Prefeitura de Pelotas promete grandes atrações na praia do Laranjal já no Réveillon 2024

Apresentações de grupos locais e show do grupo Revelação são uma parceria com o Sesc Pelotas e terão como palco a concha acústica próxima à avenida Rio Grande do Sul    

Por Carolina Pereira Soares     

 

 

Grupo carioca que surgiu nos anos 1990 vem trilhando uma carreira de sucessos      Foto: Divulgação

Depois de três anos sem apresentações musicais na orla da Praia do Laranjal, a iniciativa busca incrementar com a volta dos shows o turismo, gastronomia local e o comércio. A expectativa de público está entre 20 e 30 mil pessoas que deverão prestigiar os artistas no palco da concha acústica da avenida Rio Grande do Sul. Um marco será a festa de comemoração da chegada do Ano Novo, que terá como atração principal o grupo de samba e pagode Revelação.

O anúncio do evento, feito no mês passado, contou com a presença do vice-prefeito Idemar Barz, que assegurou o respaldo integral da administração municipal. Múltiplas secretarias participarão ativamente no desenvolvimento e implementação dos preparativos para a celebração de Réveillon no Laranjal. Um planejamento abrangente abordará questões como tráfego, transporte coletivo, segurança, e outras iniciativas públicas, visando garantir uma celebração tranquila e bem-sucedida.

Atração principal

O Grupo Revelação surgiu nos anos 1990 no bairro Engenho Novo do Rio de Janeiro e, em 1997, com ajuda do produtor musical Bira Haway lançou álbuns de sucesso em todo Brasil, como “Revelação” e “Virou Religião”. Já “Ao Vivo No Olimpo” está chegando à marca de mais de 800 mil cópias de CDs vendidos. Em 2002, foi o segundo CD mais vendido do ano e o primeiro na categoria pagode, colocando o grupo entre os grandes artistas nacionais. Outros lançamentos com êxito foram “Novos Tempos”; “Ao Vivo – Na Palma da Mão”; “Velocidade da Luz”; “Aventureiro” e o DVD “Ao Vivo No Morro”, gravado no Morro da Urca, em 2009.

O grupo tem inúmeros sucessos como as músicas: “Deixa acontecer”; “Tá escrito”; “Coração Radiante”; “Grades do Coração”; “Deixa Alagar”; “O Show tem que Continuar”; “Reciprocidade”; “Só Depois”; “Clube do Samba” e “Velocidade da Luz”. Além disso, já soma mais de 4,7 milhões de ouvintes mensais no Spotify.

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Filme “Passaporte Memória” tem cenas gravadas em Pelotas

Longa-metragem conta com apoio do programa Pelotas Film Commission, criado neste ano, e da Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul, por meio do prêmio FAC Filma RS         

Por Carolina Pereira Soares       

 

              Cineastas estão fazendo locações em vários pontos da cidade que remetem ao passado do personagem principal     Fotos: Divulgação/Prefeitura de Pelotas

 

A produção do filme longa-metragem “Passaporte Memória”, desenvolvido pelas produtoras Cena das Artes e Atama Filmes, recebeu o apoio da Prefeitura de Pelotas, que tornará a cidade o principal cenário das filmagens. Já em processo de filmagem e sob a direção e roteiro de Décio Antunes, a obra narra a jornada de um brasileiro criado na França que retorna à sua cidade natal, revivendo memórias da sua juventude.

A escolha de Pelotas como locação deve-se às suas características atemporais e à sua arquitetura eclética, elementos que, segundo os produtores, contribuem significativamente para o cenário e atmosfera do filme, centrado na temática da memória. O longa conta com cenas gravadas em locais emblemáticos, como o Centro Histórico, o Colégio Pelotense e a Praia do Laranjal. Também ocorrem filmagens na capital do Estado, Porto Alegre.

Bruno Viana, diretor-executivo da Pelotas Film Commission, deu uma entrevista para o site da Prefeitura e destaca a importância do projeto não apenas como uma produção cinematográfica de grande porte, mas também como um impulsionador da economia local, movimentando setores como comércio e serviços. Ele ressalta que esta produção cinematográfica reforça a identidade de Pelotas como um polo cultural, destacando seus aspectos artísticos, históricos, humanos e sociais, além de proporcionar oportunidades para profissionais do audiovisual, elevando a qualidade do setor.

Além de ressaltar a história e arquitetura de Pelotas, a obra tem um grande potencial de valorização e reconhecimento, fomentando a criação de outras obras culturais na cidade.

 

Trabalho dos cineastas contribui para  reforçar a identidade do município como um polo cultural

Conheça a iniciativa municipal “Pelotas Film Commission”

O financiamento do projeto é assegurado pela Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac), por meio do prêmio FAC Filma RS, um edital destinado a fomentar projetos audiovisuais gaúchos e obras da região Sul.

O “Pelotas Film Commission”, também conhecido como Comitê Municipal de Apoio à Produção Audiovisual, é um órgão vinculado à Secretaria Municipal e Desenvolvimento, Turismo e Inovação (Sdeti) e tem como objetivo impulsionar a produção audiovisual, atuando como facilitador.

De acordo com o Decreto 6.788/2023, o Comitê tem a responsabilidade de estabelecer parcerias, convênios e acordos operacionais com entidades públicas e privadas, tanto nacionais quanto internacionais. Além disso, suas funções incluem promover a formação e capacitação dos profissionais do setor audiovisual de Pelotas e incentivar a realização de festivais, mostras, encontros e seminários.

A cidade de Pelotas tem um grande potencial para o cinema e para as produções audiovisuais, e isso está diretamente ligado à inovação e à tecnologia exaltados pelas iniciativas da Prefeitura e dos cursos universitários relacionados ao cinema e às artes presentes na cidade.

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Show da Virada de São Lourenço do Sul terá DJ Flávio Luis e cantor Léo Pain como atrações

O tradicional Show da Virada acontece no triângulo da praia da Barrinha com a expectativa de um público de 80 mil pessoas      

Larissa Schneid Bueno         

 

   Show de Léo Pain, vencedor da   sétima   temporada   do The   Voice   Brasil, encerrará   a celebração       Foto: Divulgação/Globo

 

O município de São Lourenço do Sul está se preparando para uma programação marcante no próximo Réveillon. O tradicional Show da Virada, promovido pela Prefeitura através da Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio (SMTIC), acontecerá no triângulo da praia da Barrinha com variadas atrações a partir da noite do próximo dia 31. Tendo em vista o sucesso da edição do ano passado, são esperadas 80 mil pessoas.

A celebração está programada para começar às 21h, com som do DJ Open Format Flávio Luis, reconhecido no município pelo seu trabalho que mistura diversos estilos musicais, agradando a todos os públicos. Flávio Luis também é conhecido por sua voz na locução da Rádio Litoral Sul FM e por ser proprietário da empresa Indústria do Som.

À meia-noite, terá início a contagem regressiva com a queima de fogos, seguida, a partir das 00h10, pelo show do cantor sertanejo Léo Pain, vencedor da sétima temporada do programa The Voice Brasil da Rede Globo.

Pain, natural de Alegrete (RS), integrou o time de Michel Teló em 2018 e se consagrou campeão com 50,01% dos votos, após se apresentar com as canções “Adoro Amar Você”, de Daniel, e “Outra Vez”, de Roberto Carlos. Com a vitória, recebeu o prêmio de R$ 500 mil, um carro zero quilômetro e um contrato para gravar um álbum com os outros três finalistas do reality.

 

Realização deste Ano Novo volta a contar com a queima de fogos Foto: Prefeitura Municipal de São Lourenço do Sul

 

Preparativos para o Reveillón

Nesta edição do Show da Virada, são esperadas 80 mil pessoas para aproveitar as atrações gratuitas ao ar livre. O retorno do espetáculo pirotécnico, com aproximadamente oito minutos de duração, será outro ponto alto do evento.

“O Réveillon em São Lourenço do Sul se destaca como um dos melhores da Costa Doce Gaúcha, no extremo sul do Rio Grande do Sul. É um evento realizado com responsabilidade, em uma cidade acolhedora e hospitaleira, com um setor turístico capacitado. Esses são os principais diferenciais do nosso evento: tranquilo, calmo, feito para as pessoas se divertirem em família”, ressaltou Fernanda Krumreich Helms, secretária de Turismo, Indústria e Comércio.

Devido à qualidade e segurança, diversas pessoas são atraídas para o evento, que contará com o reforço da Brigada Militar, da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e de uma equipe de segurança privada contratada pelo poder público.

Na virada de 2023, cerca de 60 mil pessoas estiveram presentes na orla das praias, de acordo com a Brigada Militar. Para esta edição, a Prefeitura atribui o aumento de público ao retorno do show pirotécnico, que nos próximos dias terá sua estrutura montada.

“No ano passado, tivemos o Show da Virada sem o show pirotécnico, que ainda assim foi um evento grandioso e nos surpreendeu com a presença de um público maior do que o esperado, com pessoas que amam São Lourenço. Este ano, nossa expectativa é maior”, afirmou Helms.

Com a previsão de lotação máxima na cidade, a SMTIC espera um impacto positivo no turismo local e na economia, gerando um considerável aumento financeiro e geração de emprego.

Além da segurança, medidas estão sendo tomadas para garantir a limpeza e preservação da praia durante e após o evento, incluindo a contratação de uma empresa que fará a manutenção de parte do perímetro urbano, incluindo o bairro Centro, a avenida de entrada a cidade, os bairros Barrinha, Balneário e Navegantes, e a orla das praias.

Apesar disso, a Prefeitura enfatiza a importância da colaboração do público, incentivando o uso das lixeiras, contribuindo para o sucesso do evento. A Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo (SMOU) também estará envolvida na ação, realizando um mutirão para manter a limpeza em ordem, especialmente no local da celebração.

 

DJ Flávio Luis fará a abertura do Show da Virada    Foto: Reprodução/Instagram

 

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Sebos pelotenses renovam interesse de várias gerações por livros físicos

Procura por usados cresceu desde a pandemia. O que alguns podem considerar ultrapassado, hoje ainda é motivação para a leitura        

Por Carolina Farias Tapia e Sara Lopes da Silva         

 

O Icária Tiradentes apresenta grande número de exemplares de diversas obras    Fotos: Carolina Farias Tapia

  

A pandemia de COVID-19 foi responsável por uma grande modificação no modo de pensar e agir da população ao redor do mundo. No ramo da literatura, essa ressignificação foi responsável por alterações expressivas no mercado: durante o ano de 2019, o faturamento das editoras foi de R$1,75 bilhão, equivalente a uma queda de 6,21% em relação ao ano anterior. Embora tenham sofrido impactos, assim como os demais setores comerciais, durante o ano de 2021, a receita das editoras alcançou R$2,35 bilhões, aumentando 8,33% no ano seguinte. Muitos influenciadores apontam como fator responsável pelo maior interesse pela leitura, principalmente do público jovem, o TikTok. O  aplicativo sofreu um boom durante o isolamento e fez com que parte de seu público desse início ou retomasse o hábito de ler com a divulgação das sinopses de livros. Essa nova onda de busca pela literatura traduziu-se, também, na procura por sebos.

Os sebos são lojas de livros usados, onde se pode comprar, vender e trocar obras literárias por valores mais baixos do que o habitual. Além disso, uma grande diversidade de produtos culturais pode ser encontrada nesses estabelecimentos, como discos de vinil, CDs e DVDs. Na cidade de Pelotas, há pelo menos quatro grandes lojas com formas diversas.  São os livreiros Icária Tiradentes, Icária Dom Pedro II, Montecristo e Zé Carioca. Os sebos Zé Carioca e Montecristo também vendem discos e CDs. Alguns deles expõem seus exemplares em eventos como a Feira do Livro, que recebe um grande público todo ano. 

Alexandre de Menezes, proprietário de um dos mais antigos sebos da cidade, o sebo Icária Tiradentes, ressalta sobre o hábito da leitura na cidade: “Na minha experiência os jovens têm lido cada vez mais, acredito que seja por um trabalho competente das editoras, fazendo livros mais atrativos, envolvendo capas mais legais e o investimento nas redes sociais com resenhas e vídeos mais divertidos”. O dono da livraria também comenta que esse é o primeiro passo para formar leitores mais exigentes. Com o hábito criado, na medida em que amadurecem,  eles buscam também por livros mais aprofundados para não perderem o costume. E vão passando, assim, pelas várias fases da vida. No entanto, Alexandre acredita que as opções de leitura são muito singulares e se traduzem diretamente na diversidade de buscas em seu estabelecimento.

 

Sebos são lugar certo para encontrar obras de autores clássicos e algumas vezes difíceis de achar em outras livrarias

 

No Brasil, grande parte dos leitores “mirins” trazem de herança o hábito de seus pais. “Pais leitores formam filhos leitores”. Devido à pandemia, as escolas buscaram uma forma de ajudar as crianças através de conversas com os pais para que os incentivassem a lerem mais. Segundo dados internacionais, divulgados pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), alunos que praticam leitura familiar tendem a se sair melhor em testes de interpretação de textos.

Alexandre comentou também sobre os “filhos leitores” que buscam o sebo: “É muito raro ver filhos de pais leitores que não herdaram o costume da leitura E foi o meu caso, minha mãe e minha avó tinham muitos livros e sempre me incentivaram, também acredito que os professores possam ter influência nessa prática”, finalizou.

 

 

Os exemplares apresentam-se em diversos idiomas e classificações nas estantes dos livreiros

 

Para a dona de casa Jaqueline de Oliveira, de 52 anos, leitora desde muito nova, a prática de ir a sebos encontrar exemplares é, também, o ato de realizar uma curadoria: “É possível encontrar versões de diferentes épocas, diferentes editoras. Além do fato de que podemos trocar, muitas vezes, com leitores que também estão no local. Sou assídua [nos sebos] e incentivo minha filha a vir também”, afirmou.

Ao contrário do que muitos acreditam, os livros podem ser encontrados também em sites específicos para tal, como é o caso da Estante Virtual, que reúne quase três mil vendedores do Brasil em uma única plataforma. Muitos livreiros de Pelotas encontram-se lá.

A pandemia deixou para trás inúmeros hábitos, alguns positivos, outros negativos. Levando-se em consideração o período de ebulição global, a troca de livros e outros produtos culturais é, também, o uso consciente dos materiais já produzidos no mundo, sem a necessidade constante de produção em larga escala de objetos já existentes.

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Catedral de Pelotas celebra beleza histórica em meio ao cenário urbano

No mês de novembro, a Semana Cultural de Pelotas celebrou o acervo arquitetônico da edificação       

Por Daniela Alves   

 

                  Catedral São Francisco de Paula faz parte da história de Pelotas desde 1813 e também ajuda a contá-la             Fotos: Divulgação

   

 

Com o intuito de celebrar o patrimônio cultural e promover a comunidade local, durante o mês de novembro houve a 5ª Semana Cultural de Pelotas. O evento ofereceu ao público presente uma série de atrações gratuitas através de uma parceria entre a Catedral Metropolitana São Francisco de Paula  e a Perene Patrimônio Cultural. Aconteceram visitas guiadas pela igreja, percorrendo o interior e entornos da capela. Durante a semana, um dos ícones arquitetônicos de Pelotas, com fundação em 1813, transformou-se em um epicentro de atividades culturais, proporcionando uma experiência enriquecedora para todos os presentes.

Participante ativa do evento, Simone Neutzling, arquiteta da Perene Patrimônio Cultural e também principal idealizadora e condutora do restauro na Catedral, foi a grande responsável por levar ao público um pouco mais da história do local e do simbolismo por trás de cada estrutura da antiga catedral. “A Semana Cultural da Catedral é um evento importante para a cidade, pois promove a cultura e a educação patrimonial.”

Cláudio Fuhrmann, participante da visita guiada pela Catedral no dia 11 de novembro, ressalta a excelência do trabalho realizado com o público. “Além de apresentar o processo de restauro da Catedral, ela vai contando histórias e mostrando através do prédio as intervenções que foram feitas.” O visitante destaca ainda que a visita guiada torna possível ao público, entender o que foi feito no prédio ao longo dos anos, reconhecendo as marcas da história que ficaram.

 

A arquiteta Simone Neutzling acompanhou a visita guiada com o público visitante

 

É possível fazer a visita guiada pela internet em três partes: a primeira, segunda e a terceira.

Sendo característico das cidades despertarem para uma vida que somente se renova com o chegar de um novo ano, ainda é preciso exaltar as construções que nutrem a história da nossa terra e contribuem com a beleza cotidiana entre a urbanização cada vez mais viva nas cidades. Foi com este objetivo que a 5ª Semana Cultural da Catedral reuniu em sua programação missas, apresentações, visitas guiadas e também o lançamento da restauração do Assoalho.
Através do Facebook, é possível fazer um tour virtual pela Catedral e também conhecer sua história.

 

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Cidade do Rio Grande é um dos destaques entre ações da Lei Paulo Gustavo

Programa destina mais de R$3 bilhões para impulsionar setor cultural em todo o País    

Por Isadora Jaeger e Maria Clara Goularte    

No cenário de recuperação pós-pandemia, a Lei Complementar nº195/2022, conhecida como Lei Paulo Gustavo, revela-se como um marco significativo ao destinar mais de R$3 bilhões para a execução de ações e projetos no setor cultural em todo o Brasil. Sancionada em julho de 2022, a legislação representa não apenas um aporte financeiro histórico, mas também um símbolo de resistência da classe artística em meio aos desafios impostos pela pandemia do Covid-19. O município de Rio Grande participa como uma das instâncias de seleção de projetos. Após debates, o lançamento de editais e seleção, as propostas contempladas começaram a receber os pagamentos na sexta-feira, dia 8 de dezembro, em Rio Grande.

O montante, considerado o maior investimento direto na cultura da história do país, será distribuído de forma estratégica em três diferentes destinos. Setenta por cento (70%) do valor total serão direcionados ao fomento do setor audiovisual, abrangendo apoio a salas de cinemas, festivais e mostras, microempresas e pequenas empresas deste segmento, entre outras iniciativas. Os trinta por cento (30%) restantes serão alocados para impulsionar diversas linguagens artísticas.

 

Após o lançamento dos editais 10 e 11, a cidade se destacou por ter mantido as inscrições abertas por 36 dias

 

Os recursos provêm dos superávits financeiros do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e de outras fontes de receita vinculadas ao Fundo Nacional de Cultura (FNC). Em um esforço conjunto, a lei foi elaborada ao longo do período pandêmico, no qual as atividades culturais foram abruptamente limitadas. Sua essência consiste em implementar ações emergenciais para reduzir e combater os prejuízos sofridos pelo setor cultural durante a pandemia, ao mesmo tempo em que busca restabelecer sua economia.

Para garantir a distribuição equitativa desses recursos, os agentes culturais terão acesso aos valores exclusivamente mediante editais, chamadas públicas, prêmios e outros serviços e formas de seleção oferecidos pelos estados, municípios e Distrito Federal. Destaca-se que o repasse não será realizado diretamente pelo Ministério da Cultura.

No âmbito municipal, o município de Rio Grande se beneficiará com um repasse total de R$1.736.903,66 (um milhão, setecentos e trinta e seis mil, novecentos e três reais e sessenta e seis centavos). Esses recursos serão distribuídos de forma estratégica para impulsionar iniciativas culturais locais, representando um importante passo para revitalizar o cenário cultural na região.

O processo na cidade de Rio Grande já está em fase de divulgação dos inscritos que serão beneficiados. Durante a etapa anterior, a cidade se destacou por ter mantido o edital aberto por 36 dias, o maior prazo entre os municípios do interior do Estado. Na sexta-feira, dia 8 de dezembro, a Secretaria do Município do Esporte, Cultura e Lazer, realizou a solenidade de pagamento das 11 primeiras propostas contempladas, no Salão Nobre do Paço Municipal Deputado Carlos Santos.

Produção de curta-metragem documental

Entre outros beneficiados, a ação irá contribuir diretamente com o projeto da Natasha Rodrigues, autônoma e graduanda em Artes que teve seu projeto, em parceria com dois colegas, selecionado para receber o incentivo monetário.

O curta-metragem documental do grupo retratará a história de Maria da Graça Amaral, uma mulher ativista negra que participou da fundação do movimento negro rio-grandino. “Acreditamos que a história de vida da Graça dará respaldo a necessidade que temos de materiais audiovisuais que respondam a imperativos sobre esta pauta, ainda mais em se tratando de uma mulher, mãe e que mesmo diante de inúmeras adversidades seguiu na luta pelo que acredita, até hoje”, diz.

Natasha enfatiza também que o amor pela arte não é o único requisito para a realização de um projeto artístico. “Esse tipo de projeto exige um custo de produção bem alto, sendo necessário a contratação de profissionais que atuem nas áreas do audiovisual, além de outros profissionais que respondam a algumas necessidades específicas, como pesquisadores e intérpretes de Libras, por exemplo. Nesse sentido a Lei Paulo Gustavo irá fazer o papel de provedora deste projeto, sendo de suma importância para sua conclusão”, explica a artista.

A Lei Paulo Gustavo emerge como um instrumento vital para a recuperação e fortalecimento do setor cultural, sinalizando um compromisso robusto na promoção da diversidade e na valorização das expressões artísticas em todo o país.

A Lei foi nomeada em homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo, conhecido, principalmente, por sua icônica personagem Dona Hermínia, na trilogia de filmes nomeada “Minha Mãe é uma Peça”. A personagem, inspirada na mãe do ator, a Dona Déia, se tornou um personagem amplamente conhecido e amado pelo Brasil.

O humorista faleceu aos 42 anos, devido a complicações do vírus da Covid-19, em 4 de Maio de 2021. Com diversos personagens, bordões e performances em sua trajetória, o artista se consagrou como um grande impulsionador do cinema, teatro e da comédia brasileira. A legislação que carrega seu nome foi aprovada em 5 de Julho de 2022.

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SOPA movimenta estudantes de vários cursos da UFPel

A primeira edição do evento aconteceu no início deste mês no Centro de Artes com diversas oficinas       

Por Vitória Santos        

Entre os dias 4 e 8 de dezembro, no Centro de Artes da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), os integrantes do PET (Programa de Educação Tutorial) do curso de Artes Visuais da UFPEL promoveram a primeira edição da Semana de Oficinas PET Artes, ou melhor, a SOPA. Conforme apresenta o site oficial do programa, o PET proporciona aos alunos a possibilidade de atividades complementares às realizadas nas salas de aulas. O objetivo é apoiar ações acadêmicas que integram ensino, pesquisa e extensão.

A estudante Aryane Barbado, que fez parte da organização, contou que se surpreendeu com a quantidade de inscritos nessa edição: “Participaram alunos de todos os cursos, esperávamos somente o pessoal de Artes, mas havia inscritos dos cursos de Engenharia Ambiental, pós-graduações e muitos outros”, compartilhou.

 

    Uso de corantes vindos diretos da natureza contribui para arte mais ecológica    Foto: Naíma Zee

 

A oficina de estamparia com frutas abriu a programação. Cerca de 15 pessoas reuniram-se no ateliê de pintura na manhã de segunda-feira. Allende de Castro Perini, que ministrou as atividades, destacou como a técnica pode reduzir os impactos ambientais de tintas químicas. “Quando termina, usando frutas, você pode descartar tudo na natureza, até enterrar, não há impacto residual negativo”, afirmou. Além disso, o ateliê ficou repleto de fragrâncias. O ministrante contou que separou elementos naturais como hibiscos e outras flores e deixou os participantes livres para adicionar outros orgânicos à paleta de cores. Esses, por sua vez, somaram itens como açafrão e casca de frutas aos trabalhos. As obras produzidas foram expostas no jardim do Centro de Artes (CA).

 

      Produções da oficina de estamparia com flores e frutas em exposição no jardim                Foto: Pedro Navarro

Do lado de fora, outros alunos estavam envolvidos com as práticas de marcenaria na oficina ministrada por Aryane e Luka Vargas, onde madeiras reutilizadas ganharam novos destinos. No final da tarde, aconteceu o primeiro de três encontros da oficina de Escrita Encarnada, com André Dias Rodrigues, que encerrou as atividades do primeiro dia da SOPA.

 

Na Oficina de Marcenaria foram ensinadas técnicas de reutilização da madeira  Foto: Pedro Navarro

 

A quarta-feira começou com Lívea Carmo, na oficina de mini vasos, feita no ateliê de cerâmica. Ao mesmo tempo Yuki Zarate compartilhava conhecimentos valiosos para a confecção de portfólios. Durante as prévias da SOPA, Aryane contou sobre o desafio de planejar uma oficina sobre o tema que contemplasse também os alunos de outros cursos, já que inicialmente as práticas de portfólio seriam focadas em trabalhos artísticos.

 

     A arte do desenho contribui para a comunicação alternativa dos fanzines         Foto: Pedro Navarro

 

No penúltimo dia da semana de programação, alunos se reuniram para a oficina de Filmes de Bolso, com Luiz Fernando Rodolfo.  Outros espaços do CA foram ocupados pela SOPA, como o Jardim do prédio, que recebeu a oficina de animação com carvão na parede e o laboratório de fotografia, onde aconteceram as atividades de Cianotipia, técnica que permite impressões manuais em negativos monocromáticos. Já a sala do PET artes recebeu neste dia a oficina de fanzine, que trata, em definições gerais, da produção de revistas e publicações alternativas produzidas por fãs de determinado tema.

O dia final dos eventos começou com a atividade de animação com Adesivos e Grudes conduzida por Ícaro Castello. Durante a tarde, dobraduras simples criaram diversos modelos de aviões de papel na oficina ministrada por Francisco Franco. Na sala do PET Artes, vários alunos produziram aeromodelos para sair e testá-los nos espaços abertos da UFPEL.

Os organizadores se mostraram otimistas com a realização do evento e informaram que já estão pensando na programação para uma segunda edição. “Pensamos em expandir os espaços, talvez até uma oficina de barcos de papel para soltar no Quadrado [ponto turístico de Pelotas às margens do Canal São Gonçalo]”, comparou Francisco, que ensinou aviões de papel. A divulgação desta edição aconteceu por meio de cartazes colados por diferentes espaços da UFPEL e no Instagram.

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Uma história de identidade e paixão no filme “Deserto Particular”

Título brasileiro de 2021 foi brasileiro indicado para concorrer ao Oscar Internacional        

Por Igor Biagioni Rodrigues        

 

Os espectadores vão criando a imagem dos protagonistas ao longo da história passada na tela

 

“Deserto Particular” (2021) é um filme brasileiro realizado através de uma coprodução com Portugal, dirigido por Aly Muritiba. O longa conta a história de Daniel (Antônio Saboia), um policial curitibano que está passando por problemas judiciais após um erro grave que cometeu. O protagonista passa os dias em uma rotina monótona que se resume em cuidar de seu pai (um idoso, ex-militar e que sofre de um processo de demência) e conversar com uma mulher que ele conheceu nas redes sociais e vive na fronteira da Bahia com Pernambuco, a Sara. Em um momento de desespero em que as coisas começaram a dar ainda mais errado em sua vida, Daniel pega uma caminhonete e corta o país do Sul ao Nordeste em busca de Sara. A partir dessa premissa, a película levanta temas importantíssimos e atuais, como violência policial, relações nas redes, paixão e desejo, religião e identidade. Foi o filme brasileiro indicado para concorrer ao Oscar de melhor filme internacional em 2022, embora não tenha sido um dos títulos selecionados para a cerimônia de premiação. Está disponível no Amazon Prime Video e HBO Max.

Com um primeiro ato inteligentemente longo, o filme nos apresenta Daniel. Porém, não o conhecemos por completo; através de diálogos, momentos e, até mesmo, pelo cenário, o espectador vai construindo uma imagem/ideia de quem é o protagonista. E, na segunda metade do longa, nos é contada a história de Sara, personificada por Robson (Pedro Fasanaro), integrando com a de Daniel. E só então começamos a ter uma visão mais completa daquela trama.

Um aspecto a se destacar é a dicotomia que o filme trabalha. Tal dualidade se apresenta não só nos personagens e suas personalidades, mas também na fotografia do longa. Curitiba possui um tom mais azulado, algo que remete à frieza, sendo o oposto de Daniel, que é uma pessoa passional demais. Já em Sobradinho, a paleta de cores muda para tons mais quentes, não só por conta do clima da cidade, mas pelas emoções que ali são e serão vivenciadas.

Tecnicamente falando, o filme utiliza o plano aberto, plano geral como ambientação, mas também como contemplação em um clima de muita brasilidade que remete ao sertão, e por si só alude ao título do longa e a jornada de Daniel. E utiliza também, com constância, o primeiro plano para que o foco seja nos personagens.

A trilha sonora vem de maneira diegética, ou seja, ela está acontecendo no plano ficcional da obra. As músicas aparecem sendo tocadas em bares, carros e ambientes presentes na história, sendo parte efetiva da ação. As escolhas musicais são muito assertivas, não só pela ambientação que elas trazem, mas por funcionarem como uma descrição dos sentimentos presentes em cena, principalmente a música “Total Eclipse Of The Heart”, que é uma síntese da relação e das emoções dos personagens principais.

Através da construção de seus personagens, e, principalmente, a partir do momento em que eles se encontram, a película discute como o meio em que crescemos nos molda e como certas amarras sociais nos prendem, e de maneira muito simbólica mostra como os personagens respondem a isso, seja saindo daquele lugar que é uma âncora em sua vida, mudando o fluxo do rio em que navegam ou quebrando o gesso que os encasula.

Em suma, “Deserto Particular” é um belíssimo filme que traz à tona diversos subtemas extremamente relevantes para a sociedade e faz isso utilizando um dos tropos mais convencionais das histórias, a busca pela amada, e, por isso, ele é tão inteligente.

Ficha Técnica:

Título Original: Deserto Particular

País de Origem: Brasil e Portugal

Roteiro: Aly Muritiba e Henrique dos Santos

Direção: Aly Muritiba

Classificação: 14 Anos

Duração: 120 minutos

Elenco:

Antônio Saboia como Daniel

Pedro Fasanaro como Robson

Laila Garin como Juliana

Thomas Aquino como Fernando

Zezita Matos como Tereza

Luthero Almeida como Everaldo

Sandro Guerra como Pastor Ailton

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CaVG/IFSul comemora 100 anos com apresentações e exposições

Música, dança e poesia fizeram parte da programação que celebra um século desde a fundação     

Por Vanessa Centeno Ferreira     

 

Exposição do NEPEC no Câmpus resgata objetos que simbolizam mudanças ao longo do tempo    Fotos: Vanessa Ferreira

 

Para comemorar um século de história, completado no dia 12 de outubro de 2023, o evento Arte nos 100 Anos CaVG está sendo realizado pelo Núcleo de Arte e Cultura (NAC) e o Núcleo de Extensão e Pesquisa em Educação, Memória e Cultura (NEPEC) do Câmpus Visconde da Graça do Instituto Federal Sul-rio-grandense (CaVG/IFSul). Esta realização teve atrações culturais em que os estudantes apresentaram seus talentos com a Banda CaVG e o Grupo de Dança do CaVG. Houve espaço para a poesia e a exposição “Vestígios e Presenças: a Palavra no Tempo”, do NEPEC, trouxe um pouco da história do Câmpus, com seu acervo de objetos antigos.

A Galeria Cultural do IFSul (rua Gonçalves Chaves, 3218, no Centro de Pelotas) inaugurou, no dia 4 de dezembro, outra exposição, “Um Olhar para o CaVG no Século XXI”.  Sob a curadoria de Aline Maria Rodrigues Machado, traz uma coleção de desenhos da Oficina de Desenho do Núcleo de Arte e Cultura (NAC) formada por estudantes do Câmpus. A mostra pode ser visitada até o dia 21 de dezembro, de segunda a sexta, das 9h às 18h.

 

O CaVG teve a sua fundação no dia 12 de outubro de 1923

 

 

História do Câmpus

O CaVG é um dos centros de educação mais antigos na região de Pelotas. A Escola foi fundada em 1923, como Patronato Agrícola Visconde da Graça com o apoio do então ministro da Agricultura, o pelotense Ildefonso Simões Lopes, ficando subordinada ao Ministério da Agricultura.

O nome Visconde da Graça foi em homenagem ao senhor João Simões Lopes Filho, falecido em 1893 e que detinha o título de Visconde da Graça. Era dono da antiga Estância da Graça, cujos terrenos foram doados pela família Simões Lopes ao Ministério da Agricultura.

O CaVG esteve 38 anos vinculado ao Ministério da Agricultura, oito anos diretamente ao Ministério da Educação, 40 anos à Universidade Federal de Pelotas e, recentemente, 13 anos ao IFSul.                  

Em 2008, foram criados os institutos federais de educação, e, em 2009, a comunidade do CaVG decidiu, por voto, por sua inserção ao IFSul, o que foi efetivado em 2010. E passou, então, a ser o Câmpus Visconde da Graça. O CaVG é uma escola que está nos corações de jovens e adolescentes, adultos e idosos. Todos têm boas lembranças da instituição.

 

O Grupo de Dança é um dos projetos artísticos do Câmpus Visconde da Graça do Instituto Federal Sul-rio-grandense

 

Apresentações da Banda CaVG

E, em comemoração ao Centenário houve apresentações culturais no Mini Auditório 1 Pulga. Vale recordar que o apelido engraçado, “Pulga”, vem dos tempos em que o mesmo local funcionava como um alojamento e os estudantes o apelidaram de “Pulgão”. E um dos participantes das apresentações comemorativas dos 100 anos foi a Banda CaVG, que começou seus ensaios e apresentações em março deste ano.

A Banda CaVG é um projeto de música coordenado pelo Professor Vinicius Carvalho Beck que também atua como professor de Matemática no Câmpus. O grupo é formado por professores e estudantes do IFSul CaVG, que cantam ou tocam algum instrumento. Eles ensaiam e apresentam esporadicamente músicas populares brasileiras e clássicos do rock. É um projeto derivado de outro mais antigo chamado CaVG Rock, que consistia na gravação de músicas famosas para o Youtube no período da pandemia. Com o fim das restrições e a possibilidade de ensaios e apresentações ao vivo, vários estudantes começaram a participar e a interagir com a equipe.

 

Luíza Wardelmann Lima e Diego Jesus Borges Machado são vocalistas do grupo

 

Quando as aulas voltaram a ser presenciais e o projeto CaVG Rock já estava encerrando, através de uma casualidade, o professor Vinicius Carvalho Beck e o ex-integrante da Banda CaVG Rock Miguel Jorge Weber encontraram uma aluna que perguntou se tinha algum projeto de música em que pudesse participar como cantora. Então, o professor decidiu continuar o projeto de uma forma diferente. Ele e Miguel passaram nas salas de aula e convidaram os jovens que gostavam de tocar algum instrumento musical ou de cantar. Através desta chamada, os jovens começaram a aparecer para se envolver e participar do projeto.

Os ensaios e apresentações ao vivo começaram ainda em março deste ano e a banda já se apresentou algumas vezes no Câmpus do CaVG e também nas 49ª Feira do Livro de Pelotas. Confira as gravações no Youtube.

 

Professor Vinicius Beck coordena Banda

 

O professor Vinicius relatou que são em torno de 10 alunos que se apresentam. Ele gosta de ver a interação com o público quando a banda começa a fazer seus shows. Há sempre muitas expectativas por parte de todo o grupo, preocupado em trazer um bom trabalho para a plateia. Os alunos gostam muito de participar. Embora o professor já tenha pensado em cancelar o projeto por causa da rotina diária, que também envolve estudos e provas, os estudantes pediram a continuidade e reafirmaram seu interesse.

O repertório musical é escolhido pelos alunos, que demonstram predileção pela MPB e rock. Alguns instrumentos musicais são disponibilizados pelo CaVG, como piano e de percussão.  Mas a grande maioria é trazida pelos próprios integrantes. O professor traz a sua guitarra, e os ensaios são três vezes por semana, com somente alguns integrantes de cada vez. Todos se encontram nos ensaios gerais.

 

Professor Ederson Oliveira Duarte elogia interesse e envolvimento dos estudantes

 

E quem cuida para manter a galera com a voz aquecida, com o timbre ideal e aquecimentos vocais, é o professor Ederson Oliveira Duarte, também pianista e auxiliar do professor Vinicius. Lembra que participa desses projetos desde o início da pandemia, quando os vídeos eram feitos à distância. Cada integrante da banda fazia uma função. Foram produzidos muitos vídeos em que um integrante colocava a base instrumental e outro a voz. Para Duarte, os alunos são muito focados no projeto. Sempre o procuram para fazer aquecimento vocal. Dão ideias de repertório e se sentem motivados.

 

Projeto anterior apresenta vários vídeos no Youtube produzidos durante a pandemia    Imagem: Reprodução/Youtube

 

A Banda CAVG é formada por 15 pessoas. Fazem parte o professor de Matemática e coordenador do projeto, Vinicius Carvalho Beck, professor de Física e diretor Marcos André Betemps Vaz da Silva,  professor de Física Cristiano da Siva Buss, professor de Química Matheus Zorzoli Krolow, professor de Música e pianista Éderson Oliveira Duarte, professor Fernando Augusto Treptow Brod, e os estudantes Sabrina Lessa da Silva Lima, Manuela Oriente de Souza Martins, Sabrina de Lima da Fonseca, Luíza Wardelmann Lima, Eduarda Kabke Baptista, Gabrieli Goulart Sozinho, Maria Clara da Rosa Bruno, Miguel Jorge Weber e Diego Jesus Borges Machado.

O projeto anterior CaVG Rock também foi coordenado pelo professor Vinicius Carvalho Beck. Nos links a seguir, você confere essa realização, que teve duas edições, nos anos de 2020 e de 2021, quando estava ocorrendo a pandemia.

 

Miguel Jorge Weber participa tocando violão e cantando  música popular brasileira e rock

 

Paixão pela música

Natural de Cerrito, Miguel Jorge Weber é formado no CaVG no curso Técnico em Meio Ambiente e estuda Licenciatura em Matemática na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Ele já fazia parte do projeto anterior, tendo como destaque quando cantou uma música dos Beatles no YouTube. E voltou para tocar violão e ser vocalista. Para ele a apresentação na 49ª Feira do Livro de Pelotas foi uma experiência única. 

Miguel também canta na noite e se apresenta em bares. Para ele é um hobby.  Conciliar sua rotina acadêmica com o projeto exige um sacrifício, pois ele tem aulas em certos dias nos três turnos: manhã, tarde e noite. Quando isso acontece, ele ensaia no intervalo das 12h às 14h. Mas, para ele, essa entrega é gratificante e sua família sempre o incentivou. Ele, sorrindo, diz que saiu do CaVG, mas o CaVG não saiu dele.

 

Luiza e Diego veem o canto como uma forma de realização

 

Alguns Integrantes da Banda

Luíza Wardelmann Lima tem 17 anos.  Vocalista da banda, cursa Técnico em Alimentos. Entrou no grupo em março logo no início do projeto. Ela diz que a música ajuda a tornar a rotina acadêmica dela mais leve e tranquila, pois o grupo ajuda a conhecer outras pessoas e criar outros vínculos. Luíza gosta de cantar desde criança. Comenta que as músicas do repertório já faziam parte da sua vida com letras que todo mundo conhece, “nem que seja só um trecho”.                                                                               

Outro vocalista é Diego Jesus Borges Machado, de 17 anos, que cursa Técnico em Alimentos. Ele mora na Ilha de Torotama, no município de Rio Grande, e canta desde seus oito anos na igreja junto com seus familiares. Desde criança, ele sempre esteve envolvido com música e dança.

Para Diego, as apresentações da banda são um sentimento único.  Para ele, o projeto é uma oportunidade que não se deve deixar passar. É sempre uma nova experiência. Toda vez que eles cantam, fica o desejo de voltar a ensaiar e se apresentar novamente. Segundo ele, a Feira do Livro foi uma experiência muito boa. Apesar de eles terem ficado nervosos antes da apresentação, deu tudo certo. Diego diz para os jovens não desistirem dos seus sonhos, não terem vergonha e não ficarem se privando em função de palpites negativos.

Luiza conta que sempre gostou de cantar desde criança, mas tinha muita insegurança devido às opiniões alheias, mas ela conseguiu mudar isto através dos ensaios. Comenta que uma amiga a incentivou a entrar no grupo e foi uma das melhores escolhas que ela fez. Fez o teste junto com sua amiga porque tinha muita vergonha. Hoje, ela incentiva outros jovens a terem coragem e participar

A aluna Gabrieli Goulart Sozinho, de 17 anos, que faz o curso de Vestuário, relatou que fazia parte da Banda CaVG, mas hoje integra o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI), voltado para a preservação da cultura afro-brasileira. O projeto iniciou com a primeira Semana da Consciência Negra, na qual ela foi mestre de cerimônias.

Eduarda Kabke Baptista, de 16 anos, fazia parte do projeto como cantora, mas distanciou-se devido a outras atividades em que estava envolvida. Afastou-se, mas pretende voltar, já está com saudades,  pois gosta muito de cantar.

O coordenador do Núcleo de Arte e Cultura (NAC), Marcio Paim Mariot, falou que há várias atividades culturais além da Banda CaVG, como o Projeto de Dança, a Oficina de Desenho da professora Aline Machado, com a exposição na Galeria Cultural do IFSul, até o dia 21 de dezembro; e o projeto Conversa Literária da Biblioteca do CaVG. Ele antecipa que o grupo de dança pretende se apresentar em um festival de dança ano que vem. Os projetos são voltados para dentro e fora do Câmpus, levando alegria a todos que prestigiam.

Para mais informações sobre a Banda para eventos e apresentações é com o professor Vinicius Carvalho Beck pelo e-mail <viniciusbeck@ifsul.edu.br>.

 

Professora Débora Vendano coordena projeto voltado à participação de todos integrantes do CaVG

 

Grupo de Dança no Arte 100

O Grupo de Dança do CaVG é coordenado pela professora de Educação Física Débora Vendano de Vasconcelos Sinotti. Neste ano, ela iniciou a proposta de um grupo de dança na modalidade Jazz. Desde março, o grupo começou os ensaios e, na Arte dos 100, a professora trouxe uma amostra do que o grupo fez até agora. São 16 integrantes e os ensaios acontecem uma vez na semana, aberto à participação de todos os alunos e funcionários do CaVG. Os ensaios acontecem nas segundas-feiras ao meio dia. Os interessados devem procurar a professora na secretaria do CaVG.

 

Everton Luís Xavier Cardoso trabalha para a valorização da arte poética

 

Poesia

Apesar de já escrever as suas próprias poesias, o estudante Everton Luís Xavier Cardoso, de 29 anos, que cursa Meio Ambiente, apresentou duas poesias do livro “Poesia com Rapadura”, de Braulio Bessa, para as pessoas refletirem sobre a rotina da vida diária.

Para o professor de Física e diretor do CaVG, Marcos André Betemps Vaz da Silva, os projetos culturais desenvolvidos são uma parte fundamental para a formação dos estudantes, mesmo quando eles estão em carreiras técnicas. Para o professor, os cidadãos se constituem como seres humanos e como parte da sociedade e, por isso, a importância da arte como um ponto desta formação. Uma perspectiva mais ampla leva a enxergar a cultura como constituinte das nossas vidas no dia a dia.

Através dos seguintes links você acompanha a Banda CaVG no Youtube e  os projetos do CaVG:

CaVG Rock – Dezembro de 2020

CaVG Rock – 2021

Instagram da Banda CaVG

Instagram do Núcleo de Arte e Cultura (NAC)

Instagram do Núcleo de Extensão e Pesquisa em Educação, Memória e Cultura (NEPEC)

 

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Arte nos corredores da UFPel: conheça uma das artistas

Descubra a pessoa por trás do “Clube do Morcego de Fruta” e outras obras     

Por Khadija Bakkar e Giovana de Sá        

Se você já andou pelos corredores do Anglo, ou do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com certeza já se deparou com o trabalho de Clara Fragoso, aluna do terceiro semestre de Bacharelado em Artes Visuais. Autora dos panfletos do “Clube do Morcego de Fruta” e, mais recentemente, do “Peixe Vidente”, Clara é dona do perfil @inset0_/ no Instagram, em que também compartilha suas obras.

 

Bilhete colado no painel do Campus Anglo da UFPel

 

Clara espalha misteriosos e absurdos bilhetes nos corredores dos prédios da Universidade. Ela busca explorar a autoridade que damos para avisos, símbolos e panfletos. “Eu queria brincar com a realidade que alguém entenderia ao ler uma mensagem que, pelo jeito que se dispõe, deveria ser séria, mas que acaba sendo algo fantasioso”, explica.

 

Esse é um panfleto com informação fantasiosa sobre restaurante universitário

 

Sobre o processo criativo, Clara esclarece que, como os panfletos são algo que ela faz por diversão, ela busca não forçar as ideias a surgirem. “O que acontece geralmente é que tenho vários pensamentos soltos durante o dia sobre coisas do meu cotidiano, e eu escolho um deles para extrapolar/explorar o máximo possível”, descreve.

Quanto ao significado específico de cada um dos bilhetes ou se o público fica a cargo de interpretá-los, a estudante contextualiza: “No meio artístico, falamos muito sobre o que acontece depois que você coloca o seu trabalho no mundo. Ele deixa de ser sobre o que você quer que as pessoas entendam e passa a ser sobre o que o observador vai interpretar”. Em relação aos seus panfletos, Clara acha que, se ela desse uma explicação definitiva sobre o que queria dizer, eles perderiam um pouco da mágica e do seu poder de sugestão.

 

Outra obra de Clara exposta no corredor  e com o título  “Cuidado”

 

Em geral, as suas criações são no formato bidimensional. Além de impressos, a artista também trabalha com pintura e desenho, sempre utilizando o humor, a ironia, o absurdo, o texto e a imagem. “Mas sempre gosto de testar uma coisa nova de vez em quando”, diz. Além dos panfletos, Clara também cria produtos com suas ilustrações, como adesivos e tote bags, os quais divulga no Instagram e vende pessoalmente no Centro de Artes.

 

Aviso chamou atenção e professora pensou que era alguma rebelião de estudantes 

 

Sobre o seu relacionamento com a arte, Clara lembra que falava que queria ser artista desde sempre e a sua família sempre a apoiou.  E finaliza: “Só comecei a desenvolver uma linguagem própria quando entrei na faculdade; quebrei um pouco as minhas convicções de antes sobre o que pode ser categorizado como arte e comecei a me deixar fazer o tipo de coisa que é mais a minha cara”.

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