Driblando estereótipos e marcando a história: o empoderamento na Copa do Mundo Feminina 2023
A maior celebração do futebol feminino do mundo reúne as melhores seleções em busca de igualdade de gênero e da valorização do esporte feminino
Por Joana Moreira / Agência Em Pauta
Seleção Brasileira busca o seu primeiro título em Copa do Mundo. Foto: Thais Magalhães/CBF
A Copa do Mundo Feminina de Futebol de 2023 deu início à sua jornada de competição na última quinta-feira, no Estádio Eden Park, em Auckland. Durante a cerimônia de abertura foram reproduzidas coreografias tradicionais das culturas indígenas da Austrália e Nova Zelândia, celebrando a diversidade e raízes de seus povos.
Pela primeira vez, o Mundial está sendo disputado em dois países. Austrália e Nova Zelândia assumiram o papel de anfitriãs e, como tradição das Copas do Mundo, foram responsáveis por dar início às partidas. As duas seleções superaram suas adversárias pelo mesmo placar, de 1 a 0.
Com milhares de torcedores e telespectadores ansiosos para testemunhar o pontapé inicial do torneio, o público foi considerado, de acordo com os dados oficiais, o maior da história do futebol na Nova Zelândia.
Cerimônia de abertura da Copa do Mundo Feminina 2023. Foto: Getty Images
Guerreiras do Brasil
Na próxima segunda-feira, às oito horas da manhã (horário de Brasília), o Brasil entrará em campo no Estádio Hindmarsh, em Adelaide, Austrália, para enfrentar a seleção do Panamá em sua primeira partida do torneio.
Sob a liderança da técnica sueca Pia Sundhage, a equipe verde e amarela chega ao torneio com uma mistura de experiência e juventude, contando com jogadoras consagradas como Marta Vieira da Silva, além de talentos emergentes que prometem brilhar em solo australiano.
A estreia contra o Panamá representa um desafio importante para o Brasil, pois os primeiros jogos costumam ser cruciais para estabelecer o ritmo e a confiança do time. A seleção panamenha é conhecida por sua determinação e competitividade, o que torna o confronto ainda mais emocionante.
As expectativas são altas para a seleção brasileira, que busca mostrar todo o seu potencial e deixar sua marca nesta Copa do Mundo. O apoio da torcida e a paixão pelo futebol que o Brasil carrega em seu DNA impulsionarão as jogadoras em campo.
Convocadas da seleção brasileira de futebol feminino para a Copa de 2023. Foto: Thaís Magalhães/CBF Montagem: Catarina Moura/Reprodução.
Onde assistir os jogos ao vivo
A TV Globo será a emissora responsável por transmitir as partidas na TV aberta, com um total de sete jogos programados, priorizando os confrontos da Seleção Brasileira. Para os assinantes de TV fechada, o Sportv exibirá um número maior de jogos, totalizando 34 duelos.
No cenário digital, há opções diversas para os espectadores que desejam assistir aos jogos. A CazéTV, canal do streamer Casimiro Miguel, será uma opção, transmitindo todas as 64 partidas do Mundial gratuitamente através do Youtube e da Twitch.
Além disso, a plataforma de streaming da Fifa, o Fifa+, também entrará em ação, disponibilizando todos os jogos de forma gratuita. Os serviços de streaming Globoplay e o site “ge” também participarão da cobertura, transmitindo as partidas incluídas no pacote do Grupo Globo.
CazéTV toma atitude contra comentários machistas
Uma das principais disputas de equipes femininas no futebol ainda é contra o preconceito e a discriminação. O primeiro dia de transmissão pela CazéTV foi manchado por comentários machistas que surgiram no chat da plataforma. Diante dessa situação, o canal do streamer Casimiro tomou a atitude de desativar o chat durante as transmissões dos primeiros jogos. A decisão visa coibir qualquer tipo de discurso ofensivo e sexista que possa prejudicar a experiência dos espectadores e, principalmente, reforçar o respeito às jogadoras e ao futebol feminino.
“Nos próximos jogos teremos ainda mais moderadores preparados para permitirem que as pessoas que curtem o canal se manifestem livremente e que discursos discriminatórios sejam banidos, como deve acontecer com qualquer espécie de preconceito” Informou a equipe da CazéTV, em nota oficial.
CazéTV desativa comentários da transmissão da Copa do Mundo Feminina após mensagens machistas. Foto: Reprodução/CazéTV
Igualdade no esporte
Com a representatividade da seleção feminina em pauta, a inclusão e a igualdade no mundo esportivo entram em discussão. A presença de mulheres em posições de liderança, como técnicas e dirigentes, proporciona uma perspectiva mais diversificada dentro do esporte, fomentando decisões mais justas e inclusivas em todas as esferas do jogo. A diversidade de vozes na tomada de decisões é essencial para promover mudanças significativas e combater a desigualdade de gênero no futebol.
Outro ponto relevante é o impacto social da seleção feminina. À medida que as atletas ganham destaque, suas vozes são ouvidas em questões que ultrapassam os limites do esporte, como a luta contra a violência de gênero, a busca por igualdade salarial e o combate ao assédio no ambiente esportivo. O alcance de suas mensagens, impulsionado pelo sucesso esportivo, permite sensibilizar a sociedade para causas que vão muito além do futebol.
