Bohemian Rhapsody

Cartaz: divulgação

Por Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

“Celebração exuberante do Queen, sua música e o extraordinário vocalista  Freddie Mercury (Rami Malek), que desafiou estereótipos e quebrou convenções para se tornar um dos artistas mais amados do planeta. O filme mostra o sucesso meteórico da banda através de suas canções icônicas e som revolucionário.”

Eu vivi os áureos ’70 e ’80. Tempo de rock, Queen e muitas músicas que se eternizaram. Eu tinha que assistir Bohemian Rhapsody! E fui correndo ao cinema, inclusive bati foto com bigode, tal quais todos os funcionários da empresa, em homenagem ao ícone Mercury.

Eu amei rever Mercury. Mesmo que na pele do excelente ator americano, de origem egípcia, Rami Malek. Adorei ouvir as canções famosas e descobrir coisas que nem imaginava.

É bom informar aos desavisados, que Rami não canta e sim dubla todas as músicas, mas isso não desmerece seu desempenho. Ele está perfeito. Até mesmo a prótese, que usou durante um ano até acostumar-se, não incomoda em nada, para quem mergulha no filme.

E os outros músicos do grupo estão fantásticos. A impressão que se tem é que são os próprios Brian May (Gwilyn Lee), Roger Taylor (Ben Hardy) e John Deacon (Joseph Mazzello) que estão tocando com Mercury. Impressionante.

A surpresa, para mim, ficou por conta da história de Freddie e seu grande amor por Mary Austin (Lucy Boynton). Não me lembro de saber desse relacionamento. Mas é de arrepiar o momento em que Freddie canta a música que compôs para ela: Love of My Life.

Essa canção ficou marcada no coração do cantor, quando foi entoada por milhares de pessoas no Rock in Rio de 1985:

Afinal, ele estava em um país com um idioma completamente diferente e não imaginava que as pessoas soubessem a letra da música, na ponta da língua.

Você conhecerá o início de tudo, como foi sofrer bullying, por causa de seus 36 dentes que, sem espaço, apareciam antes de seu rosto. Como foi ter um amor incondicional por uma mulher, mas mesmo assim, não resistir aos homens.

Mas se extasiará com as músicas que marcaram época e que, ainda hoje, fazem sucesso. A plateia vibra, canta junto, ri e se emociona com a história do grupo.

A direção é de Bryan Singer, que foi demitido e substituído por Dexter Fletcher. E embora com alguns erros propositais na linha do tempo, o filme é uma homenagem merecida ao cantor e compositor, dono de uma potente voz, Freddie Mercury, cujo nome verdadeiro era Farrokh Bulsara.

Com lágrimas nos olhos assisti até os créditos finais e fiquei feliz ao descobrir que os seis produtores do filme são Graham King, Jim Beach, Robert de Niro, Bryan Singer, Roger Taylor e Brian May. Uma linda e inesquecível homenagem.

E 27 anos após sua morte, Freddie ainda é amado pelos fãs. Sua fortuna foi dividida entre seus familiares, seu assistente pessoal, Peter Freestone, seu cozinheiro Joe Fanelli e seu amigo até a morte, Jim Hutton.

Mas a maior parte foi deixada para o grande amor de sua vida, Mary Austin. Ela ficou com sua mansão de 28 aposentos, a metade de sua fortuna e futuros direitos autorais. Também foi padrinho de seu primeiro filho.

Bohemian Rhapsody é uma volta ao passado em todos os sentidos. Vestuário, cenário, tudo perfeito. Vale muito a pena. Prevejo prêmios no Oscar 2019.

Nota: DEZ

 

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