Brasil estreia com derrota na Série B de 2019

Jogadores do Bragantino comemoram o gol na partida contra o Brasil. Imagem: Facebook/Bragantino

Por Luís Artur Janes Silva

Na última sexta (26), o Xavante fez sua estreia na Série B do Campeonato Brasileiro de 2019. O rubro-negro, que teve a volta do técnico Rogério Zimmermann, enfrentou o Bragantino, que fez uma campanha fraca no Paulistão, mas procura recuperação no Nacional, após firmar parceria com o RB Brasil, clube da cidade de Campinas, ligado a uma empresa austríaca. O jogo acabou 1 a 0 para o Bragantino, resultado que escancarou as deficiências do grupo de jogadores do Xavante, que havia apresentado um futebol modesto no Gauchão e continuou na mesma toada nesta partida inaugural do Brasileirão.

O JOGO

A chuva, que atingiu a cidade de Pelotas, diminuiu sensivelmente a presença de público no estádio Bento Freitas. Sem contar com boa dose do calor de sua torcida e mantendo a base do time que foi mal no Estadual, o Brasil ainda tentou pressionar a equipe do Bragantino. Mas a melhor chance que o Xavante conseguiu foi aos 14 minutos de jogo, quando Branquinho, deslocado pelo lado esquerdo, recebeu de Murilo Rangel, cortou para o meio e chutou rasteiro, no canto. O goleiro Júlio César atirou-se e espalmou para escanteio.

Jogando apenas com atletas que vieram do RB Brasil, campeão do Interior e melhor campanha da fase inicial do Paulista, o Bragantino, comandado por Antônio Carlos Zago, começou a tomar conta das ações, valorizando a posse de bola, trocando passes e chegando seguidas vezes à linha de fundo. O rápido ataque do time paulista, formado por Osman, Bruno Tubarão e Roberson, que deu lugar para Matheus Peixoto, que atuou pelo Bragantino no Paulistão, atrapalhou os laterais Ricardo Luz e Bruno Santos, que não conseguiram apoiar o ataque xavante e tiveram trabalho para conter os jogadores da equipe paulista.

A melhora do Bragantino rendeu chances claras de gol. Aos 16 minutos, Osman acertou a bola de cabeça e mandou no travessão, após jogada de combinação do ataque paulista. Quando o cronômetro marcava trinta minutos, Osman chegou à linha de fundo pela esquerda e cruzou para a meia lua da grande área. Uillian Correia chutou colocado e de frente para o goleiro Carlos Eduardo, que mandou para escanteio.

Após os 35 minutos de jogo, a pressão do Bragantino diminui e o Brasil adiantou suas peças, tentando chegar à meta de Júlio César, mas o rubro-negro tomou o contra vapor três minutos depois. Osman chegou mais uma vez à linha de fundo pela esquerda e rolou para o interior da grande área. A bola chegou nos pés de Bruno Tubarão, que da marca do pênalti concluiu sem chances para Carlos Eduardo. Estava aberto o placar.

A missão do Brasil se complicou ainda mais depois da saída do lateral Bruno Santos, que foi substituído por Ednei, que passou a atuar na direita, deslocando Ricardo Luz para a lateral esquerda. Aos 42 minutos, o Brasil ameaçou a meta do Bragantino, novamente com Branquinho, que chutou da entrada da área, fazendo a bola passar rente à trave esquerda defendida por Júlio César.

A segunda etapa começou numa rotação abaixo da observada no primeiro tempo. O Bragantino, que voltou com a vantagem, limitou-se a controlar o pouco criativo Brasil. Além disso, os erros da arbitragem ajudaram a acirrar os ânimos, contribuindo na queda de qualidade da partida. Sem falar, que o gramado deu os primeiros indícios de que sentia a chuva constante.

Para termos uma ideia, a primeira chegada do Bragantino aconteceu aos 13 minutos da etapa final, quando Anderson Marques cabeceou a bola, depois de escanteio batido por Osman (o melhor em campo). A primeira jogada bem tramada pelo meio campo xavante aconteceu após a entrada de Diogo Oliveira, que substituiu Washington, que recuado demais, não permitiu que as linhas ofensivas do Brasil conseguissem chegar à frente. Oliveira entrou, o Xavante avançou suas linhas e aos 19 minutos, uma jogada de combinação entre o recém-entrado, Branquinho e Bruno Paulo, que atuou como um sacrificado “falso” camisa nove, acabou nos pés de Bruno, que chutou de esquerda, seu pé não preferencial, facilitando a intervenção de Júlio César.

Mesmo com o aumento da criatividade do meio campo, ainda assim, o Brasil continuou utilizando a ligação direta entre a defesa e ataque, ou as bolas alçadas na área. Isso facilitou a tarefa de contenção da defesa do Bragantino. Pior que isso, os paulistas chegaram com perigo aos 28 minutos, com Osman, que atuou boa parte da segunda etapa pelo lado direito, para continuar às costas de Ricardo Luz. Mais uma vez, o veloz atacante foi à linha de fundo, cruzou a bola, que passou por toda a extensão da área e sobrou para Bruno Tubarão, que acertou de bate pronto, fazendo a pelota passar por cima do gol.

Desesperado, o rubro-negro perdeu o lateral Ednei lesionado, que foi substituído pelo meia Marcinho, que obrigou Juba a recuar para a ala direita. Mesmo com estas modificações, o Brasil não conseguiu ser mais criativo e não chegou no sistema defensivo do Bragantino. Mais que isso, o Brasil foi ameaçado duas vezes após os 40 minutos de jogo, primeiro com o meia Ytalo, que aproveitou falha de Juba e chutou para firme defesa de Carlos Eduardo e depois Wesley, outro atleta do Bragantino que disputou o Paulistão e que entrou na segunda etapa. O rápido Wesley puxou o contra-ataque, passou para Bruno Tubarão, que chutou para defesa do arqueiro rubro-negro, que deu rebote, permitindo que a bola fosse afastada pela defensiva xavante.

Após a derrota na estreia, o Brasil voltará a campo na próxima sexta-feira, dia 03 de maio, quando enfrentará o Londrina, no estádio do Café, norte do Paraná. O jogo iniciará às 19h15.

Comentários

comments

Você pode gostar...