Tardezinha do Samba no bairro Navegantes foi repleta de atrações

Evento reuniu diversos artistas locais com música popular e diversão em Pelotas  

 Por Alexsandro Santos   

Oitava edição do evento ocorreu na tarde de domingo com samba e pagode      Fotos: Alexsandro Santos

 

Alegria, descontração e muito samba no pé. Assim foi marcada a Tardezinha do Samba – 8ª Edição, um evento comunitário que promove rodas de samba no bairro Navegantes, na cidade de Pelotas. Organizado pelo Grupo Tardezinha do Samba, composto por moradores do local, a iniciativa reuniu um público diverso na tarde do domingo, dia 18 de setembro, inclusive moradores de outras regiões da cidade.

Edição mais recente aconteceu no dia 18 de setembro

O evento trouxe artistas já conhecidos na cidade, como Sarah Monteiro, Vinni Fernandes, Emerson Nunes, Everton Júnior, George Lucas, entre outros artistas locais. Segundo os organizadores do evento, promover esta atividade não é algo fácil, porém se torna gratificante ao receber a aceitação e contar com a participação da comunidade. “Essa já é a oitava edição do Tardezinha do Samba e a gente teve o apoio de muita galera conhecida aqui no bairro. Ver toda essa gente reunida é como se a comunidade nos abraçasse. Aqui é o nosso chão!”, disse Luciano Oliveira, membro da organização do evento.

Vinni Fernandes foi um dos artistas participantes              Foto: Divulgação

Para a estudante Isadora Cardozo, as Rodas de Samba contribuem para a integração da comunidade e promovem a cultura e os artistas locais: “Eu conheci o pagode num domingo. Eu estava passando na rua e vi uma multidão. Fui ver e era um pagode da comunidade. Comecei a frequentar as edições, porque eles são do povo, fazem pagode para o povo, dançam e adoram quando vem bastante gente. Para mim, eles fazem o melhor show para a comunidade!”

Ainda sobre a iniciativa, a jovem conta o que a fez querer frequentar o projeto e divulgar em suas redes sociais sempre que possível: “Me chamou bastante a atenção o jeito que eles tratam as pessoas, a humildade que existe no coração deles, o carinho com a gente. Existe muito respeito entre o grupo do pagode e as pessoas. Não tem brigas, é algo para as pessoas aproveitarem e se divertirem até mesmo com a família. Pretendo vir mais vezes, adoro pagode e eles tratam todos com muita educação. Eles chamam as pessoas para dançar e sabem como fazer a nossa comunidade feliz”.

Evento conta com a presença dos moradores do bairro

Para acompanhar o trabalho feito pelo grupo Tardezinha do Samba, basta seguir o evento no Instagram. Lá eles compartilham fotos e vídeos das suas programações.

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Pesquisa revela detalhes de São Lourenço em quatro volumes

Livros de médico lourenciano são essenciais para conhecer a história do município  

Julya Bartz Boemeke Schmechel   

Quem já visitou o município de São Lourenço do Sul pôde explorar uma natureza exuberante, com praias de água doce belíssimas e agradáveis para crianças, adultos e idosos. 

Além das belezas já conhecidas, o município carrega uma rica história cultural, que mergulha nas origens alemãs e pomeranas. Quem ainda não teve a oportunidade de conhecer São Lourenço do Sul pessoalmente ou tem interesse em aprofundar-se em suas origens, pode viajar através dos livros de Edilberto Luiz Hammes, intitulados “Radiografia de um município – Das origens ao ano 2000”.

Natural de São Lourenço do Sul, Edilberto Luiz Hammes nasceu em 19 de agosto de 1942 e formou-se em Medicina pela Universidade Católica de Pelotas, em 1969. Edilberto tornou-se pioneiro na Radiologia no município, aposentando-se após trabalhar 50 anos como médico em São Lourenço, sendo reconhecido por importantes feitos.

      Além da dedicação à Medicina, Edilberto Hammes deixa sua marca com vários  livros publicados       Foto: Arquivo pessoal

“São Lourenço do Sul: Radiografia de um município – Das origens ao ano 2000” é uma obra completa, dividida em quatro volumes, em que as novas gerações de lourencianos podem consultar as origens do município e conhecer a história de seus antepassados. Além das diversas informações, os livros também apresentam documentos e fotos inéditas.  A obra está organizada da seguinte forma:

Volume 1:  Trata de generalidades sobre São Lourenço do Sul e sua inserção no estado gaúcho e no País; as etnias formadoras do povo lourenciano; transformações do mapa político através da história; história política e administrativa; São Lourenço e a colonização alemã.

Volume 2: A fundação da colônia de São Lourenço e seu fundador Jacob Rheingantz; religião (a presença da igreja em São Lourenço); o ensino no município; a saúde; mapas antigos e atuais.

Volume 3: Arte e cultura; economia lourenciana; órgãos públicos e entidades privadas; ruas antigas e atuais: seus patronos. Os bairros; imprensa, radiodifusão e televisão; luz, água, comunicações e transportes.

Volume 4: Esportes, clubes sociais e de serviço; diversas histórias e fatos; São Lourenço do Sul no ano 2000; bibliografia consultada e entrevistas.

             A obra está organizada dando destaque aos  aspectos culturais, históricos, econômicos, educacionais e sociais     Foto: Divulgação/Coordenadoria de Cultura de São Lourenço do Sul

 

Além desta coletânea, Edilberto publicou outros livros de grande importância, como o “Dicionário de Sobrenomes de origem alemã de São Lourenço do Sul e das colônias adjacentes”, de 2014.

Em 2021, Edilberto, juntamente com outros dois lourencianos, foi homenageado pelo projeto “Visibilizando Invisíveis”, promovido pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em parceria com o artista Gui Gerundo. O projeto teve como objetivo elaborar produtos artísticos e dar visibilidade a pessoas que se destacaram por suas práticas sociais e educativas.

Através do projeto, foi inaugurado um painel na Praça Central Dedê Serpa, com o retrato dos três homenageados: Edilberto Hammes, Ana Centeno e Sergiomar Crespo Schild.

Para enriquecer suas obras e entregar um material detalhado, Hammes dedicou-se para a realização de  pesquisas e entrevistas. Proporciona ao município de São Lourenço do Sul referências com informações fundamentais para que a história da cidade não se perca ou caia em esquecimento. Afinal, resgatar as raízes de um povo é fundamental para mantê-lo “vivo”.

Mural de Gui Gerundo faz homenagem com retratos de  Edilberto Hammes, Ana Centeno e Sergiomar Crespo Schild Foto: Prefeitura de São Lourenço do Sul

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1ª ConGeek reúne artistas, cosplayers e fãs do mundo nerd

Evento em Pelotas contou com apresentações musicais e de dança, campeonato de cosplay e estandes com produtos relacionados ao mundo geek     

Por Ana Beatriz Garrafiel    

Durante toda a tarde do domingo, dia 18 de setembro, os fãs do mundo geek se reuniram no espaço Casa Nostra Pinball, na região do Porto, para prestigiar a primeira edição da 1ª ConGeek Pelotas, evento dedicado à cultura e a artistas geeks da região.

Depois de dois anos de adiamento por conta da pandemia, a feira aconteceu e foi um sucesso. O local, que tem capacidade para 1000 pessoas, estava lotado de fãs e artistas locais prestigiando as diversas atrações presentes. 

O mundo geek

Quando se fala em cultura geek, muitos remetem a jogos online, animes ou filmes de super-heróis. Mas vai muito além disso: os geek se interessam pelas mais diversas áreas do entretenimento, como games, livros, filmes, música e pela cultura pop em geral. Eles gostam tanto que procuram saber tudo sobre esse mundo, tornando-se quase especialistas no assunto. Muitas vezes, pessoas com esse interesse em comum reúnem-se e formam grupos destinados a compartilhar experiências e discutir tópicos relacionados a essa cultura.

O surgimento da ConGeek

E foi desse modo que surgiu a 1ª ConGeek Pelotas. Tudo começou em 2013, no município de Pedro Osório. Um grupo de amigos possuía em comum o interesse pelo mundo nerd e criou um projeto sobre animes e mangás. ‘’Percebemos que não havia nenhum tipo de evento na região que abraçasse esse público, então resolvemos organizar uma feira, que se denominou Otaku Osório. Esse evento repetiu-se por quatro anos, e, em cada edição, o público crescia mais’’, relata Lucas Fernandes, um dos organizadores da ConGeek.

Com o apoio da prefeitura de Pedro Osório, que sedia os locais para os eventos, a Otaku Osório foi crescendo cada vez mais e acabou por se tornar o início da ConGeek. ‘’A ConGeek surgiu no início de 2020 […] mas por conta da pandemia fomos adiando. Continuamos fazendo um trabalho através da página do Instagram, que já estava juntando um público. Aí decidimos fazer em Pelotas para ter um público maior. Procuramos patrocínio com algumas empresas e parcerias com algumas lojas que tivessem relação com o tema. Foi esse o apoio que alcançamos’’, comenta Lucas.

Participantes do concurso de cosplay reunidos                  Foto: Arquivo pessoal

Os estandes com as lojas foi uma forma de juntar mais atrações para o evento e, ao mesmo tempo, dar suporte para o comércio local. Marla Moreira de Barros, uma das lojistas presentes na feira, ressalta a importância de um encontro que foque nesse tipo de cultura na cidade. ‘’Aqui em Pelotas, esse é o primeiro evento que está acontecendo para o pessoal que gosta de anime, e é muito importante para o público presenciar isso, poder se expressar, caracterizar-se, vender e ter acesso às coisas do meio’’, comenta a lojista.

De olho no futuro, os organizadores pretendem ampliar ainda mais o evento, procurando novas parcerias e atrações. ‘’Achamos que tem um potencial cultural, econômico e turístico muito forte. Pelotas é uma cidade que tem uma população jovem muito grande – que é boa parte do nosso público. Pensamos nas próximas edições em fazer alguma parceria com as escolas, para levar as turmas. É um tipo de evento que movimenta muito dinheiro também’’, finaliza Lucas.

No Instagram, acompanhe as atualizações das próximas edições da ConGeekA lojista Marla Moreira de Barros também está no Instagram.

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Álbum “Figurinhas do Rio Grande” tem segunda tiragem

Prefeitura lançou projeto em escolas municipais e sucesso levou à nova impressão vendida para o público em geral    

Por Guilherme Rajão  

O projeto “Figurinhas do Rio Grande” lançou a ideia de um álbum de fotografias com imagens da cidade. Foi primeiro direcionado aos estudantes das escolas municipais. A boa receptividade que teve levou a uma continuidade da publicação, voltada agora para um público mais abrangente.

Com objetivo de oportunizar que a população tenha acesso e adquira o álbum “Figurinhas do Rio Grande”, a Prefeitura do Rio Grande através de suas secretarias da Cultura, Esporte e Lazer e Desenvolvimento, Inovação e Turismo realizou uma nova tiragem. O material está à venda no valor de R$49,90 nas livrarias Vanguarda, Rio Grande e Pelotas, na Souvenir do Rio Grande, localizada no Mercado Municipal e na Banca do Canalete. A livraria Albuquerque do Praça Shopping e a Revistaria do Cassino também estão comercializando o álbum.

Brincadeira de completar álbum une-se a melhor conhecimento sobre cidade Fotos: Divulgação

Figurinhas valorizam município

O material consiste em um álbum com figurinhas composto por fotos de prédios, lugares e pessoas que marcaram a história e a trajetória do Rio Grande e visa resgatar a história e o amor pela cidade berço do Rio Grande do Sul.

“Em um primeiro momento, o projeto foi realizado para as crianças das escolas municipais. Com o sucesso e a grande procura pelo material, as secretarias da Cultura e do Turismo realizaram uma nova tiragem, com verbas próprias. Esta nova edição está à venda para a população em geral desde o dia 12 de setembro”, explica o secretário Luis Henrique Abreu Drevnovicz. Ele ainda frisa: “Toda a renda líquida será revertida ao projeto Lumina Mundo da Associação Pró-Cultura Teatro Municipal do Rio Grande”.

O Projeto Lumina Mundo é uma realização da Associação Pró-Cultura Teatro Municipal do Rio Grande através de um furgão que percorre as ruas do Rio Grande entregando livros gratuitamente à população. Assim, essa verba será revertida para a compra de livros atualizados e lançamentos de literatura para este projeto.

Turma de estudantes foi ao centro comercial  para o lançamento do projeto

 

Alunos recebem o álbum em aula aberta no Praça Shopping

Promover o ensino através do conhecimento do patrimônio da cidade é um dos objetivos do álbum de figurinhas do Rio Grande. Lançado no mês de agosto, os exemplares estão sendo entregues aos alunos do terceiro ano das escolas da rede municipal.

Em uma das escolas, a entrega dos exemplares contou com a presença do prefeito Fábio Branco, e foi realizada de uma maneira diferente, durante uma aula aberta. A iniciativa foi da Escola Rui Poester Peixoto, do bairro São Miguel, que realizou a atividade com 48 alunos nos corredores do Praça Rio Grande Shopping, em uma parceria com o centro comercial.

De acordo com a diretora da escola, Elizabete Laurino, a atividade valoriza a história e os lugares de Rio Grande. “Assim pretendemos despertar nos estudantes a valorização da cidade e a preservação dos bens públicos e naturais do município”.

Lançamento

O lançamento oficial do álbum foi realizado na livraria Vanguarda, no Centro da cidade, no dia 15 de setembro. Um segundo lançamento aconteceu na livraria Albuquerque, localizada na Praça Rio Grande, dia 21 de setembro. Contou com a presença do prefeito e do secretário da Cultura e do Turismo.

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“Elize Matsunaga: Era uma vez um crime”

Série apresenta detalhes de um acontecimento controverso e difícil de esquecer      

por Julya Bartz Boemeke Schmechel       

Em 2012, um dos maiores empresários brasileiros, Marcos Matsunaga, foi brutalmente assassinado por sua então esposa, Elize Matsunaga. O crime, ao ter seu desdobramento revelado, chocou o país. O herdeiro da empresa Yoki foi morto e esquartejado por Elize, no apartamento do casal.

Nove anos após o crime, a Netflix lançou, no ano passado, a minissérie de caráter documental “Elize Matsunaga: Era uma vez um crime”. Relembra o crime através de declarações da própria Elize, assim como a apresentação de imagens inéditas e detalhes sobre a vida da família antes da morte de Marcos.

Imagem registra Marcos e Elize em um dos seus “hobbies” favoritos: a caça    Fotos: Divulgação

A minissérie, dividida em quatro episódios, mostra Elize Matsunaga de uma maneira nunca vista antes, mas que já era imaginada por muitos: como uma assassina fria e sem sentimento de culpa.

Ao longo dos episódios é possível observar calma e tranquilidade em todas as falas de Elize. Ela relembra o crime com detalhes, além de expor traições por parte de Marcos e como o mesmo tornou-se abusivo ao longo do casamento. A minissérie apresenta falas dos advogados, afirmando que o crime foi uma maneira de Elize se defender dos abusos e agressões sofridas. 

O momento em que Elize realmente se emociona é ao citar sua filha, fruto do casamento com Marcos. A menina, que atualmente tem 10 anos, é criada pela família paterna e chama seus avós de pais, por não ter lembranças de Marcos e Elize. A família de Marcos recusou-se a participar da série, já que Elize afirma que aceitou participar para contar a sua própria versão do crime para a filha.

Série conta a vida de Eliza e como ela chegou ao ponto de cometer um crime brutal

 

Como a produção tem foco na vida de Elize e não somente no crime, os episódios também passam por sua infância e adolescência, fases em que Elize afirma ter passado por diversas dificuldades, principalmente, quando foi abusada sexualmente por seu padrasto.

No último episódio, o espectador acompanha a visita de Elize Matsunaga até sua avó e mostra a relação de carinho entre ela, sua avó e sua tia.

A minissérie possui um tom dramático, com músicas melancólicas e perguntas feitas para comover o público, assim como o tom de fala da própria Elize. Fica evidente que esse é um meio de grande importância para que Elize, quem sabe no futuro, possa contar a sua versão do crime para a própria filha.

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Grupo canguçuense fomenta cultura através de danças folclóricas

Ideia é manifestar tradição de diversas origens com integrantes de várias faixas de idade    

Por Vivian Domingues Mattos   

                  Amigos que já possuíam uma trajetória em danças alemãs e pomerana reuniram-se no Grupo Bauernkreis              Fotos: Acervo do grupo

 

Vinculado à Associação Cultural Gramado, o Grupo de Danças Folclóricas Bauernkreis atua em Canguçu, no Rio Grande do Sul, realizando manifestações artísticas que carregam elementos que percorrem as culturas alemã, pomerana, austríaca, sueca e polonesa.

Formado em julho de 2022, o Grupo é atualmente composto por 18 integrantes da categoria adulta, na faixa etária de 18 a 30 anos, e os ensaios ocorrem semanalmente no Ginásio Municipal de Esportes.

A iniciativa de composição do Grupo Bauernkreis surgiu de uma união entre amigos que já possuía uma trajetória em danças alemãs e pomerana do período de escola. A partir disso, o Grupo criou uma identidade que representasse o município e que englobasse várias faixas etárias. O presidente, instrutor e coordenador do Grupo, Giales Raí Blödorn Rutz, comenta que a proposta é expandir o Grupo e trabalhar com categorias além da adulta. “A ideia é que a gente possa construir mais categorias, conforme nós formos estruturando uma por uma”.

O instrutor Giales Rutz explica que a escolha do nome do Grupo é a união de duas palavras que carregam significados característicos para o Grupo e do município. Buscando uma nomeação alusiva a Canguçu, reconhecida como a Capital Nacional da Agricultura Familiar, com suas 14 mil pequenas propriedades rurais e uma representação das danças folclóricas, surgiu a nomeação “Bauernkreis”. O nome significa “Círculo de Agricultores”, sendo um termo originado da língua alemã que liga as palavras “bauer” que significa “agricultor” e “kreis” na tradução de “círculo”.  

O Grupo aceita convites para apresentações em localidades fora de Canguçu, mediante a disponibilização de transporte. Suas próximas apresentações e participações em eventos irão ocorrer a partir do dia 8 de outubro, na 33° Südoktoberfest em São Lourenço do Sul, e nas cidades de Santa Cruz do Sul e Igrejinha.

Além disso, ocorrerá, em 5 de novembro, o “1º Baile de Chopp do Grupo de Danças Folclóricas Bauernkreis” em Canguçu e aberto ao público.

O grupo prepara-se para apresentações em Canguçu, São Lourenço do Sul, Santa Cruz do Sul e Igrejinha

 

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Castelo Simões Lopes completa 100 anos, mas sem revitalização

Instituto pede rescisão de convênio e Prefeitura busca alternativas para recomeçar obras de restauro do imóvel   

Por Victoria Fonseca    

Sem previsão para o retorno das obras de revitalização, o Castelo Simões Lopes, localizado no bairro Fragata, em Pelotas, continua fechado ao público e sofrendo as ações de deterioração do tempo. Uma pequena parte do imóvel chegou a ser restaurada entre 2018 e 2019, no entanto impasses orçamentários e a pandemia da Covid-19 causaram a paralisação das obras.

A edificação construída pelo político Augusto Simões Lopes foi local de vários importantes eventos políticos e sociais. O castelo pertenceu posteriormente à família do notável escritor pelotense, Simões Lopes Neto. Em 1990, a propriedade foi adquirida pela Prefeitura de Pelotas, que deste período até o ano 2000 abrigou no imóvel inúmeras entidades culturais. Já em 2012, foi tombado como patrimônio histórico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE).

Completando o centenário de construção neste ano, o Castelo está em ruínas e até mesmo os restauros iniciais terão que ser refeitos devido às ações de depredação de vândalos. A reforma estava sob gestão do Instituto Eckart, vencedor da licitação aberta pelo município para a revitalização. Entretanto, o convênio com a Prefeitura foi rescindido em maio deste ano em razão das dificuldades financeiras, após uma suspensão de seis meses em 2021.

O castelo pertenceu à família do escritor pelotense Simões Lopes Neto

Luta pela preservação

No período do ano de 2016 até agora, sem nenhuma ação efetiva, houve uma grande degradação interna do Castelo e os problemas estruturais só se agravaram, conforme explica a arquiteta da Secretaria de Cultura (Secult), Liciane Almeida. “A cobertura dele também já está muito danificada, uma parte ruiu”, acrescenta.

Pelo menos até o final do ano, a situação do prédio deverá continuar a mesma, isto, porque o executivo precisa novamente realizar os trâmites burocráticos para o recomeço da revitalização. No dia 29 de agosto, de acordo com a arquiteta Liciane, a pasta esteve em reunião solicitada pelo Ministério Público (MP) para tratar sobre a rescisão com o Instituto e sobre as medidas de preservação do bem público.

A alternativa encontrada no momento pela Secult é tentar o Fundo de Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) do MP. Através do convênio com a instituição, a pasta espera conseguir recursos para custear um novo projeto de restauro. Para isso, durante o mês de setembro, será elaborado um termo de referência com proposta de projeto da recuperação do prédio, que deverá ser enviada para o edital de seleção até dia 3 de outubro.

Caso seja selecionada, com a verba do fundo, a Secretaria terá como elaborar o projeto de restauração. “É o pontapé inicial para a gente poder fazer posteriormente uma execução de obras”, explica a arquiteta. Após a criação do esboço, que segundo Liciane, muito “otimistamente”, poderá ficar pronto até o final do ano, o município abre novo processo de licitação para dar início às obras novamente.

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10ª edição do Dia do Patrimônio é realizada em Pelotas

Com o tema “Vozes de Pelotas: O Patrimônio Linguístico”, evento celebrou de 19 a 21 de agosto o Dia Nacional do Patrimônio Cultural   

Por Larrissa Bruno   

                                   Evento movimentou a cidade com o retorno da sua edição presencial                                   Foto: Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas

Foi realizado em Pelotas a 10ª edição do Dia do Patrimônio entre 19, 20 e 21 de agosto. Neste ano o evento teve como temática às “Vozes de Pelotas: O Patrimônio Linguístico” que buscou ampliar o debate sobre às diversas formas de falar existentes. A iniciativa atraiu mais uma vez a população para os prédios do Centro Histórico e outros bairros da cidade, estimulando a ocupação e preservação do espaço público. A festividade celebra o Dia Nacional do Patrimônio Cultural, comemorado em 17 de agosto.

Foram realizadas ao todo 115 atividades em diferentes locais do município e cerca de mil estudantes da rede de ensino visitaram prédios e exposições de história e arte durante o evento.

                               Jovens puderam conhecer detalhes da história regional                             Foto: Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas

O estudante de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, Matheus Silva, de 23 anos, veio de Minas Gerais para estudar e adorou a oportunidade do Dia do Patrimônio para conhecer a sua cidade nova de moradia. “Logo quando cheguei no mês de agosto, próximo do evento, fiquei sabendo que alguns prédios históricos estariam abertos para visitação. Fiquei muito empolgando em poder ver a arquitetura dos lugares por dentro e conhecer mais sobre Pelotas – é uma ótima iniciativa”, destacou.

 

                                      Evento reuniu públicos nos principais museus da cidade                                                 Foto: Michel Corvello/Prefeitura de Pelotas 

Entre os prédios para visitação, estiveram o Museu da Baronesa, no bairro Areal, e o Theatro Sete de Abril, no Centro da cidade. Após o processo de revitalização, a sala de espetáculos aguarda os últimos reparos para a reabertura oficial. Também fez parte do evento o Casarão 6, que está fechado para reformas, mas teve parte de seu acervo exposto durante o evento. Já a Catedral Anglicana do Redentor, conhecida popularmente como “Igreja Cabeluda”, com sua fachada coberta por vegetação, abriu as portas pela primeira para visitação guiada no Dia do Patrimônio.

         Patrimônio reúne uma série de obras de arte, objetos, documentos e edificações de relevância cultural       Foto: Gustavo Vara/Prefeitura de Pelotas

A população pôde contar, dentre muitas outras atrações, com a oficina de escavação arqueológica no Museu Histórico da Bibliotheca Pública Pelotense, as exposições “Gamp Feminista – 30 anos de trajetória” e a trajetória de Yolanda Pereira, pelotense que se tornou Miss Universo no ano de 1930. No Casarão 6, foram apresentados o documentário e a mostra “Antônio Caringi”, que apresentou detalhes da vida e obra do artista pelotense, conhecido como o Escultor dos Pampas e é autor da famosa escultura do Laçador, considerado um símbolo rio-grandense.

Evento ocorre há nove anos

O Dia do Patrimônio é celebrado em Pelotas desde 2013 e promovido anualmente pelo Poder Público com objetivo de valorizar a cidade, sua história e raízes culturais, por apresentações de música, dança, teatro e exposições.

As duas últimas edições, em 2020 e 2021, foram realizadas no formato on-line, devido à necessidade de isolamento social causado pela pandemia do coronavírus. Portanto, a décima edição retomou a abertura dos prédios históricos ao público, para promover o debate sobre a importância do patrimônio material e imaterial local.

                    A memória e o resgate histórico  são sempre celebrados a cada edição do evento                      Foto: Gustavo Vara/Prefeitura de Pelotas

Emocionada, a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, declarou: “Estarmos juntos novamente, após o distanciamento de dois anos imposto pela pandemia, [este momento] carrega um significado especial: nossa história foi marcada por adversidades, mas principalmente, por superações”.

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Brasil e Coreia unidos no filme “Fortaleza Hotel”

Drama brasileiro apresenta uma história simples, mas com nuances provocativas  

Por Giéle Sodré  

Clébia Sousa interpreta a personagem protagonista  “Pilar”             Foto: Jorge Silvestre/Divulgação

“Fortaleza Hotel”, o segundo longa de Armando Praça, maestro do sensível “Greta” (2019), traz uma história cheia de enlaces culturais e paralelos entre seus personagens e narrativa. Nele, Pilar (Clébia Sousa) é uma camareira que está perto do sonho de se mudar do Brasil para a Irlanda em busca de uma vida melhor quando conhece Shin (Lee Young-lan), uma mulher coreana de meia-idade, cujo marido que trabalhava no Brasil acaba de cometer suicídio. Shin está no país para resolver a cremação e traslado das cinzas do marido para casa, mesmo que ela mesma já não veja a Coreia como lar, tendo seu sonho de viver uma vida diferente no Brasil destruído com a morte do marido. Para conseguir transitar na cidade, pede a ajuda de Pilar, que fala inglês, para entender a linguagem e se movimentar pelo desconhecido de Fortaleza.

Ao mesmo tempo, Jamille (Larissa Góes), a filha que Pilar teve muito nova e que negligencia com frequência, envolve-se com pessoas problemáticas na área pobre onde vivia com a mãe. Está sendo mantida em cárcere até que uma quantia de 10 mil reais seja paga para a sua liberação. E é aí que o sonho de Pilar também desmorona, tendo que escolher entre o futuro que desejava e sua filha. Descobre-se em uma situação de desespero.

De alguma forma, as duas mulheres, Pilar e Shin, apresentam-se como reflexos e confortos uma da outra durante o filme. Shin é a imigrante que teve suas vontades e ideias despedaçadas pelas escolhas do marido, influenciadas fortemente pela própria cultura asiática de não tolerância à vergonha e ao fracasso. Tem apenas a escolha de voltar para a casa sozinha após navegar em um mundo que não conhece e ao qual não se adapta. Pilar, por outro lado, tem seus sonhos despedaçados em frente à imagem do que poderia ser, da frustração do desconhecido e descontente. Mesmo assim, as duas ainda encontram consolo uma na outra de uma forma quase agridoce.

Lee Young-lan e Clébia Sousa como Shin e Pilar         Foto: Jorge Silvestre/Divulgação

“Fortaleza Hotel”, no entanto, ainda é uma história sobre individualismo: Pilar constrói suas escolhas em volta de um sonho, aposta até mesmo em deixar a filha sozinha e, ao longo da trama, vai deixando cada vez mais seus ideais em prol das decisões que precisam ser feitas. O marido de Shin deixa-a sozinha, tomado pela vergonha ou pelo medo, fugindo de todos os problemas e acabando com todos os planejamentos e esperanças que haviam construído em conjunto.

E os padrões continuam, as cenas de solidão dos personagens ainda são muito construídas com trabalho de câmera, mantendo as protagonistas em bolhas até mesmo durante os diálogos, focando apenas em suas reações e expressões, mesmo quando outros personagens se tornam relevantes na trama.

E os trabalhos de fotografia e câmera continuam a mover a ambientação quando mostram uma Fortaleza longe das belezas naturais, os cenários são pouco chamativos, constroem um ambiente real e melancólico que demonstra o mundano de uma cidade normalmente exaltada como praiana e colorida, tendo seus ápices de beleza cinemática nos momentos mais melancólicos e solitários de Shin, a peça que não encaixa na narrativa brasileira e resiliente da trama.

O diretor Armando Praça faz novamente uma narrativa delicada e vívida, porém se perde um pouco quando tenta usar das figuras ao invés de explicar. A fórmula segue agridoce, sem a satisfação que normalmente se espera ao final de uma trama.  Porém somos levados a questionar sempre o certo e o errado de toda a história. Há uma pergunta com uma resposta muito difícil que é traduzida muito bem dentro de todas as nuances e desenvolturas de “Fortaleza Hotel”.

O filme está disponível no YouTube, GooglePlay Filmes, Apple TV e Telecine.

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Projeto Lumina Mundo incentiva leitura em Rio Grande

Veículo transita pela cidade com mais de 2 mil exemplares, promovendo doação e adoção de livros    

Por Joanna Manhago Andrade e Isadora Ogawa

Biblioteca circula por diversos bairros e escolas valorizando o hábito de ler      Fotos: Joanna Manhago

   

O Lumina Mundo é um projeto que foi criado no início deste ano, mais precisamente no mês de fevereiro, para ser uma das atrações das celebrações dos 285 anos da cidade do Rio Grande, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (SCEL). A ação visou facilitar e incentivar os hábitos de leitura de crianças e jovens. A iniciativa continua hoje através de um furgão, que aceita doações de livros e permite que a população pegue exemplares.

Inicialmente, o veículo – plotado em laranja para chamar a atenção da comunidade – era levado todas as sextas-feiras para o Cassino. Em fevereiro, por ser a alta temporada do verão, ele era estacionado na principal avenida do balneário ou na Praia do Cassino, quando eram os dias quentes. Assim, as pessoas circulavam por esses espaços e podiam selecionar obras para levar para casa de forma gratuita, ou deixar livros que não tinham mais interesse para outras pessoas.

Os organizadores planejaram identidades visuais que se destacam nas ruas da cidade

Ainda no verão, o furgão laranja passou a ser atração não só no balneário, mas também em diversos eventos propostos pelo Executivo Municipal. A 47ª Feira do Livro, as atividades em alusão ao Dia Nacional do Patrimônio, Prefeitura na Rua, a Festa Junina do Cassino (Fejunca) e as ações no Centro Histórico tiveram o Lumina Mundo como atração.

A coordenadora do projeto, Sheron Macedo, relatou que a iniciativa tinha como objetivo principal facilitar o acesso à leitura da comunidade do Rio Grande. “Como não tínhamos eventos todos os finais de semana, buscamos outras formas de inserir o Lumina Mundo na comunidade, e nada melhor do que as escolas”, comentou.

Sheron relata que a SCEL, em parceria com a Secretaria de Município de Educação (SMEd), passou a inserir o projeto nas instituições de ensino da Rede Municipal de Educação através de um cronograma em que uma das 76 escolas era visitada em cada semana. A Diretora da Escola de Ensino Fundamental Helena Small, Andrea Escovar, disse que o projeto “deu um gás para as crianças que estavam muito paradas por causa da pandemia”.

Moradores e estudantes nas escolas têm contato com novos títulos e doam livros já apreciados

A gestora cita também que, “além de incentivar a leitura, o que é de extrema importância no processo e desenvolvimento cognitivo dos pequenos, o projeto incentiva também a doação e a valorização da ajuda do próximo”. As crianças eram avisadas com antecedência sobre a data em que o furgão estaria na escola para que pudessem realizar doações, caso tivessem livros que não estivesse usando. “Havia alguns jovens que nunca tinham tido acesso a um livro que não fosse da escola, algo que eles pudessem chamar de ‘meu’, e o Lumina Mundo proporcionou isso”, finalizou Andrea.

O mais importante do projeto é promover a interação em torno do hábito de leitura

Até o final de agosto deste ano, o Lumina Mundo já tinha visitado 20 escolas da rede. Sheron frisa: “Nós ainda não fomos nas escolas mais afastadas do centro da cidade, pois o furgão não tinha estrutura para isso, mas essas instituições já estão no cronograma, que deve iniciar na segunda semana de setembro”. Nesse sentido, o veículo passou por uma manutenção, a plotagem foi mudada e a estrutura reforçada, para que o carro conseguisse passar por locais de difícil acesso.

Houve uma parada do Lumina Mundo junto ao Teatro Municipal de Rio Grande

Atualmente, o Lumina Mundo conta com um acervo de mais de 2 mil livros. “Nossa ideia é que esse número varie, não queremos muitos livros, queremos pessoas pegando e doando, tanto nas escolas, quanto nos projetos que a gente comparece”, finalizou Sheron.

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