MOGLI O MENINO LOBO

Por Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

“Mogli (Neel Sethi/ Arthur Valadares) é um garoto indiano que foi salvo pela pantera negra Bagheera (Ben Kingsley/ Dan Stulbach) e entregue aos lobos para que o criassem. Quando descoberto pelo tigre Shere Khan (Idris Elba/Thiago Lacerda) ele é obrigado a abandonar a alcateia e é levado por Bagheera até a civilização.”

Esse é um dos desenhos da Disney da minha infância. Lançado em 1967, Mogli já era muito bem feito, tinha humor e música. Foi a última animação  acompanhada por Walt Disney, que faleceu em dezembro de 1966. Terceira adaptação em live action (com atores). A primeira foi em 1942 e mais tarde em 1994. Essa é a primeira totalmente em um fantástico CGI (imagem gerada por computador).

Em 1994 a Disney produziu o filme O Livro da Selva,  baseado nos livros The Jungle Book e The Second Jungle Book de Kipling.  Protagonizado pelo ator Jason Scott Lee há um conflito amoroso quando Mogli se torna adolescente.

Moglicartaz

(Foto: Divulgação)

Já assisti a outros filmes com muitas imagens criadas por computador, mas neste é inacreditável. É um filme da Disney e momentos de fofura são normais, mas todas as criaturas e os cenários são feitos em computação gráfica. E eles enchem nossos olhos em 3D. É de arrasar!

Não se consegue perceber de imediato de tão real que parece. Porque as imagens na selva, as cataratas, os rios, tudo é excepcionalmente lindo. Nada que você vê parece artificial.

Os animais têm olhos expressivos, pelos que nos dão vontade de passar a mão, caminham e correm tal quais os verdadeiros. É impressionante a beleza das imagens.

Além disso, o diretor Jon Favreau não exagera em movimentos de câmera, tudo é verossímil e os enquadramentos são naturais. A direção é impecável e vocês irão amar o novato Neel Sethi, único ator em cena. Ele é um índio-americano, natural de Nova Iorque, e foi selecionado para o papel entre milhares que fizeram testes em todo o mundo.

A ação, que se passa no filme, prende o espectador, mas atenção, não leve seus filhos pequenos para assistirem Mogli, pois ele tem alguns momentos que assustam.

Com menos humor do que o desenho original, em alguns momentos o filme vira videogame, principalmente quando o menino foge de animais perigosos, ou ainda quando encontra Kaa ( Scarlett Johansson/ Aline Moraes).

Então ele é salvo pelo urso Baloo (Bill Murray/Marcos Palmeira) e é claro que, mesmo sendo um filme mais sério, sobrou espaço para cantarolar “Necessário, somente o necessário”.

Como todo filme da Disney os animais são muito bonzinhos ou bem malvados. Mas o que não pode faltar é a importância da união, amizade e família. E isso tudo está ali.

Existem duas diferenças em relação à adaptação do clássico livro de Rudyard Kipling. A primeira se trata da decisão de transformar o orangotango malandro e jazzeiro, Rei Louie, que sonhava se transformar em um humano, por um primata pré-histórico gigantesco. Acabou ficando assustador.

A outra diferença é a ausência dos abutres, que em 1967 quase foram dublados pelos Beatles. São eles que, no original, ajudam a salvar Mogli.  Porém neste filme as aves nem são citados.

Agora a magia está toda ali. A infância parece bater à porta e, com certeza, muitos pais irão apreciar o filme. É ótimo para toda a família e está em cartaz no Cineflix Cinemas. Imperdível.

 

Nota 10.

Veja o Trailer Oficial aqui.

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