MOVIMENTO INTERFACES: CONEXÕES RECIDADE
Era o ano de 1984, e a banda de rock brasileira Barão Vermelho lançava o álbum ‘Maior abandonado’. A música que dá nome ao LP/CD/K7 remete a um jovem carente e solitário e que se dispõe a aceitar ‘mentiras sinceras’ para sentir-se melhor.
[…] Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam, me interessam […][1]
Muita água rolou nesses 36 anos, a solidão não arrefeceu no mundo urbano e tecnológico, mas as mentiras tornaram-se uma das principais pautas contemporâneas, encontraram território fértil no mundo digital e configuram-se em ferramenta política e ideológica francamente em disputa, inclusive no Brasil, onde têm feito estragos e colocado em suspensão nossa – já – frágil democracia.
Inspirados na canção de Cazuza tomamos fatias de seus versos emprestados, para propor a Mesa ‘Mentiras sinceras: o que pode a educação?’ voltada ao debate do tema das fake News, da desinformação, da manipulação da informação no mundo contemporâneo. Com esse título buscamos puxar alguns fios que permitam alinhavar discussões sobre um dos grandes desafios que teremos doravante: enfrentarmos/construirmos, como profissionais da educação, seja na escola, na academia ou em outras instâncias, do nosso cotidiano, estratégias que auxiliem no desvelamento da verdade e na restauração da diferença entre opinião e conhecimento, por exemplo.
Você está convidado/a a estar conosco nesse debate e a cimentar o diálogo.
Sigamos na resistência fortalecendo nossas parcerias e somando esforços na defesa da educação pública, da profissão professor/a e de políticas públicas a serviço da democracia e do bem comum.
Participe!!!
Comissão Organizadora
[1] CAZUZA. Maior abandonado. Barão Vermelho, Opus Columbia, 1984.