Os alunos da primeira turma divulgaram, no dia 11 de outubro, os nomes dos docentes homenageados na colação de grau, que acontece dia 11 de fevereiro de 2012. Para fazer o anúncio, os alunos “sequestraram” os professores de suas aulas, colocando em cada um uma faixa com um título que corresponde a sua área de trabalho. Após a brincadeira, a turma ofereceu um coquetel e confraternizou com os professores.
Patrono
Prof. Roberto Heiden (Mister Memória da Arte Contemporânea)
Paraninfo
Prof. Andréa Bachettini (Miss Restauração)
Professores homenageados
Prof Letícia Mazucchi Ferreira (Rainha da Memória Social e Patrimônio Cultural)
Prof. Pedro Sanches (Rei da Atribuição da Obra a Partir de um só Pintor)
Prof. Jaime Mujica Salles (Mister Interdisciplinaridade na Gestão do Patrimônio Arqueológico)
Prof. Silvana Bojanovski (Musa da Conservação e Restauração de Livros e Encadernações)
Funcionário homenageado
Jeferson Salaberry (Rei das Restaurações de Bens Culturais Integrados)
O Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo inaugurou exposição que conta parte da história da Faculdade de Odontologia da UFPEL. Esta exposição está ligada ao Projeto “O Museu do Saber e do Fazer: arte e ciência em ações educativas no Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo”, aprovado no Edital Proext 2010 e coordenado pela professora do Curso de Conservação e Restauro Dra Francisca Michelon. Trata-se do resultado de uma busca por objetos, fotografias e documentos que indicam o percurso da Faculdade de Odontologia nesta cidade, de sua fundação, em 21 de setembro até seu ingresso na UFPel.
Vários colaboradores contribuíram com doações e empréstimo de material. Uma parte dos objetos recolhidos foi restaurada por alunos do Curso de Conservação e Restauro, coordenados pelo técnico em restauração Fábio Galli, também aluno do curso de Conservação e restauro, e será incorporada ao futuro Museu da UFPel. Alunos do Curso de Museologia também contribuíram para a montagem da exposição, que também inclui um Ciclo de Palestras, oficina de formação de professores, recepção a escolas, mediação e produção de material didático. “O principal objetivo é fomentar a curiosidade dos jovens estudantes pelas áreas de conhecimento que definem a UFPel, cativar público de crianças e adolescentes para os museus da Universidade e, claro, contribuir com as muitas comemorações que estão marcando os 100 anos da Faculdade de Odontologia”, explica a coordenadora do projeto, professora Francisca Michelon.
A história da Faculdade de Odontologia de Pelotas tanto acompanha a história da odontologia no país, como a história de Pelotas no séc. XX.
O trabalho filantrópico que marcou o percurso desta instituição na cidade está ligado a sua origem, mas, sobretudo às especialidades que foram definindo os rumos desta ciência jovem (se considerarmos que o primeiro curso superior só surgiu em 1840, nos Estados Unidos). A Faculdade de Pharmácia e Odontologia de Pelotas enfrentou a gripe espanhola que assolou a cidade em 1918, atendia os mais pobres e foi a primeira cidade no país a ter uma clínica dentária específica para atendimento às crianças. Clínicos e homens da ciência atuaram nesta instituição desenvolvendo métodos de tratamento aprimorados para a sua época. Afirmavam, de muitas formas, o caráter humanitário que a definia. Houve um momento difícil – o início até a municipalização, houve um momento áureo – a federalização até o final dos anos 1960 e há o momento atual – que se inicia quando a Faculdade de Odontologia passa a congregar a Universidade Federal de Pelotas. E cabe lembrar que em sua centenária existência, mais de 40 anos foram vividos nesta Universidade.
Mas, como em toda a ciência na qual a tecnologia acompanha e, simultaneamente, determina os seus avanços, certo desligamento com o passado é conseqüência recorrente. Assim, sob a égide de um necessário desejo de modernização, equipamentos, materiais, recursos didáticos, mobiliário e documentos de diversas naturezas foram sendo descartados para dar lugar aos novos. Pouco sobrou. Mas este pouco sobrevivente é capaz de apontar para muitos aspectos da história: como eram os locais, quem era o público atendido, com que recursos de estrutura a Faculdade contava, como se ensinava, como se atendia nas clínicas.
O curioso é que desde o início a Faculdade tinha um Museu de História Natural. O Professor Eurico Kramer de Oliveira escreveu um manuscrito no qual relata memórias e fatos históricos ocorridos na Faculdade de Odontologia, dentre esses menciona a existência de um Museu que, segundo suas palavras fazem entrever, existiu de fato. Nele havia um modelo da cadeira odontológica SS White, marca que produziu nos Estados Unidos a famosa cadeira Wilkerson, a primeira a ter o sistema hidráulico para elevação. Diz o professor ter aprendido a odontologia nessas cadeiras. O Museu da FOP sempre foi um projeto,ora existente, ora uma aposta. Ou seja, com uma longa história, sempre houve o que contar através dos objetos.
Para esta exposição foi possível conseguir por empréstimo um modelo da Peerless Harvard, cadeira dentária fabricada nos Estados Unidos com recursos aprimorados como o assento para atendimento infantil. Essa marca produziu bastante de 1915 a 1930. O modelo que estará em exposição pode ser de 1917-18. É um modelo que já apresenta o acionamento dos movimentos da cadeira por alavanca e inclinação de 180º. Assim como a cadeira, outra peça obtida com um particular é o trépano a pedal que foi inventado em 1871, mas que como idéia existia desde meados do séc. XVIII. O dentista acionava o pedal que gerava rotação em uma ponteira, suportada por uma caneta. Esse mecanismo retirava do dente por desgaste a porção cariada. Foi usado até as primeiras décadas do séc. XX e suplantado, totalmente, pelo motor de alta rotação, essencialmente elétrico.
Também é intensa e envolvente a história da confecção de peças anatômicas para o ensino da anatomia da cabeça. Há muitas destas peças ainda em uso no Departamento de Morfologia do Instituto de Biologia. Duas destas e um crânio com os ossos desarticulados foram emprestados para a exposição.
Também intensa e comovente é a história da confecção de próteses faciais, que se fazia no Departamento de Cirurgia e Prótese, hoje separados. As pessoas mutiladas contavam com este importante serviço da Faculdade. Na exposição há modelos de cabeças com base de gesso e moldagem em cera de rostos que apresentam mutilações. Essas moldagens faziam parte do processo de confecção das próteses. No mesmo Departamento os alunos estudavam em manequins as amarrias mandibulares e maxilares também em modelos, nos quais alguns estarão expostos.
O CDDB (Centro de Diagnóstico de Doenças da Boca) da FOP emprestou, dentre outros equipamentos já históricos, um projetor de lâminas histopatológicas, que foi usado por muitas décadas pelos professores em suas aulas de patologia.
E as fotografias atestam as mudanças: como era o prédio que alojou a FOP até a construção do atual. Esse prédio continha laboratórios, auditório, salas de aula, clínicas. Foi derrubado para a construção do novo, cujo projeto não se concluiu. As fotos mostram como eram as clínicas, como os clínicos atendiam, como eram as aulas práticas e isso ao longo de muitas décadas.
Então, é uma longa história. Não se pode contá-la toda em tão pouco espaço, com tão poucos objetos e recursos. Mas é muito bom saber que ela existe e que esta cidade tem o privilégio de sediá-la. Afinal são poucas Faculdades de Odontologia no Rio Grande do Sul. Esta é a segunda mais antiga, a primeira é a da UFRGS, fundada em 1898 e que, no entanto, esteve fechada por dez anos, entre 1922 e 1932. A FOP nunca esteve fechada. E é a única na região sul do Estado. Causa respeito pela sua longevidade, admiração pelo seu percurso e interesse pelo seu desenvolvimento. Também é uma história que conta a história de muitas pessoas: professores, funcionários, alunos, pacientes. Sem dúvida, é uma boa história. Vale à pena redescobri-la!
A Calourada 2011 do Curso de Conservação e Restauro aconteceu no dia 18/08/2011. A recepção aos calouros contou com uma série de informações que lhes auxiliará a compreender a dinâmica administrativa da Universidade, do ambiente acadêmico no Curso de Conservação e Restauro, bem como as exigências do próprio Curso e as possibilidades de ingresso em projetos de ensino, pesquisa e extensão da área.
As atividades se desenvolveram da seguinte maneira: Das 14hs às18hs ocorreu a apresentação do corpo docente com exposição de seus projetos em andamento (projetos de ensino, pesquisa e extensão). Das 18hs às 19hs foi realizada uma exposição de banners dos projetos em andamento. Logo após o Professor Roberto Heiden apresentou o Departamento de Museologia, Conservação e Restauro e a estrutura administrativa da UFPEL, além disso, apresentou também o Projeto Pedagógico do curso de Bacharelado em Conservação e Restauro. O Grupo PET Conservação e Restauro também falou sobre o Programa de Educação Tutorial e o planejamento de suas atividades para o ano de 2011.
Por fim, ocorreu uma confraternização alegre e organizada pelos alunos do Grupo PET Conservação e Restauro e por alunos de outras turmas mais antigas do curso.
No dia 04 de agosto foi realizado o I ENCONTRO SOBRE AÇÕES DE RESGATE DE ACERVOS CULTURAIS: Implantação do Comitê Regional do Escudo Azul. Esse evento, promovido pelo Departamento de Museologia e Conservação e Restauro, sob a coordenação das Professoras Andréa Bachettini e Silvana Bojanoski, marcou a implantação do Comitê Gaúcho do Escudo Azul.
O Escudo Azul é um organismo internacional que funciona como uma espécie de Cruz Vermelha, que congrega pessoas para trabalharem voluntariamente quando existe uma situação de risco ao patrimônio cultural. A ação desse organismo se concretiza na elaboração de planos de emergência e de resgate, na avaliação de riscos e em ações de prevenção implementadas dentro de cada instituição que faz parte do Comitê.
Estiveram presentes na mesa de abertura do I Encontro sobre ações de Resgate de Acervos Culturais as seguintes autoridades: Professor Alencar Mello Proença, Reitor da Universidade Católica; Professor Antonio Cesar Borges, Reitor da UFPel; Sr. Fabrício Tavares, Vice-Prefeito de Pelotas e Presidente da Defesa Civil de Pelotas; Sr. Mogar Pagana Xavier, Superintendente de Cultura da Secretaria de Cultura de Pelotas, Professor Sebastião Perez, representante do Instituto de Ciências Humanas da UFPel; Sra. Andréa Bachettini, presidente da Associação dos Conservadores-restauradores do Rio Grande do Sul, Sra. Silvana Bojanoski, representante da Comissão Organizadora do evento.
Ainda na abertura, em um momento de beleza e solenidade, o Hino Nacional foi interpretado pela diretora do Conservatório de Música da UFPEl, a Professora Izabel Nogueira e pelo violonista Pedro Di Azz.
Após as palavras iniciais dos componentes da mesa, tiveram início as palestra proferidas pelos conferencistas convidados. O Sr. Antonio Mirabile, consultor internacional da UNESCO, falou sobre a atuação do Comitê Francês do Escudo Azul. Em seguida a Sra. Gina Machado, consultora e gestora de projetos culturais, discorreu sobre a formação do Comitê Brasileiro do Escudo Azul e sobre a atuação do Comitê Paulista do Escudo Azul. A parte da tarde iniciou com a palestra da Sra. Jussara Vitória Freitas, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, que mostrou as atividades que vem sendo desenvolvidas pelo Comitê Mineiro do Escudo Azul.
Também fez parte da programação a exibição do filme Per Firenze, um documentário do diretor Franco Zeffirelli, sobre a grande enchente que atingiu a cidade de Florença em 1966. O outro filme, exibido e comentado pelo Sr. Antonio Mirabile, foi Défenseurs du patrimoine culturel, que mostra um treinamento com a simulação de incêndio do Castelo Chantilly na França.
Na parte final da tarde foi realizada uma reunião de trabalho com a presença de todos os presentes no evento. Nesse momento foi aprovada uma carta que será encaminhada ao Comitê Brasileiro do Escudo Azul, oficializando-se assim a criação do Comitê Regional Gaúcho do Escudo Azul. Também foram discutidos outros pontos, como a composição da equipe responsável pelo Comitê Regional, definindo-se que a coordenação será feita pelas professoras da UFPel Andréa Bachettini e Silvana Bojanoski, e pelo Diretor do Museu Júlio de Castilhos, Sr. Joel Santana. Também foram definidas que as Sras. Maria úcia Ricardo Souto e Karine Dias Sehn, respectivamente do Arquivo do Estado do Rio Grande do Sul e Movimento Moinho Vive, desempenharão as atividades de Secretaría. Os outros pontos discutidos foram a definição da data de uma próxima reunião, a elaboração de uma página na internet e organização de um próximo evento.
A representatividade e repercussão do evento se traduzem nos números de inscritos. O público foi de aproximadamente 200 pessoas, formado por representantes de instituições, profissionais, estudantes e demais interessados em estabelecer uma proposta de trabalho efetiva e eficiente para concretizar importantes ações de preservação dos patrimônios culturais.
A realização do evento somente foi possível com a colaboração e parceria das seguintes pessoas e instituições:
– Professora Letícia Mazzuchi Ferreira, do curso de Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural da UFPEL,
– Professores Sidnei Gonçalves e Lorena Gill, respectivamente diretor e vice-diretora do Instituto de Ciências Humanas da UFPel;
– Professora Francisca Michelon, Coordenadora do Grupo PET Conservação e Restauro e os alunos Juliana Vergara, Fabiane Moraes, Veronica Coffy Bilhalba dos Santos e Micheli Afonso;
– Jeferson Salaberry e Keli Scolari, os técnicos de apoio do curso de Conservação e Restauro.
– Sr. Mogar Pagana, Xavier Superintendente de Cultura da Secretaria de Cultura de Pelotas
– Sr. Jose Carlos Bachettini, Vice-Reitor da UCPel;
– Sr. Cleiton Bierhals Decker, da Assessoria de Comunicação da UCPel;
– Sra. Lorete Matos, da Associação dos Conservadores e Restauradores do Rio Grande do Sul;
– Sra. Isabel Nogueira, Diretora do Conservatório de Música do UFPel e ao violonista Pedro Di Azz.
– Sr. Paulo Roberto Fonseca, da empresa de ônibus Expresso Embaixador;
– Sr. Junior Bertoldi, da empresa Doçuras de Pelotas.
Professora do Departamento de Museologia e Conservação e Restauro do Instituto de Ciências Humanas da UFPel, Andréa Lacerda Bachettini, foi eleita presidente da Associação dos Conservadores e Restauradores de Bens Culturais do Rio Grande do Sul (ACOR-RS), para o biênio 2011-2013.
A Associação de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais do Rio Grande do Sul (ACOR-RS) foi fundada em 08 de julho de 2003, é uma sociedade civil, sem fins lucrativos. É um espaço de discussão alicerçado na ética e na construção de propostas para dignificar a prática da conservação e restauração e proteger, como órgão da categoria, os profissionais Conservadores e Restauradores de Bens Culturais do Rio Grande do Sul como está previsto no seu estatuto.
A eleição aconteceu nesta última sexta-feira, dia 15 de agosto de 2011, durante Assembleia Geral da ACOR-RS realizada no auditório do Museu de Arte do Rio Grande do Sul – Ado Malagoli – MARGS, em Porto Alegre.
A assembléia foi conduzida pela presidente do biênio 2009-2011 Lorete Mattos (Restauradora de obras raras da Biblioteca da UFRGS) e pela secretária Loreni de Paula (Restauradora de MARGS), foram apresentados o relatório de atividades e a prestação de contas da última gestão, a posse está prevista para 30 dias após a eleição.
A nova diretoria da ACOR-RS biênio 2011-2013:
Presidente: Andréa Lacerda Bachettini, DMCOR/ICH/UFPel; Vice- Presidente: Naida Maria Vieira Corrêa, MARGS, SEDAC, RS/Restauratus; 1° Secretária: Loreni Pereira de Paula, MARGS/SEDAC,RS; 2° Secretária: Ângela Macalossi; Mestranda/UFPel; Tesoureiro: Fellippe de Moraes, Autônomo. Conselho Consultivo: Mariana Gaelzer Werthaimer, Autônoma; Daniele Baltz da Fonseca, DMCR/ICH/UFPel; Silvana Bojanoski, DMCR/ICH/UFPel; Denise Stumvoll, MCS/ SEDAC, RS; Roberto Luiz Sawiztki, IPHAE/ SEDAC, RS. Conselho Fiscal: Vera Zugno, Autônoma; Luis Fernado Rhoden, IPHAN,RS; Keli Cristina Scolari, DMCR/ICH/UFPel. Conselho Técnico: Lorete Mattos, UFRGS.
O Professor Pedro Luis Sanches realizou uma conferência para o curso de História da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), intitulada “Problemas de atribuição de cerâmica ática antiga: a individualidade estilística frente à transição ou paralelismo técnicos”.
O evento foi organizado pelo Laboratório de Estudos sobre Império Romano (LEIR-UNIPAMPA). A apresentação abordou os principais argumentos de sua recente tese de doutorado pelo departamento de Arqueologia da Universidade de São Paulo (MAE-Usp), voltada para uma revisão de atribuição das características estilísticas nos artefatos de cerâmica ática antiga (entre VI e V a.C.).
Entre os dias 16 e 18 de junho de 2011 Pedro também participou de evento na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires, intitulado “AS PRIMERAS JORNADAS INTERDISCIPLINARIAS DE JÓVENES INVESTIGADORES DE LA ANTIGÜEDAD GRECOLATINA”.
Estas “JORNADAS” são internacionais, contam com a participação de pesquisadores de vários países da América Latina e da Europa em diversas áreas de conhecimento. Pedro apresentou a comunicação “LA IDENTIDAD ARTÍSTICA FRIENTE A LOS CAMBIOS DE TÉCNICA: PROBLEMAS DE ATRIBUCIÓN DE CERÁMICA GRIEGA ANTIGUA. O trabalho reúne apontamentos acerca da tradição centenária de estudos periciais dos vasos atenienses figurados, propondo uma abordagem crítica de seus métodos e resultados.
No dia 02 de julho a professora Silvana Bojanoski participou do II CURSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA – PRESERVAÇÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL, promovido pela ACOR-RS – Associação de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais do RS, que nesse ano aborda a questão “Autenticidade e Patrimônio Cultural”.
Silvana falou sobre o tema “Preservação de Livros e Documentos”, junto de Susana Meden da Fundación Patrimônio Histórico da Argentina. No evento foram discutidos os princípios e critérios que norteiam a conservação e restauro dos acervos bibliográficos e arquivísticos, com especial ênfase na conservação preventiva.
No dia 04 de agosto de 2011 o Curso de Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis do Instituto de Ciências Humanas da UFPEL irá realizar o I Encontro sobre ações de resgate de acervos culturais com a implantação do Comitê Regional do Escudo Azul.
O evento irá ocorrer no Auditório Dom Antônio Zattera da Universidade Católica de Pelotas e conta com palestrantes do Brasil e do Exterior (ver divulgação e documentação para inscrição). Para participar do evento é necessário o preenchimento de ficha própria e envio da mesma para o e-mail escudoazulgaucho@gmail.com, que também pode ser utilizado para dúvidas e informações.
Os Cursos de graduação em Conservação e Restauro, Museologia e o Mestrado em Memória e Patrimônio da UFPEL, irão criar o Comitê Gaúcho do Escudo Azul, com sede na UFPEL. O Escudo Azul é uma organização internacional profissional independente, que trabalha em parceria com a UNESCO e mantém um programa internacional voltado à realização de ações que dêem respostas a situações de emergência que coloquem em risco o Patrimônio Cultural. O Escudo Azul tem sua sede internacional no International Council of Archives em Paris e equivale à Cruz Vermelha Internacional, neste caso, ele está voltado a preservação do Patrimônio Cultural em risco. A organização visa articular um movimento internacional dos países, objetivando a salvaguarda e proteção dos bens culturais no mundo.
A declaração da reunião dos comitês do Escudo Azul realizada em Haia em setembro de 2006 estabeleceu a criação de uma Associação dos Comitês Nacionais do Escudo Azul,dividindo as funções administrativas e de informação com as do Escudo Azul. Os Comitês do Escudo Azul têm sido criados em diversos países e trabalham pela conscientização dos perigos que sofre o patrimônio cultural.
O Comitê Brasileiro do Escudo Azul pode autorizar a criação de novos comitês em outros estados, sob a sua tutela, como órgão central sediado no Rio de Janeiro. O Brasil é o único país que está criando comitês regionais. O primeiro Comitê criado foi o Comitê Baiano do Escudo Azul na Universidade Federal da Bahia. O Comitê Paulista do Escudo Azul foi criado em dezembro de 2008 e, em novembro de 2010, foi criado o Comitê Mineiro do Escudo Azul, situado na UFMG. A página na web do Comitê Brasileiro do Escudo Azul está sediada no endereço www.escudoazul.arquivonacional.gov.br
A programação e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do curso de Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis do ICH/UFPEL. Apoiam este evento a Universidade Católica de Pelotas (UCPEL), a Associação dos Conservadores e Restauradores do Rio Grande do Sul (ACOR-RS), a Secretaria de Cultura Municipal de Pelotas, o Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural do ICH/UFPEL, o Curso de Museologia do ICH/UFPEL, Grupo PET do Curso de Conservação e Restauro do ICH/UFPEL e a UFPEL.
Obs: Para download da ficha de inscrição click em “Download”.
O Museu Municipal Parque da Baronesa abriu, no dia 28 de abril de 2011, a exposição do processo de restauro dos bens culturais ligados ao “Projeto de Extensão Restauração do Acervo do Museu Municipal Parque da Baronesa: Mobiliário Dourado e Pinturas”, em comemoração aos 29 anos deste Museu.
O projeto é coordenado pela Professora do Curso de Conservação e Restauro, Andréa Lacerda Bachettini, e integra outras ações que objetivam recuperar e preservar os patrimônios histórico, artístico e social, da cidade de Pelotas, especialmente o acervo do Museu da Baronesa.
Esta exposição apresentou o resultado do trabalho realizado com 04 pinturas emolduradas, 17 peças de mobiliário dourado, 01 pintura mural e 63 leques da Coleção “Adail Bento Costa”.
O Curso de Conservação e Restauro é apoiador das ações de Revitalização do Acervo do Museu da Baronesa. Diversos professores, funcionários e acadêmicos, estão desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão, ou realizando seus estágios acadêmicos, junto à instituição. Lá também acontecem projetos dos cursos de Museologia e de Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural.
Os demais alunos, professores e funcionários do Curso de Conservação e Restauro envolvidos no projeto são: Jeferson Sallaberry – Arquiteto/ Técnico em restauração; Keli Cristina Scolari – Restauradora; Roberto Heiden – Coordenador do Curso; Ângela Marina Macalossi – Acadêmica; Claudia Fontoura Lacerda – Acadêmica; Eduardo Nobre Medeiros – Acadêmico; Fabiana Batista Alfonsín – Acadêmica; Fabiane Rodrigues de Moraes – Acadêmica/ Bolsista PET; Flávia Silva Faro – Acadêmica; Isabel Halfen da Costa Torino – Acadêmica; João Eduardo Abduch Rodrigues – Acadêmico; Juliana Vergara – Acadêmica / Bolsista PET; Luciane Pacifico dos Santos Machado – Acadêmica; Marcelo Hansen Madail – Acadêmico.
O blog do curso de conservação e restauro entrevistou a aluna Mara Lúcia de Vasconcelos, que foi contemplada com a bolsa Luso-brasileira Santander Universidades, com isso ela teve a oportunidade de cursar um semestre de conservação e restauro na Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto em Portugal. Mara nos falou um pouco de sua experiência adquirida no pais, no qual ela mesma diz, ser uma das referências mundiais nas áreas de conservação e restauro e Patrimônio Cultural. Confira!
Aluna Mara Lúcia na Universidade Católica Portuguesa em Portugal durante intercâmbio.
Blog – Como você conseguiu o intercâmbio para a universidade em Portugal?
Mara – Consegui o intercâmbio através de um processo seletivo organizado pelo Departamento de Intercâmbio e Programas Internacionais da UFPel (DIPI) para preencher as vagas oferecidas pelo Programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades. Escolhi como destino a Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto, e após as etapas de análise do currículo, plano de estudos e carta de intenções e da entrevista, fui então selecionada.
Blog – Quais foram às áreas da conservação e restauro estudadas em que você mais aprofundou ou direcionou seus estudos nesta experiência? Como foi a receptividade da instituição?
Mara – A área na qual mais me aprofundei foi a dos materiais orgânicos, mais especificamente madeira. Além de cursar disciplinas relativas a este material, como História das Artes da Madeira – Talha e Conservação e Restauro de Mobiliário, tive a oportunidade de acompanhar uma professora da área diariamente na oficina do curso. O convite feito pela professora e a disponibilidade em ensinar exemplificam bem o tratamento que recebi na UCP. Todos, colegas e docentes, me receberam muito bem e com certeza tornaram esta experiência ainda melhor.
Blog – De que forma este intercâmbio contribuiu para a tua formação?
Mara – A oportunidade de estudar fora do país contribui de forma muito positiva para a formação acadêmica, profissional e pessoal. O intercâmbio foi de extrema importância para a consolidação de conhecimentos e enriquecimento do currículo. O contato com as diferentes disciplinas, projetos, professores e autores trouxe qualificação diferenciada para minhas atividades acadêmicas e profissionais.
“Em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.”
Blog – No teu ponto de vista, qual a importância para o nosso curso de conservação e restauro ter uma relação com o curso de Portugal?
Mara – Acho que, para qualquer instituição de ensino, a troca de informações com outras instituições é sempre muito proveitosa, e deve ser estimulada. Portugal é uma das referências mundiais nas áreas de Conservação e Restauro e Patrimônio Cultural, e essa qualidade se reflete nas instituições de ensino e nos respectivos cursos. Manter uma relação com o curso da UCP de Portugal é extremamente interessante para o nosso curso, pois possibilita o intercâmbio de informações e a realização de projetos em parceria.
Blog – Você percebe diferença na visão que tem Portugal sobre a conservação e o restauro, em relação ao Brasil?
Mara – Ao contrário do Brasil, Portugal já possui tradição na área. Existe um mercado de trabalho estabelecido, muitas empresas especializadas em Conservação e Restauro, ou seja, existe a profissionalização, da qual muitas vezes sentimos falta no Brasil. A própria postura dos alunos dentro da universidade já é muito profissional.
Blog – Quais foram às diferenças mais marcantes entre a UFPEL e a universidade que você fez seu intercâmbio?
Mara – Acho que a diferença mais marcante é relativa à infraestrutura, não somente pelo fato da universidade de destino se tratar de uma instituição privada, mas também pelas diferenças gerais entre universidades portuguesas e brasileiras. No caso específico da UCP, o curso da Conservação e Restauro possui salas e equipamentos muito próximos do ideal, e um prédio que foi construído com a finalidade de abrigar o curso. Ainda assim, em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.
Blog – Você pretende voltar a Europa para continuar seus estudos?
Mara – O intercâmbio foi também uma maneira de estabelecer contatos relativos à pós-graduação. Pude acompanhar uma aula do Mestrado em Conservação de Bens Culturais da UCP, a convite de um professor, e assim já me aproximar um pouco deste projeto.
O curso de conservação e restauro agradece a atenção da aluna e deseja sucesso na sua vida profissional.
Nos dias 25, 26 e 27 de abril foi realizado no Campus Capão do Leão da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) o IV Salão de Extensão e Cultura. Sete alunos do curso de Conservação e restauro participaram do evento apresentando suas atividades extensionistas.
Dentre os trabalhos apresentados estavam os resultados de projetos de restauração do acervo do Museu da Baronesa e de conservação e restauração de estuques e escaiolas de monumentos e prédios históricos da cidade de Pelotas e região.
O trabalho “GEPE – grupo de estudo e pesquisa em estuques” foi premiado em 1º lugar na categoria “Educação, Arte e Cultura”. A apresentação do projeto foi realizada pela aluna do 4º semestre do curso, Micheli Martins Afonso. Micheli relatou que o projeto objetiva auxiliar na proteção do Patrimônio Cultural de Pelotas e região mais especificamente dos bens integrados a monumentos edificados visando o estudo de estuques lustrados, aqui mais conhecidos por “escaiolas”. A criação da disciplina de conservação e restauro de estuques e o projeto de ensino “Restauro do estuque lustrado do corredor do prédio sede da Antiga Escola de Belas Artes”, bem como a criação do site do grupo, foram às primeiras ações executadas pelo GEPE, que articula para 2011 a inserção dos seus participantes em projetos de ensino, pesquisa e extensão que envolvam a comunidade local e acadêmica de forma interdisciplinar, visando a proteção desse patrimônio histórico integrado através do conhecimento, registro e divulgação das suas particularidades. O grupo realiza reuniões quinzenais para discussão de textos, com objetivo de nivelar conhecimentos, ampliar o vocabulário técnico e manter sempre atualizada a pesquisa bibliográfica enquanto mantém direcionadas as ações das pesquisas que já estão envolvidas neste projeto de extensão.
Os professores coordenadores do GEPE, Profa. Daniele Fonseca e Prof. Pedro Sanches salientam que o grupo é aberto à participação da comunidade acadêmica em geral, e convidam os alunos dos cursos de graduação e pós-graduação da UFPel a participarem das reuniões e projetos.
Mais informações sobre o GEPE, no site do grupo: https://wp.ufpel.edu.br/estuques/
Alunos do Curso de Conservação e Restauro: Ângela Macalossi, Fábio Galli, Karen Caldas, Isabel Tourino, Fabiane Moraes, Micheli Afonso e Eduardo Medeiros
O Curso de Conservação e Restauro parabeniza a todos pela participação e os resultados importantes obtidos pelos docentes e discentes na extensão universitária!
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