Resenha: Até que a sorte nos separe 3

Por Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

Após perder a herança da família em Las Vegas, Tino (Leandro Hassum) procura um emprego fixo, sem sucesso. Um dia é atropelado por Tom (Bruno Gissoni), filho do homem mais rico do país, Rique Barelli (Leonardo Franco). Ao acordar, depois de sete meses em coma, se surpreende com a notícia de que sua filha (Júlia Dalávia) e o rapaz estão apaixonados. Convidado para fazer parte do conselho da empresa do pai de seu genro, Tino aceitar trabalhar para juntar dinheiro que usará para bancar o casamento. Mas, mais uma vez, Tino consegue o inimaginável: falir a empresa, a maior do Brasil – o que gera um colapso na economia nacional.”

Até que a Sorte nos Separe é uma franquia de sucesso no Brasil, afinal já está na terceira sequência. Nos dois primeiros filmes Tino tem a mesma facilidade para ganhar e perder muito dinheiro.

Mas desta vez ele fará diferente, pois perderá muito dinheiro que não é dele e no qual nem sequer tocou. E a quantia que perderá será tanta que afetará nosso país.

O roteiro está ótimo e aproveita o cenário político pelo qual o Brasil passa. Inclusive com uma cena engraçadíssima, quando Tino e Amauri são recebidos pela presidente (Mila Ribeiro) em Brasília. Sem contar a presença de Nestor Cerveró (Bemvindo Siqueira).

Hassum atrai simpatia e antipatia e se você faz parte dos que gostam do trabalho do ator, nem pense duas vezes, vá assistir ao filme, pois dará muitas gargalhadas.

Tino começa o filme trabalhando como vendedor de biscoito no semáforo. Daqueles que fica furioso se você não compra nada. E é num desses momentos que ele se distrai e sofre um acidente, que lhe deixa em coma por sete meses.

Quando acorda descobre que foi atropelado pelo filho do homem mais rico do Brasil e que, além disso, sua filha está se relacionando com ele. É muita coisa para a cabeça de Tino.  E ele só aceita quando fica sabendo que Tom os convidou para conhecer a família Barelli em um jantar na casa deles.

Rique acaba deslumbrado com a sinceridade de Tino e o convida para trabalhar em sua empresa. Afinal, os filhos marcaram casamento e logo serão todos da mesma família.

A sala 4,  do Cineflix do Shopping Pelotas,  esteve lotada em todas as sessões. A história de Tino atrai público, ainda que estejam envolvidas política,  economia e bolsa de valores.  

O roteiro de Paulo Cursino é competente e atual. A graça está nas trapalhadas do casal e na figura de Hassum. E lógico que faz uma analogia com os personagens: Rique Barelli é nosso Eike Batista e sua esposa Malu de Carmo (Emanuelle Araújo) é, sem a menor dúvida, Luma de Oliveira. Até a empresa do bilionário termina com X (KGX).

Tem palavrões? Sim, muitos. Tem algumas subtramas desnecessárias? Sim, também. Mas e daí? A maioria da plateia estava lá por um único motivo: rir muito. E isso o filme cumpre.

Confortável na pele de Tino, Leandro Hassum é uma figura! Ele faz rir, ri muito e improvisa bastante. Ah! E não se levante da poltrona logo após o Fim, pois perderá bons momentos de making of.

Filmada no segundo semestre de 2015,  a comedia foi feita rapidamente para ser lançada neste verão. E chega ao circuito em 808 salas, o maior lançamento do cinema nacional. Então aproveite!

Trailer:

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