Escritoras rio-grandinas lançam livros autorais

Rita Germano e Annabel Laurino são duas mulheres rio-grandinas que encontraram na literatura a paixão pela escrita

Por Marianna Bertoldi / Em Pauta

No dia 15 de abril, a escritora Annabel Laurino, natural do Rio Grande, lançou seu segundo livro de autoria própria intitulado “Os manacás”, publicado pela editora Libertinagem, com capa de Ana Berenice. O livro de contos coloca personagens femininas em evidência e as histórias acontecem no cenário da Cidade do Rio Grande e Candiota. A escritora Rita Germano já está com seu terceiro livro pronto e aguarda a data para o lançamento oficial, que deve acontecer em breve, na cidade.

Annabel e seu novo livro “Os Manacás”. – Foto: Jade Luzardo

Annabel Laurino

Segundo a autora, “diferente do primeiro livro, que foi de poesia, ‘Os Manacás’ é um livro de contos, apresentando 23 contos com protagonismo de personagens femininas. O livro aborda a temática das mulheres em contexto cotidiano, suas lutas diárias para resistir no mundo, ir de encontro a suas liberdades, social, econômica, sexual e tantas outras, plurais”.

Annabel conta que o nome do livro foi inspirado em uma flor que recorda a casa onde nasceu. “Manacá é uma flor de jardim, de uma árvore de flores roxas e brancas, muito cheirosas, e essa mesma árvore, plantada pela minha avó no pátio da casa onde nasci, inspirou o nome desse livro”, compartilhou. O livro está à venda no site da editora

Além de “Os Manacás”, a escritora rio-grandina também possui um livro de poesias chamado “Eles vão dizer que isso não é poesia” (Chiado Editora, 2021). Com 28 anos, Annabel é graduanda do curso de Letras Português e Francês pela FURG e disse que começou a gostar de escrever desde muito nova. “Comecei a escrever quando criança em diários e depois na adolescência escrevia crônicas em um blog de autoria chamado Pontos e Vírgulas”, contou. 

Além disso, a paixão pela escrita e pela Cidade do Rio Grande inspirou Annabel a pesquisar sobre outras escritoras rio-grandinas. “Sempre apaixonada por literatura até que essa se tornou a fonte de minha pesquisa acadêmica em que pesquiso mulheres escritoras rio-grandinas desde o século XIX até a contemporaneidade”, explicou a escritora. 

O terceiro livro de Rita Germano já se encontra disponível para compra. – Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Rita Germano

O terceiro livro escrito pela professora rio-grandina Rita Germano, de 42 anos, se chama “O Quanto Jeito tem de Amor”. O livro de crônicas conta histórias de seu cotidiano e, mesmo antes do lançamento oficial, já se encontra à venda para o público em geral em livrarias da cidade e na internet.

Rita já é autora de mais dois livros: “Superlativos”, lançado em 2015, e “Mera Narradora”. Seu novo livro, “O Quanto Jeito tem de Amor” conta histórias do dia-a-dia. Para ela, Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra, viu poesia (longe de comparações), quem escreve crônicas vê o cotidiano assim: com poesia. O próprio título do livro vem da Gabi, uma estudante que todos os dias pensava em situações para demonstrar o seu amor por meio de uma visita a mim. Vi essas visitas cotidianas e rápidas como um jeito de amor e escrevi”. 

“Ele pode ser encontrado “todo lindo” na livraria Hipocampo no Cassino, na Livraria Vanguarda e comigo pelas redes sociais”, comentou Rita sobre a disponibilidade do livro. Em relação às suas inspirações, ela diz se inspirar nas coisas simples da vida. “Um casal de namorados, uma frase de uma criança, um filme que fala comigo, uma música que desperta memórias, miudezas da minha vida; uma vida simples de uma professora, mas que espremendo um pouquinho sai borrifadas de poesia”, esclarece a autora.

A escritora também diz que o processo de criação da capa e escolha de detalhes como as cores, foi todo feito com sua participação. “A empresa do meu marido, Leads, ficou com a parte gráfica. A capa foi toda escolhida e pensada por mim, desde a paleta de cores até as fontes. Foi um longo processo de criação, mas hoje ele está em pé na estante”. 

Sobre os planos futuros para a publicação de novos livros, Rita comenta que tem uma nova obra em possível processo de publicação. “Há um mês participei de uma chamada pública de uma editora para a entrega de originais para publicação; enviei um livro quase finalizado: Oi, Moço. E fui selecionada”, explicou.

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