MST e Economia Solidária: diminuindo as desigualdades no campo

O Movimento Sem Terra é ligado em sua essência aos ideais da Economia Solidária, sendo impossível desassociar um do outro.

Por Everton Iberse / Agência Em Pauta

O MST realiza congressos nacionais a cada cinco anos. Foto: Marcelo Becker

Desde 1984, o Movimento Sem Terra, ou Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, é um movimento social brasileiro autônomo e de massas. Presente em todas as regiões do país, o MST busca a Reforma Agrária através da organização dos trabalhadores rurais.

No mesmo prisma da democratização do acesso às terras, a Economia Solidária se apresenta como uma forma de diminuir as desigualdades, pautada em ideais de cooperação, solidariedade, autogestão, participação e justiça na distribuição dos lucros, a valorização do ser humano ocorre em conjunto com a preservação do meio ambiente.

O movimento conta atualmente com mais de 450 mil famílias assentadas, organizadas em diversos núcleos para atender as demandas e necessidades específicas das famílias de cada local.

Jovan Lima, representante do município de Piratini dentro da direção estadual do MST, afirma que o movimento apresenta diversas formas e constituições de formação desde cooperativas com uso coletivo de máquinas e espaços, à associações de produtores onde cada família trabalha de forma individual, cooperando apenas em alguns pontos, como a troca de serviços.

Para Jovan, o trabalho em equipe é indispensável para que o assentamento possa prosperar. Junto da colaboração através do trabalho, a identidade sem terra se apresenta como um parte impossível de desassociar do movimento, o senso de comunidade ocorre inclusive entre pessoas de outros assentamentos, que prestam auxílio entre si.

Assentado do MST durante o trabalho. Foto: José Auri

Além do MST trabalhar em prol do desenvolvimento e estabilização econômica de seus membros, é responsável por produzir alimentos orgânicos e de qualidade que atendem a população em diversas localidades do Brasil.

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