomeçam, pouco a pouco, a retornar suas atividades culturais presenciais.

Arte no Sul – Fábio, quais foram os parceiros musicais que abrilhantaram as lives do grupo?

Fábio – Neste final de temporada, contamos com músicos fantásticos que valorizaram muito o nosso trabalho. Tivemos o Tonzinho Farias, na última o Elvis Jukebox, o músico Mapa e seu trombone mágico, o Márcio Jaguarão, também o Vinni Fernandes, entre outros membros da banda.  Esses foram os artistas que participaram das últimas quatro lives.

Arte no Sul – Conta para nós sobre as dificuldades que o grupo enfrentou para conseguir organizar as lives?

Fábio – O maior desafio que tivemos foi ensaiar um repertório novo para cada uma delas. Raramente a gente repetia as mesmas músicas, sempre com temas diferenciados do gênero musical. Tocamos músicas internacionais, pop, samba, MPB, sertanejo, samba raiz, românticas nacionais, sempre com muito carinho.

Arte no Sul – E as músicas âncoras do grupo, fizeram parte do repertório?

Fábio – Claro que sim, as autorais, “Não Perca a Fé”, “Aquele Olhar”, “Sente o Clima” e “Pilantragem”, a gente sempre repetia por ser de autoria da banda. Já as demais músicas, de outros compositores, a gente sempre procurava variar e renovar a programação musical.

Momento especial em agradecimento aos patrocinadores que acreditaram e possibilitaram a realização do projeto Os Saraivas e amigos

Momento especial em agradecimento aos patrocinadores que acreditaram e possibilitaram esta realização 

Arte no Sul – Felipe, qual o maior desafio encontrado?

Felipe – Então, o maior desafio que a gente teve foi o repertório musical, tanto para nós cantores como para a banda. Não é fácil encontrar as músicas certas no universo de talento musical disponível no mercado.

Arte no Sul – Quais são os planos da banda após o encerramento do projeto “Os Saraivas e amigos”?

Felipe – Os planos que já estão sendo programados e ainda não definidos é partir para os shows presenciais, mostrando a evolução do grupo e dando continuidade ao projeto de arrecadação de alimentos para entidades carentes em nossa região.

Os músicos comemoraram o resultado do projeto que deu continuidade ao seu trabalho musical   Fotos: Ronaldo Luis

 

No apagar das luzes ao final da nona e última live da temporada 2021, a equipe técnica emocionada, levou até os últimos minutos a melhor qualidade de imagem, transmissão, sonoridade com profissionalismo demonstrando profundo respeito pelo público que têm prestigiado os shows disponíveis no Youtube (veja os links a seguir).

No dia 18 de junho, na sua quinta live, apresentada no Theatro Guarany, os Saraivas responderam à pandemia mais uma vez com um trabalho sério e de muita qualidade, com a participação de Elvis Junkebox cantando clássicos do rock.

A sexta live ocorreu no dia 23 de julho, no Laranjal Praia Clube, com a participação do sambista Márcio Jaguarão e suas músicas autorais.

Na sétima apresentação, no dia 19 de agosto, o grupo contou com a participação especial do sambista Emerson Nunes.

Na oitava live, dia 5 de setembro, o convidado foi o músico Vinni Fernandes.

A nona e última live aconteceu no Clube Brilhante, dia 18 de setembro, com o convidado Mapa do Trombone e a participação especial de Elvis Jukebox.

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Além de ser fã de “Os Saraivas”, acredito que fizeram um bem, não só à minha família, mas a todas que aproveitaram o momento de estar em casa para curtir música de qualidade.
Ótima pauta!

Graça

Festquilombola celebra a contribuição negra

Por Jéssica Griep Timm     

Evento alusivo a cultura afro-brasileira é realizado em Canguçu

O município de Canguçu possui uma grande diversidade étnica cultural em sua formação. Até os dias de hoje, é possível observar uma forte presença de traços da imigração alemã, italiana, japonesa e africana em seu território. Por essa razão, ao longo dos anos, vêm sendo promovidos eventos para apresentar e valorizar essas culturas, como exemplo, o FestQuilombola.

O Festival da Cultura Quilombola é realizado desde 2014, instituído pela Secretaria Municipal de Educação e Esportes, em uma iniciativa da secretária de Educação da época, a historiadora e ativista do movimento negro, Ledeci Lessa Coutinho. Ela lembra que a ideia do festival surgiu perante a observação da falta de representação negra em eventos escolares no município.

“Não havia um movimento cultural educacional referente à questão da cultura negra em Canguçu. Ocorria o Festival da Cultura Alemã e Pomerana, também a Ciena, que fazia referência à questão do nativismo e havia até abordagens da cultura japonesa, mas nada que fizesse referência à presença e à contribuição dos negros na história e desenvolvimento de Canguçu. E, daí, surgiu a ideia do Festival da Cultura Quilombola, o FestQuilombola”.

O objetivo, conforme Ledeci, é prestar reconhecimento e dar visibilidade à história do povo negro.

“Quando tem um evento da cultura pomerana, por exemplo, as crianças que têm essa origem podem se enxergar na cultura, na indumentária, nos pratos típicos, nas suas danças. E as crianças negras, até então, não tinham esse momento de se reencontrarem com as tradições de seu povo. O FestQuilombola chega para preencher essa lacuna”, declara.

     Discurso de Ledeci Coutinho na segunda edição do FestQuilombola              Foto: Carina Reis

Em sua primeira edição, em 2014, o evento proporcionou às escolas municipais o conhecimento da cultura afrodescendente, através de oficinas de contação de histórias, danças e capoeira. Dimensionou a importância da contribuição do povo negro para a história canguçuense, riograndense e brasileira. Já no ano seguinte, foi realizada a 1ª Mostra Municipal do FestQuilombola, aberta ao público e com apresentações musicais, artísticas e artesanais da cultura negra.

Com grande participação da população, o festival vem mantendo a sua realização de forma anual, na seguinte dinâmica: em um ano de forma interna nas escolas e entidades quilombolas e no outro a realização da Mostra no Ginásio Municipal de Esportes. 

A primeira edição do FestQuilombola  foi um marco para Canguçu           Foto: Carina Reis

As comunidades quilombolas também participam ativamente na formação e preparação das atividades realizadas nas escolas, como protagonistas na construção do conhecimento, momento em que o município cumpre a implementação da lei 10.639/2003, que determina a obrigatoriedade da implementação da história e cultura afro-brasileira em seu currículo escolar.

Para Maica Soares, coordenadora do Núcleo de Etnias, Mulheres, Juventude e Melhor Idade da Prefeitura de Canguçu e integrante de comunidade quilombola, a realização do festival é observada como uma grande conquista.

“Eu falo como quilombola, este evento é um marco histórico nas comunidades de Canguçu. É um evento fundamental para nós mostrarmos as mais variadas formas de contribuição do negro para o Brasil. É uma data para refletir, valorizar e resgatar nossa cultura, que é omitida pela história”.

Além do festival, o município também realiza a Festa da Consciência Negra, na qual acontece em diferentes comunidades, que, atualmente, já somam 16 certificadas pela Fundação Cultural Palmares e espalhadas pelos cinco distritos do município.

As escolas têm participado com apresentações de dança no Festival                     Foto: Carina Reis

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Zombie Johnson soma milhares de visualizações  

Por Fernando da Silva   

Conheça um dos maiores talentos da cena do trap estadual

Zombie afirma força do rap sulista     Foto: Fernando da Silva

O MC pelotense Zombie Johnson soma quase mil ouvintes mensais no Spotify, principal plataforma de streaming da atualidade. No seu canal no YouTube são 73.929 visualizações. Em feats, nome dado às parcerias entre dois rappers,tem música com mais de 500 mil visualizações.

Zombie é o nome artístico de Vitor Barcelos. Ele transita com facilidade entre o Rap e o subgênero Trap e é conhecido por ser um dos mais versáteis da cena.

Em 2010, morador do bairro pelotense Dunas, começou cantando em cultos na igreja e teve o seu primeiro contato com o rap. E, de lá pra cá, nunca mais abandonou o microfone. Já no ano de 2013, fez parte do seu primeiro selo musical.

Hoje, aos 26 anos, Vitor Barcelos projeta mais, ele quer o topo do trap nacional e das plataformas de streaming. Para isso, Zombie estudou muito sobre o cenário musical: “Nós vamos correr, colocar mais planejamento, que é algo que eu não tinha antes, mais investimento, estudar mais mercado diariamente pra nos colocarmos no topo das paradas, assim como os artistas do nordeste, sudeste e nem digo em alcançar, digo em superar eles.”

E, para isso, buscou parceria com a produtora de videoclipes Satolep Dirty Films. O artista promete alcançar o que há de mais novo quando o assunto é a estética de clipes, com uma edição mais suja, termo usado para vídeos, com bastante efeitos visuais. Quer chocar não apenas a cena local, mas todo o cenário nacional.   “Parece afrontoso falar isso daqui do sul do sul do Brasil, só que nós temos muito mais força pra chegar do que a galera imagina. E estamos correndo e trabalhando para isso.”

Confira um dos trabalhos do artista neste link.

Clipe “2020” está disponível no Youtube           Foto: Reprodução Youtube

 

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Festividades gaúchas voltam aos poucos ao presencial

Por Vitória de Góes    

Semana Farroupilha motiva retorno gradual das atividades nas entidades tradicionalistas

Desde o dia 12 de março de 2020, quando o governo recomendou o cancelamento de eventos devido à pandemia de Covid-19, o Movimento Tradicionalista Gaúcho passou a adiar e cancelar encontros como rodeios, congressos e concursos. Agora, pouco mais de um ano depois, os Centros de Tradições Gaúchas estão retornando com algumas atividades culturais de forma presencial, aproveitando as comemorações da Semana Farroupilha.

A 26ª Região Tradicionalista, composta pelos municípios de Pelotas, Capão do Leão, Turuçu, Arroio Grande e Morro Redondo, realizou seus eventos culturais de forma on-line durante esse período de pandemia. Segundo a 1ª Prenda Regional da gestão 2019/2021, Leticia Conter, apesar de os encontros presenciais fazerem falta, não foi difícil adaptar-se ao virtual. Desde o início, as entidades passaram a organizar lives e ações voluntárias, sempre mantendo os cuidados em relação à pandemia. Quanto à expectativa desse retorno presencial, Letícia explica:  “Aos poucos nós estamos retornando. Um exemplo é a distribuição da Chama Crioula, que vai acontecer de forma presencial mas com várias restrições. Então, acredito que gradativamente vamos voltando a ter as solenidades, com algumas medidas, já que os eventos tradicionalistas envolvem pessoas de todo o Estado”.

Prendas e Peões 26ªRT gestão 2019/2021    Foto: Reprodução/Facebook

As festividades da Semana Farroupilha costumam reunir um número significativo de pessoas, principalmente durante os famosos desfiles de 20 de Setembro. Por isso, neste ano, novamente a região optou por não realizar esse encontro na data, o que deverá acontecer é uma carreata com representantes das entidades tradicionalistas. “Esse momento de pandemia também foi uma prova de que a gente não necessita estar dentro do galpão, da entidade, para sermos tradicionalistas e agirmos como tal. Foi uma prova de valores, de amor ao próximo e de respeito, além de uma grande abertura para a juventude que se mobilizou mais”, reforçou Letícia.

Os representantes de duas entidades tradicionalistas de Pelotas, a União Gaúcha João Simões Lopes Neto e o CTG Sinuelo do Sul, falam de como foi passar por esse momento em que as portas dos galpões ficaram fechadas. Também, de como está sendo esse retorno gradual às atividades presenciais.

União Gaúcha J. Simões Lopes Neto

Arte no Sul Como foi o processo de fechar as portas da entidade e ter que dar uma pausa nos eventos culturais e campeiros, mas, ao mesmo tempo, manter os associados envolvidos?

Romualdo Cunha Júnior, Patrão da União Gaúcha (UG)

“Desde 17 de março de 2020, a pandemia interrompeu nossas atividades e conseguinte nos vimos diante um dos maiores desafios do setor cultural de todos os tempos. Na União Gaúcha não foi diferente. Com a interrupção das atividades houve uma baixa em sessenta por cento da arrecadação do associado que deixou de frequentar a entidade através das invernadas artísticas e do público que frequentava nossos eventos que complementavam nossa receita. Por algum tempo, conseguimos manter o associado envolvido com programações e encontros on-line, mas aos poucos o pessoal foi se afastando e o interesse também foi decaindo. O único departamento que permaneceu ativo, mesmo com limitações, foi o campeiro, que continuou frequentando a entidade para o trato diário dos equinos de sua responsabilidade. O futuro ainda é incerto, teremos que fazer um trabalho individual para atrair os associados antigos e nos desdobrar para buscar novos, mesmo sem saber como está o poder aquisitivo das pessoas pós pandemia.”

Arte no Sul – A União anunciou o retorno de algumas atividades como os ensaios das invernadas, como irá funcionar?

Cunha Júnior – “Sim. Desde a segunda quinzena de agosto iniciamos as tratativas com os coordenadores das invernadas da entidade a fim de estimularmos o retorno das aulas de dança, respeitando os protocolos sanitários e os decretos municipal e estadual. Há exemplo de uma tentativa de retorno em fevereiro deste ano, a tentativa de agora foi muito mais positiva, visto que a vacinação avançou e, em fevereiro, não tivemos muita adesão de retorno. A ideia é recomeçar devagar e aproveitar o que resta do ano. No primeiro momento as invernadas Xirú e Adulta já realizaram seus primeiros encontros e a invernada Mirim recomeçará nos próximos dias. A única invernada que ainda não tem data definida é a Juvenil, pois ainda estamos organizando e recrutando os dançarinos. Os ensaios serão, na verdade, aulas de dança. Respeitando o distanciamento, aferindo a temperatura na chegada aos ensaios, uso de máscara, mantendo o local arejado e orientando sempre para proporcionar aulas com segurança.”

Arte no Sul – Quais serão as ações e eventos durante a Semana Farroupilha e como vocês irão realizar de forma que seja seguro para todos?

Cunha Júnior – “As ações que promoveremos dependem ainda do que o decreto municipal permitir. Até o momento estamos ainda na fase de elaboração. Nossa ideia é realizar o acendimento da chama, promover jantares com limitação de público, a tradicional missa crioula e centralizar nossa chama na parte externa do parque, o que nos dará mais segurança ao ar livre. Não faremos nenhum tipo de baile e nossa ideia para o aniversário da entidade é investir nos artistas da casa, estimulando-os a realizarem apresentações no nosso palco, como por exemplo, declamação, intérprete solista, instrumental e talvez algum casal executando danças tradicionais.”

CTG Sinuelo do Sul

Arte no Sul Quais foram as ações da entidade durante 2020 e agora no primeiro semestre de 2021?

Paulo Bastos Jr., diretor do Departamento Jovem do MTG e integrante do CTG Sinuelo do Sul

“A gente teve uma reunião com a patronagem para pensar como adaptar as atividades. Tentamos trazer em questão principalmente não deixar de realizar as atividades, para manter o pessoal ativo, mesmo que de forma on-line. Através de lives, ações sociais e eventos on-line, a gente tentou reforçar a importância da participação do CTG mesmo em tempos pandêmicos.”

Arte no Sul Qual a sua expectativa quanto ao retorno dos eventos presenciais?

Bastos Jr. – A gente sabe que, com a questão da vacina, algumas coisas já começaram a  ser liberadas, mas como o nosso CTG fica dentro de uma escola, que é o Pelotense, e ela não retornou às atividades presenciais, então não temos uma previsão de retorno presencial da entidade também. Mas estamos com a expectativa de que no ano de 2022 nós consigamos retornar.”

 Arte no Sul Quais estão sendo os preparativos da sua entidade para a Semana Farroupilha?

 Vera Lúcia Xavier, Patroa do CTG

“A nossa entidade está se preparando para buscar a Chama Crioula no dia 16 de setembro, em Porto Alegre. Teremos uma apresentação artística em um palco que será montado no Shopping Pelotas e ainda no dia 20 de setembro uma amostra com os trabalhos desenvolvidos pelo CTG, também em um espaço do Shopping. Por conta da pandemia, muitas atividades que desenvolveríamos não poderão ser feitas. Neste momento, tudo ainda será muito restrito.”

Retorno dos concursos culturais

Ainda no feriado da Independência, as Regiões Tradicionalistas realizaram a 51ª Ciranda Cultural de Prendas e o 33º Entrevero Cultural de Peões, definindo os representantes regionais. Confira os vencedores da 26ª Região Tradicionalista:

Daniela Silva Martinez – 1ª Prenda
Rebeca Dias – 1ª Prenda Juvenil
Alice Bergmann – 2ª Prenda Juvenil
Eduarda da Silva – 3ª Prenda Juvenil
Guilherme Henrique Pons – 1º Guri Farroupilha
Juan Vinicius Sichmann – 2 Guri Farroupilha
Rafaela Damasceno – 1ª Prenda Mirim
Mikaela Erben – 2ª Prenda Mirim
João Pedro Vencato – Piá Farroupilha

Imagem: Reprodução Facebook

 

Na sexta-feira, dia 10 de setembro, o MTG anunciou os vencedores da 50ª Ciranda de Prendas Estadual e o 32º Entrevero Cultural de Peões, que irão representar a juventude tradicionalista no período de 2021/2022. Confira aqui a publicação oficial com os nomes e regiões dos vencedores.

Chama Crioula é gerada

Na manhã de quinta-feira, dia 16 de setembro, foi gerada a Chama Crioula Farroupilha da 26ªRT, no município de Capão do Leão. O evento contou com a presença do prefeito Vilmar  Schmitt e da prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, além de autoridades tradicionalistas. A Centelha se deslocará para Pelotas, Morro Redondo, Turuçu e Arroio do Padre. O objetivo é visitar a cidade-mãe, Pelotas, e em seguida todos os municípios que dela se emanciparam.

Solenidade ocorreu dia 16 de setembro      Foto: Reprodução/Prefeitura de Capão do Leão

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“Os artistas estão com sede de palco”

Por Sabrina Borges e William Engel        

Coordenador do teatro de Camaquã João Bolesta e secretário Clayton Dworzecki falam sobre a história do Cine Teatro Coliseu e o tempo difícil da pandemia

O Cine Teatro Coliseu é um dos pontos turísticos de Camaquã. Desde 1987 o teatro já foi palco de diversos eventos, mas desde o dia 11 de março de 2020 parou de receber eventos com público.

No ano de 2019, o teatro recebeu 403 atividades, entre shows, formaturas, sessões da Câmara de Vereadores, palestras, seminários, formaturas, peças teatrais e musicais variados. No ano de 2020, foram apenas três eventos realizados e os demais foram adiados devido à pandemia.

O coordenador do Cine Teatro Coliseu, João Bolesta, falou um pouco mais sobre a história do teatro e o efeito Covid-19 na abertura do espaço. Bolesta contou que o prédio foi construído em 1914, onde funcionou o antigo Cinema Coliseu.

Artista e coordenador do Cine Teatro Coliseu, João Bolesta

Com a morte do proprietário do prédio, a Prefeitura de Camaquã adquiriu o espaço no dia 22 de outubro de 1987. O local foi restaurado e reinaugurado como Cine Teatro Coliseu.

Desde então, o espaço sempre recebeu eventos com público e ver o Coliseu de portas fechadas impactou toda a comunidade camaquense. Bolesta lembrou que os ingressos já tinham sido vendidos quando o espaço precisou ser fechado e um show foi cancelado.

O Cine Teatro Coliseu foi palco de 403 eventos no ano de 2019             Foto: Divulgação/Igor Garcia

O coordenador precisou fazer plantões para atender as pessoas que haviam adquirido ingresso para o evento. Além disso, a manutenção do teatro seguiu neste período, então Bolesta precisava ir frequentemente abrir o prédio para um colaborador fazer a limpeza.

                                    O Cine Teatro Coliseu está há um ano e meio sem receber espetáculos                                             Foto: Divulgação/Prefeitura de Camaquã

João Bolesta  lembrou dos dias em que o local estava “abarrotado” de pessoas, da movimentação e das risadas que sempre eram tiradas da plateia. A tristeza de organizar um espaço que segue sem receber público é ampliada quando ele observa com um olhar de artista que é.

“Por eu ser ator, me coloco no lugar dos profissionais da área da cultura. Não existe cantor, ator sem plateia”, afirmou o coordenador da instituição. “O teatro do mundo parou. Os artistas estão sofrendo mais diante dessa pandemia”, ressaltou o ator, escritor, roteirista e diretor de peças de teatro.

O teatro tem capacidade para 200 pessoas               Foto: Divulgação/Igor Garcia

“Eu me coloco no lugar dos demais artistas, eles foram os mais atingidos”, comentou. O coordenador acredita que em breve as atividades culturais serão retomadas e que, aos poucos, todos vão poder estar de volta aos palcos, emocionando e alegrando as pessoas.

“Os artistas estão com sede de palco, eles vivem de plateia, de espetáculo, eles vivem de show”, comentou sobre o desejo dos atores e músicos em relação à retomada dos eventos.

O secretário do Desenvolvimento, Inovação, Cultura e Turismo, Clayton Dworzecki, relembrou a história do teatro no município. Ele comentou que foi muito triste assumir a Secretaria e receber a casa em um momento delicado como o que vivemos.

 

                Secretário do Desenvolvimento, Inovação, Cultura e Turismo, Clayton Dworzecki                             Foto: Divulgação/ Igor Garcia

“Esperamos que assim que possível a gente possa retomar as atividades no teatro”, afirmou o secretário. Dworzecki informou que, assim que as atividades forem retomadas, ele irão tentar priorizar os shows musicais e teatrais para valorizar os artistas de Camaquã.

“A classe artística foi a mais afetada nesse período da pandemia. A única classe para a qual não foi possível essa retomada gradativa da economia, foi do setor cultural”, afirmou o secretário.

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Laranjal, de verão a verão

Por Ronaldo Luis    

Vida cultural, atrações artísticas nas praias do Balneário e a crise na pandemia

As quatro praias do Balneário do Laranjal estão localizadas a partir de 12 quilômetros de distância do centro de Pelotas. A Colônia de Pesca Z3 é a mais distante, a 29 quilômetros; a praia do Barro Duro, 15 quilômetros, praia do Santo Antônio, 12 quilômetros, e a praia do Valverde, 11.5 quilômetros, onde se localiza o Trapiche, reconhecidamente como a maior atração do Laranjal e atualmente fechado em reforma estrutural. O maior acesso de cidadãos pelotenses e turistas ao Laranjal é durante os finais de semana, momentos em que a praia do Santo Antônio fica lotada pela população em busca de diversão, independente da estação do ano.

            Mesmo no inverno, as praias do Laranjal oferecem alternativas de lazer                      Fotos: Ronaldo Luis

As empresas na área da alimentação das praias do Laranjal atualmente mantêm a cultura musical dentro da segurança protocolar sanitária exigida. Os cuidados continuam enquanto perdurar a pandemia, mesmo com o início da vacinação e a proximidade o fim deste surto. Percorrendo o Balneário, há vários locais que representam um espaço importante para os cidadãos da cidade em busca de entretenimento com suas famílias. 

O calçadão está preparado com bebedouros de água e banheiros químicos em seus dois quilômetros de extensão para caminhadas ao ar livre. Durante o inverno, a estação mais fria do ano, o cidadão praiano mantém rotinas características de inverno, procurando locais fechados que servem os famosos chocolates quentes com cobertura de merengue, devido ao clima frio e chuvoso.

O Calçadão oferece uma excelente alternativa para caminhadas

A moradora do Valverde, Neusa Machado, gosta do silêncio das noites do Laranjal, quando pode então escutar o bater das ondas da Lagoa dos Patos na areia da praia. Mas, especialmente para quem é de fora, além da própria natureza, somam-se as atrações dos bares, restaurantes e promoções artísticas.

Tradicionalmente os estabelecimentos comerciais do Laranjal mantêm eventos culturais disponíveis ao público que é fiel, especialmente no verão. Mas, de acordo com Luiz Eduardo Couto, morador no Balneário Santo Antônio, pouquíssimas atividades culturais são realizadas ao ar livre durante épocas de extremo frio, o que piorou com a pandemia, ainda assolando a região. A própria estrutura física das praias e seus prédios ficaram comprometidos pela depredação natural da maresia e por se encontrarem fechados durante a pandemia.

Luiz comentou que as barreiras sanitárias determinaram a obrigatoriedade do álcool gel e máscaras em toda a rede comercial da praia. Os riscos de aglomerações na praia são grandes aos finais de semana e devem ser acompanhados pelas autoridades.

Trapiche do Laranjal

O Trapiche construído pelo Valverde Praia Clube no ano de 1968, passou por várias reformas estruturais. Sua plataforma com 530 metros recentemente teve sua estrutura comprometida, necessitando de reformas urgentes, que agora estão em plena execução por empresa contratada com essa finalidade.

Atualmente, estão sendo feitas obras de reparos em toda a extensão da avenida Antônio Augusto de Assumpção Jr., como a substituição das luminárias da praia por lâmpadas de led.

Construído em 1968, o Trapiche está atualmente em reformas

Rótula do Chafariz

Junto ao calçadão da orla do Laranjal, que inicia na rótula do chafariz, em frente ao Centro Comercial Mar de Dentro até o Trapiche, existem diversas obras de reparo nos canteiros e calçadão. Assim, o turismo cultural sendo valorizado pela administração pública.   

Nesse mesmo trecho da praia, existem inúmeros bares e restaurantes funcionando, no entanto, apenas algumas empresas promovem shows musicais ao vivo, principalmente aos finais de semana quando existe maior demanda e consumo por parte dos visitantes.

A facilidade de manter estabelecimentos em ambiente ao ar livre da praia permite a produção de eventos patrocinados por empresários com interesse no maior fluxo de visitantes.

As empresas, em pleno inverno de 2021, mesmo estando descapitalizadas em função dos sucessivos decretos municipais fechando o comércio, ainda ousam manter atrações artísticas com músicos locais. 

A Rótula do Chafariz é um ponto de início para o percurso de bares com atrações artísticas

Boteco do Tio Nei

Seu Rudinei, proprietário do Tio Nei, ressalta o valor dos shows musicais

No Centro Comercial Mar de Dentro, localizado na Av. Dr. Antônio Augusto de Assumpção Jr., nº.9347, se encontra o Boteco do Tio Nei, que possui em seu cardápio lanches e salgados feitos na hora, além das diversas marcas de cervejas. O proprietário Rudinei ressalta a importância da manutenção dos shows musicais com bandas locais aos finais de semana. O Grupo Di Boa é contratado para shows ao vivo, e, junto à dupla Pablo e Ronaldo, tem abrilhantado as tardes e noites dos finais de semanas no Boteco.

Atrações artísticas são ingrediente importante no cotidiano do Laranjal

kiColosso

De acordo com o proprietário Márcio, da Padaria e Café Restaurante kiColosso, localizada em frente ao Centro Comercial Mar de Dentro, consta em seus projetos a contratação de músicos locais durante as tardes dos finais de semana. Durante a pandemia, porém, não realizou nenhum evento artístico cultural.

A padaria kiColosso planeja shows após o final da pandemia

Pitbull Pub

O Pitbull Pub fica na praia de Valverde

Já na praia do Valverde, na Av. Dr. Antônio Augusto de Assumpção Jr. nº 8197, se localiza o restaurante, pizzaria e hamburgueria Pitbull Pub, a última empresa a fechar durante as frias noite desse inverno. Empresária e proprietária, Sandra Goularte mantém nesse local o único karaokê disponível na praia.

A Casa dos Artistas, como também a empresa Pitbull Pub é conhecida, tem realizado shows ao vivo com o músico Gutta dos Teclados, estando em seus planos a contratação de outros músicos durante o verão.

 

A empresária Sandra Goularte administra o único karaokê da praia do Laranjal

Satolep Brew Pub

Na mesma praia se encontra, em frente ao “Trapiche”, o bar Satolep Brew Pub, famoso na região por sua cervejaria própria, shows e seleto público voltado para atividades culturais. Momentaneamente se encontra fechado devido a pandemia.

Uma das principais atrações do bar durante os eventos, é a Cervejaria Satolep de fabricação própria, em atividade e com equipamento de última geração. De acordo com o Mestre Cervejeiro Luis Molina, a fábrica atende, além da demanda do bar, diversos pontos de distribuição do seu produto na região Sul.

O Satolep mantém a sua cervejaria própria

 

Devemos ter em mente que manter o devido distanciamento, usar máscaras e álcool gel é indispensável para nossa própria proteção, pois o momento ainda requer cuidados especiais.

Hoje em dia o trânsito não fica mais fechado nas praias do Laranjal, os hábitos praianos voltam pouco a pouco a sua normalidade sanitária. O público começa a frequentar novamente os bares em busca de distração, o que é ótimo para a saúde sociocultural e comercial da comunidade, sempre sob o olhar dos fiscais municipais da saúde, atentos às aglomerações.

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Adorei a matéria, até porque AMO o Laranjal.

Graça

Saudades do Laranjal senti ao ler este conteúdo!!!

Rita Silveira

“Chorão: marginal alado”

Por Julya Bartz Boemeke Schmechel    

Documentário mostra lado polêmico do fundador da banda Charlie Brown Jr.

Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Chorão, foi o fundador e vocalista de uma das bandas de rock mais famosas e amadas do Brasil: Charlie Brown Jr. Lembrado por suas composições marcantes e sua personalidade forte e mandona, o cantor encantava os fãs.  Também tinha um lado marcado por sua generosidade e dedicação com os colegas músicos.

A banda Charlie Brown Jr. nasceu em 1992 e ficou na ativa até 2013, ano da morte de Chorão e também do baixista Champignon. Durante este período, a sua formação mudou algumas vezes e o cantor sempre esteve envolvido em polêmicas, inclusive com outros membros do grupo.

Boa parte da história do cantor e da banda foi transformada em documentário. Com o título “Chorão: marginal alado”, o filme foi lançado em 2019, tem direção de Felipe Novaes e está disponível na plataforma Netflix. Apresenta entrevistas de amigos, familiares e ex-integrantes da banda, que contam histórias da convivência com o cantor, desde relatos de brigas e conversas divertidas, até o seu problema com drogas.

A banda Charlie Brown Jr. passou por maus bocados até estourar no País. No início da carreira, letras pesadas em inglês eram o seu foco. Mas foi por influência de outras bandas brasileiras de rock dos anos 90 que o Charlie Brown Jr. mudou a pegada das letras. Chorão era skatista nato e chegou a alcançar ótimas posições no ranking de campeonatos de skate. E foi, nestes campeonatos, em São Paulo e Santos, que a banda começou a se apresentar. Essa com certeza foi uma parte muito importante da história do Charlie Brown Jr. e, principalmente, do Chorão, mas não ganhou muito destaque dentro do documentário

A banda Charlie Brown Jr. e sua formação original no ano de 1992

 

Com o carisma natural de Chorão e sua energia nas apresentações, a banda começou a alcançar novos patamares. O sucesso foi chegando com força e, assim, os roqueiros começaram a rodar o País, passando mais tempo na estrada do que em casa, fato que o documentário retrata constantemente. E conviver com o Chorão, no fim das contas, não era tão fácil assim. Seu jeito “mandão” era predominante, já que ele era o rosto da banda e fazia questão de participar de cada etapa de produção das músicas, opinando constantemente e sendo rígido caso algum detalhe não o agradasse.

Dentro disso, o documentário apresenta diversas imagens de momentos de fúria do cantor, que já chegou a discutir com o baixista Champignon ao vivo, em um show da banda. Este lado explosivo e estressado de Chorão fica evidente na produção, e é justificado com as viagens e apresentações incessantes da banda. Mas é possível perceber que esse era o objetivo principal da produção dirigida por Felipe Novaes: mostrar o lado humano de Chorão e não só o cantor que todos conheciam dos palcos e programas de TV.

Chorão em um de seus tantos shows que encantavam os fãs

 

O documentário não aborda algumas situações importantes, como a explicação que existe por trás do apelido “Chorão”, mas é preciso levar em consideração o tempo curto para apresentar tantas histórias da vida do cantor. No geral, a produção é bastante esclarecedora e conta um pouco melhor sobre o vício em drogas que acarretou a overdose e morte de Chorão, em março de 2013. A narrativa e a linha do tempo presente no documentário levam para um fim emocionante da produção, que retrata a imagem de Alexandre Abrão da maneira que é vista até hoje: inspiração para jovens, especialmente músicos, que buscam palavras de esperança e conforto através das músicas de Charlie Brown Jr.

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