Furg e IFRS Campus Rio Grande mobilizados contra à PEC 241

Por: Fernanda Cadaval

 

Desde o dia 19 de outubro os técnicos-administrativos da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) estão em greve por tempo indeterminado. No Hospital Universitário a greve iniciou no dia 22, respeitando assim às 72 horas legais para o comunicado aos usuários e organização das atividades. A reivindicação da categoria é o posicionamento contrário à PEC 241, Proposta de Emenda à Constituição que congela os gastos do governo por 20 anos.

Nos dias 24 e 25 as atividades por parte dos docentes foram paralisadas. Durante esses dois dias os professores da universidade e também do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (IFRS) Campus Rio Grande realizaram diversas manifestações, aulas públicas e entrega de panfletos à comunidade, explicando a PEC 241 e seus efeitos. Assim, foi formado um Comitê Unificado de Mobilização Furg/IFRS.

Segundo o professor e membro da comissão de mobilização docente e do comitê unificado de mobilização, Cristiano Engelke “a categoria está mobilizada para a greve geral do dia 11 de novembro” afirma ele. A assessoria da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande (Aprofurg) informa que o período entre as paralisações será utilizado como forma de construção de agenda pelos envolvidos. “Como nossa pauta é unificada, utilizaremos o período até o dia 11 – docentes, técnicos e estudantes – para organizarmos episódios de conscientização da comunidade sobre os riscos da PEC 241”, conta Juliana Rodrigues assessora da Aprofurg.

O professor Cristiano diz ainda que no Campos Carreiros foi instalada uma “tenda da resistência”, como espaço de mobilização, discussão e divulgação das medidas do governo Temer e da PEC 241. De acordo com uma das coordenadoras do Sindicato do Pessoal Técnico-Administrativo da Furg (Aptafurg), Maria de Lourdes Lose, o movimento da greve está muito firme e fortalecido, devido ao nível nacional da luta.

“Além dos meios ligados à educação, nós também recebemos apoio integral da Frente Brasil Popular e de diversos sindicatos. É uma luta muito plural”, conta. Finalizando, a coordenadora comenta que – apesar de as mobilizações estarem sendo realizadas na Furg – a universidade é apenas o espaço escolhido, mas que a luta é aberta para toda a comunidade rio-grandina.

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