MORRE A LENDA DO BOXE, MUHAMMAD ALI

Por Carlos Eduardo Holz e Jordan Romano

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(Foto: Divulgação)

Já era madrugada aqui no Brasil, quando no último sábado, 4 de junho, foi noticiada a morte da maior lenda da história do boxe mundial, Muhammad Ali. Aos 74 anos, o ex-campeão mundial dos pesos-pesados perdeu, talvez, para o seu maior adversário na carreira, o Mal de Parkinson. Ali deixa um vazio, uma lacuna no peito de todos esportistas ao redor do planeta. A morte foi confirmada pelo porta-voz da família, Bob Gunnell.

– Depois de uma batalha de 32 anos contra a doença de Parkinson, Muhammad Ali faleceu com a idade de 74 anos. O tricampeão mundial dos pesos-pesados morreu esta noite. A família gostaria de agradecer a todos por seus pensamentos, orações e apoio, e pede privacidade neste momento – informou Gunnell.

E não se trata apenas de boxe, Muhammad Ali deixou o seu legado registrado nas páginas dos “grandes” do esperto, um dos maiores desportista que já existiu. Ali foi um dos primeiros atletas a aliar marketing com política. Exemplo disso foi seu desempenho antes da luta com George Foreman no Zaire, denominada a “Luta do Século”. O atleta utilizou todo seu conhecimento do pan-africanismo para se colocar como o lutador da África, enquanto Foreman ficou como símbolo da alienação negra americana, episódio este retratado no filme “Quando Éramos Reis”, de 1974. Ali entrou para história da década de 60 quando se negou a lutar na Guerra do Vietnã. “Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?”.

Muhammad Ali foi o único boxeador que até hoje suportou 12 assaltos com o maxilar quebrado. Foi em uma luta com Ken Norton em 1973.

O lendário lutador travou uma verdadeira batalha por mais de três décadas contra a doença degenerativa que afeta os neurônios, o Mal de Parkinson. Derrotado pela paralisia apenas aos 74 anos após muitas lutas e vitórias na vida profissional e pessoal.

Em seu cartel, conta com 57 vitórias, sendo 37 delas por nocaute, e apenas 5 derrotas. Ainda como amador, e seu nome de nascimento, Cassius Clay conseguiu seu primeiro grande feito aos 18 anos, quando conquistou a medalha de ouro na Olimpíada, na categoria meio-pesado, ao ganhar na final do experiente polonês Zbigniew Pietrzykowski. Na volta aos EUA, apesar de ter sido recebido com festa por uma multidão em sua cidade-natal, um episódio marcante impulsionou sua batalha pelos direitos dos negros e igualdade racial. Ao adentrar um restaurante cheio de brancos, pediu um hambúrguer, mas o funcionário se negou a servi-lo. “Sou Cassius Clay, campeão olímpico”, explicou, mas de nada adiantou. A alegria deu lugar à decepção, e o boxeador acabou jogando a sua medalha olímpica no Rio Ohio.

Então, Cassius Clay se aliou a Malcom X, defensor do nacionalismo negro, e também anunciou ter se convertido à religião islâmica, mudando o seu nome para Muhammad Ali.

Em 1996, foi homenageado e acendeu a pira dos Jogos Olímpicos de Atlanta, além de ter sido presenteado com uma réplica da medalha olímpica que jogou fora em 1960.

No decorrer do último final de semana diversos atletas, como os brasileiros lutadores do UFC, José Aldo e Fabrício Werdum, o jogador Adriano, personalidades do mundo da música, como na página da banda Guns N’ Roses, e até do cinema, como o ator Sylvester Stallone, se manifestaram no Instagram com postagens de saudade e carinho a lenda do boxe. O esporte está de LUTO!

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Por fim queria destacar o filme biografia Ali, lançado 2001, onde Muhammad Ali (Cassius Clay), é interpretado por Will Smith. E pra quem ainda não conhece o seu legado, dentro e fora dos ringues, fica a dica pra conferir esta obra dirigida por Michael Mann. O filme foi indicado nas categorias de melhor ator (Will Smith) e melhor ator coadjuvante (Jon Voight), no Oscar de 2002 e melhor ator – drama (Will Smith), melhor ator coadjuvante (Jon Voight), melhor trilha sonora, no Globo de Ouro de 2002. Premiado na categoria de melhor ator (Will Smith), pela MTV Movie Awards 2002.

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