Xavante sai na frente, mas cede empate no jogo contra o Grêmio

Por Elison Bitencourt

O rubro negro continua invicto no campeonato, somando sete pontos com um jogo a menos.

O Brasil vinha para enfrentar o Grêmio, no estádio Bento Freitas, com um objetivo: mostrar ao estado suas reais ambições no Gauchão. Existiria alguma oportunidade melhor para isso, do que uma vitória em casa, contra o Grêmio, sob os olhos de todo o estado, com um futebol de encher os olhos? Pois, quase tudo isso aconteceu, faltou apenas a vitória. Foi por um detalhe, que ameaçou aparecer diversas vezes na partida, que o Brasil não conquistou os três pontos.

Sem título
Casa cheia, xavante avassalador
Empurrado pelos quase 10 mil xavantes que encheram a Baixada, o Brasil não tomou conhecimento da gurizada tricolor e amassou o Grêmio no início de partida. Logo aos quatro minutos, Alex Amado desperdiçava a primeira chance, concluindo uma jogada individual para fora.

Aos cinco minutos, o estádio que não parava de cantar, explodiu. Cleiton fez jogada brilhante e lançou Alex Amado. A zaga do Grêmio afastou parcialmente, deixando a bola sobrar nos pés de Gustavo Papa, que estufou as redes e os corações dos torcedores rubro-negros na baixada. O Brasil abria o placar, em ritmo fulminante.

Brasil, Brasil e mais Brasil

Com o placar a seu favor e a torcida se transformando em um volante a mais, no esquema de Rogério Zimmermann, o Brasil tomou o controle total da partida no restante do primeiro tempo, acumulando chances de gol. Só Gustavo Papa teve quatro oportunidades de ampliar, em cruzamentos para a área. Na melhor chance rubro-negra, aos 36 minutos, Alex Amado aproveitou falha da atordoada zaga tricolor, roubou a bola e chutou muito perto do gol de Follmann.

Xavante peca nas finalizações e não “mata” o jogo

Na segunda etapa, o domínio xavante continuava evidente. A equipe de Rogério Zimmermann, contando com atuações impecáveis de Cleiton e Leandro Leite, dominava o meio campo e criava diversas chances de gol. Mas o torcedor rubro-negro começou a se preocupar com a falta de eficácia nos arremates.

Aos 23 minutos, Alex Amado recebeu passe de Gustavo Papa, livre, de frente para Follmann. O baixinho teve tempo de se enquadrar para o chute, mas acabou finalizando em cima do goleiro gremista, desperdiçando incrível chance.

Na sequencia, aos 24, em lance muito parecido, lá estava novamente Alex Amado frente a frente com Follmann. Mais uma vez o goleiro do Grêmio levou a melhor, impedindo a ampliação xavante no placar.

Quem não faz…

O ditado mais clichê do vocabulário futebolístico resumiu o segundo tempo na Baixada. O Brasil empilhava chances e não conseguia marcar o gol que praticamente selaria sua vitória. Eis que aos 26 minutos, em contra-ataque despretensioso, Felipe Ferreira lança Luan, que cara a cara com Luiz Muller, abusa da frieza ao dar um toque sutil por cima do goleiro e empatar o jogo.

Na primeira finalização do Grêmio na segunda etapa, o Tricolor empatava o jogo, calando o Bento Freitas naquele instante.

Detalhe não dá vitória ao Xavante

O abatimento ficou visível nos jogadores rubro-negros momentos após o gol de empate. Durante alguns minutos, o Brasil perdeu o grande ímpeto ofensivo que teve durante o jogo. Mas, empurrado por sua torcida, o Xavante se reacendeu na partida e teve a detalhes de fazer o gol da vitória.

Aos 42 minutos, Rafael Forster levantou a bola da intermediária, para o miolo da área. Cirilo desviou de cabeça, obrigando Follmann a realizar um milagre no Bento Freitas.

Mas a melhor chance (ou pior), estava por vir nos acréscimos, aos 48 minutos. Márcio Hahn tabelou com Nena e foi derrubado por Guilherme dentro da área. O árbitro Eleno Todeschini assinalou e trouxe a Baixada, mais abaixo ainda.

Na cobrança, Rafael Forster tinha o dever de dar justiça ao placar. Mas o justiceiro falhou. Rafael Forster bateu mal a penalidade, mandou a bola para longe, junto com os dois pontos preciosos que só uma vitória diante o Grêmio podem valer.

Ainda invicto

Apesar do gosto de derrota do empate, o Brasil ocupa a vice-liderança da chave com sete pontos ganhos e um jogo a menos que o líder Inter. “Claro que as circunstancias do empate foram ruins, pelo fato da gente ter jogado melhor e ter merecido a vitória. Porém, vale lembrar que o Brasil está invicto, com sete pontos em três jogos e que conquistou um ponto contra o Grêmio, que a grande maioria das outras equipes não conquistarão”, disse Rogério Zimmermann após a partida.

O próximo compromisso do Brasil é às 20h do domingo, no estádio Bento Freitas, contra o Passo Fundo.


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