Noite de gala no Beira-Rio

Com dois gols de Enner Valencia e defesa de pênalti de Rochet, Inter joga bem, despacha o Bolívar e está na semifinal da Libertadores

Por Éverson da Martha / Agência Em Pauta

Enner Valencia comemorando o primeiro gol do Inter no jogo
Foto: Jefferson Botega/Agencia RBS

Autoridade é a palavra certa para descrever o que foi a vitória do Internacional diante do Bolívar na noite de terça no Beira-Rio. Desde os primeiros minutos o Colorado deixou claro quem mandava e os bolivianos sem sua principal arma, a altitude, foi presa fácil para um Internacional emperrado por quase 50 mil vozes.

Festa dos jogadores na comemoração do gol
Foto: Maxi Franzoi/AGIF/Iconsport

Antes do jogo começar. uma incerteza pairava no ar, quem seria o substituto de Vitão, que saiu machucado e ficará fora por um mês? Tudo indicava Nico Hernandez, titular no jogo na Bolívia, mas Eduardo Coudet, inovou e improvisou o lateral, Hugo Mallo, recém chegado na defesa, o espanhol teve pouco trabalho, pois o Bolívar foi inofensivo o jogo todo.

Logo aos 10 minutos, Enner Valencia, principal contratação do Inter na temporada, já abriu o placar e fez explodir o Beira-Rio de felicidade. A classificação era questão de tempo, o segundo gol veio nos pés dele, Enner Valencia aos 18 minutos fazia o segundo, fazia, porque o árbitro de vídeo anulou o gol por causa de um impedimento milimétrico do atacante equatoriano, o que não frustrou os colorados presentes.

Aos 40 minutos uma situação inusitada, o jogo foi paralisado devido ao forte cheiro de gás de pimenta, jogadores de ambas as equipes, além de torcedores na arquibancada eram vistos tapando nariz devido ao forte cheiro do artefato.

Gás de pimenta atirado pela Brigada Militar, interferindo no jogo Foto: Jefferson Botega/Agencia RBS

O motivo do gás, foi uma confusão do lado de fora do estádio onde a Brigada Militar, atuou da sua forma tradicional, dispersando a multidão que conseguiu acessar ou que apenas estava nos arredores da Avenida Padre Cacique.

Foram gás de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha, tudo isso do lado de fora que atrapalhou o andamento da partida, que recomeçou 6 minutos depois.

No segundo tempo, o roteiro foi o mesmo, era Inter em cima e o Bolívar se defendendo como podia e buscava uma escapada, mas apenas buscava, aos 15 minutos, o Colorado ampliou. Alan Patrick lançou Enner Valencia na ponta esquerda,  o equatoriano encarou a marcação, trouxe para dentro e chutou forte para marcar o segundo gol dele e do Inter no jogo.

Tudo encaminhado, até o Bolívar achar um pênalti, aos 35 minutos, numa rara aparição boliviana no ataque a bola bate no braço de Nico Hernandez (que entrou no segundo tempo) e o arbitro de vídeo chamou árbitro de campo Esteban Ostojich e ele marcou pênalti, seria ali o gol de honra do Bolivar.

Defesa de Sergio Rochet no pênalti de Fernandez
Foto: Jefferson Botega/Agencia RBS

Seria, Sergio Rochet, figura decisiva desde que chegou ao Inter, até então decorativa no jogo mostrou o porque foi contratado. Ronnie Fernandez bateu e Rochet defendeu sem dar rebote, sendo saudado pelos colorados presentes ao Beira-Rio.

Ao final do jogo, a celebração colorada dentro de campo e nas arquibancadas mostrava uma sinergia muito forte entre time e torcida, importante para a reta final da competição.

O inter espera o vencedor de Fluminense e Olimpia (Par), os cariocas saíram em vantagem no jogo de ida por 1 a 0, quinta feira no Defensores del Chaco, eles decidem que enfrentará o Internacional nas semifinais da Libertadores.

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