Meeting of Styles Brasil nos 50 anos da UFPel
A primeira edição do Meeting of Styles Brasil em Pelotas ocorreu nas paredes cegas do galpão industrial de propriedade da UFPel, ocupado pelo Núcleo de Transporte da Superintendência Administrativa, em 2018. A segunda edição aconteceu nesse final de semana, na parte externa do Campus Anglo. A extensão de muros que separa o campus do Bairro da Balsa está, agora, preenchida com obras de artistas, oriundos de diferentes países, muitos de vários estados do Brasil, que desenvolveram turnos de trabalho das 10h da manhã do dia 16 até as 21h do dia 17. Nesse período, pessoas que não participam diretamente da comunidade universitária visitaram o Campus Anglo para assistir o espetáculo, que é o trabalho dos artistas do grafite pintando obras nos estilos que os caracterizam.
[Imagens por Alvaro Pouey]
O evento internacional ocorre desde 2002 e iniciou na cidade de Wiesbaden, Alemanha, criado pelo artista Manuel Gerullis, um dos nomes mais importantes do Grafite no mundo. O calendário do evento propôs sua ocorrência em 24 cidades de diferentes países. No Brasil, o evento ocorreu anteriormente nas cidades de São Bernardo do Campo e Rio de Janeiro. Em 2014, o grafiteiro e produtor cultural, Lucas Stuczynski, e Paula Silva, da A.M.E Produções, trouxeram o evento para o Rio Grande do Sul, completando, com a atual, seis edições no Estado, das quais, duas em Pelotas. Nesta segunda edição, houve a inauguração na UFPel e uma segunda etapa, em Rio Grande.
Dos artistas que participam do Festival, há nomes muito fortes no grafite internacional, como os mexicanos Trepo Parker (Enrique Zapata) e Farid Rueda (Marcos Angel Rueda), a uruguaia Min8 (Veronica Gazzarata), o colombiano Crhistian Saint, o chileno Bufon (Rinaldo Villegas), entre outros. O evento conta com vários apoiadores e a UFPel, através da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, coordenou a ocupação do espaço em uma parceria que já está consolidada. A ideia de fazer nos muros do Campus Anglo consolida a ideia de que a UFPel é uma universidade de portas abertas, que dialoga com as formas de cultura contemporânea e que reconhece na Arte de Rua (Street Art) uma expressão que une artistas urbanos de todos os lugares e transpõe os limites tradicionais do onde e como fazer arte.
Assim, a UFPel ganhou dois presentes nos seus 50 anos: as obras que agora estão nos seus 140 metros de muros e a visita de uma ampla comunidade que pode assistir uma das vertentes mais fortes da Street Art, o grafite.