“Som da Liberdade” repercute mundialmente com polêmica envolvendo teorias conspiratórias            

Sucesso de bilheteria no Brasil em outubro, filme acumulou a marca de R$ 30 milhões na terceira semana de estreia nacional         

                                            Por Gabriel Medeiros     

 

Ator Jim Caviezel interpreta protagonista Tim Ballard e vem sendo acusado de integrar movimento de extrema direita   Fotos: Divulgação

 

Alerta: Esta resenha contém alguns spoilers sobre a trama do filme

O filme “Som da Liberdade” (“Sound of Freedom”), dirigido por Alejandro Gómez Monteverde, ainda gera discussão e debates em diversos lugares ao redor do mundo, sobretudo no Brasil. Baseado em uma história real, o longa trata de um assunto pouco comentado nas mídias: a exploração sexual e o tráfico internacional de crianças e adolescentes. Por se tratar de um assunto polêmico e extremamente sensível, o filme se tornou alvo de diversas críticas associadas aos atores do filme, assim como o seu tema sensível, principalmente nos Estados Unidos.

O ator Jim Caviezel interpreta o personagem protagonista Tim Ballard, um ex-agente federal dos Estados Unidos, que dedicou toda a sua carreira profissional para prender centenas de pedófilos nos EUA. À medida que o filme passa, torna-se perceptível como o trabalho está sendo desgastante para Tim, que já não se encontra mais satisfeito apenas prendendo os criminosos. A trama se desenrola quando Tim prende o que parecia ser apenas mais um pedófilo, em um flagrante pelo compartilhamento de vídeos e imagens pornográficas de crianças e adolescentes. Nesse momento, Tim presencia vídeos e fotos das crianças em situações de exploração sexual e passa a ser consumido pelo desejo de resgatar todas os jovens totalmente vulneráveis nessa situação.

 

Personagem principal  propõe-se a resgatar crianças e adolescentes vulneráveis pelos abusos e exploração sexual

 

Polêmica

Em uma cena comovente, Tim pede ao seu chefe para lhe ceder recursos financeiros para realizar a operação de encontrar os traficantes e pedófilos e achar todas as crianças sequestradas. Depois disso, o filme se desenrola em um ritmo contínuo, com o protagonista utilizando de todos os métodos para encontrar as crianças, o que também gerou questionamentos do público e dos críticos, pois o protagonista, em algumas sequências longas, teve que se disfarçar como pedófilo para encontrar a localização exata dos pequenos.       

Com o foco em trazer à tona o que acontece na vida real, a obra alerta os telespectadores, sobretudo pais ou responsáveis pelas crianças e adolescentes, sobre a existência e a periculosidade do tráfico internacional de crianças e adolescentes, assim como a exploração sexual, ambas intrinsecamente ligadas uma à outra.

Apesar do tema ser de grande relevância mundial, uma vez que a exploração sexual de crianças acontece diariamente nos quatros cantos do mundo, a obra foi pouco divulgada pela mídia no início de seu lançamento, no dia 4 de julho, feriado da Independência, nos Estados Unidos. Mesmo com a pouca divulgação, não demorou para estar entre os primeiros colocados de bilheteria na semana nos EUA e posteriormente no mundo.

O sucesso é atribuído às polêmicas envolvendo o ator Jim Caviezel que vem sendo acusado por críticos e internautas de fazer parte do movimento americano QAnon. De acordo com os integrantes do movimento, políticos americanos e mundiais pedófilos e satanistas, em busca de uma fórmula do rejuvenescimento, teriam travado uma “guerra secreta” contra Trump e seus apoiadores, durante o mandato do ex-presidente estadunidense. Esses criminosos supostamente ocupariam cargos no alto escalão do governo em vários países, inclusive Estados Unidos, além de exercerem cargos de comando em empresas e na imprensa. Para alimentar ainda mais os rumores, usuários da internet descobriram que a estrela do filme, Jim Caviezel, realmente participou de uma conferência temática do QAnon, em 2021. Sem falar nos registros, na imprensa, de depoimentos do ator citando o movimento conspiratório.

Tendo em conta os boatos em alta sobre a relação do movimento Qanon com o filme e a sua temática sensível, a mídia americana não teve outra opção a não ser comentar sobre a obra. Foram tecidas críticas ao ator, diretor e roteiro do filme, associando-os ao estereótipo de um filme cristão, conservador e de extrema-direita. Entretanto, o próprio diretor do filme, Alejandro Gómez, veio a público manifestar-se sobre as taxações que a mídia americana estava levantando sobre o longa, alegando que o seu filme nada tem a ver com política ou teorias conspiracionistas.

Para Alejandro, o que está em jogo em seu filme, é justamente a questão do tráfico internacional de crianças juntamente com a exploração sexual, ao qual, o diretor mexicano objetivou por alertar toda a população mundial sobre o assunto, através do filme.

Em meio a diversas taxações, críticas, teorias conspiracionistas, a obra de Alejandro, iniciada no ano de 2015, estourou nas diversas plataformas de mídias sociais, com diversas pessoas falando sobre a história do longa e suas polêmicas inflamadas, gerando repercussão mundial para um assunto pouco comentado entre os membros de uma sociedade: a exploração sexual e o tráfico internacional de crianças e adolescentes. Nesse aspecto, a obra torna-se relevante pela sua coragem de jogar luz sobre um assunto, que muitas vezes é ignorado entre os líderes mundiais e seus governos, abrindo diversas possibilidades para que a sociedade em geral cobre seus líderes por políticas públicas e mudanças necessárias para proteger a sua população do crime de tráfico internacional e exploração sexual de menores.

Em tais circunstâncias, o longa-metragem, apesar das polêmicas, cumpre com o papel de alertar e conscientizar a população, principalmente pais ou responsáveis, sobre a exploração sexual infantil, demonstrando a triste realidade vivida por milhares de crianças e adolescentes que já sofreram ou sofrem diariamente com esses crimes que vão contra o direito da liberdade de todo o ser humano.

 

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Sebos pelotenses renovam interesse de várias gerações por livros físicos

Procura por usados cresceu desde a pandemia. O que alguns podem considerar ultrapassado, hoje ainda é motivação para a leitura        

Por Carolina Farias Tapia e Sara Lopes da Silva         

 

O Icária Tiradentes apresenta grande número de exemplares de diversas obras    Fotos: Carolina Farias Tapia

  

A pandemia de COVID-19 foi responsável por uma grande modificação no modo de pensar e agir da população ao redor do mundo. No ramo da literatura, essa ressignificação foi responsável por alterações expressivas no mercado: durante o ano de 2019, o faturamento das editoras foi de R$1,75 bilhão, equivalente a uma queda de 6,21% em relação ao ano anterior. Embora tenham sofrido impactos, assim como os demais setores comerciais, durante o ano de 2021, a receita das editoras alcançou R$2,35 bilhões, aumentando 8,33% no ano seguinte. Muitos influenciadores apontam como fator responsável pelo maior interesse pela leitura, principalmente do público jovem, o TikTok. O  aplicativo sofreu um boom durante o isolamento e fez com que parte de seu público desse início ou retomasse o hábito de ler com a divulgação das sinopses de livros. Essa nova onda de busca pela literatura traduziu-se, também, na procura por sebos.

Os sebos são lojas de livros usados, onde se pode comprar, vender e trocar obras literárias por valores mais baixos do que o habitual. Além disso, uma grande diversidade de produtos culturais pode ser encontrada nesses estabelecimentos, como discos de vinil, CDs e DVDs. Na cidade de Pelotas, há pelo menos quatro grandes lojas com formas diversas.  São os livreiros Icária Tiradentes, Icária Dom Pedro II, Montecristo e Zé Carioca. Os sebos Zé Carioca e Montecristo também vendem discos e CDs. Alguns deles expõem seus exemplares em eventos como a Feira do Livro, que recebe um grande público todo ano. 

Alexandre de Menezes, proprietário de um dos mais antigos sebos da cidade, o sebo Icária Tiradentes, ressalta sobre o hábito da leitura na cidade: “Na minha experiência os jovens têm lido cada vez mais, acredito que seja por um trabalho competente das editoras, fazendo livros mais atrativos, envolvendo capas mais legais e o investimento nas redes sociais com resenhas e vídeos mais divertidos”. O dono da livraria também comenta que esse é o primeiro passo para formar leitores mais exigentes. Com o hábito criado, na medida em que amadurecem,  eles buscam também por livros mais aprofundados para não perderem o costume. E vão passando, assim, pelas várias fases da vida. No entanto, Alexandre acredita que as opções de leitura são muito singulares e se traduzem diretamente na diversidade de buscas em seu estabelecimento.

 

Sebos são lugar certo para encontrar obras de autores clássicos e algumas vezes difíceis de achar em outras livrarias

 

No Brasil, grande parte dos leitores “mirins” trazem de herança o hábito de seus pais. “Pais leitores formam filhos leitores”. Devido à pandemia, as escolas buscaram uma forma de ajudar as crianças através de conversas com os pais para que os incentivassem a lerem mais. Segundo dados internacionais, divulgados pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), alunos que praticam leitura familiar tendem a se sair melhor em testes de interpretação de textos.

Alexandre comentou também sobre os “filhos leitores” que buscam o sebo: “É muito raro ver filhos de pais leitores que não herdaram o costume da leitura E foi o meu caso, minha mãe e minha avó tinham muitos livros e sempre me incentivaram, também acredito que os professores possam ter influência nessa prática”, finalizou.

 

 

Os exemplares apresentam-se em diversos idiomas e classificações nas estantes dos livreiros

 

Para a dona de casa Jaqueline de Oliveira, de 52 anos, leitora desde muito nova, a prática de ir a sebos encontrar exemplares é, também, o ato de realizar uma curadoria: “É possível encontrar versões de diferentes épocas, diferentes editoras. Além do fato de que podemos trocar, muitas vezes, com leitores que também estão no local. Sou assídua [nos sebos] e incentivo minha filha a vir também”, afirmou.

Ao contrário do que muitos acreditam, os livros podem ser encontrados também em sites específicos para tal, como é o caso da Estante Virtual, que reúne quase três mil vendedores do Brasil em uma única plataforma. Muitos livreiros de Pelotas encontram-se lá.

A pandemia deixou para trás inúmeros hábitos, alguns positivos, outros negativos. Levando-se em consideração o período de ebulição global, a troca de livros e outros produtos culturais é, também, o uso consciente dos materiais já produzidos no mundo, sem a necessidade constante de produção em larga escala de objetos já existentes.

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Catedral de Pelotas celebra beleza histórica em meio ao cenário urbano

No mês de novembro, a Semana Cultural de Pelotas celebrou o acervo arquitetônico da edificação       

Por Daniela Alves   

 

                  Catedral São Francisco de Paula faz parte da história de Pelotas desde 1813 e também ajuda a contá-la             Fotos: Divulgação

   

 

Com o intuito de celebrar o patrimônio cultural e promover a comunidade local, durante o mês de novembro houve a 5ª Semana Cultural de Pelotas. O evento ofereceu ao público presente uma série de atrações gratuitas através de uma parceria entre a Catedral Metropolitana São Francisco de Paula  e a Perene Patrimônio Cultural. Aconteceram visitas guiadas pela igreja, percorrendo o interior e entornos da capela. Durante a semana, um dos ícones arquitetônicos de Pelotas, com fundação em 1813, transformou-se em um epicentro de atividades culturais, proporcionando uma experiência enriquecedora para todos os presentes.

Participante ativa do evento, Simone Neutzling, arquiteta da Perene Patrimônio Cultural e também principal idealizadora e condutora do restauro na Catedral, foi a grande responsável por levar ao público um pouco mais da história do local e do simbolismo por trás de cada estrutura da antiga catedral. “A Semana Cultural da Catedral é um evento importante para a cidade, pois promove a cultura e a educação patrimonial.”

Cláudio Fuhrmann, participante da visita guiada pela Catedral no dia 11 de novembro, ressalta a excelência do trabalho realizado com o público. “Além de apresentar o processo de restauro da Catedral, ela vai contando histórias e mostrando através do prédio as intervenções que foram feitas.” O visitante destaca ainda que a visita guiada torna possível ao público, entender o que foi feito no prédio ao longo dos anos, reconhecendo as marcas da história que ficaram.

 

A arquiteta Simone Neutzling acompanhou a visita guiada com o público visitante

 

É possível fazer a visita guiada pela internet em três partes: a primeira, segunda e a terceira.

Sendo característico das cidades despertarem para uma vida que somente se renova com o chegar de um novo ano, ainda é preciso exaltar as construções que nutrem a história da nossa terra e contribuem com a beleza cotidiana entre a urbanização cada vez mais viva nas cidades. Foi com este objetivo que a 5ª Semana Cultural da Catedral reuniu em sua programação missas, apresentações, visitas guiadas e também o lançamento da restauração do Assoalho.
Através do Facebook, é possível fazer um tour virtual pela Catedral e também conhecer sua história.

 

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Cidade do Rio Grande é um dos destaques entre ações da Lei Paulo Gustavo

Programa destina mais de R$3 bilhões para impulsionar setor cultural em todo o País    

Por Isadora Jaeger e Maria Clara Goularte    

No cenário de recuperação pós-pandemia, a Lei Complementar nº195/2022, conhecida como Lei Paulo Gustavo, revela-se como um marco significativo ao destinar mais de R$3 bilhões para a execução de ações e projetos no setor cultural em todo o Brasil. Sancionada em julho de 2022, a legislação representa não apenas um aporte financeiro histórico, mas também um símbolo de resistência da classe artística em meio aos desafios impostos pela pandemia do Covid-19. O município de Rio Grande participa como uma das instâncias de seleção de projetos. Após debates, o lançamento de editais e seleção, as propostas contempladas começaram a receber os pagamentos na sexta-feira, dia 8 de dezembro, em Rio Grande.

O montante, considerado o maior investimento direto na cultura da história do país, será distribuído de forma estratégica em três diferentes destinos. Setenta por cento (70%) do valor total serão direcionados ao fomento do setor audiovisual, abrangendo apoio a salas de cinemas, festivais e mostras, microempresas e pequenas empresas deste segmento, entre outras iniciativas. Os trinta por cento (30%) restantes serão alocados para impulsionar diversas linguagens artísticas.

 

Após o lançamento dos editais 10 e 11, a cidade se destacou por ter mantido as inscrições abertas por 36 dias

 

Os recursos provêm dos superávits financeiros do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e de outras fontes de receita vinculadas ao Fundo Nacional de Cultura (FNC). Em um esforço conjunto, a lei foi elaborada ao longo do período pandêmico, no qual as atividades culturais foram abruptamente limitadas. Sua essência consiste em implementar ações emergenciais para reduzir e combater os prejuízos sofridos pelo setor cultural durante a pandemia, ao mesmo tempo em que busca restabelecer sua economia.

Para garantir a distribuição equitativa desses recursos, os agentes culturais terão acesso aos valores exclusivamente mediante editais, chamadas públicas, prêmios e outros serviços e formas de seleção oferecidos pelos estados, municípios e Distrito Federal. Destaca-se que o repasse não será realizado diretamente pelo Ministério da Cultura.

No âmbito municipal, o município de Rio Grande se beneficiará com um repasse total de R$1.736.903,66 (um milhão, setecentos e trinta e seis mil, novecentos e três reais e sessenta e seis centavos). Esses recursos serão distribuídos de forma estratégica para impulsionar iniciativas culturais locais, representando um importante passo para revitalizar o cenário cultural na região.

O processo na cidade de Rio Grande já está em fase de divulgação dos inscritos que serão beneficiados. Durante a etapa anterior, a cidade se destacou por ter mantido o edital aberto por 36 dias, o maior prazo entre os municípios do interior do Estado. Na sexta-feira, dia 8 de dezembro, a Secretaria do Município do Esporte, Cultura e Lazer, realizou a solenidade de pagamento das 11 primeiras propostas contempladas, no Salão Nobre do Paço Municipal Deputado Carlos Santos.

Produção de curta-metragem documental

Entre outros beneficiados, a ação irá contribuir diretamente com o projeto da Natasha Rodrigues, autônoma e graduanda em Artes que teve seu projeto, em parceria com dois colegas, selecionado para receber o incentivo monetário.

O curta-metragem documental do grupo retratará a história de Maria da Graça Amaral, uma mulher ativista negra que participou da fundação do movimento negro rio-grandino. “Acreditamos que a história de vida da Graça dará respaldo a necessidade que temos de materiais audiovisuais que respondam a imperativos sobre esta pauta, ainda mais em se tratando de uma mulher, mãe e que mesmo diante de inúmeras adversidades seguiu na luta pelo que acredita, até hoje”, diz.

Natasha enfatiza também que o amor pela arte não é o único requisito para a realização de um projeto artístico. “Esse tipo de projeto exige um custo de produção bem alto, sendo necessário a contratação de profissionais que atuem nas áreas do audiovisual, além de outros profissionais que respondam a algumas necessidades específicas, como pesquisadores e intérpretes de Libras, por exemplo. Nesse sentido a Lei Paulo Gustavo irá fazer o papel de provedora deste projeto, sendo de suma importância para sua conclusão”, explica a artista.

A Lei Paulo Gustavo emerge como um instrumento vital para a recuperação e fortalecimento do setor cultural, sinalizando um compromisso robusto na promoção da diversidade e na valorização das expressões artísticas em todo o país.

A Lei foi nomeada em homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo, conhecido, principalmente, por sua icônica personagem Dona Hermínia, na trilogia de filmes nomeada “Minha Mãe é uma Peça”. A personagem, inspirada na mãe do ator, a Dona Déia, se tornou um personagem amplamente conhecido e amado pelo Brasil.

O humorista faleceu aos 42 anos, devido a complicações do vírus da Covid-19, em 4 de Maio de 2021. Com diversos personagens, bordões e performances em sua trajetória, o artista se consagrou como um grande impulsionador do cinema, teatro e da comédia brasileira. A legislação que carrega seu nome foi aprovada em 5 de Julho de 2022.

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SOPA movimenta estudantes de vários cursos da UFPel

A primeira edição do evento aconteceu no início deste mês no Centro de Artes com diversas oficinas       

Por Vitória Santos        

Entre os dias 4 e 8 de dezembro, no Centro de Artes da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), os integrantes do PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Artes Visuais da UFPEL promoveram a primeira edição da Semana de Oficinas PET Artes, ou melhor, a SOPA. Conforme apresenta o site oficial do programa, o PET proporciona aos alunos a possibilidade de atividades complementares às realizadas nas salas de aulas. O objetivo é apoiar ações acadêmicas que integram ensino, pesquisa e extensão.

A estudante Aryane Barbado, que fez parte da organização, contou que se surpreendeu com a quantidade de inscritos nessa edição: “Participaram alunos de todos os cursos, esperávamos somente o pessoal de Artes, mas havia inscritos dos cursos de Engenharia Ambiental, pós-graduações e muitos outros”, compartilhou.

 

    Uso de corantes vindos diretos da natureza contribui para arte mais ecológica    Foto: Naíma Zee

 

A oficina de estamparia com frutas abriu a programação. Cerca de 15 pessoas reuniram-se no ateliê de pintura na manhã de segunda-feira. Allende de Castro Perini, que ministrou as atividades, destacou como a técnica pode reduzir os impactos ambientais de tintas químicas. “Quando termina, usando frutas, você pode descartar tudo na natureza, até enterrar, não há impacto residual negativo”, afirmou. Além disso, o ateliê ficou repleto de fragrâncias. O ministrante contou que separou elementos naturais como hibiscos e outras flores e deixou os participantes livres para adicionar outros orgânicos à paleta de cores. Esses, por sua vez, somaram itens como açafrão e casca de frutas aos trabalhos. As obras produzidas foram expostas no jardim do Centro de Artes (CA).

 

      Produções da oficina de estamparia com flores e frutas em exposição no jardim                Foto: Pedro Navarro

Do lado de fora, outros alunos estavam envolvidos com as práticas de marcenaria na oficina ministrada por Aryane e Luka Vargas, onde madeiras reutilizadas ganharam novos destinos. No final da tarde, aconteceu o primeiro de três encontros da oficina de Escrita Encarnada, com André Dias Rodrigues, que encerrou as atividades do primeiro dia da SOPA.

 

Na Oficina de Marcenaria foram ensinadas técnicas de reutilização da madeira  Foto: Pedro Navarro

 

A quarta-feira começou com Lívea Carmo, na oficina de mini vasos, feita no ateliê de cerâmica. Ao mesmo tempo Yuki Zarate compartilhava conhecimentos valiosos para a confecção de portfólios. Durante as prévias da SOPA, Aryane contou sobre o desafio de planejar uma oficina sobre o tema que contemplasse também os alunos de outros cursos, já que inicialmente as práticas de portfólio seriam focadas em trabalhos artísticos.

 

     A arte do desenho contribui para a comunicação alternativa dos fanzines         Foto: Pedro Navarro

 

No penúltimo dia da semana de programação, alunos se reuniram para a oficina de Filmes de Bolso, com Luiz Fernando Rodolfo.  Outros espaços do CA foram ocupados pela SOPA, como o Jardim do prédio, que recebeu a oficina de animação com carvão na parede e o laboratório de fotografia, onde aconteceram as atividades de Cianotipia, técnica que permite impressões manuais em negativos monocromáticos. Já a sala do PET artes recebeu neste dia a oficina de fanzine, que trata, em definições gerais, da produção de revistas e publicações alternativas produzidas por fãs de determinado tema.

O dia final dos eventos começou com a atividade de animação com Adesivos e Grudes conduzida por Ícaro Castello. Durante a tarde, dobraduras simples criaram diversos modelos de aviões de papel na oficina ministrada por Francisco Franco. Na sala do PET Artes, vários alunos produziram aeromodelos para sair e testá-los nos espaços abertos da UFPEL.

Os organizadores se mostraram otimistas com a realização do evento e informaram que já estão pensando na programação para uma segunda edição. “Pensamos em expandir os espaços, talvez até uma oficina de barcos de papel para soltar no Quadrado [ponto turístico de Pelotas às margens do Canal São Gonçalo]”, comparou Francisco, que ensinou aviões de papel. A divulgação desta edição aconteceu por meio de cartazes colados por diferentes espaços da UFPEL e no Instagram.

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Uma história de identidade e paixão no filme “Deserto Particular”

Título brasileiro de 2021 foi brasileiro indicado para concorrer ao Oscar Internacional        

Por Igor Biagioni Rodrigues        

 

Os espectadores vão criando a imagem dos protagonistas ao longo da história passada na tela

 

“Deserto Particular” (2021) é um filme brasileiro realizado através de uma coprodução com Portugal, dirigido por Aly Muritiba. O longa conta a história de Daniel (Antônio Saboia), um policial curitibano que está passando por problemas judiciais após um erro grave que cometeu. O protagonista passa os dias em uma rotina monótona que se resume em cuidar de seu pai (um idoso, ex-militar e que sofre de um processo de demência) e conversar com uma mulher que ele conheceu nas redes sociais e vive na fronteira da Bahia com Pernambuco, a Sara. Em um momento de desespero em que as coisas começaram a dar ainda mais errado em sua vida, Daniel pega uma caminhonete e corta o país do Sul ao Nordeste em busca de Sara. A partir dessa premissa, a película levanta temas importantíssimos e atuais, como violência policial, relações nas redes, paixão e desejo, religião e identidade. Foi o filme brasileiro indicado para concorrer ao Oscar de melhor filme internacional em 2022, embora não tenha sido um dos títulos selecionados para a cerimônia de premiação. Está disponível no Amazon Prime Video e HBO Max.

Com um primeiro ato inteligentemente longo, o filme nos apresenta Daniel. Porém, não o conhecemos por completo; através de diálogos, momentos e, até mesmo, pelo cenário, o espectador vai construindo uma imagem/ideia de quem é o protagonista. E, na segunda metade do longa, nos é contada a história de Sara, personificada por Robson (Pedro Fasanaro), integrando com a de Daniel. E só então começamos a ter uma visão mais completa daquela trama.

Um aspecto a se destacar é a dicotomia que o filme trabalha. Tal dualidade se apresenta não só nos personagens e suas personalidades, mas também na fotografia do longa. Curitiba possui um tom mais azulado, algo que remete à frieza, sendo o oposto de Daniel, que é uma pessoa passional demais. Já em Sobradinho, a paleta de cores muda para tons mais quentes, não só por conta do clima da cidade, mas pelas emoções que ali são e serão vivenciadas.

Tecnicamente falando, o filme utiliza o plano aberto, plano geral como ambientação, mas também como contemplação em um clima de muita brasilidade que remete ao sertão, e por si só alude ao título do longa e a jornada de Daniel. E utiliza também, com constância, o primeiro plano para que o foco seja nos personagens.

A trilha sonora vem de maneira diegética, ou seja, ela está acontecendo no plano ficcional da obra. As músicas aparecem sendo tocadas em bares, carros e ambientes presentes na história, sendo parte efetiva da ação. As escolhas musicais são muito assertivas, não só pela ambientação que elas trazem, mas por funcionarem como uma descrição dos sentimentos presentes em cena, principalmente a música “Total Eclipse Of The Heart”, que é uma síntese da relação e das emoções dos personagens principais.

Através da construção de seus personagens, e, principalmente, a partir do momento em que eles se encontram, a película discute como o meio em que crescemos nos molda e como certas amarras sociais nos prendem, e de maneira muito simbólica mostra como os personagens respondem a isso, seja saindo daquele lugar que é uma âncora em sua vida, mudando o fluxo do rio em que navegam ou quebrando o gesso que os encasula.

Em suma, “Deserto Particular” é um belíssimo filme que traz à tona diversos subtemas extremamente relevantes para a sociedade e faz isso utilizando um dos tropos mais convencionais das histórias, a busca pela amada, e, por isso, ele é tão inteligente.

Ficha Técnica:

Título Original: Deserto Particular

País de Origem: Brasil e Portugal

Roteiro: Aly Muritiba e Henrique dos Santos

Direção: Aly Muritiba

Classificação: 14 Anos

Duração: 120 minutos

Elenco:

Antônio Saboia como Daniel

Pedro Fasanaro como Robson

Laila Garin como Juliana

Thomas Aquino como Fernando

Zezita Matos como Tereza

Luthero Almeida como Everaldo

Sandro Guerra como Pastor Ailton

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CaVG/IFSul comemora 100 anos com apresentações e exposições

Música, dança e poesia fizeram parte da programação que celebra um século desde a fundação     

Por Vanessa Centeno Ferreira     

 

Exposição do NEPEC no Câmpus resgata objetos que simbolizam mudanças ao longo do tempo    Fotos: Vanessa Ferreira

 

Para comemorar um século de história, completado no dia 12 de outubro de 2023, o evento Arte nos 100 Anos CaVG está sendo realizado pelo Núcleo de Arte e Cultura (NAC) e o Núcleo de Extensão e Pesquisa em Educação, Memória e Cultura (NEPEC) do Câmpus Visconde da Graça do Instituto Federal Sul-rio-grandense (CaVG/IFSul). Esta realização teve atrações culturais em que os estudantes apresentaram seus talentos com a Banda CaVG e o Grupo de Dança do CaVG. Houve espaço para a poesia e a exposição “Vestígios e Presenças: a Palavra no Tempo”, do NEPEC, trouxe um pouco da história do Câmpus, com seu acervo de objetos antigos.

A Galeria Cultural do IFSul (rua Gonçalves Chaves, 3218, no Centro de Pelotas) inaugurou, no dia 4 de dezembro, outra exposição, “Um Olhar para o CaVG no Século XXI”.  Sob a curadoria de Aline Maria Rodrigues Machado, traz uma coleção de desenhos da Oficina de Desenho do Núcleo de Arte e Cultura (NAC) formada por estudantes do Câmpus. A mostra pode ser visitada até o dia 21 de dezembro, de segunda a sexta, das 9h às 18h.

 

O CaVG teve a sua fundação no dia 12 de outubro de 1923

 

 

História do Câmpus

O CaVG é um dos centros de educação mais antigos na região de Pelotas. A Escola foi fundada em 1923, como Patronato Agrícola Visconde da Graça com o apoio do então ministro da Agricultura, o pelotense Ildefonso Simões Lopes, ficando subordinada ao Ministério da Agricultura.

O nome Visconde da Graça foi em homenagem ao senhor João Simões Lopes Filho, falecido em 1893 e que detinha o título de Visconde da Graça. Era dono da antiga Estância da Graça, cujos terrenos foram doados pela família Simões Lopes ao Ministério da Agricultura.

O CaVG esteve 38 anos vinculado ao Ministério da Agricultura, oito anos diretamente ao Ministério da Educação, 40 anos à Universidade Federal de Pelotas e, recentemente, 13 anos ao IFSul.                  

Em 2008, foram criados os institutos federais de educação, e, em 2009, a comunidade do CaVG decidiu, por voto, por sua inserção ao IFSul, o que foi efetivado em 2010. E passou, então, a ser o Câmpus Visconde da Graça. O CaVG é uma escola que está nos corações de jovens e adolescentes, adultos e idosos. Todos têm boas lembranças da instituição.

 

O Grupo de Dança é um dos projetos artísticos do Câmpus Visconde da Graça do Instituto Federal Sul-rio-grandense

 

Apresentações da Banda CaVG

E, em comemoração ao Centenário houve apresentações culturais no Mini Auditório 1 Pulga. Vale recordar que o apelido engraçado, “Pulga”, vem dos tempos em que o mesmo local funcionava como um alojamento e os estudantes o apelidaram de “Pulgão”. E um dos participantes das apresentações comemorativas dos 100 anos foi a Banda CaVG, que começou seus ensaios e apresentações em março deste ano.

A Banda CaVG é um projeto de música coordenado pelo Professor Vinicius Carvalho Beck que também atua como professor de Matemática no Câmpus. O grupo é formado por professores e estudantes do IFSul CaVG, que cantam ou tocam algum instrumento. Eles ensaiam e apresentam esporadicamente músicas populares brasileiras e clássicos do rock. É um projeto derivado de outro mais antigo chamado CaVG Rock, que consistia na gravação de músicas famosas para o Youtube no período da pandemia. Com o fim das restrições e a possibilidade de ensaios e apresentações ao vivo, vários estudantes começaram a participar e a interagir com a equipe.

 

Luíza Wardelmann Lima e Diego Jesus Borges Machado são vocalistas do grupo

 

Quando as aulas voltaram a ser presenciais e o projeto CaVG Rock já estava encerrando, através de uma casualidade, o professor Vinicius Carvalho Beck e o ex-integrante da Banda CaVG Rock Miguel Jorge Weber encontraram uma aluna que perguntou se tinha algum projeto de música em que pudesse participar como cantora. Então, o professor decidiu continuar o projeto de uma forma diferente. Ele e Miguel passaram nas salas de aula e convidaram os jovens que gostavam de tocar algum instrumento musical ou de cantar. Através desta chamada, os jovens começaram a aparecer para se envolver e participar do projeto.

Os ensaios e apresentações ao vivo começaram ainda em março deste ano e a banda já se apresentou algumas vezes no Câmpus do CaVG e também nas 49ª Feira do Livro de Pelotas. Confira as gravações no Youtube.

 

Professor Vinicius Beck coordena Banda

 

O professor Vinicius relatou que são em torno de 10 alunos que se apresentam. Ele gosta de ver a interação com o público quando a banda começa a fazer seus shows. Há sempre muitas expectativas por parte de todo o grupo, preocupado em trazer um bom trabalho para a plateia. Os alunos gostam muito de participar. Embora o professor já tenha pensado em cancelar o projeto por causa da rotina diária, que também envolve estudos e provas, os estudantes pediram a continuidade e reafirmaram seu interesse.

O repertório musical é escolhido pelos alunos, que demonstram predileção pela MPB e rock. Alguns instrumentos musicais são disponibilizados pelo CaVG, como piano e de percussão.  Mas a grande maioria é trazida pelos próprios integrantes. O professor traz a sua guitarra, e os ensaios são três vezes por semana, com somente alguns integrantes de cada vez. Todos se encontram nos ensaios gerais.

 

Professor Ederson Oliveira Duarte elogia interesse e envolvimento dos estudantes

 

E quem cuida para manter a galera com a voz aquecida, com o timbre ideal e aquecimentos vocais, é o professor Ederson Oliveira Duarte, também pianista e auxiliar do professor Vinicius. Lembra que participa desses projetos desde o início da pandemia, quando os vídeos eram feitos à distância. Cada integrante da banda fazia uma função. Foram produzidos muitos vídeos em que um integrante colocava a base instrumental e outro a voz. Para Duarte, os alunos são muito focados no projeto. Sempre o procuram para fazer aquecimento vocal. Dão ideias de repertório e se sentem motivados.

 

Projeto anterior apresenta vários vídeos no Youtube produzidos durante a pandemia    Imagem: Reprodução/Youtube

 

A Banda CAVG é formada por 15 pessoas. Fazem parte o professor de Matemática e coordenador do projeto, Vinicius Carvalho Beck, professor de Física e diretor Marcos André Betemps Vaz da Silva,  professor de Física Cristiano da Siva Buss, professor de Química Matheus Zorzoli Krolow, professor de Música e pianista Éderson Oliveira Duarte, professor Fernando Augusto Treptow Brod, e os estudantes Sabrina Lessa da Silva Lima, Manuela Oriente de Souza Martins, Sabrina de Lima da Fonseca, Luíza Wardelmann Lima, Eduarda Kabke Baptista, Gabrieli Goulart Sozinho, Maria Clara da Rosa Bruno, Miguel Jorge Weber e Diego Jesus Borges Machado.

O projeto anterior CaVG Rock também foi coordenado pelo professor Vinicius Carvalho Beck. Nos links a seguir, você confere essa realização, que teve duas edições, nos anos de 2020 e de 2021, quando estava ocorrendo a pandemia.

 

Miguel Jorge Weber participa tocando violão e cantando  música popular brasileira e rock

 

Paixão pela música

Natural de Cerrito, Miguel Jorge Weber é formado no CaVG no curso Técnico em Meio Ambiente e estuda Licenciatura em Matemática na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ele já fazia parte do projeto anterior, tendo como destaque quando cantou uma música dos Beatles no YouTube. E voltou para tocar violão e ser vocalista. Para ele a apresentação na 49ª Feira do Livro de Pelotas foi uma experiência única. 

Miguel também canta na noite e se apresenta em bares. Para ele é um hobby.  Conciliar sua rotina acadêmica com o projeto exige um sacrifício, pois ele tem aulas em certos dias nos três turnos: manhã, tarde e noite. Quando isso acontece, ele ensaia no intervalo das 12h às 14h. Mas, para ele, essa entrega é gratificante e sua família sempre o incentivou. Ele, sorrindo, diz que saiu do CaVG, mas o CaVG não saiu dele.

 

Luiza e Diego veem o canto como uma forma de realização

 

Alguns Integrantes da Banda

Luíza Wardelmann Lima tem 17 anos.  Vocalista da banda, cursa Técnico em Alimentos. Entrou no grupo em março logo no início do projeto. Ela diz que a música ajuda a tornar a rotina acadêmica dela mais leve e tranquila, pois o grupo ajuda a conhecer outras pessoas e criar outros vínculos. Luíza gosta de cantar desde criança. Comenta que as músicas do repertório já faziam parte da sua vida com letras que todo mundo conhece, “nem que seja só um trecho”.                                                                               

Outro vocalista é Diego Jesus Borges Machado, de 17 anos, que cursa Técnico em Alimentos. Ele mora na Ilha de Torotama, no município de Rio Grande, e canta desde seus oito anos na igreja junto com seus familiares. Desde criança, ele sempre esteve envolvido com música e dança.

Para Diego, as apresentações da banda são um sentimento único.  Para ele, o projeto é uma oportunidade que não se deve deixar passar. É sempre uma nova experiência. Toda vez que eles cantam, fica o desejo de voltar a ensaiar e se apresentar novamente. Segundo ele, a Feira do Livro foi uma experiência muito boa. Apesar de eles terem ficado nervosos antes da apresentação, deu tudo certo. Diego diz para os jovens não desistirem dos seus sonhos, não terem vergonha e não ficarem se privando em função de palpites negativos.

Luiza conta que sempre gostou de cantar desde criança, mas tinha muita insegurança devido às opiniões alheias, mas ela conseguiu mudar isto através dos ensaios. Comenta que uma amiga a incentivou a entrar no grupo e foi uma das melhores escolhas que ela fez. Fez o teste junto com sua amiga porque tinha muita vergonha. Hoje, ela incentiva outros jovens a terem coragem e participar

A aluna Gabrieli Goulart Sozinho, de 17 anos, que faz o curso de Vestuário, relatou que fazia parte da Banda CaVG, mas hoje integra o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), voltado para a preservação da cultura afro-brasileira. O projeto iniciou com a primeira Semana da Consciência Negra, na qual ela foi mestre de cerimônias.

Eduarda Kabke Baptista, de 16 anos, fazia parte do projeto como cantora, mas distanciou-se devido a outras atividades em que estava envolvida. Afastou-se, mas pretende voltar, já está com saudades,  pois gosta muito de cantar.

O coordenador do Núcleo de Arte e Cultura (NAC), Marcio Paim Mariot, falou que há várias atividades culturais além da Banda CaVG, como o Projeto de Dança, a Oficina de Desenho da professora Aline Machado, com a exposição na Galeria Cultural do IFSul, até o dia 21 de dezembro; e o projeto Conversa Literária da Biblioteca do CaVG. Ele antecipa que o grupo de dança pretende se apresentar em um festival de dança ano que vem. Os projetos são voltados para dentro e fora do Câmpus, levando alegria a todos que prestigiam.

Para mais informações sobre a Banda para eventos e apresentações é com o professor Vinicius Carvalho Beck pelo e-mail <viniciusbeck@ifsul.edu.br>.

 

Professora Débora Vendano coordena projeto voltado à participação de todos integrantes do CaVG

 

Grupo de Dança no Arte 100

O Grupo de Dança do CaVG é coordenado pela professora de Educação Física Débora Vendano de Vasconcelos Sinotti. Neste ano, ela iniciou a proposta de um grupo de dança na modalidade Jazz. Desde março, o grupo começou os ensaios e, na Arte dos 100, a professora trouxe uma amostra do que o grupo fez até agora. São 16 integrantes e os ensaios acontecem uma vez na semana, aberto à participação de todos os alunos e funcionários do CaVG. Os ensaios acontecem nas segundas-feiras ao meio dia. Os interessados devem procurar a professora na secretaria do CaVG.

 

Everton Luís Xavier Cardoso trabalha para a valorização da arte poética

 

Poesia

Apesar de já escrever as suas próprias poesias, o estudante Everton Luís Xavier Cardoso, de 29 anos, que cursa Meio Ambiente, apresentou duas poesias do livro “Poesia com Rapadura”, de Braulio Bessa, para as pessoas refletirem sobre a rotina da vida diária.

Para o professor de Física e diretor do CaVG, Marcos André Betemps Vaz da Silva, os projetos culturais desenvolvidos são uma parte fundamental para a formação dos estudantes, mesmo quando eles estão em carreiras técnicas. Para o professor, os cidadãos se constituem como seres humanos e como parte da sociedade e, por isso, a importância da arte como um ponto desta formação. Uma perspectiva mais ampla leva a enxergar a cultura como constituinte das nossas vidas no dia a dia.

Através dos seguintes links você acompanha a Banda CaVG no Youtube e  os projetos do CaVG:

CaVG Rock – Dezembro de 2020

CaVG Rock – 2021

Instagram da Banda CaVG

Instagram do Núcleo de Arte e Cultura (NAC)

Instagram do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Educação, Memória e Cultura (NEPEC)

 

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Arte nos corredores da UFPel: conheça uma das artistas

Descubra a pessoa por trás do “Clube do Morcego de Fruta” e outras obras     

Por Khadija Bakkar e Giovana de Sá        

Se você já andou pelos corredores do Anglo, ou do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com certeza já se deparou com o trabalho de Clara Fragoso, aluna do terceiro semestre de Bacharelado em Artes Visuais. Autora dos panfletos do “Clube do Morcego de Fruta” e, mais recentemente, do “Peixe Vidente”, Clara é dona do perfil @inset0_/ no Instagram, em que também compartilha suas obras.

 

Bilhete colado no painel do Campus Anglo da UFPel

 

Clara espalha misteriosos e absurdos bilhetes nos corredores dos prédios da Universidade. Ela busca explorar a autoridade que damos para avisos, símbolos e panfletos. “Eu queria brincar com a realidade que alguém entenderia ao ler uma mensagem que, pelo jeito que se dispõe, deveria ser séria, mas que acaba sendo algo fantasioso”, explica.

 

Esse é um panfleto com informação fantasiosa sobre restaurante universitário

 

Sobre o processo criativo, Clara esclarece que, como os panfletos são algo que ela faz por diversão, ela busca não forçar as ideias a surgirem. “O que acontece geralmente é que tenho vários pensamentos soltos durante o dia sobre coisas do meu cotidiano, e eu escolho um deles para extrapolar/explorar o máximo possível”, descreve.

Quanto ao significado específico de cada um dos bilhetes ou se o público fica a cargo de interpretá-los, a estudante contextualiza: “No meio artístico, falamos muito sobre o que acontece depois que você coloca o seu trabalho no mundo. Ele deixa de ser sobre o que você quer que as pessoas entendam e passa a ser sobre o que o observador vai interpretar”. Em relação aos seus panfletos, Clara acha que, se ela desse uma explicação definitiva sobre o que queria dizer, eles perderiam um pouco da mágica e do seu poder de sugestão.

 

Outra obra de Clara exposta no corredor  e com o título  “Cuidado”

 

Em geral, as suas criações são no formato bidimensional. Além de impressos, a artista também trabalha com pintura e desenho, sempre utilizando o humor, a ironia, o absurdo, o texto e a imagem. “Mas sempre gosto de testar uma coisa nova de vez em quando”, diz. Além dos panfletos, Clara também cria produtos com suas ilustrações, como adesivos e tote bags, os quais divulga no Instagram e vende pessoalmente no Centro de Artes.

 

Aviso chamou atenção e professora pensou que era alguma rebelião de estudantes 

 

Sobre o seu relacionamento com a arte, Clara lembra que falava que queria ser artista desde sempre e a sua família sempre a apoiou.  E finaliza: “Só comecei a desenvolver uma linguagem própria quando entrei na faculdade; quebrei um pouco as minhas convicções de antes sobre o que pode ser categorizado como arte e comecei a me deixar fazer o tipo de coisa que é mais a minha cara”.

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Recital de Piano para Amigas e Amigos

A professora e pianista Virgínia Mello Alves apresenta um repertório com músicas clássicas e populares nesta quinta-feira em Pelotas

Em apresentação especial para convidados, a pianista Virgínia Mello Alves apresenta o Recital para Amigas e Amigos, nesta quinta-feira, dia 30 de novembro, às 20h, no Conservatório de Música da UFPel. A professora do Departamento de Física da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) intensificou durante a pandemia a sua dedicação ao piano. Neste período, em que todos sofreram dificuldades, começou o envio de vídeos para amigos que estavam passando por depressões ou mal-estar em função do confinamento e, até mesmo, como presente de aniversário na época do isolamento.

Passou a tocar diariamente. E os vídeos deram lugar a lives, com a sua prática em transmissões ao vivo. Havia ali uma troca: as pessoas gostando de ouvir suas apresentações musicais, e, ao mesmo tempo, estimulavam o seu aprimoramento. E, assim. se manteve após a pandemia. Várias amigas e amigos vêm acompanhando as suas lives e podem perceber a sua evolução. Então, agora, Virginia sentiu que está pronta para oferecer uma versão presencial, com apoio da Reitoria da UFPel, do Centro de Artes e também do Theatro Sete de Abril.

O repertório do recital traz, no seu primeiro bloco, músicas clássicas e populares. São “Le Lac de Côme “ (Giselle Galos), “Sonata ao Luar” (Beethoven), “First Gymnopedie”, “3e Gnossienne” (ambas de Erik Satie), “2me Nocturne” (Frédéric Chopin),  “A Thousand Years” (Valerie), “Song For Guy” (Elton John),  “Somewhere In Time” (John Barry) e “Bohemian Rapsody” (Freddy Mercury).

A segunda parte será dedicada especialmente às músicas compostas pelo pianista italiano Ludovico Einaudi: “I Giorni”, “Fairytale”, “Primavera Nightbook”, “High Heels”, “Divenire”, “Love is a Mystery” e “Nuvole Bianche”.

 

Virgínia reencontra público das lives, da época da pandemia, agora presencialmente no Conservatório de Música da UFPel     Foto: Divulgação

 

Trajetória

Suprindo os sonhos da sua mãe, Virginia e seus quatro irmãos estudaram piano. Tiveram aulas no Instituto Musical Americano de Porto Alegre, com a professora Erica Rosado Gobbato. A pianista frequentou essa escola dos quatro aos onze anos de idade. Também estudou teoria musical na Escolinha da OSPA e, mais tarde, no Coral da UFRGS. Na juventude, antes de ingressar na universidade, cantou no grupo de música popular Tua Voz. Participou, nos anos 1970, no festival Musipuc, tocando como pianista acompanhada de outro grupo de música popular, com a música “Chuva Fria”, que ficou em terceiro lugar em uma das edições.

Depois de um longo tempo afastada da música, voltou a tocar piano com um equipamento digital. “Foi uma experiência incrível pois, ao tocar as partituras que tinha guardado, a execução voltou como acontece quando se volta a andar de bicicleta. Gosto de usar essa analogia. Quando nos mudamos para uma casa onde o piano pôde ter o seu lugar, passei a tocar mais regularmente”, lembra.

Para a escolha do repertório, ela contou com o auxílio do ex-aluno Eugênio Bassi. Dedicou todo o segundo bloco para executar uma seleção de músicas do compositor Ludovico Einaudi, que conheceu por sugestão de um aluno da universidade. “Simplesmente amei as suas composições, me emocionam e passaram a me acompanhar mesmo sem eu executá-las”, comenta. “Sou muito grata ao apoio institucional, ao apoio das amigas e dos amigos e espero que o evento seja muito especial para todos”, conclui a professora e pianista.

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Festival de Cinema da Fronteira abre segunda-feira em Livramento e segue em Bagé

Evento gratuito começa com a Mostra Animação e a Sessão Entre Fronteras e segue com 12 filmes longas em competição, sessões especiais e dezena de curtas-metragens, além de apresentações musicais

 

 

O 14º Festival Internacional de Cinema da Fronteira inicia nesta segunda-feira, dia 27 de novembro, na cidade de Livramento, na região da campanha gaúcha. A atração, com entrada franca, recomeça quarta-feira, dia 29 de novembro, em Bagé, e prossegue até o dia 3 de dezembro.

O programa é composto por 12 longas em competição, quatro filmes em sessões especiais e 59 curtas-metragens, contando ainda com várias apresentações musicais.

As apresentações de filmes começam em Livramento na segunda, às 19h, com a Mostra Animação e a Sessão Entre Fronteras, com a apresentação de curta-metragens, no Auditório da Unipampa (Rua Barão do Triunfo, 1048).

Em Bagé, a partir de quarta-feira, os longas em competição passam no Cine7 (Avenida Sete de Setembro, 1062) às 10h, 14h30min e 17h. Os curtas internacionais serão exibidos antes de cada um dos longas principais. Já os demais títulos serão projetados no Centro Histórico Vila de Santa Thereza (Avenida Visconde Ribeiro de Magalhães). Este local também será palco das apresentações musicais, homenagens, longas fora de competição e curtas regionais.

No domingo, as homenagens deste ano serão dedicadas à atriz gaúcha Leona Cavalli e a produtora audiovisual Carla Esmeralda. Além de títulos nacionais, a seleção de longas reúne produções da Argentina, Cuba, EUA, México, Peru, Suíça e Uruguai, vários deles inéditos.  Bagé também recebe o II Mercado Sur Frontera WIP LAB, voltado para profissionais da área audiovisual.

 

                          No sábado será apresentado o filme mexicano “El Actor Principal”, de Paula Markovitch, ainda inédito no Brasil           Foto: Divulgacão

         

A seleção aposta na produção nacional e na expressão de países ibero-americanos. “Nesta edição, com expressiva participação latina, estamos interessados em pensar e apresentar o Brasil de dentro, por isso, o tema ‘Profundo Brasil Profundo’ “, resume Zeca Brito, diretor artístico do evento. “Esse recorte de imersão e olhar para as identidades também passa pelos 12 longas em competição, maior número até hoje no festival”, ressalta.

O Festival da Fronteira tem patrocínio da marca Claro. Conforme o diretor regional da empresa, Marcelo Repetto, esta organização “entende a importância desta mostra competitiva, que faz os holofotes se voltarem para a região gaúcha, firmando o Rio Grande do Sul como polo da cultura e do setor audiovisual brasileiro”.

 

        A atriz Leona Cavalli será homenageada no Festival da Fronteira            Foto: Jonathan Giuliani

Natural de Rosário do Sul, na faixa de fronteira, Leona Cavalli vem a Bagé para receber o troféu São Sebastião. Ela atua no momento na novela “Terra e Paixão”, na Rede Globo. O evento também homenageia Carla Esmeralda, co-criadora do RioContentMarket (hoje Rio2C), maior mercado de conteúdo audiovisual da América Latina, que recebe o troféu em nome do Sur Frontera.

O II Mercado Sur Frontera WIP LAB é voltado para filmes em produção e traz grandes nomes da produção brasileira, entre os quais Jana Wolff (Berlinale), Mario Durrieu (FIDBA) e Walter Tiepelmann (Festival de Málaga). Dos noventa projetos inscritos, dez talentos foram selecionados.

 

Agenda de eventos

 

A animação “Bizarros Peixes das Fossas Abissais”, de Marão, está na tela quinta em Bagé Imagem: Divulgação

 

A programação começa em Livramento na segunda, 27 de novembro, às 19h com Mostra Animação, seguida da Sessão Entre Fronteras, com curtas realizados entre o Brasil e Argentina, no Auditório da Unipampa (Rua Barão do Triunfo, 1048).

Na quarta (29), às 9h, em Bagé, acontece o lançamento do festival na Casa de Cultura Pedro Wayne (Rua General Neto, 16). Às 10h, será exibido o primeiro longa em competição, “O Dia que te Conheci”, de André Novais. À tarde, a partir das 14h30min, é a vez de “Estranho Caminho”, de Guto Parente. Às 17h, será projetado “Anhangabaú”, de Lufe Bollini. Às 19h, haverá a Sessão Memória Longa com o histórico “Pára, Pedro!”, de Pereira Dias, de 1969. Às 20h, começa a cerimônia de abertura no Centro Histórico Vila de Santa Thereza, seguida da primeira parte da Mostra Competitiva Regional, e show musical do grupo Os 4 Irmãos, às 21h.

 

O filme Anhangabaú de Lufe Bollini será apresentado na quarta-feira à tarde   Foto: Divulgacão

 

No dia 30, quinta-feira, às 10h, a seleção de filmes traz “El Cine Ha Muerto”, de Juan Benitez Allassia. Às 14h30min, o longa “Rumo”, de Bruno Victor e Marcos Azevedo. Às 17h, passa “El Nadador”, de Gabriela Guillermo. Na sexta, dia 1º de dezembro, as sessões começam às 10h, com o longa “Sucesso e o Abstrato”, de Virgínia Simone e Matheus Walter. Na tarde, às 14h30min, tem a animação “Bizarros Peixes das Fossas Abissais”, de Marão, seguido de “Baracoa”, de Pablo Briones, às 17h. À noite, no Centro Histórico, haverá o show de Lucifer Kabra às 19h30min, seguido da segunda parte da Mostra Competitiva Regional, às 20h.

 

Baracoa, de Pablo Briones, é uma co-produção de Cuba, Suica e Estados Unidos Foto: Benjamin-Poumey

 

No sábado (dia 2), às 10h, é a vez de Céu Aberto”, de Elisa Pessoa. Às 14h30min, será exibido “El Filo de las Tijeras”, de David Marcial Valverdi. A programação prossegue às 17h com “El Actor Principal”, de Paula Markovitch. O filme “Cafundó”, de Paulo Betti e Clovis Bueno, estrelado por Leona Cavalli, será exibido às 19h. Às 20h30min, o público poderá conferir a última parte de curtas regionais. A noite termina às 22h30min com o show do Zava MC e de Kika Simone.

 

O filme brasileiro “Céu Aberto”, de Elisa Pessoa, abre as sessões de sábado     Foto: Divulgação

 

O último dia abre para o público às 18h com “El Canto del Tiempo”, de Mana García. Também fora de competição, às 19h30min, será apresentado  “Sobreviventes do Pampa”, de Rogério Rodrigues, quando encerra o programa de longas. Às 21h, começa a cerimônia de premiação e homenagens, seguida de show de Rita ZartRafael Silva e Lulu do Acordeon.

 

Domingo é dia de ver o filme argentino “El Canto del Tiempo”,  de Mana Garcia      Foto: Divulgacão

 

A programação completa pode ser conferida no site festivaldafronteira.com.

O XIV Festival Internacional de Cinema da Fronteira tem o patrocínio master da Claro, através da Secretaria de Estado da Cultura, Sistema Pró Cultura RS/LIC, e patrocínio do Conselho Nacional do Sesi. A produção é de Maristela Ribeiro Produções e a realização da Associação Pró Santa Thereza e Anti Filmes, promoção da Prefeitura Municipal de Bagé através da Secretaria Municipal de Cultura, com apoio institucional da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Centro Universitário da Região da Campanha (Urcamp) e Instituto Federal Sul Rio-grandense (IFSul).

 

Co-produção argentina e peruana “El Cine Ha Muerto”, de Juan Benitez Allassia, é um dos títulos da competição Foto: Divulgação

 

Festival Internacional de Cinema da Fronteira

Entrada franca

Livramento (RS): 27 de novembro de 2023

Bagé (RS): 29 de novembro a 3 de dezembro de 2023

Instagram: @festivaldafronteira

 

O Uruguai concorre com a produção “El Nadador”, de Gabriela Guillermo

 

Longas-metragens em competição:

“Anhangabaú”, de Lufe Bollini (Brasil)

“Baracoa”, de Pablo Briones (Cuba/Suíça/EUA)

“Bizarros Peixes das Fossas Abissais”, de Marão (Brasil)

“Céu Aberto”, de Elisa Pessoa (Brasil)

“El Actor Principal”, de Paula Markovitch (México)

“El Cine Ha Muerto”, de Juan Benitez Allassia (Argentina/Peru)

“El Filo de Las Tijeras”, de David Marcial Valverdi (Argentina)

“El Nadador”, de Gabriela Guillermo (Uruguai)

“Estranho Caminho”, de Guto Parente (Brasil)

“O Dia que te Conheci”, de André Novais (Brasil)

“O Sucesso e o Abstrato”, de Virgínia Simone e Matheus Walter (Brasil)

“Rumo”, de Bruno Victor e Marcos Azevedo (Brasil)

 

O Argentino “El Filo de Las Tijeras”, de David Marcial Valverdi, soma para formar um mosaico do atual cine latino-americano Foto: Divulgação

 

Fora de competição:

“Cafundó”, de Paulo Betti e Clovis Bueno (Brasil)

“El Canto del Tiempo”, de Mana García (Argentina)

“Pára, Pedro!”, de Pereira Dias (Brasil)

“Sobreviventes do Pampa”, de Rogério Rodrigues (Brasil)

 

“Sobreviventes do Pampa”, de Rogerio Rodrigues, trata da devastação do bioma nativo através das vozes historicamente silenciadas, dos povos e comunidades remanescentes          Foto: Divulgação

 

Programação

Livramento: DIA 0 (27/11) – segunda

19h –  Mostra Animação

20h – Sessão Entre Fronteras: curta-metragens 

“O Dia que te conheci”,  de Andre Novais, abre as apresentações em Bagé    Foto: Divulgação

 

 

Bagé: DIA 1 (29/11) – quarta

9h – Lançamento do Festival na Casa de Cultura Pedro Wayne

10h – CURTA “Dependências” | LONGA “O Dia que te Conheci” (Cine7)

14h30min – CURTA “Messi” | LONGA – “Estranho Caminho” (Cine7)

17h – CURTA “Uma Mulher Pensando” | LONGA “Anhangabaú” (Cine7)

19h – Sessão Memória Longa – “Pára, Pedro!” (Santa Thereza)

20h – Cerimônia De Abertura – Mostra Competitiva Regional 1/3 (Santa Thereza)

21h – show musical do grupo Os 4 Irmãos (Santa Thereza)

Bagé: DIA 2 (30/11) – quinta

10h – CURTA “Night Ride from LA” | LONGA “El Cine Ha Muerto” (Cine7)

14h30min – CURTA “O Tempo” | LONGA – Rumo” (Cine7)

17h – CURTAS – NAU e “El Principe Ribamar” | LONGA “El Nadador” (Cine7)

Bagé: DIA 3 (01/12) – sexta

10h – CURTA – “Adore” | LONGA – “Sucesso e o Abstrato” (Cine7)

14h30min – CURTA “Strangers All Over Again” | LONGA “Bizarros Peixes das Fossas Abissais” (Cine7)

17h – CURTA “Restaurante” | LONGA “Baracoa” (Cine7)

19h30min – Show Lucifer Kabra (Santa Thereza)

20h – Mostra Competitiva Regional 2/3 (Santa Thereza)

Bagé: DIA 4 (02/12) – sábado

10h – CURTA “Home” | LONGA – “Céu Aberto” (Cine7)

14h30min – CURTA “Dildotectónica” | LONGA – El Filo de las Tijeras” (Cine7)

17h – CURTAS – “Cama Vazia” e “Quasi Perfetto” | LONGA – “El Actor Principal” (Cine7)

19h  – Longa Homenageada: “Cafundó” (Santa Thereza)

20h30min – Mostra Competitiva Regional 3/3 (Santa Thereza)

22h30min – Show Zava MC e Show Kika Simone (Santa Thereza)

DIA 5 (03/12) – domingo

18h – LONGA “El Canto del Tiempo” (Santa Thereza)

19h30min – Filme de Encerramento – “Sobreviventes do Pampa” (Santa Thereza)

21h – Cerimônia de Premiação (show Rita Zart, Rafael Silva e Lulu do Acordeon) (Santa Thereza)

Curtas-metragens internacionais:

“Adore”, de Beth Warrian (Canadá), “Cama Vazia”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet (Brasil), “Dependências”, de Luisa Arraes (Brasil), “Dildotectónica”, de Tomás Paula Marques (Portugal), “El Principe Ribamar de la Beira Fresca”, de Murilo Cesca (Uruguai), “Home”, de Bárbara Bárcia (Brasil/Inglaterra), “Messi”, de Henrique Lahude e Camila Acosta (Brasil/Argentina), “NAU”, de Renata de Lélis (Brasil), “Night Ride from LA”, de Martin Gerigk (Alemanha), “O Tempo”, de Ellen Corrêa (Brasil), “Quasi Perfetto”, de Federico Frefel (Itália), “Restaurante”, de Leonardo Da Rosa (Brasil), “Strangers All Over Again”, de Mariana Boger (EUA) e “Thuë pihi kuuwi / Uma Mulher Pensando”, de Aida Harika Yanomami (Brasil).

Mostra de Curtas-metragens de Animação:

“A Mina de Quimera”, de Thiago Calcagno Martins, Cadu Zimmermann e Gabriel Dias dos Santos (Pelotas/Brasil), “Ana Morphose”, de João Rodrigues (Guimarães/Portugal), “Carcinização”, de Denis Souza (Pelotas/Brasil), “Coaxo”, de Cecilia Martinez (Pelotas/Brasil), “Desejo Expõe Suas Obras”, de Salmo Pagão (Brasília/Brasil), “Livre”, de Claudio Luiz Marques (Rio Grande/Brasil), “Lótus”, de Sara Pinheiro e Larissa Moreira (Florianópolis/Brasil), “Minha Primeira Memória”, de Lara Salsa (Recife/Brasil) e “Tardes no Escarafuncha”, de Fernando Ferreira Garróz (Franca/Brasil).

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