Cirurgia bariátrica: um método contra a obesidade

Por Nagila Rodrigues e Priscila Machado

   Sedentarismo e má alimentação são hábitos diretamente ligados ao sobrepeso ou obesidade, quadro que proporciona o surgimento de doenças crônicas como diabetes, câncer, hipertensão e doenças cardiovasculares.

   A pesquisa feita pela Vigitel ( Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) e divulgada pelo Ministério da Saúde, que analisou adultos e crianças no período de 2006 à 2014, constata que o país está em uma fase preocupante: 52,5 % da população adulta está acima do peso e pelo menos 17% já atingiu a obesidade, o crescimento de pessoas acima do do peso foi de 10% durante o período. Os dados apontam que os homens são mais atingidos pelo problema,52% dos obesos são homens e 44% mulheres. O IBGE também divulgou dados expondo o número de crianças afetadas: uma em cada três, entre 5 e 9 anos está acima do peso ideal. Especula-se que dentro de 15 anos o Brasil pode vir a ser o país mais obeso do mundo.

   Cuidados com a alimentação, além da prática de exercícios físicos são fundamentais para quem necessita perder peso, incorporar hábitos saudáveis na rotina e sobretudo conseguir controlar ou evitar doenças como diabetes, câncer, hipertensão e doenças cardiovasculares causadas, também, pelo excesso de peso. Mas e quando uma boa alimentação aliada a exercícios físicos com acompanhamento profissional não são suficientes para que o indivíduo saia da obesidade?

   Muitas vezes a solução é fazer uma cirurgia de redução de estômago, conhecida como cirurgia bariátrica. Entre 2010 e 2015 cresceu a procura, no SUS, pela cirurgia, o método proporciona redução do estômago do paciente visando conter a ingestão excessiva de alimento. Segundo o Ministério da Saúde, o número de cirurgias realizadas passou de 4.489 para 7.530.

Quando fazer a cirurgia bariátrica?

   Esse tipo de procedimento é sempre o último recurso utilizado contra a obesidade. Só é autorizado após a falta de resposta ao tratamento clínico, mudança de hábitos, dieta, atenção psicológica e todo acompanhamento médico necessário para análise de vários fatores que podem envolver o aumento de peso.

Há alguma restrição de idade?

   Adolescentes: só podem ser operados pacientes com mais de 16 anos. Mesmo assim, pacientes que tenham entre 16 e 18 anos necessitam de avaliação clínica e psicológica especial, consentimento da família e aprovação de comissão de ética do hospital aonde será feita a cirurgia.

   2. Idosos com mais de 65 anos: esses pacientes necessitam avaliação pré-operatória especial, de preferência com médico geriatra, para avaliação dos benefícios da cirurgia.

   A Organização Mundial de Saúde (OMS) baseia o excesso de peso e obesidade na índice de massa corporal (IMC) para adultos de ambos os sexos é obtido por meio da divisão do peso (quilogramas) pelo quadrado da altura (metros).

   Foram classificadas como acima do peso pessoas com o IMC de 25 a 29,9kg/m², o ponto de corte para obesidade é 30kg/m². Quando este índice é igual ou superior a 40 kg/m², a obesidade é denominada mórbida ou grave, o que corresponde aproximadamente a 45 kg acima do peso ideal.

FONTE: Divulgação/Ministério da Saúde

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