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  • UFPel aprova a Curricularização da Extensão

    A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) está entre as primeiras universidades do país a implantar a Curricularização da Extensão. A proposta, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), preconiza que 10% da carga horária dos cursos de graduação seja dedicada a atividades de extensão. A regulamentação no âmbito da UFPel foi aprovada pelo Conselho Coordenador do Ensino, da Pesquisa e da Extensão (COCEPE) e reafirma a tradição extensionista da Universidade.

    A proposta é uma materialização da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Com a novidade, a extensão deixa de ser um componente eletivo para tornar-se parte efetiva dos cursos. Como prática reconhecida e avaliada pelas graduações, será determinante na concepção dos projetos pedagógicos.

    Dentre os objetivos da curricularização das atividades de extensão estão a intensificação do contato do estudante com a sociedade em ações relacionadas ao campo profissional de seu curso, instrumentalizando o aluno para a ação cidadã e a transformação social. Fomentar o advento de novos temas de pesquisa e novas metodologias de aprendizagem a partir de vivências criativas e inovadoras com as comunidades também é uma intenção expressa.

    Para a pró-reitora de Extensão e Cultura, Denise Bussoletti, a aprovação é um marco na extensão da UFPel. Além de consolidar o cenário já existente na Instituição, propõe novos desafios, em especial relacionados à articulação com os projetos pedagógicos dos cursos.

    Para o coordenador de Desenvolvimento, Cooperação e Sustentabilidade da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREC), Evandro Piva, com a curricularização todos os estudantes terão a oportunidade de vivenciar a extensão, à qual, até então, o acadêmico aderia apenas se desejasse. “Isso passa a ser algo integrante na formação do aluno e estimula colegiados e núcleos docentes estruturantes a prever formas de participação baseadas nas particularidades de cada curso”, observou.

    Estarão contempladas, por exemplo, ações de impacto em âmbitos culturais, artísticos, educação, geração de emprego e renda, consultorias técnicas, assistência à saúde, inovação e projetos em consonância com as políticas públicas. “Queremos, ainda, provocar novas formas de extensão. E quem ganha é a sociedade de Pelotas e região”, pontuou Piva. Para a pró-reitora, no cenário de desafios crescentes e contexto de crise, a extensão é lugar de pensar e propor saídas. “Uma medida dessas mostra o compromisso da Universidade”, salientou Denise.

    Na avaliação da vice-reitora e presidente do COCEPE, professora Denise Gigante, a resolução é um avanço que deverá contribuir na formação do estudante. “A partir de situações da realidade da população, ele vai estar mais bem preparado para responder de forma adequada”, disse.

    A intenção é que, no futuro, os cursos de pós-graduação possam seguir o mesmo rumo, mesmo sem a existência de necessidade legal, como elemento de inovação.

    A proposta foi fruto de um processo de discussão que ocorreu durante um ano e meio, especialmente junto aos coordenadores de curso, e foi conduzida pelos professores Francisca Michelon, Evandro Piva e Carlos Alberto da Silva.

    Caberá ao colegiado de cada curso de graduação a elaboração de critérios para inclusão das atividades de extensão. O prazo para adequação dos projetos pedagógicos – contemplando a introdução de atividades de extensão nos currículos -, será de até dois anos. A PREC estará auxiliando nesse trabalho.

    Qualificação
    A coordenadora do curso de Pedagogia – Diurno, Maria Simone Debacco, recebeu de maneira positiva a novidade. Segundo ela, é no espaço da extensão que o estudante qualifica seu processo de aprendizagem. Ao mesmo tempo, destaca, a sociedade pode se sentir beneficiada quando a Universidade cumpre seu papel de atender.

    Para a docente, a proposta vem com a possibilidade de discutir as “verdades” do mundo acadêmico, porque o conhecimento produzido extrapola os muros da Universidade e vai à sociedade ser validado. “A extensão qualifica a atuação tanto do professor quanto do aluno”, pontuou.

    Extensão
    A resolução caracteriza as atividades de extensão universitária como o processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre universidade e sociedade, apresentando-se sob a forma de programas, projetos, cursos e eventos.

    A resolução, nº 06/2016, estará disponível em breve na página da Secretaria dos Conselhos.

  • Revista Expressa Extensão abre chamada especial para submissão de ensaios e relatórios

    A Revista Expressa Extensão, periódico semestral da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPEL, receberá propostas a serem avaliadas para publicação nos dois números de 2015 (volume 20, no 1 e no 2 ) com ambos os lançamentos previstos para 15 de maio de 2016.

    Recebimento de propostas: até 15 de março de 2016.

    Edital – Revista Expressa Extensão v.20

    Tutorial – Revista Expressa Extensão

     

  • Programa Vizinhança participa da festa de natal no Navegantes

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    Através da campanha de recolhimento de brinquedos entre a comunidade universitária, a UFPel participou, através do Programa Vizinhança, da festa de natal do bairro Navegantes.

    Os mais de 300 brinqDSC_0275uedos arrecadados foram entregues a Vagner Borges e Elves Beles, que os distribuíram para as crianças moradoras do bairro na festa, que aconteceu dentro do Ginásio do Navegantes no dia 24 de dezembro.

  • Programa Vizinhança promove campanha para arrecadação de brinquedos

    O Programa Vizinhança, programa de extensão da PREC, está promovendo uma campanha para recolher brinquedos que serão distribuídos para crianças do Navegantes I,II e III. As caixas para doação estarão, até o dia 18 de dezembro, no Campus Anglo, ICH, FAUrb, Centro de Artes e Museu do Doce.

    Colabore!!!

    Os brinquedos serão entregues na Festa de Natal, que acontece no dia 24/12 no Ginásio do Navegantes.

  • Secretaria da PREC já recebe crachás de participantes da Bienal

    A Secretaria da PREC informa que até o dia 04/12 (sexta-feira), os participantes das atividades certificáveis da Bienal podem entregar os crachás para a conferência dos inscritos e confecção dos certificados. O endereço para entrega é no Campus Anglo, sala 204.

    Lembrando que para receber o certificado, os interessados deveriam participar de, pelo menos, oito (8) atividades certificáveis.

    Para mais informações, entre em contato via e-mail bienal.ufpel@gmail.com ou por telefone 3225-158545

  • Bienal materializa a Universidade na comunidade e oportuniza novas ações

    Cantoamerica_2A I Bienal Internacional de Arte e Cidadania da UFPel, realizada de 15 a 22 de novembro, materializou a proposta da Universidade de ser cada vez mais da comunidade, todos os dias, através de uma produção coletiva multicultural e interdisciplinar, e criou um espaço de encontro que foi um verdadeiro motor de cultura. Além dos 200 eventos realizados, em toda a cidade e nos campi da UFPel, a Bienal permite, a partir de agora, a sequência de projetos e novas atividades, muitos deles fruto do que foi feito durante a semana. O evento foi uma realização da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Prec) da UFPel.

    “A Bienal concretiza nossa proposta para a UFPel de ser uma Universidade da comunidade, de domingo a domingo, onde se pratique a troca de conhecimento e uma produção coletiva de Ciência, Tecnologia, Arte e Cultura”, festejou o reitor Mauro Del Pino. Para ele, a Universidade não pode ser local de apropriação individual do conhecimento, mas da produção cada vez mais multicultural e interdisciplinar. “E a Bienal colocou tudo isso em prática”, observou.

    O reitor lembra que a partir de agora a Universidade tem seu espaço cultural, a antiga Brahma, destinado a toda a sociedade, que poderá ocupá-lo de forma coletiva para realizar suas expressões artísticas e culturais. Para tanto, a UFPel lançará um Edital de Ocupação do Espaço Cultural, em breve, quando grupos e artistas interessados poderão concorrer para lá atuarem. Em função desta ocupação, a Administração Superior preparará o espaço, com obras de melhorias na ala direita do local e colocação de palco fixo.

    O grande número de ações simultâneas, fruto de esforço coletivo, valoriza a área da cultura na Universidade e a coloca em outro patamar de atividades planejadas, observou a pró-reitora de Extensão e Cultura, Denise Bussoletti. Da mesma forma, recorda a pró-reitora, o modo com que a UFPel recebeu os artistas convidados, de diferentes países, foi destacado. Também os grupos da cidade foram muito beneficiados, lembrou Denise, com as articulações que ocorreram.

    Outro ponto positivo, para a pró-reitora, foi que a Bienal levou eventos a escolas, por exemplo, que nunca tinham recebido atividades desta ordem, e também a locais da Universidade sem tradição mais forte em Arte e Cultura, como o Campus Capão do Leão. “A Bienal espalhou arte, cultura e cidadania por todos os lugares, ao mesmo tempo em que recebeu as expressões e manifestações dos artistas de todas estas comunidades”, comemorou Denise.

    A ideia, agora, disse a pró-reitora, é fazer uma movimentação cultural constante, que potencializará a produção do conhecimento na Universidade. E tudo está intimamente vinculado ao que propõe o Plano de Cultura da UFPel e suas ações, especialmente as das regiões de fronteira e ligadas ao conceito de latinidade. Nesta perspectiva, o Porto das Artes volta em 2016, como evento preparatório da próxima Bienal e como “ancoradouro” das experiências artísticas e culturais até 2017.

     

    Futuro imediato

    Para o coordenador de Arte e Cultura da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, Carlos Oliveira, além de ser um momento de fluxo de trocas e de ampliação de intercâmbio e das relações culturais, a Bienal permitirá e propiciará, a partir de agora, uma série de eventos e participações. A começar pela produtora do Grupo Canto América, da Costa Rica, que ficou em Pelotas para acertar agendas culturais e acadêmicas, e pelo próprio Coral da UFPel, que em função da participação na Bienal representará o Brasil no 28 º Encontro Internacional de Corais, que se realizará em Cusco, no Peru, em outubro de 2016. Também a artista plástica paulista Edith Derdick já programa nova mostra, na Laneira, para os primeiros meses de 2016, talvez em março. O Núcleo de Folclore (Nufolk) participará do Festival Internacional de Folclore e Arte Popular (Fifap), também por conta do trabalho feito na Bienal.

    Além disso, Carlos Oliveira destaca as ações contínuas das caravanas culturais da UFPel nas cidades da região, especialmente as da fronteira, em conformidade com que o programa o Plano de Cultura da Universidade.

     

    Apoio e trabalho

    O reitor considerou como de fundamental importância as parcerias da Universidade com os Ministérios da Educação e da Cultura, através dos financiamentos dados à Bienal. Del Pino ressaltou o trabalho de dezenas de professores e centenas de estudantes na preparação e execução das atividades da Bienal, especialmente os do Centro de Artes, para que o evento fosse realizado com  sucesso.

     

    Fechamento


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    O último dia da Bienal, a exemplo do que ocorreu ao longo de toda a semana, foi de intensas atividades, da tarde à noite. Na região do Porto, onde as atividades estiveram mais concentradas, ocorreram o Picnic Cultural, à tarde, na praça da Alfândega, o Sofá na Rua com todas suas atrações, nos arredores do Centro das Engenharias, entre a tarde e a noite, e o show do percussionista e compositor Ney
    Rosauro e do Programa de Extensão em Percussão da UFPel (Pepeu), já no fim da programação, no Espaço Cultural. Tudo numa sequência de atrações, da tarde até a noite, formando o Corredor Cultural, que inundou a zona do Porto com muita música e cultura, permitindo uma perfeita integração com a comunidade, que esteve presente em todos os locais dos eventos.

    DSC_9655Desde já, o reitor Mauro Del Pino deixou seu convite para que todos participem da próxima Bienal.

  • Siepe realiza entrega de prêmios e comemora sucesso na integração

    DSC_0397O pleno sucesso na integração entre as áreas foi comemorado durante a cerimônia de encerramento da 1ª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Pelotas (Siepe), realizada em setembro na Instituição. A cerimônia, que também foi momento de entrega de premiações e agradecimentos aos participantes, ocorreu no Auditório da Faculdade de Direito, na noite desta terça-feira (24).

    A Siepe congregou o 24º Congresso de Iniciação Científica (CIC), o 17º Encontro de Pós-Graduação (Enpos), o 2º Congresso de Extensão e Cultura (CEC) e o 1º Congresso de Ensino de Graduação (CEG).

    DSC_0269O CIC teve 1.635 trabalhos apresentados, divididos em nove áreas do conhecimento: Ciências Agrárias; Ciências Biológicas; Ciências da Saúde; Ciências Humanas; Ciências Sociais Aplicadas; Ciências Exatas e da Terra; Linguística, Letras e Artes; Engenharias e Multidisciplinar.

    Na noite de encerramento, foram 27 prêmios concedidos pelo CIC , para os três melhores trabalhos de cada área. O primeiro classificado em cada segmento será convidado para publicar um artigo completo no livro da Siepe. Confira os premiados de cada área, com a ordem de classificação, no arquivo  Premiados XXIV CIC com colocações .

    No Enpos foram 800 produções científicas, divididas nas mesmas áreas do conhecimento. Da mesma forma que o CIC, foram 27 premiados e os primeiros em cada área publicarão artigos. Confira os premiados de cada área, com a ordem de classificação, no arquivo  TRABALHOS PREMIADOS ENPOS .

    O CEC recebeu 448 trabalhos, com um destaque por categoria, totalizando oito. Desses, dois foram premiados com Menção Honrosa, Sistematização de Informações Geográficas em Jaguarão, de Vanessa Forneck, e Projeto Quem Luta Não Briga, Taekwondo: da Iniciação ao Alto Rendimento, de Mariana Camargo, e o trabalho Terra de Quilombo: A importância do saber Tradicional e da Agrobiodiversidade para Ações de Etnodesenvolvimento, de Luana Falcão, recebeu o Prêmio de Extensão Aldyr Garcia Schlee. A honraria tem a intenção de reverenciar a trajetória profissional do intelectual, que foi pró-reitor de Extensão, e lança luzes sobre a grandeza do conceito de extensão universitária. Confira no arquivo  Notas-CEC  todos os premiados no CEC.

    Já o Congresso de Ensino de Graduação, por estar em sua primeira edição, foi concebido como um momento de socialização de trabalhos, sem caráter classificatório. O CEG contou com 316 apresentações, todas de práticas elaboradas dentro da UFPel.

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    Em sua fala no ato de entrega dos prêmios, o reitor Mauro Del Pino ressaltou que o sucesso do evento se deveu não somente à reunião dos projetos, mas também a toda uma estrutura institucional existente em serviços na Universidade. E neste sentido, anunciou conquistas que deverão facilitar ainda mais as atividades da próxima Siepe, em 2016. A primeira é o Formulário Único de Registro de Projetos, que entrará em vigor no primeiro semestre do ano que vem. O instrumento unificará os registros dos projetos, não importando se são de pesquisa, ensino ou extensão. O segundo anúncio foi o da instalação, junto à Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento, de um Escritório de Projetos, que atuará na relação com as fundações da Universidade, que apoiam a Instituição no desenvolvimento dos projetos.

    O trabalho de toda uma equipe, formada por servidores de pró-reitorias, de coordenações e de unidades da Universidade foi destacado pelo vice-reitora, Denise Gigante, como fator gerador do sucesso da Siepe. Ela frisou que, após o evento, a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão fica ainda mais fortalecida na Instituição.

    Já o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Luciano Agostini, destacou o avanço que foi fazer o evento, unindo as três áreas, num mesmo local, o que permitiu a perfeita integração entre os pesquisadores, classificando a realização como conquista histórica.

    “A indissociabilidade se faz pelas ações, e a Semana Integrada foi exatamente isso”, assim definiu o sucesso do encontro a pró-reitora de Extensão e Cultura, Denise Bussoletti.

    Para o pró-reitor de Graduação, Álvaro Hypólito, a Siepe provou que a produção do conhecimento acadêmico não tem hierarquia, “vem de todas as áreas”. Lembrou que os trabalhos do CEG, mesmo não tendo tido premiação, foram muito destacados por suas qualidades.

    Homenagens

    Durante o ato, a Coordenação de Relações Internacionais (CRInter) prestou homenagem ao estudante Luciano Motta, por sua liderança na criação da Rede Ciência Sem Fronteiras. Foram homenageados pela atuação na Siepe as Coordenações de Tecnologia da Informação (CTI) e de Comunicação Social (CCS), o SulDesign, a Fundação Delfim Mendes Silveira, a vice-reitora e o reitor e as equipes das pró-reitorias de Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação e Extensão e Cultura.

    Ainda na cerimônia, foram premiadas as duas empresas juniores vencedoras do Pitch realizado no Terceiro Workshop de Empreendedorismo da UFPel. A vencedora foi a Designeria, ficando com a segunda colocação a HUT8.

  • Bienal: Vozes se unem na latinidade

    IMG_2864O Coral da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) foi o anfitrião da sexta edição do Festival Vox Humana, que ocorreu neste sábado (21) durante a Bienal Internacional de Arte e Cidadania da UFPel. O encontro tinha como tema, neste ano, “latinidade”.

    Na abertura, o Coral da UFPel apresentou cinco músicas, todas ligadas à proposta do evento. Com 50 componentes, o Coral da UFPel tem 41 anos de atividades.

    Conforme o regente, o coordenador de Arte e Cultura da UFPel, Carlos Oliveira, a proposta do Vox Humana é valorizar coros com distintas propostas estéticas.

    O grupo convidado da atividade foi o Coro Rapsodia, de Montevidéu, Uruguai. Foram dez músicas do repertório latino-americano apresentados pelo grupo, que trouxe 30 componentes a Pelotas.

    Essa foi a primeira visita do Coro ao município. Os componentes do Rapsodia chegaram neste sábado, quando participaram de uma oficina e da apresentação da noite, e já retornam no domingo. Para o regente, Rodrigo Faguaga, a experiência foi “linda”.

  • Balé Jovem de Salvador apresenta duas obras na Bienal

    DSC_7442Encerrando a parte de Dança da Bienal Internacional de Arte e Cidadania da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o Balé Jovem de Salvador apresentou as obras Na Bahia e Tak. As cores e movimentos de influência baiana tomaram conta do Auditório 2 do Centro de Artes quando os onze bailarinos entraram em cena.

    Na Bahia tinha como ênfase a mobilidade do corpo soteropolitano. Isso foi feito, eDSC_7483xplicou o diretor geral Matias Santiago, a partir de outras áreas do conhecimento e códigos coreográficos que, combinados, são uma surpresa a cada apresentação. A intenção era evidenciar os traços da Bahia, com seu gingado e palavreado característico, seu clima e a cidade de Salvador.

    DSC_7522Já a obra Tak foi baseada no trabalho de Walter Smetak, músico suíço que se instalou na Bahia na década de 1960 para a criação da primeira escola de música e teatro. O Balé Jovem de Salvador transformou em dança aquilo que Smetak experienciava em suas pesquisas, com microtons e silêncios. O corpo dos bailarinos reproduzia os sons e instrumentos do músico.
    DSC_7314Ambas as obras são dirigidas coreograficamente por Santiago e Ana Carla Sampaio, diretora assistente. A primeira data de 2009 e a segunda, de 2014.

    Com um total de 35 bailarinos, o Balé Jovem de Salvador é uma companhia de formação profissional
    independente. Segundo Santiago, uma pedagogia própria é construída a partir da necessidade de cada bailarino. O grupo trabalha, além da dança em si, com
    integrantes desempenhando os papéis de produtores, cenógrafos, figurinistas e outros, que lidam com a dimensão do espetáculo para o palco e além dele.

     

    Experiência e troca
    DSC_7583Além da apresentação da noite de sábado (21), o Balé Jovem de Salvador participou da Mostra de Teatro e Dança de Origem Africana, que foi realizada em Pelotas na sexta-feira, uma oficina e um bate-papo com alunos do curso de Dança da UFPel.
    Essa é a primeira vez que o grupo se apresenta fora da Bahia. Para a bailarina Inah Irenam, 26 anos, a experiência tem sido “encantadora”. Segundo ela, estar em contato com os acadêmicos possibilitou a eles o entendimento das diversas vivências de expressão corporal, licenciatura, técnica, produção e posicionamento político. “Pudemos trocar ideias e ver que embora estejamos geograficamente distantes, temos questionamentos e desejos muito próximos”, avaliou. Entre eles, caminhos na escolha da carreira, pesquisa em dança, referências brasileiras que precisam ser potencializadas, relação entre os cursos de Dança no país e políticas públicas para a área e para o segmento das artes como um todo. “Depois dessa vivência, vamos chegar outras pessoas em Salvador”, disse.