Renascença: o famoso samba do Mercado Central de Pelotas

O movimento cultural das rodas de batucada segue trazendo alegria para a região   

Por João Miguel Rico Donini    

 

 

Grupo retomou em 2014 tradição das rodas de samba nos mercados públicos       Fotos: Reprodução/YouTube

 

Um grupo criado de uma forma rápida, sem compromisso, feito porque gostam de estar juntos, o Renascença se tornou referência em Pelotas. Em fevereiro de 2014, houve um concurso para grupos vocais e eles tiveram a ideia de se inscrever. O nome foi decidido em cinco minutos, pois, quando já há algo predestinado, tudo se torna mais fácil. E o concurso acabou sendo pretexto para uma nova ideia de Maninho, um dos integrantes, que disse: “Vamos voltar a fazer o samba no Mercado Central de Pelotas!”. Assim, foi retomada a tradição das rodas de samba dos mercados que ocorrem em várias outras cidades, pois são ambientes cercados de atividades de todos os tipos e de fácil acesso. Assim, foi possível proporcionar acesso ao cidadão pelotense que queria curtir um bom samba.

Eles fizeram a primeira roda. Na segunda, os “problemas” começaram a aparecer, quando faltou gente para tocar e precisaram ir atrás de última hora. Aí perceberam que precisavam de mais pessoas, chamaram e tiveram a sorte de encontrar mais adeptos do samba raiz! Desde então, a história foi se expandindo.

O grupo Rena, como também é conhecido, nunca buscou fazer uma roda de samba para lotar. Eles fazem para eles, regados à alegria, alegria tão grande que contagia a todos que passam!

 

Grupo cultiva a paixão pelo samba de raiz e preza as amizades criadas com a música brasileira

 

Na sua trajetória alguns desafios foram encontrados. Tauê Azevedo, um dos fundadores, comenta: “Nós sempre buscamos incentivar o gosto pelos sambas que nós ouvimos no carro, que são sambas genuínos, do lado b, lado c. Assim, conseguimos trazer as pessoas para o nosso lado, com uma ideia de amizade, de união, com muito sentimento”.

Sempre que há desafios, também há recompensas, Tauê também falou um pouco sobre isso: “A recompensa é juntar esse tanto de gente que é identificada conosco. É ter família, amigos, música boa, poder viver o dia que tem o samba do Renascença, e, quando encerrar o dia, poder ver a repercussão, que sempre tem sido muito positiva.”

O futuro também já está em pauta no Renascença. Há um projeto esperando aprovação pela Lei Paulo Gustavo, em que a ideia é ter uma roda de samba por mês, em lugares históricos de Pelotas. Mas o principal plano é seguir juntos, seguindo com o samba, pois o que mantém o Renascença é isso, a união e amizade, buscando levar alegria a todos, já que, como disse, Darlan, outro integrante do grupo, no making off do DVD do grupo: “A gente é um monte de gente, apaixonado por gente, no mesmo lugar!”

O grupo se apresenta com 10 a 12 integrantes. No dia 26 de fevereiro, em apresentação no bairro Laranjal, estiveram na roda de samba: Robert Veiga, Maurel Duarte, Francisco Teixeira, Xana Gallo, Nei Silveira, Júlio Cavalheiro, Vinícius Tavares, Matheus Goularte, Arcenan Brum, Rodrigo Bandeira, Flávio Júnior e Carlos Henrique.

Contate o grupo pelo Facebook e Instagram e veja um das rodas de samba apresentadas no Mercado Público de Pelotas:

 

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