A nova censura de conteúdo no YouTube

Por: Maiara Peixoto Silva

O maior site de publicação de vídeos do mundo, o YouTube, está causando polêmica na internet. Alguns clipes de música pop e certos vídeos de conteúdo LGBT estão sendo censurados pela nova ferramenta do site. O site recentemente lançou sua nova ferramenta, o “Modo Restrito”, que censura certos conteúdos para usuários menores de 18 anos que estão logados no site, ou para aqueles que ativam a configuração em sua conta. Segundo o site, a ferramenta funciona a partir das denúncias feitas pelos próprios usuários do site, além de usar a restrição de idade e alguns outros sinais para identificar e filtrar o conteúdo considerado inapropriado.

O filtro, entretanto, possui uma falha no funcionamento: clipes de grandes cantoras pop, como Lady Gaga, Katy Perry, Madonna, Mariah Carey e até brasileiras como Anitta estão caindo no filtro e sendo bloqueadas pela ferramenta. Além disso, o filtro também está censurando vídeos com temática LGBT e até mesmo qualquer conteúdo desses criadores, em algum caso.

Pela internet, os fãs demonstraram sua indignação, uma vez que o filtro faz com que grande parte do conteúdo disponibilizado para o filtro ativado não inclui grande parte dos clipes de suas cantoras favoritas, deixando somente o áudio e algumas apresentações ao vivo das músicas. Os produtores LGBT do YouTube também já demonstraram sua insatisfação, mostrando o descaso da ferramenta com a comunidade, que frequentemente utiliza essas pessoas para a divulgação de suas novas ferramentas e vídeos institucionais.

No domingo, dia 19 de Março, a rede se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido: <blockquote class=”twitter-tweet” data-lang=”en”><p lang=”en” dir=”ltr”>A message to our community … <a href=”https://t.co/oHNiiI7CVs”>pic.twitter.com/oHNiiI7CVs</a></p>&mdash; YouTube Creators (@YTCreators) <a href=”https://twitter.com/YTCreators/status/843613347367079937″>March 20, 2017</a></blockquote>

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“Somos muito orgulhosos por representarmos as vozes LGBTQ+ em nossa plataforma — elas são uma parte chave do que o YouTube significa. A intenção do modo restrito é filtrar conteúdo maduro para a pequena parcela de usuários que querem uma experiência mais limitada. Vídeos LGBTQ+ estão disponíveis no modo restrito, mas vídeos que discutem assuntos mais sensíveis podem não estar. Nós nos arrependemos por qualquer confusão que isso causou e estamos de olho nas suas preocupações. Aceitamos o feedback de vocês e a paixão em fazer do YouTube uma comunidade inclusiva, diversa e vibrante.”

Apesar do pronunciamento, diversos produtores LGBT estão reclamando que seus conteúdos bloqueados mostram suporte a comunidade, e em alguns casos não apresentam conteúdo “sensível”, como apontado pelo YouTube.

*A parte em vermelho incorpora o texto original postado pelo YouTube na matéria

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