NOSSAS ÂNCORAS
O passado rememorado não é simplesmente um passado da percepção. Já num devaneio, uma vez que nos lembramos, o passado é designado como valor de imagem. A imaginação matiza desde a origem os quadros que gostará de rever. Para ir aos arquivos da memória, importa reencontrar, para além dos fatos, valores. Não se analisa a familiaridade contando repetições. (…) Para reviver os valores do passado, é preciso sonhar, aceitar essa grande dilatação psíquica que é o devaneio, na paz de um grande repouso. Então a Memória e a Imaginação rivalizam para nos devolver as imagens que se ligam à nossa vida. (BACHELARD, 2001, p. 99) (grifos nossos)
O grupo prima pelo desenvolvimento de estudos e pesquisas voltadas à Antropologia do Imaginário buscando interfaces com a Biografia Educativa e processos (auto)formadores. Concebemos o Imaginário como uma referência de toda a produção humana através da sua manifestação discursiva e simbólica. O pensamento humano move-se segundo quadros míticos.
Bases epistemológicas
Conhecimento Indireto, imaginação simbólica (G. Durand); Biografia Educativa (M. C. Josso), Hermenêutica da prática (C. Delory-Momberger); fenomenologia da imaginação (G. Bachelard).
Metodologias e instrumentos
Metodologia de convergências – estabelecimento de relações entre o dado visível com o universo das configurações simbólicas e das práticas (temas arquetipológicos);
Não- convencionais – re-criação do instrumento a partir da base epistemológica;
Narrativas (auto)biográficas – entrevista aberta (pergunta detonadora);
Técnicas expressivas – priorizando as dinâmicas dos sentidos dos símbolos;