Primeiro Congresso de Extensão e Cultura atende expectativas

Por Juliana Santos

Na última semana o Campus Porto da Universidade Federal de Pelotas sediou o primeiro Congresso de Extensão e Cultura (CEC). O evento ocorreu em paralelo ao Congresso de Iniciação Científica (CIC) e contou com diversas atividades desenvolvidas pela comunidade, alunos e servidores da UFPel. Durante toda a semana, alunos foram dispensados das aulas para participar das atividades do evento.

O primeiro dia de congresso foi marcado por uma cerimônia no Teatro Guarany, onde os Pró-Reitores de Pesquisa, Extensão e Cultura e a vice-reitora, juntamente com o Reitor Mauro Del Pino, salientaram a importância do evento para o calendário acadêmico da Universidade. O Programa de Extensão em Percussão da UFPel executou o hino Nacional e o rio grandense, antes da atração da noite: Vitor Ramil encantou a plateia do teatro, que esgotou os ingressos gratuitos logo no primeiro dia de distribuição.

Ao longo da semana, diversos extensionistas cadastrados apresentaram seus projetos. Relatos feitos nas salas de aula foram acompanhados por avaliadores, que julgaram os melhores trabalhos de diversas áreas para concorrer ao Prêmio de Extensão Aldyr Garcia Schlee. A gratificação é dada para projetos ou programas de extensão que causem impacto cultural.

Mostra

Uma grande mostra com alguns dos projetos de Extensão da Universidade pode ser conferida pelos corredores e ao ar livre, com a presença da comunidade. Apresentações artísticas, grafite, oficinas de malabares, Piquenique Cultural e degustações com os Chef’s na Rua foram algumas atrações. Estudantes que participaram, ou não, do congresso em sala de aula, inscreveram-se para expor a extensão quais são vinculados.

Encontro dos Extensionistas abriu diálogo entre projetos de extensão. Foto: Thiago Lopes.

Encontro dos Extensionistas abriu diálogo entre projetos de extensão. Foto: Thiago Lopes.

O estudante de Direito e funcionário da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREC), Vinícius Zientarski foi um dos que ajudaram na organização do evento. Ele contou que foram feitas reuniões com estudantes de várias áreas e cada um decidiu definir sua função dentro da organização do evento, que em si, não existiria se não fosse a participação maior dos acadêmicos. “Ninguém melhor que eles, nas suas áreas e que reconhecem suas realidades, para enxergar o melhor que podem ajudar”, salientou. Vinicius disse que a grande inovação do Encontro dos Extensionistas foi entrar em contato com vários coletivos da cidade, que não são projetos de extensão, mas que atendem de forma tão forte à comunidade, que poderiam vir a ser.

O funcionário da PREC ainda disse que com os encontros pensou-se na mostra como uma forma de interação, de realizar um intercambio entre àqueles que são extensão e os que não, para através disso gerar um debate que se pense termos da extensão universitária “O diálogo é importante para que seja pensada uma forma de tirar desses debates algo que cada projeto possa agregar para si”, comentou ainda o estudante.

Bolsista do Grupo Tatá – Núcleo de Dança e Teatro, Lizandra Vilela viu no evento uma forma de divulgar o trabalho do grupo. “Não sabemos, muitas vezes, quais projetos existem e estão acontecendo. Esta foi uma oportunidade deles serem de fato expostos e, ainda, pelos bolsistas que atuam nestes projetos”. A estudante ainda apresentou o trabalho no congresso e comentou que a experiência foi muito importante para que a Universidade entenda as especificidades que um grupo de teatro tem em relação a outros projetos.

Grupo de Dança e Teatro da UFPel improvisou um tablado e fez apresentação no saguão. Foto: Thiago Lopes

O Grupo Tatá de Dança e Teatro da UFPel improvisou tablado e apresentou “Terra de Muitos Chegares” no saguão do campus Porto.   Foto: Thiago Lopes

Paralelo ao CIC

Segundo a organização, a intenção de fazer o evento de extensão em paralelo ao de pesquisa foi realizar um dia dos estudantes, para tirá-los da sala de aula e dizer que o ambiente não é o único que a universidade proporciona.

A Pró-Reitora da PREC, Denise Bussoleti, contentou-se em dizer que o evento foi além das expectativas dos organizadores. “Conseguimos dar visibilidade aos projetos de extensão e trouxemos a comunidade para o ambiente da universidade. O evento mostrou que pensamos da extensão não de dentro pra fora, mas sim de fora pra dentro”, afirmou Denise.

O último dia discutiu a constituição do Fórum de Educação, Arte e Popular. O fórum pretende ter representações de diferentes setores da Sociedade Civil Organizada com a finalidade de pautar a política da extensão. Para poder discutir o que é sociedade e o que ela quer da extensão, a Pró-Reitora acredita que dentro de um ano os encontros aconteçam.

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