Ela

Por Graça Vignolo de Siqueira

Sinopse:

“Theodore (Joaquin Phoenix) é um escritor solitário, recém-divorciado, que resolve comprar um novo sistema operacional (SO) para seu computador. Ele se surpreende com aquela voz feminina e acaba se apaixonando. Embora seja apenas um programa informático, logo se inicia uma relação amorosa entre ambos.”

Vocês sabem que sou sincera, então acreditem, eu quase dormi. Muitos irão discordar e talvez digam que não sei o valor de uma obra prima. Ok, o roteiro é original sim. Não por acaso ganhou a estatueta de Melhor Roteiro Original no Oscar 2014, embora ainda tenha disputado em outras três categorias.

Joaquin Phoenix está perfeito no papel, não consigo imaginar outro. Ele personifica bem o cara solitário, de ombros caídos, depressivo e sem muita autoestima, afinal troca pouquíssimas vezes de roupa no filme. O que ele faz bem é escrever cartas românticas, seu trabalho. E fica claro que ele se tornou depressivo e solitário após se separar da mulher que amava tanto.

Do que eu gostei? Gostei da originalidade da história, da voz sensualíssima de Scarlett Johansson que dá vida à Samantha, o SO, e de uma canção cantada por Theodore e Elacujo título é The Moon Song. Na trama são exploradas todas as possibilidades de um romance: sexo, ciúme, reviravoltas, traição e possessão. Mas, discordo quando leio comentários que o classificam como o melhor romance dos últimos anos.

É ambientado num futuro descaracterizado, em uma cidade não citada, com prédios imensos, mas sem as referências de futuro a que estamos acostumados. Nada de carros voadores ou policiais robotizados. Ainda há dias de muito sol, não há falta de água e a natureza continua bela. Só se percebe que se trata do futuro pela tecnologia mais avançada.  As pessoas são aparentemente felizes e todas têm também um sistema operacional.

Theodore já namorou sua vizinha (Amy Adams), que também tem um SO, mas não deu certo. Ambos são imediatistas e por isso se relacionam melhor com a tecnologia. Aliás, analogia bem atual em relação a nossa dependência à rede, smarthphones e tablets. Uma verdadeira reflexão.

Uma coisa com a qual concordo é que uma versão dublada destruiria o filme, pois Samantha, o SO, é a voz de Scarlett Johansson e isso a torna parte indispensável da história. Afinal a personagem possui complexidade e evolui se  tornando, aos poucos, mais humana e palpável.

Assistam ao filme e dê sua própria opinião. Minha nota é 7.

Ela

 

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