PESQUISAS EM ANDAMENTO

2020

DA METODOLOGIA DE PESQUISA À AÇÃO: OUTRAS/NOVAS MANEIRAS DE ABORDAGENS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 

Descrição: Este estudo de abordagem qualitativa e alicerçada no campo teórico-metodológico da pesquisa formação, traz o viés experimental para a cena com o intuito de construir uma proposta metodológica de ação para a formação de professores, a partir do cruzamento de três metodologias de pesquisas de doutorado que abarcam os estudos do Imaginário e das pesquisas (auto)biográficas. Tal direcionamento investe em outros modos de fazer e saber nos cursos de licenciatura de três instituições de ensino, Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade Federal do Pampa – Campus Bagé. O campo teórico alicerça-se nos estudos do Imaginário e das Pesquisas (Auto)Biográficas, tendo como autores-guias: Gilbert Durand, Gaston Bacherlard, Cornelius Castoriadis, Marie-Christine Josso e Christine Delory-Momberger principalmente.

Financiador (es): Bolsas – Universidade Federal de Pelotas e FAPERGS

REVERBERAÇÕES DAS IMAGENS DE CORPO NA CONSTITUIÇÃO DE FUTUROS PROFESSORES DE DANÇA, PEDAGOGIA E TEATRO: LEITURAS A PARTIR DO IMAGINÁRIO.

Descrição: Esta pesquisa, decorrente de um estudo de doutorado realizado entre os anos de 2009 e 2013, tem o intuito de avançar a partir da pesquisa já realizada e investigar em que medida as imagens de corpo, resultado das experiências vividas no decurso da formação escolar, repercutem no processo de ensino e aprendizagem do corpo adulto, em sua forma de ser, estar, agir, expressar-se, no cenário da docência. Justifica-se pelos caminhos trilhados pelo Grupo de Pesquisa, que há 15 anos estuda e pesquisa o campo teórico do Imaginário, tendo como principais referências Gilbert Durand (2002, 1996, 1988) e Gaston Bachelard (2009). E pelo investimento no campo teórico do Corpo Biográfico (Danis Bois, 2008 e Marie-Christine Josso, 2010) e em um caminho metodológico de ensino e pesquisa alicerçada na pesquisa-formação preconizada por Marie-Christine Josso (2010, 2009, 2004) e Christine Delory-Momberger (2008). Para isso, buscaremos a partir da narrativa oral acionar o conhecimento indireto, utilizando a pergunta detonadora com acadêmicos do Curso de Dança, Pedagogia e Teatro da UFPel. A análise será
fundamentada nos estudos de Durand (2002) e caracteriza-se por buscar nas narrativas dos sujeitos da pesquisa os núcleos simbólicos com o intuito de encontrar o mitema (representação dos núcleos simbólicos em uma pequena
unidade simbólica) de cada participante da pesquisa. Busca-se um espaço e status ao corpo no contexto da formação de professores, tendo em vista a possibilidade de pensar e projetar a formação a partir de outros e novos pilares, quais sejam: do conhecimento imanente (relacionado diretamente à experiência corporal imediata) advindo da subjetividade do corpo, contemplando as dimensões de um sujeito singular-plural (que agrega o coletivo, mas também as aspirações, sonhos e desejos individuais) que está em formação. Ou seja, queremos com esta pesquisa despertar sobre a importância de abordar o corpo tanto no aspecto teórico, quanto prático, na formação de professores. Apostamos que tal enfoque ressoará a médio prazo na prática pedagógica dos professores em formação e na maneira que o corpo é abordado na escola.

Pesquisa contemplada no Edital 01/2017 – ARD FAPERGS.

2015-2016

ESCRITA DE CARTAS AOS PROFESSORES QUE MARCARAM: memórias e imaginários ressonantes como fermentos de (auto)formação?

Descrição: Esta pesquisa assenta-se, em primeiro lugar, na nossa experiência como docentes que vêm trilhando o caminho metodológico do ensino e da pesquisa com base na pesquisa-formação preconizada por Josso (2004; 2010) e Delory-Momberger (2008). Tal abordagem instiga possibilidades para problematizar as histórias de vida, pontualmente as autobiografias aprendentes, levando-nos a pensar nas seguintes questões: Como as experiências da minha vida contribuem para os sentidos que dou àquilo que vivi? O que aconteceu para que eu viesse a ter as ideias que hoje tenho? Como cheguei até aqui? Enfim, desejamos encontrar o mundo de experiências, de figuras e expectativas que o jovem e o adulto em formação trazem consigo.
Em segundo lugar, a pesquisa se justifica por estar vinculada aos pressupostos teóricos trabalhados pelo Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação, Imaginário e Memória (GEPIEM), que há 14 anos estuda e pesquisa nas fronteiras e limites destes temas em relação, a partir da Antropologia do Imaginário (DURAND, 1988;1989) e da memória como ressonância e repercussão (BACHELARD, 1993). Como pesquisadores destas áreas, temos percebido que velhas fontes de pesquisa podem ser revisitadas a partir de outros pontos de vista. Neste caso, a carta como um gênero epistolar e também uma fonte de pesquisa, será tematizada à luz dos estudos do imaginário e das histórias de vida como pesquisa-formação, projeto e obra (JOSSO, op. cit.). O trabalho investigativo estará direcionado a dois segmentos de profissionais em formação: professores e tecnólogos. Tem sua origem em uma prática de ensino onde foram analisadas 45 cartas escritas por estudantes do 1° semestre do Curso de Pedagogia (2013), para professores que marcaram positiva ou negativamente seus anos iniciais de formação. Como proposta de pesquisa, se ampliará a dois curso superiores de tecnologia, uma vez que será desenvolvida interinstitucionalmente, assim como indica a formação da equipe de trabalho deste projeto.
Também contribuirá para recolocar a importância do professor no trajeto de formação de pessoas, independente da área em que atuarão. Embora seja obvio e pueril dizer, mas dizemos que nenhuma pessoa ascende no seu trajeto de formação profissional independente de um professor.

Observações: A parceria interinstitucional desta pesquisa, justifica-se pelo fato de que a equipe constitui-se por ex doutorandos e doutorandas do Programa de pós-graduação em educação, sob orientação da proponente. No momento, atuam em diferentes instituições,mas mantém vinculo com o grupo de pesquisa de origem. Dai a importância da realização desta pesquisa com esta equipe.

2009-2012
IMAGINÁRIO, EDUCAÇÃO E MEMÓRIA: INVENTARIANDO E (AUTO)BIOGRAFANDO TRAJETOS DO VIVIDO NUMA FACULDADE DE EDUCAÇÃO
Descrição: Esta pesquisa visa fortalecer os estudos desenvolvidos dentro de um Grupo de Estudos e Pesquisa – GEPIEM – que integra a linha de pesquisa – “Cultura Escrita, Linguagem e Aprendizagem”, através da proponente deste estudo. Propõe uma investigação do trajeto de vida e de profissão de oito professores que estiveram envolvidos com a criação e instalação da Faculdade de Educação, da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL/RS, e cinco alunos, que, atualmente fazem parte do corpo docente desta mesma Faculdade. O intuito é inventariar e (auto)biografar histórias de vida, adentrando nestes trajetos do vivido para visibilizar os elementos fundantes dos processos (auto)formativos humanos, nessa instituição em especial. Como? 1 – Pergunta detonadora tipo entrevista aberta – a) para os professores – o “nascimento” da Faculdade de Educação lembra o quê? Ou mediante documentos (jornais ou outros), fazer a mesma provocação; b) para os alunos (hoje professores) – A Faculdade de Educação e os professores da tua formação, fazem lembrar o quê?; c) para ambos os grupos: conte-nos as histórias e as lembranças da Faculdade daquele tempo. 2 – Auto-retrato – após a captura dos dados que emergirão do primeiro momento, com a pergunta detonadora, usaremos a técnica do auto-retrato, na qual cada sujeito poderá descrever-se como pessoa, profissional e aluno, tendo como base as vivências naquela época. Os alunos farão o mesmo exercício, desde o lugar de estudantes.

2006 – 2009
GARIMPANDO IMAGENS, MEMÓRIAS, REPRESENTAÇÕES E ARQUÉTIPOS NAS TRAJETÓRIAS E (AUTO)BIOGRAFIAS DE ALUNAS EM FORMAÇÃO INICIAL DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFPEL: UM ESTUDO LONGITUDINAL (2006/2009)
Descrição: Esta pesquisa está voltada para o estudo longitudinal onde estamos acompanhando um grupo de 07 alunas do curso de Pedagogia, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal de Pelotas, RS. O período deste estudo compreenderá os anos de 2006 a 2009. O intuito principal é garimpar os conteúdos que integram a memória, as imagens de infância, as representações e os arquétipos que subjazem na trajetória e história de vida destas aprendizes de professora. A metodologia a ser empregada ancora-se num olhar para si, fundamentada tanto em Josso (2004, 2006) quanto em Durand (1988, 1989), no que se refere ao psicologismo metodológico e a metodologia de convergências. Assim buscaremos as convergências, com o intuito de buscar as homologias (convergência de semanticidade; materialidade de elementos semelhantes) que advirão das narrativas autobiográficas, das imagens da infância e das representações atuais, através de diversos materiais por elas produzidos. Estabeleceremos relações entre esses diferentes materiais, coletados na história de vida destas aprendizes: fotos, escritas, técnicas expressivas, poéticas, dentre outras, desde o ponto de vista das representações e dos símbolos arquetipológicos. Nesse sentido, pensamos que tais inserções poderão ampliar o espectro de visão sobre como se constitui e se forma uma professora, tendo em vista as interfaces subjetivas que permeiam a encolha da profissão professora. O campo teórico que subsidiará as análises advirá dos referenciais da antropologia, da pedagogia, da psicologia e da filosofia do Imaginário: Gilbert Durand (1988), Gaston Bachelard (1998), Francis Imbert (1994), Bruno Duborgel (1989), Ernst Cassirer (1994), Carl Gustav Jung (1991) e Marie Cristhine Josso (2004, 2006). Esta última tem se dedicado ao enfoque da experiência de vida e formação como invenção de si através do projeto como busca e obra. Desse modo, buscaremos nas intimações primeiras (BACHELARD, 1998), os matriciamentos (PERES, 1999, 2004) que o sustentam.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – Bolsa / Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Cooperação / Universidade Federal de Santa Maria – Cooperação. Número de produções C, T & A: 7 / Número de orientações: 6.

2005 – 2007
IMAGINÁRIO E EDUCAÇÃO: CRIANÇAS DESENHANDO AS REPRESENTAÇÕES SOBRE A VIDA E SEU ENTORNO
Descrição: Este projeto abrange atividades de pesquisa, ensino e extensão. Tem como intuito principal o conhecimento e o aprofundamento (empírico e teórico) sobre as representações infantis e infanto-juvenis a respeito do tema: “O mundo em que vivo e mundo que eu gostaria de viver”; imaginário, cotidiano escolar e relações interpessoais; manifestações do imaginário na esfera da escola; corporeidade e emoções. Ele adentra no terreno da vida, das biografias, e das representações como fomentos dos desejos do aprendiz. Para tal faz-se necessário sensibilizar professores e aprendizes de professores para esta matéria – a das subjetividades que sustentam a objetividades. Desse modo, pretendemos através de atividades prazerosas, conhecer as representações sobre o mundo onde as crianças vivem e como gostariam que ele fosse. A partir daí, em curto prazo, constituir campos de reflexão e sensibilização dos professores formadores. Os alunos envolvidos, da graduação, participam das três instâncias. Enquanto os alunos de pós-gradução participam, ativamente, das atividades de pesquisa e extensão e são mestrandos sob orientação da responsável pelo projeto. Este projeto está vinculado a linha de pesquisa no mestrado, Formação docente: ensno, aprendizagem e conhecimento.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – Bolsa / Universidade Federal de Pelotas – Bolsa. Número de produções C, T & A: 2 / Número de orientações: 2.

2004 – 2005
MAPEANDO OS “EFEITOS” DAS IMAGENS NO IMAGINÁRIO DE PROFESSORES EM SERVIÇO: TRILHANDO OS SABERES PESSOAIS DE UMA PEDAGOGIA SIMBÓLICA
Descrição: Este projeto começou a ser desenvolvido em outubro de 2003, sem ajuda de bolsita, somente contando com alunos voluntários. Mas a partir de agosto de 2004, passei a contar com o apoio de uma bolsista BIC/CNPq, Janaina Félix de Souza, o que possibilitará que a pesquisa deslanche. As perguntas que nos inquietam diz respeito, a saber, sobre como continuamos nos tornando professores? De que modo às intimações culturais e midiáticas têm influenciado na nossa ação educativa? Propomos-nos a pesquisar professores em serviço, no sentido de mapear o imaginário balizador de suas representações, os quais podem refletir-se nos saberes veiculados tanto no modo de viver, como nas relações de ensino aprendizagem. Nesse sentido, através das diferentes formas de expressão que compõem o universo midiático, concebido como matéria sociocultural e pedagógica, tentaremos mapear tais influências na produção destes conteúdos presentes na formação continuada de professores. Este mapeamento se dará através da narrativa sobre determinados temas: o que lêem; programas preferidos na televisão e nas horas de lazer. Tais materiais constituir-se-ão em representações objetivadas no “universo pedagógico”.

Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Bolsa. Número de produções C, T & A: 11 / Número de orientações: 1.

2004 – 2005
O SIMBOLISMO IMPLÍCITO NA AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA DE CRIANÇAS DE SÉRIES INICIAIS
Descrição: A pesquisa busca apreender o simbolismo implícito na escrita de crianças das primeiras séries do ensino fundamental a partir de um banco de textos de uma outra pesquisa, sob a responsabilidade da Profa Drª Ana Ruth Moresco Miranda: AQUISIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA: ORTOGRAFIA. Nosso intuito principal é considerar as infinitas possibilidades, advindas do caráter polifônico e polissêmico advindo do campo simbólico, via a possibilidade de exploração do imaginário veiculado nos textos infantis. Um outro aspecto, também importante, deve-se ao fato de apontar para a importância dessa “leitura”, diretamente ligada ao dia-a-dia da sala de aula, nas séries iniciais. Conto com uma bolsista BIC/ FAPERGS. Este trabalho já foi apresentado em seminário de Educação local.

Financiador (es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – Bolsa. Número de produções C, T & A: 7.

2001 – 2002
METÁFORAS E METAMORFOSES NO IMAGINÁRIO DA APRENDIZ DE PROFESSORA: IMAGENS DA INFÂNCIA DE ALUNAS DO CURSO DE PEDAGOGIA
Descrição: Este projeto foi financiado pela FAPERGS/ARD, bem como pela UFPeL, com o auxílio de uma bolsista: a graduanda Lúcia Helena dos Santos. No final, também contamos com a participação do Prof. Irapuã Martins, do curso de design gráfico, ILA/UfPeL, o qual realizou o designer do livro eletrônico decorrente desta pesquisa. Este estudo contribuiu para o estudo do imaginário a partir do rastreamento das imagens da infância que “dormitam” em cada aprendiz de professora alunas do curso de Pedagogia da UFPEL. Pela via dos conteúdos do imaginário inscritos nas narrativas poéticas destas jovens, buscamos um espírito acadêmico por dentro de processos existenciais. Sobretudo, nesta pesquisa, estas imagens constituem-se em saberes e aprendizagens circunscritos na trajetória de vida de alunas do curso de Pedagogia, habilitação séries iniciais, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal de Pelotas (RS). Nesta abordagem as imagens contém uma prenhez simbólica (Cassirer, 1994) demarcando metáforas e metamorfoses subsumidas na experiência destas aprendizes de professora.

Financiador (es): Universidade Federal de Pelotas – Bolsa / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul – Auxílio financeiro. Número de produções C, T & A: 4 / Número de orientações: 2.