Greve: Cocepe congela o calendário acadêmico da UFPel

Por: Juliana Rössler Ramires

O Conselho Coordenador do Ensino, Pesquisa e Extensão (Cocepe), da Universidade Federal de Pelotas, decidiu em reunião na segunda-feira (24) congelar o calendário acadêmico do segundo semestre de 2016. A decisão foi tomada tendo em vista a recente deflagração de greve dos técnico-administrativos, servidores docentes e estudantes. Com a suspensão do calendário as atividades curriculares só deverão ser executadas após o fim da greve.

Com isso, espera-se que toda universidade participe do movimento que visa a não aprovação da proposta de Emenda à Constituição PEC 241/2016, que congela os investimentos públicos durante 20 anos, tendo apenas o seu valor corrigido conforme o índice da inflação (IPCA). O movimento também se posiciona de maneira contrária a Medida Provisória 746/2016, que reforma o ensino médio, aumentando a sua carga horária e tornando algumas disciplinas facultativas após o 1° ano do ensino médio, como filosofia, artes e educação física.

Os grevistas também pedem a não aprovação do Projeto de Lei 193/2016 que institui o “Programa Escola sem Partido”, que de acordo com os seus idealizadores visa uma educação livre da doutrinação política e ideológica.

A greve das três categorias que compõem a comunidade acadêmica é resultado de ano conturbado na esfera política e econômica brasileira. Em 2016, tivemos a deposição de uma presidente eleita e a presença de três projetos controversos no cenário público. Tudo isso, em meio a crescentes relatos de corrupção, prisões, delações premiadas e dúvidas sobre a parcialidade jurídica.

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