Poesia de Lobo da Costa em foco

– Reportagem de Patrícia Tanaka –

Houve música, dança e gastronomia no I Sarau Dedo de Moça –

Foto Patrícia Tanaka

Luiza fez uma performance de dança do ventre

O atelier gastronômico Dedo de Moça organizou o seu primeiro sarau que aconteceu no dia 21 de maio. A ideia de Izabel Brum, proprietária do bistrô e criadora do evento, era de reunir várias expressões artísticas em seu espaço. Os artistas podiam se inscrever gratuitamente para fazer as suas performances. O tema principal foi o poeta e jornalista pelotense Lobo Da Costa.
Poesias de vários poetas foram distribuídas e lidas em voz alta. Um varal de poesias de Lobo da Costa foi montado para inspirar as pessoas. Aline distribuiu poesias, e fez a leitura oral para os presentes.

Após a leitura dos poemas, as pessoas se dirigiram para dentro do bistrô para degustar as delícias  vendidas. No cardápio opções invernais, como sopa, chás e brownies de chocolate.

 

 

Um varal de poesias e performances homenagearam o poeta pelotense

Um varal de poesias e apresentações homenagearam o poeta pelotense – Fotos de Patrícia Tanaka

Quem foi Lobo da Costa?

Francisco Lobo da Costa – (Pelotas 1853-1888), que dá nome a uma das principais ruas do bairro Centro de Pelotas, foi um poeta, jornalista e teatrólogo brasileiro. É um dos autores mais expressivos do movimento romântico na literatura gaúcha.
A obra poética de Lobo da Costa foi publicada em jornais, em especial Eco do Sul, Diário de Pelotas e Progresso Literário. Alguns de seus poemas mais conhecidos são: “Isabel”, “Fragmento”, “Sombras e Sonhos”, “Amor”, “Melodias”, “Aquele Ranchinho”, “Os Romeiros da Morte” e “Adeus”.

No sarau, houve uma performance com a apresentação da poesia “A última confissão de Eugenia Câmara”.

A última confissão de Eugenia Câmara

O padre era um tipo venerado,
Mais pálido que o mármore de Carrara;
Tinha os olhos no chão – O seio arfando.

Deserto estava o templo, porém quando
A voz do sacerdote se escutara,
Abriu-se a porta da secreta ara
E um arcanjo de luz passou chorando.

– Crê em Deus, minha filha? – Eu o idolatro.
– De que se acusa, que pecado há feito?
– Meu padre, perdoai-me, eu tenho quatro.

– Credo em cruz! – brada o velho, a mão no peito.
– Amo a glória, o prazer, amo ao teatro,
E Castro Alves morreu por meu respeito.

Serviço:  O atelier gastronômico Dedo de Moça fica na Rua Gonçalves Chaves, n: 3285a, funciona de segunda a sábado das 11:30 às 18:30.

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