Conheça os estádios mais (in)úteis após a Copa do Mundo 2014

Por Mateus Bunde

Sem clubes grandes para mandar seus jogos nos estádios pós Copa do Mundo, os quatro prováveis “Elefantes Brancos” assustam os apaixonados pelo futebol brasileiro.

Termo sem uma origem certa, “Elefante Branco” seria a designação para os Estádios sem utilidade real após, por exemplo, o Mundial no Brasil. Sem clubes de expressão e uma fraca procura para a produção de grandes espetáculos artísticos, a Arena das Dunas, a Arena Pantanal, a Arena da Amazônia e o Estádio Nacional de Brasília surgem como possíveis detentores desse título indesejado.

Entenda os casos:

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Foto: Reprodução (http://goo.gl/EwBTU)

Com pouco menos de um milhão de habitantes, Natal ganha, em janeiro de 2014, sua Arena nova em folha, O estádio possui uma capacidade de 45 mil torcedores, e o principal questionamento é: Quem encherá o estádio?

O estado possui uma rivalidade muito forte entre América-RN e ABC. O estádio promete encher quando o clássico decidir o título estadual. Contudo, nenhum dos dois clubes possui a tradição contínua de estar presente nos grandes campeonatos nacionais e continentais.

Custeado em aproximadamente R$ 500 milhões de reais, o governo planeja investir em shows de grande calibre e num planejamento (junto a Federação de futebol local) para alavancar o futebol mossoró a um novo patamar.

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O Pantanal possui um bioma constituído por uma savana – alagada em sua maior parte – e uma grande biodiversidade de fauna e flora, sendo uma das maiores do Brasil e do mundo. Esse pode ter sido o grande motivo da FIFA em escolher Cuiabá como sede para a realização do Mundial: O turismo na região pantaneira.

Sem um grande clube nas Séries A e B do Campeonato Brasileiro, a administradora do Estádio já admitiu fazer negócios para trazer clubes das divisões superiores do campeonato nacional para mandar seus jogos no Estádio.

Custando pouco mais de R$ 500 milhões de reais, o governo do estado continua a bater na mesma tecla de que o novo Estádio impulsionará o futebol local.

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Da mesma maneira que a Arena Pantanal, o turismo (e a curiosidade de visitantes conhecerem a maior biodiversidade do planeta) foi um fator culminante para Manaus ser escolhida uma das doze sedes da Copa do Mundo FIFA 2014.

São Raimundo e Nacional, os dois “grandes” clubes de um estado que conta com um dos maiores números de flamenguistas fora do Rio de Janeiro. Sem grande expressão no futebol, a última vez que um clube amazonense disputou uma divisão importante do futebol nacional foi em 2005, com o São Raimundo sendo o representante amazonense na Série B do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Com um custo de, aproximadamente, R$ 600 milhões de reais, o governo do estado ainda não se pronunciou formalmente sobre o assunto, mas correm boatos de que o Estádio teria um destino inusitado: Um centro de triagem de presos.

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“A capital do país não poderia ficar de fora da festa”, estas foram as palavras do comitê organizador da Copa do Mundo para justificar a escolha da sede. Com 70 mil lugares e nenhum clube jogando nas grandes divisões do futebol brasileiro, o Mané Garrincha continua sustentando-se com o Flamengo-RJ mandando muitos de seus jogos no Estádio, devido sua populosa torcida no Distrito Federal.

O governo distrital se pronuncia da mesma forma que o governo do estado do Mato Grosso, criando a esperança de que um estádio novo chame a atenção do público, e, assim, possa elevar o patamar do futebol do estado a um novo nível.

É o Estádio mais caro da Copa de 2014 e da história das Copas do Mundo – foram gastos mais de R$ 1 bilhão na construção do mesmo. O governo usa o exemplo da equipe local, o Brasília, que conquistou a Copa Verde, e o consequente direito de disputar a Copa Sul-Americana de 2014, como um exemplo da nova Arena impulsionando no avanço do futebol no Distrito Federal.

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