Pelotas bate o São José e ocupa a liderança de seu grupo na Copa Wianey Carlet

Roberto Recart (esquerda), preparador físico do Pelotas, orienta Éric (direita), jogador que entrou durante a partida e foi decisivo na vitória contra o São José

Por Luís Artur Janes Silva

Domingo, 26 de agosto, a cidade de Pelotas é brindada com uma bela tarde de Sol, que aqueceu o público que compareceu ao estádio da Boca do Lobo para acompanhar o segundo jogo do Pelotas na Copa Wianey Carlet. O adversário foi o São José de Porto Alegre, semifinalista do Gauchão e do Brasileirão da Série D, que embora desfalcado de alguns jogadores que participaram destas campanhas, prometia dificultar a vida do áureo-cerúleo. A vitória do Lobo, pelo placar de 2×1, premiou o time que teve mais posse de bola e procurou mais o gol.

O JOGO

Nos primeiros vinte minutos de jogo, o São José teve o domínio das ações, embora não tenha criado uma grande chance de gol. Neste momento, quando era atacado pelo Pelotas, o time da capital defendia com cinco jogadores e mais dois atletas, que protegiam a zaga.

Nenhum dos dois times entrou com um meia de articulação em campo, por causa disso, tiveram imensas dificuldades para criar jogadas organizadas. Mas, quando a partida completou seu vigésimo minuto, o lateral direito Adriano Lara, que teve trabalho para conter as raras investidas do São José pelo seu lado, cobrou um arremesso de lado, Jarro (o melhor jogador da partida) desviou levemente e Cléverson chegou de frente para o gol, cabeceando forte, a bola bateu no travessão e entrou. O Pelotas abria o marcador mesmo sem jogar bem.

O gol despertou o Pelotas, que adiantou as suas linhas e passou a pressionar o Zequinha, jogando principalmente pelo lado esquerdo do ataque e puxado por Jarro, que substituiu o ídolo Giovane Gomez, que pode estar negociando com o Criciúma. Mesmo longe de seus melhores momentos, o Pelotas chegou à meta defendida pelo goleiro Fábio em quatro oportunidades. Enquanto isso, o São José perdeu boa parte do seu poder ofensivo após a expulsão do terceiro zagueiro Henrique Rambo, que derrubou Jarro quando este se deslocava verticalmente na direção do gol. Com um jogador a menos, o time da capital chegou apenas aos 38 minutos da etapa inicial ao gol áureo-cerúleo.

Na segunda etapa, o técnico do Zequinha, Rafael Jacques, promove as entradas de Cristian, Vini e Rafael Carrilho. O São José melhora e quase marca um gol de escanteio, batido pelo centroavante Igor Nobre. Este lance foi a resposta ao ótimo momento protagonizado por Jarro, na primeira ação ofensiva da etapa complementar. O atacante entrou pelo lado esquerdo da área, concluindo e fazendo a bola passar muito perto do gol de Fábio.

Melhor postado em campo, o São José empatou o jogo aos 9 minutos do tempo final, quando o volante Silas pegou um rebote da defesa do Lobo e acertou um chute no ângulo de Mateus Claus. O Pelotas tentou responder aos treze minutos, após grande cabeçada do volante Reinaldo, que foi bem defendida pelo arqueiro do Zequinha. A equipe da capital chegou novamente com perigo aos 15 minutos, no momento em que Vini arrematou e quase surpreendeu o goleiro do Lobo.

Mas aos 20 minutos da etapa final, brilhou a estrela do técnico do Pelotas, Paulo Porto. Eric, que havia entrado pouco antes no lugar do volante Reinaldo, recebeu a bola do centroavante Giancarlo, foi à linha de fundo e cruzou rasteiro, para a marca do pênalti. Jarro concluiu forte e sem chances para Fábio, era o segundo gol do Pelotas.

Depois deste gol do Lobo, a movimentação dos atletas caiu, tornando ainda mais sofrível a qualidade técnica do jogo. O Pelotas teve mais posse de bola e controlou o ímpeto do São José, que chegou com algum perigo na parte final da partida, tentando o abafa na defesa do aúreo-cerúleo. Mas a possibilidade do empate ficou bastante diminuída quando o Zequinha teve outro atleta expulso, o zagueiro Bruno Jesus, que reclamou da não marcação de um pênalti (inexistente) para a equipe de Porto Alegre, que também perdeu o técnico Rafael Jacques, que contestou o juiz no mesmo lance.

Após o apito final e a vitória garantida, o atacante Cléverson, autor do gol inaugural da partida, disse que o grupo de jogadores áureo-cerúleo sabia das dificuldades que encontraria diante do São José, principalmente depois do longo tempo de parada entre o final da Divisão de Acesso e o início da Copa Wianey Carlet. Enquanto isso, Hugo Sanches, que teve atuação discreta como dublê de meia armador, reconheceu que o time esteve desorganizado no início da etapa final, mas conseguiu encaixar, passando a trocar passes e valorizou a posse de bola.

A vitória contra o Zequinha foi o décimo primeiro triunfo consecutivo do Pelotas na Boca do Lobo. A última vez que o áureo-cerúleo não venceu nos seus domínios foi no dia 27 de setembro do ano passado, quando o time da Avenida empatou com o Guarany de Bagé, em jogo válido pela Copa Paulo Sant’Anna. Além disso, o Lobo completou a décima quarta partida sem derrotas no seu estádio. São 13 vitórias e um empate neste período. A última derrota do Pelotas como mandante aconteceu no dia 3 de setembro de 2017, quando o áureo-cerúleo foi vencido pelo Bagé, na fase inicial da mesma Copa Paulo Sant’Anna.

O Pelotas, que é o líder do Grupo C da Copa Wianey Carlet, volta a campo na próxima quarta-feira, dia 29 de agosto, quando enfrentará o Bagé, no estádio da Pedra Moura, na Rainha da Fronteira. O jogo deve iniciar às 20 horas.

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