A batalha das mulheres contra o câncer de mama

Imagem: Ministério da Saúde

Por Roberta Muniz

Diagnosticar o câncer de mama é o passo mais importante para que o tratamento possa ser realizado, assim, as chances de cura se tornam muito mais otimistas. O autoexame e exames periódicos são essenciais, sobretudo quando há o histórico da doença na família.

Carolina Lima Bettin, 32 anos, estudante afastada do curso de nutrição da UFPEL, descobriu a doença por meio do toque, durante o banho, quando tinha 30 anos de idade e sobre a descoberta em seu próprio corpo, ressalta: “Sempre temos que nos conhecer”.

Logo após a descoberta, Carolina recorreu ao SUS (Sistema Básico de Saúde) para exame clínico, mas segundo ela, a demora para ser chamada para realizar mais exames acarretou em um desenvolvimento acelerado e agravamento da doença. Com a ajuda de amigos na área da saúde conseguiu um oncologista e pode começar, enfim, o tratamento.

O tratamento com quimioterapia não é fácil já que o organismo recebe substâncias químicas e muitas mudanças ocorrem nos corpos dos pacientes, sendo a principal delas, a perda de cabelos e pelos do corpo. A autoestima de muitas das mulheres é afetada por isso. “Quando perdi os pelos e emagreci, inchei e perdi as unhas, nunca me vi abatida. Encarei como se fosse um eu transitório. Eu continuava ali, minha aparência que tinha mudado”, conta Carolina que não permitiu se abater.

Mas sabemos que cada pessoa reage de maneira diferente e nem sempre é possível deixar o abatimento de lado, como relata Denise Souza, 53 anos, auxiliar de educação: “Foi bem difícil por causa dos efeitos colaterais da quimio. Teu paladar muda, teu olfato… Muitos enjoos e náuseas. Teu corpo muda, em consequência tuas emoções afloram. Fiquei muito fragilizada”.

A descoberta de Denise aconteceu através de exames de rotina, primeiramente diagnosticado como nódulos benignos que seriam retirados com cirurgia, mas logo após a operação, o câncer de mama foi constatado e o tratamento iniciado.

Além da força das próprias mulheres que enfrentam a doença, o apoio familiar e dos amigos é de fundamental importância nessa caminhada. “O apoio, o amor e a amizade são fundamentais nessa hora. Os amigos e familiares são tudo na recuperação”, diz Carla Hoss, 52 anos e que enfrenta a doença há quatro.

Carla recebeu o diagnóstico por exames, mas por meio da mamografia seu câncer não foi visto, sendo descoberto apenas por ultrassom com a doença já em estágio avançado e ela segue o tratamento pela FAU (Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas). “Quando descobri já estava com metástase óssea, tumores na coluna e uma vértebra quebrada. O câncer começou no seio”.

Cada uma dessas mulheres têm uma história distinta em relação a doença, cada uma resistindo à sua batalha e apesar de diferentes circunstâncias, todas elas ressaltam a importância dos exames, seja o de toque em si própria até os realizados em laboratórios feitos periodicamente para àquelas que passam dos 40 anos de idade ou têm histórico familiar da doença.

“Precisas ter força e sabedoria para enfrentar os dias de dores, desconfortos sem desistir. E sempre que estiveres te sentindo bem, fazer aquilo que te dê prazer. Isso renova as energias”, diz Carolina às mulheres que estejam enfrentando o câncer .

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