Tatuagem: os tabus ainda existentes em 2014

Por Fernanda Flores, Giovanni Branco e Valquíria Stephan

 A tatuagem é uma arte muito antiga, que começou a ser praticada somente com um prego molhado em tinta, sendo batido lentamente com um martelo sobre a pele. Hoje em dia, é feita por máquinas elétricas, cada uma com uma especialidade, e por profissionais experientes.

 Foto: reprodução (http://www.emertattoo.com.br/tatuagens.html)

Foto: reprodução (http://www.emertattoo.com.br/tatuagens.html)

Passou a ser menos vista como uma característica de pessoas “loucas” ou “marginais” e, agora, a tatuagem passa a imagem de cuidado com o próprio corpo, como uma espécie de acessório. Mas aí estamos falando das pequenas, para as pessoas menos corajosas. E os tatuados de corpo inteiro, de tatuagens que tapam as costas ou até um membro, como é que ficam? Dá pra arrumar emprego e viver uma vida normal sem os antigos preconceitos?

Para saber sobre estas e outras questões, entrevistamos um estudante residente em Pelotas, J. S., de 21 anos, que adora tatuagens, tem grande parte do corpo coberto por elas e ainda pretende fazer mais.

Quando perguntado sobre quantas tatuagens tem atualmente, o estudante riu e teve que parar um pouco para contar. Após pensar um tempo, J. S. decidiu que: “Ah, não dá pra contar! É mais fácil dizer que tenho um braço quase completo de tatuagens, outro pela metade, uma no peito, uma na costela, e… 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7. Sete na perna. Ah, e uma na outra perna”. É claro que elas variam de tamanho, sendo uma delas bem grande que chega a cobrir toda a canela e outras tão pequenas quanto um palito de fósforo (literalmente).

E se ele quer fazer mais? É claro! “Não faço planos pra ter várias, mas também não pretendo parar. Penso na próxima, e talvez na próxima da próxima, mas não fico planejando. Se eu gosto de um desenho e tenho grana, eu faço”, disse. E isso, às vezes, significa se arrepender de ter feito: “Eu tinha um símbolo do Grêmio tatuado quando era viciado em futebol e ia aos jogos. Depois desisti e tapei com uma pantera toda preta.”

Mas a grande questão: dá pra arrumar trabalho e essa coisa toda de preconceito é “balela”, ou ainda realmente existe esse pé atrás dos mais “caretas” com relação à integridade de uma pessoa estar diretamente ligada a ela ter ou não tatuagens? “Eu nunca precisei procurar trabalho porque curso psicologia e ainda não acabei o curso, então, por enquanto, só tive estágios obrigatórios. Mas, mesmo nesses estágios consigo notar que as tatuagens não chegam a ser um empecilho. Talvez para pessoas mais velhas sejam, mas para crianças e adolescentes, às vezes, até é uma forma de quebrar o gelo e iniciar uma conversa”, finaliza.

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