O corte de verbas que pode impedir o funcionamento da UFPEL

Corte de verbas anunciado pelo Ministro da Educação pode levar ao fechamento da UFPel em setembro. Imagem: Katia Helena Dias/CCS UFPEL

Por Roberta Muniz

Na última semana o MEC havia anunciado o corte de 30% das verbas de três universidades federais, mas o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, declarou que além dessas instituições, todas as demais universidades e institutos federais terão essa porcentagem dos seus recursos congelados.

Após esse anúncio, as reitorias de diversas universidades começaram a se pronunciar, pois a retirada desses valores vai causar um enorme impacto no funcionamento das instituições. O reitor da UFPEL, Pedro Hallal, em conversa com o Centro Acadêmico Florestan Fernandes – Ciências Sociais, declarou que se não houver recuo do Governo Federal sobre essa medida, a UFPEL fechará as suas portas em setembro deste ano.

Na noite de ontem o reitor ainda expressou os seus pensamentos acerca da situação em seu perfil em uma rede social, onde declarou que há uma distorção sobre o que realmente é realizado pelas universidades federais em todo país em uma tentativa do governo de desmoralizar as instituições. “O Governo Federal tenta distorcer a realidade do que ocorre nas Universidades Federais, numa tentativa desesperada de jogar a população brasileira contra suas Universidades. Primeiro, o Governo Federal demonstra ignorância ao desconhecer (ou fingir desconhecer) que mais de 90% do conhecimento científico produzido no país é oriundo das Universidades Federais”, escreve Pedro Hallal.

Aqui em Pelotas não só a UFPEL, mas também o IFSUL poderá ser afetado e o reitor Flávio Nunes também divulgou nota declarando que o funcionamento do Instituto não será possível, caso a medida prossiga. “Nessa conjuntura não será possível fecharmos as contas de manutenção do IFSul até o final de 2019, mesmo diante da redução de gastos, que já vem ocorrendo ao longo dos últimos anos de forma significativa em todas as nossas unidades, com enxugamento de despesas, mas sempre tentando evitar ao máximo afetar a qualidade de ensino oferecida por nossa instituição, o que se torna cada vez mais difícil, quase impossível, diante do quadro que passamos a viver com os cortes efetivados”, declarou Nunes.

A comunidade acadêmica está se mobilizando, organizando atos de manifestos contra essa medida, que se concretizada não só afetará estudantes e funcionários, como toda a economia de cidades que recebem estudantes de todos os lugares do Brasil. No próximo dia 15, acontece a Greve Nacional da Educação que terá ato no Mercado Público, das 14h30 às 22h.

 

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