Espetáculo Algodão Doce estreia no mês das crianças

Por Juliana Santos e Lizandra Vilela

Um guri que queria muito vestir bombacha. De tanto pedir, seu sonho se realizou. Sua vontade era tanta, que recebeu uma bombacha tão grande que virou um balão o levando para o mundo encantado do imaginário infantil. A narrativa desta aventura livremente inspirada em Bombachas Voadoras, de Newton Alvin, é tema de Algodão Doce, espetáculo, apresentado para crianças em Pelotas. Através de movimentos da dança contemporânea, as crianças foram conduzidas a um mundo lúdico, onde o corpo é o brinquedo que transporta  ao imaginário infantil.

O projeto idealizado pelas professoras da Universidade Federal de Pelotas, Josiane Corrêa e Flavia Marchi, foi contemplado com o ProCultura Municipal 2013. Com o apoio do Colégio Gonzaga, Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SMED) e o curso de Licenciatura em Dança da Universidade, o espetáculo realizou, em outubro, quatro apresentações para escolas e uma para a comunidade.

Espetáculo utiliza-se do corpo como um parque de diversões. Foto: Reprodução (http://goo.gl/SSqO3O)

Espetáculo utiliza-se do corpo como um parque de diversões. Foto: Reprodução (http://goo.gl/SSqO3O)

No mês das crianças, os alunos da escola Fernando Osório tiveram a oportunidade de ser convidados para assistir ao espetáculo, após a desistência de outra escola. A professora Tatiane Haxcomentou ter ficado muito feliz com o convite, já que a oportunidade dos alunos saírem do ambiente escolar, sem nenhum custo, é rara.

“Quando a criança tem a oportunidade de sair da escola para alguma atividade, ela entende que há outros cuidados que deve ter. Ela entende que a responsabilidade passa a ser da professora, e isto é um grande aprendizado para eles”, comentou Tatiane. A professora ressaltou ainda a diferença na rotina das crianças em casa, após assistir ao espetáculo. “É uma atividade cultural, então expande os horizontes da criança, aguça a criatividade”, acredita.

O grupo deu início aos trabalhos há um ano e, desde março,iniciou no Colégio Gonzaga, que cedeu o espaço pra o ensaio e apresentações.  A diretora Flávia descreve que o espetáculo utiliza-se do corpo como um parque de diversões.  “O retorno das escolas foi maravilhoso. Ficamos encantadas com a interação das crianças, como tudo aconteceu bem. Estamos felizes e satisfeitas com o projeto”, anima-se.

A preocupação com a futura formação do público na cidade também norteou o projeto. Josiane explica que existe uma apreensão presentena vida dos artistas de Pelotas acerca da falta de público para os trabalhos apresentados. A equipe do Algodão Doce diz ser uma forma de, no futuro, aumentar a presença de público para as artes cênicas: “Uma vez que você não forma um público, é difícil conseguir a presença dele em espetáculosquando os indivíduos não têm o costume de ir ao teatro”.

Seja ballet, danças folclóricas, contemporânea espetáculos de dança ou teatro, o importante é saber que iniciativas como esta estão ocorrendo na cidade e que no futuro podem acontecer em maior escala e fomentar o interesse dos pais e das crianças sobre a arte.

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