Mostra de Montagens Cênicas do Curso de Dança
Ocorreu uma mostra dos 14 trabalhos cênicos dirigidos por 14 formandas/dos em Dança – Licenciatura da UFPel. O evento ocorreu entre 31 de maio e 10 de julho, foi aberto ao público e gratuito.
Foto: Marcos Vinicius
Quem assistiu a todos os trabalhos, percebeu a diversidade da nova produção de dança em Pelotas e a qualidade crescente das novas coreógrafas e diretoras. Foram apresentados trabalhos de dança contemporânea, musical, tribal fusion, performance, danças urbanas, dança gospel e projeção folclórica.
Além da exploração das poéticas de dança, uma das marcas desta mostra foi a exploração de diferentes espaços cênicos. Além de espaços habituais de apresentação, como a Sala Carmem Biasoli, o Auditório 2 do Centro de Artes e o Auditório do Colégio Pelotense, o evento ocupou também o Largo do Mercado, a OCA, a Galeria da Brahma, o Porão do Museu do Doce e uma loja do Mercado Central.
Essa multiplicidade de projetos cênicos responde à diversidade contemporânea na qual o curso de Dança – Licenciatura se insere e evidencia. Multiplicidade que importa porque o curso, na formação de professoras e professores de dança, se coloca na defesa da educação democrática, inclusiva, que respeita as diferenças e promove a igualdade de direitos, de saberes e de culturas.
O Curso e a Direção do Centro de Artes /UFPel entendem que essa Mostra foi um modo de expandir sua prática pedagógica para toda a cidade; um modo de contribuir com o desenvolvimento artístico da cidade e com o acesso à arte, direito de todos. Desta forma, toda comunidade pelotense foi convidada a participar, lembrando que a entrada foi gratuita, normalmente com retirada de senhas antecipada, devido a lotação dos espaços.
Veja abaixo alguns dos trabalhos apresentados:
EMPATITUDE
No início, a Terra era sem forma e vazia. Então, foi transformada em um lugar para receber vida. O primeiro casal utilizou seu livre arbítrio, cedeu à tentação e usurpou para si os atributos divinos. O pecado trouxe separação entre os seres humanos, causando falta de amor e empatia. Porém, o desejo inicial sempre foi de cuidado e de condução. O desejo inicial era empatitude.
Direção: Cíntia Fernandes
Orientação: Josiane Franken Corrêa
TRAJETO, TRAJETÓRIAS, TRAJETOS (INDECISÕES)
Por onde ir? Qual caminho seguir? Que roupa usar? Nossa vida, nossa rotina é feita de decisões e indecisões! A cada trajeto marcado, temos lembranças de alguma decisão que tivemos que tomar… ou mesmo aquela indecisão… o que fazer agora? Permita-se errar e sentir-se um indeciso decidido!
Direção: Nayane Lima
Orientação: Thiago Amorim
SEM MAIS MILONGAS
Manifestação cultural hasteando três bandeiras, derrubando as fronteiras para se tornar igual. Se fez fundo musical para as famosas pajadas, e assim segue estrada, pra outros pagos distantes, com suas três variantes onde o ritmo emana, com milonga arrabaleira, a milonga corraleira e a milonga pampeana.
Direção : Cíntia Mendes
Orientação: Thiago Amorim
COMO TRATAR DA QUESTÃO?
Pára. Chega aqui. Repara na janela do teu quarto. Podemos abri-la juntas/es/os? “Como Tratar Da Questão?” fala sobre o abrir de certas janelas na percepção de profusos olhares, mesmo ainda estando o tempo demasiadamente nublado. É preciso tatear as questões, indagando por dentro o corpo, atingindo assim o escopo de algumas vitais respostas…
Direção: Nadyne Uakti
Orientação: Alexandra Dias
PRETO É O LUGAR ONDE MORO
Obra de dança contemporânea que leva à cena os rótulos impostos ao corpo negro na sociedade. Baseando-se na dívida histórica da diáspora africana, o espetáculo apresenta temas como corpo, violência, gênero e padrões, propõe levar o espectador à reflexão sobre questões invisibilizadas… silenciadas e que, por isso, incomodam. O Corpo negro incomoda? O meu corpo negro te incomoda?
Direção: Naiane Ribeiro
Orientação: Alexandra Dias
INSUFICIÊNCIAS
O espetáculo Insuficiências traz para cena os conflitos internos da constante busca de preencher os vazios existenciais e a forma com que o indivíduo se coloca no mundo e se relaciona com o outro, nesse jogo de aceitação de sua condição de ser inacabado.
Direção: Carolina Pinto
Orientação: Maria Falkembach
SEGUNDA PELE
Segunda Pele é uma instalação de dança, na qual os bailarinos se encontram dentro de uma sala envidraçada, como uma vitrine. Questiona o olhar que pré-julga, que molda, que fixa em modelos e caixas… mas que também identifica-se, ao ver-se no reflexo do espelho. Evidencia o vestuário, uma de nossas peles, que possui memórias e valores. Afinal, você atribui valor ou preço a mim?
Direção: Ludmila Coutinho
Orientação: Maria Falkembach
PARA ALÉM DE NÁRNIA
Guarda roupa mágico. Mundo encantado. Quatro irmãos, um Leão e uma feiticeira. Traição. Sacrifício. Remissão. O que tudo isso tem a ver com o a obra redentora do cristianismo? O espetáculo Para além de Nárnia traz a relação da obra de C.S. Lewis com o maior sacrifício da humanidade, revelando o amor de Cristo para com todos nós.
Direção: Bruna Baes
Orientação: Eleonora Santos
Data |
Direção |
Título da obra |
Local |
31mai | Kathlen Prestes | E o verbo se fez carne e habitou entre nós. | Auditório Colégio Municipal Pelotense |
15jun | Shaiane Beatriz dos Santos | 64 | OCA |
16jun | Sidinéia Milano Garcia | (COM)Fusão | Auditório do Centro de Artes – Bloco II |
18jun | Inda Rulio Bajar | Afinal de contas… O que é a morte? | Sala Carmen Biasoli |
22jun | Cíntia Fernandes | Empatitude | Auditório Colégio Municipal Pelotense |
24jun | Nayane Lima | Trajeto trajetórias trajetos (in)decisões | Auditório do Centro de Artes – Bloco II |
24jun | Cíntia Mendes | Sem mais milongas | Auditório do Centro de Artes – Bloco II |
25jun | Nadyne Uakti | Como Tratar da Questão? | Sala Carmen Biasoli |
26jun | Naiane Ribeiro | Preto é o lugar onde moro | Porão do Museu do Doce |
27jun e 07jul | Carolina Pinto | Insuficiências | Galeria Brahma |
28jun e 30jun | Ludmila Coutinho | Segunda pele | Loja do Mercado Central |
28jun | Bruna Baes | Nárnia | Auditório do Bloco II – Centro de Artes |
02jul | Yane Bueno | Rumo ao estrelato | Sala Carmen Biasoli |
10jul | Deivid Garcia | O grito sem voz | Largo do Mercado Central |