O PPGBiotec aprova dois projetos no Programa Pesquisa para o SUS da FAPERGS
O Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia teve dois projetos de Pesquisas aprovados no âmbito do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (PPSUS) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – FAPERGS. O edital buscou fomentar projetos de pesquisa que promovam a melhoria da qualidade da atenção à saúde em temas prioritários para o Rio Grande do Sul no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).
Cada projeto será contemplado com um recurso de até R$ 150 mil a ser utilizado na aquisição de itens de capital, custeio e bolsas que contemplem o desenvolvimento da pesquisa.
Conheça os projetos:
BCG recombinante como uma alternativa terapêutica para melanoma
O câncer é um problema de ordem global que é caracterizado pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Apesar da grande variedade de terapias disponíveis, a busca por novas estratégias que tenham uma maior efetividade e menor custo é um objetivo primordial de pesquisa, principalmente para que essas terapias desenvolvidas na academia possam ser disponibilizadas pelo Sistema Nacional de Saúde (SUS).
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos e representa 3% das neoplasias malignas de pele, sendo considerado o tipo mais grave de câncer neste órgão devido à sua alta capacidade em desenvolver metástase. A estimativa para 2020 é de ocorrência de 8.450 novos casos de melanoma no Brasil, sendo 4.200 em homens e 4.250 em mulheres. O tratamento de melanoma tem melhorado significativamente pelo uso de técnicas baseadas na imunidade.
O projeto liderado pela professora Fabiana Kommling Seixas conta com a participação de professores e alunos do Programa de Pós- Graduação em Biotecnologia e tem como objetivo a construção de diferentes cepas de Mycobacterium bovis BCG recombinante e avaliação do seu potencial in vitro e in vivo (modelo animal), visando aumentar a eficiência do BCG na imunoterapia do melanoma. “O projeto apresenta originalidade e relevância científica pois busca proporcionar uma estratégia inovadora para imunoterapia do melanoma”, finaliza Fabiana.
Oncobank e Oncovid: rastreamento genômico de SARS-CoV-2 e perfil genético de pacientes oncológicos e de profissionais de saúde na pandemia da COVID-19
Alinhado à importância desse tipo de iniciativa, neste projeto será estabelecido biorrepositórios de amostras genômicas (tanto de RNA viral denominado de Oncovid, quanto de DNA humano denominado de Oncobank) de pacientes oncológicos em tratamento no Setor de Oncologia do Hospital Escola (HE) e de profissionais de saúde, as quais serão utilizadas em uma moderna plataforma de genômica funcional e estrutural, abrangendo a genotipagem dos polimorfismos nos genes ace1 e ace2; o diagnóstico molecular de SARS-CoV-2 através de RT-qPCR; e o sequenciamento completo do genoma de isolados do vírus SARS-CoV-2.
O projeto dará suporte de rastreamento do SARS-CoV-2 aos pacientes oncológicos e monitoramento dos profissionais de saúde em oncologia. Os biorepositórios Oncovid e Oncobank permitirão buscar respostas cientificas de base genética para compreender melhor esta relação genômica, permitindo uma resposta imediata aos pacientes e aos profissionais de saúde em oncologia do perfil de exposição viral.
Segundo o coordenador da pesquisa, professor Tiago Collares, este projeto abre caminho para aproximar a ciência de ponta da assistência em saúde em tempo real e além de proporcionar conhecer variantes genéticas do vírus circulantes na cidade de Pelotas, permitirá identificar a relação do vírus com a diversidade genética das pessoas. “Isso é a medicina personalizada de precisão ao SUS”, explica.
Fonte: Texto extraído https://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2020/12/23/ufpel-aprova-tres-projetos-no-programa-pesquisa-para-o-sus-da-fapergs/





O professor Dr. Antônio Costa de Oliveira, da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM) da UFPel, foi nomeado recentemente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para compor a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CNTBio). A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar, criada através da lei número 11.105, de 24 de março de 2005, cuja finalidade é prestar apoio técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa a organismos geneticamente modificados (OGMs), bem como no estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGMs e derivados.
A ideia baseia-se no fato de que a imunização passiva com plasma convalescente ou soro hiperimune produz efeito profilático e clínico sobre a infecção, especialmente se o tratamento for iniciado precocemente. O uso de anticorpos, obtidos a partir de soro hiperimune produzido através da imunização de animais, supera limitações do uso de soro convalescente, visto que os anticorpos gerados contra alvos específicos, podem ser caracterizados e produzidos em larga escala. Devido à facilidade de gerenciamento e alto rendimento de anticorpos, o modelo equino é o mais usado na produção de soros, sendo que anticorpos produzidos em equinos já são usados na terapia de infecções víricas como: Ebola, Raiva, Hepatite B, HIV e SARS-Cov-1.



O professor Odir Dellagostin, docente da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), assumiu a presidência do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). Dellagostin é também o atual presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS), cargo que ocupa desde 2017, em seu segundo mandato. Como presidente do Confap, estará na liderança até março de 2021.










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