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  • I Encontro sobre ações de resgate de acervos culturais e implantação do Comitê Regional do Escudo Azul

    No dia 04 de agosto de 2011 o Curso de Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis do Instituto de Ciências Humanas da UFPEL irá realizar o I Encontro sobre ações de resgate de acervos culturais com a implantação do Comitê Regional do Escudo Azul.

    O evento irá ocorrer no Auditório Dom Antônio Zattera da Universidade Católica de Pelotas e conta com palestrantes do Brasil e do Exterior (ver divulgação e documentação para inscrição). Para participar do evento é necessário o preenchimento de ficha própria e envio da mesma para o e-mail escudoazulgaucho@gmail.com, que também pode ser utilizado para dúvidas e informações.

    Os Cursos de graduação em Conservação e Restauro, Museologia e o Mestrado em Memória e Patrimônio da UFPEL, irão criar o Comitê Gaúcho do Escudo Azul, com sede na UFPEL. O Escudo Azul é uma organização internacional profissional independente, que trabalha em parceria com a UNESCO e mantém um programa internacional voltado à realização de ações que dêem respostas a situações de emergência que coloquem em risco o Patrimônio Cultural. O Escudo Azul tem sua sede internacional no International Council of Archives em Paris e equivale à Cruz Vermelha Internacional, neste caso, ele está voltado a preservação do Patrimônio Cultural em risco. A organização visa articular um movimento internacional dos países, objetivando a salvaguarda e proteção dos bens culturais no mundo.

    A declaração da reunião dos comitês do Escudo Azul realizada em Haia em setembro de 2006 estabeleceu a criação de uma Associação dos Comitês Nacionais do Escudo Azul, dividindo as funções administrativas e de informação com as do Escudo Azul. Os Comitês do Escudo Azul têm sido criados em diversos países e trabalham pela conscientização dos perigos que sofre o patrimônio cultural.

    O Comitê Brasileiro do Escudo Azul pode autorizar a criação de novos comitês em outros estados, sob a sua tutela, como órgão central sediado no Rio de Janeiro. O Brasil é o único país que está criando comitês regionais. O primeiro Comitê criado foi o Comitê Baiano do Escudo Azul na Universidade Federal da Bahia. O Comitê Paulista do Escudo Azul foi criado em dezembro de 2008 e, em novembro de 2010, foi criado o Comitê Mineiro do Escudo Azul, situado na UFMG. A página na web do Comitê Brasileiro do Escudo Azul está sediada no endereço www.escudoazul.arquivonacional.gov.br

    A programação e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do curso de Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis do ICH/UFPEL. Apoiam este evento a Universidade Católica de Pelotas (UCPEL), a Associação dos Conservadores e Restauradores do Rio Grande do Sul (ACOR-RS), a Secretaria de Cultura Municipal de Pelotas, o Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural do ICH/UFPEL, o Curso de Museologia do ICH/UFPEL, Grupo PET do Curso de Conservação e Restauro do ICH/UFPEL e a UFPEL.

    Obs: Para download  da ficha de inscrição click  em  “Download” .

    “Download”

  • Exposição sobre restauração de obras do Museu da Baronesa

    O Museu Municipal Parque da Baronesa abriu, no dia 28 de abril de 2011, a exposição do processo de restauro dos bens culturais ligados ao “Projeto de Extensão Restauração do Acervo do Museu Municipal Parque da Baronesa: Mobiliário Dourado e Pinturas”, em comemoração aos 29 anos deste Museu.

    O projeto é coordenado pela Professora do Curso de Conservação e Restauro, Andréa Lacerda Bachettini, e integra outras ações que objetivam recuperar e preservar os patrimônios histórico, artístico e social, da cidade de Pelotas, especialmente o acervo do Museu da Baronesa.

    Esta exposição apresentou o resultado do trabalho realizado com 04 pinturas emolduradas, 17 peças de mobiliário dourado, 01 pintura mural e 63 leques da Coleção “Adail Bento Costa”.

    O Curso de Conservação e Restauro é apoiador das ações de Revitalização do Acervo do Museu da Baronesa. Diversos professores, funcionários e acadêmicos, estão desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão, ou realizando seus estágios acadêmicos, junto à instituição. Lá também acontecem projetos dos cursos de Museologia e de Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural.

    Os demais alunos, professores e funcionários do Curso de Conservação e Restauro envolvidos no projeto são: Jeferson Sallaberry – Arquiteto/ Técnico em restauração; Keli Cristina Scolari – Restauradora; Roberto Heiden – Coordenador do Curso; Ângela Marina Macalossi – Acadêmica; Claudia Fontoura Lacerda – Acadêmica; Eduardo Nobre Medeiros – Acadêmico; Fabiana Batista Alfonsín – Acadêmica; Fabiane Rodrigues de Moraes – Acadêmica/ Bolsista PET; Flávia Silva Faro – Acadêmica; Isabel Halfen da Costa Torino – Acadêmica; João Eduardo Abduch Rodrigues – Acadêmico; Juliana Vergara – Acadêmica / Bolsista PET; Luciane Pacifico dos Santos Machado – Acadêmica; Marcelo Hansen Madail – Acadêmico.

  • Entrevista com a aluna Mara Lúcia, contemplada com a bolsa Luso-brasileira Santander Universidades

           O blog do curso de conservação e restauro entrevistou a aluna Mara Lúcia de Vasconcelos, que foi contemplada com a bolsa Luso-brasileira Santander Universidades, com isso ela teve a oportunidade de cursar um semestre de conservação e restauro na Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto em Portugal. Mara nos falou um pouco de sua experiência adquirida no pais, no qual ela mesma diz, ser uma das referências mundiais nas áreas de conservação e restauro e Patrimônio Cultural. Confira!

    Aluna Mara Lúcia na Universidade Católica Portuguesa em Portugal durante intercâmbio.

    Blog – Como você conseguiu o intercâmbio para a universidade em Portugal?

    Mara – Consegui o intercâmbio através de um processo seletivo organizado pelo Departamento de Intercâmbio e Programas Internacionais da UFPel (DIPI) para preencher as vagas oferecidas pelo Programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades. Escolhi como destino a Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto, e após as etapas de análise do currículo, plano de estudos e carta de intenções e da entrevista, fui então selecionada.

    Blog – Quais foram às áreas da conservação e restauro estudadas em que você mais aprofundou ou direcionou seus estudos nesta experiência? Como foi a receptividade da instituição?

    Mara – A área na qual mais me aprofundei foi a dos materiais orgânicos, mais especificamente madeira. Além de cursar disciplinas relativas a este material, como História das Artes da Madeira – Talha e Conservação e Restauro de Mobiliário, tive a oportunidade de acompanhar uma professora da área diariamente na oficina do curso. O convite feito pela professora e a disponibilidade em ensinar exemplificam bem o tratamento que recebi na UCP. Todos, colegas e docentes, me receberam muito bem e com certeza tornaram esta experiência ainda melhor.

    Blog – De que forma este intercâmbio contribuiu para a tua formação?

    Mara – A oportunidade de estudar fora do país contribui de forma muito positiva para a formação acadêmica, profissional e pessoal. O intercâmbio foi de extrema importância para a consolidação de conhecimentos e enriquecimento do currículo. O contato com as diferentes disciplinas, projetos, professores e autores trouxe qualificação diferenciada para minhas atividades acadêmicas e profissionais.

    “Em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.”

    Blog – No teu ponto de vista, qual a importância para o nosso curso de conservação e restauro ter uma relação com o curso de Portugal?

    Mara – Acho que, para qualquer instituição de ensino, a troca de informações com outras instituições é sempre muito proveitosa, e deve ser estimulada. Portugal é uma das referências mundiais nas áreas de Conservação e Restauro e Patrimônio Cultural, e essa qualidade se reflete nas instituições de ensino e nos respectivos cursos. Manter uma relação com o curso da UCP de Portugal é extremamente interessante para o nosso curso, pois possibilita o intercâmbio de informações e a realização de projetos em parceria.

    Blog – Você percebe diferença na visão que tem Portugal sobre a conservação e o restauro, em relação ao Brasil?

    Mara – Ao contrário do Brasil, Portugal já possui tradição na área. Existe um mercado de trabalho estabelecido, muitas empresas especializadas em Conservação e Restauro, ou seja, existe a profissionalização, da qual muitas vezes sentimos falta no Brasil. A própria postura dos alunos dentro da universidade já é muito profissional.

    Blog – Quais foram às diferenças mais marcantes entre a UFPEL e a universidade que você fez seu intercâmbio?

    Mara – Acho que a diferença mais marcante é relativa à infraestrutura, não somente pelo fato da universidade de destino se tratar de uma instituição privada, mas também pelas diferenças gerais entre universidades portuguesas e brasileiras. No caso específico da UCP, o curso da Conservação e Restauro possui salas e equipamentos muito próximos do ideal, e um prédio que foi construído com a finalidade de abrigar o curso. Ainda assim, em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.

    Blog – Você pretende voltar a Europa para continuar seus estudos?

    Mara – O intercâmbio foi também uma maneira de estabelecer contatos relativos à pós-graduação. Pude acompanhar uma aula do Mestrado em Conservação de Bens Culturais da UCP, a convite de um professor, e assim já me aproximar um pouco deste projeto.

    O curso de conservação e restauro agradece a atenção da aluna e deseja sucesso na sua vida profissional.

  • Aluna do curso de Conservação e Restauro é premiada no IV Salão de Extensão da UFPel.

    Nos dias 25, 26 e 27 de abril foi realizado no Campus Capão do Leão da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) o IV Salão de Extensão e Cultura. Sete alunos do curso de Conservação e restauro participaram do evento apresentando suas atividades extensionistas.

    Dentre os trabalhos apresentados estavam os resultados de projetos de restauração do acervo do Museu da Baronesa e de conservação e restauração de estuques e escaiolas de monumentos e prédios históricos da cidade de Pelotas e região.

    O trabalho “GEPE – grupo de estudo e pesquisa em estuques” foi premiado em 1º lugar na categoria “Educação, Arte e Cultura”. A apresentação do projeto foi realizada pela aluna do 4º semestre do curso, Micheli Martins Afonso. Micheli relatou que o projeto objetiva auxiliar na proteção do Patrimônio Cultural de Pelotas e região mais especificamente dos bens integrados a monumentos edificados visando o estudo de estuques lustrados, aqui mais conhecidos por “escaiolas”. A criação da disciplina de conservação e restauro de estuques e o projeto de ensino “Restauro do estuque lustrado do corredor do prédio sede da Antiga Escola de Belas Artes”, bem como a criação do site do grupo, foram às primeiras ações executadas pelo GEPE, que articula para 2011 a inserção dos seus participantes em projetos de ensino, pesquisa e extensão que envolvam a comunidade local e acadêmica de forma interdisciplinar, visando a proteção desse patrimônio histórico integrado através do conhecimento, registro e divulgação das suas particularidades. O grupo realiza reuniões quinzenais para discussão de textos, com objetivo de nivelar conhecimentos, ampliar o vocabulário técnico e manter sempre atualizada a pesquisa bibliográfica enquanto mantém direcionadas as ações das pesquisas que já estão envolvidas neste projeto de extensão.

    Os professores coordenadores do GEPE, Profa. Daniele Fonseca e Prof. Pedro Sanches salientam que o grupo é aberto à participação da comunidade acadêmica em geral, e convidam os alunos dos cursos de graduação e pós-graduação da UFPel a participarem das reuniões e projetos.
    Mais informações sobre o GEPE, no site do grupo:  https://wp.ufpel.edu.br/estuques/

    Alunos do Curso de Conservação e Restauro: Ângela Macalossi, Fábio Galli, Karen Caldas, Isabel Tourino, Fabiane Moraes, Micheli Afonso e Eduardo Medeiros

    O Curso de Conservação e Restauro parabeniza a todos pela participação e os resultados importantes obtidos pelos docentes e discentes na extensão universitária!

  • VISITAS TÉCNICAS EM INSTITUIÇÕES DO RIO DE JANEIRO

    Entre os dias 11 e 15 de abril um grupo de oito alunos, o Técnico em Restauração Jeferson Salaberry e a Professora Silvana Bojanoski, do curso de Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis, realizaram visitas técnicas em instituições culturais da cidade do Rio de Janeiro.

    A viagem teve como objetivo conhecer as instituições e seus acervos, presenciar atividades práticas e procedimentos de digitalização e microfilmagem, visitar espaços de preservação, laboratórios de conservação e restauração, áreas de exposição, de guarda e reservas técnicas.

    O roteiro, previamente programado e agendado pela Professora Silvana Bojanoski, incluiu as seguintes instituições: Fundação Biblioteca Nacional, Arquivo Nacional, Real Gabinete Português de Leitura, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Museus de Astronomia e Ciências Afins – MAST, Fundação Casa de Rui Barbosa, Instituto Moreira Salles. Também foram feitas visitas a um atelier particular, o Atelier de Pintura de Marilka Mendes, e ao o projeto “Atelier Aberto de Restauro”, localizado no Palácio Capanema, que está restaurando os Painéis Guerra e Paz do artista Candido Portinari.

    Essas visitas técnicas possibilitaram uma experiência importante e enriquecedora para a formação profissional dos alunos e profissionais envolvidos, pois tiveram a oportunidade de conhecer e interagir com inúmeros profissionais que atuam na preservação, organização e recuperação de acervos diversos.

    Os alunos que participaram da viagem pretendem compartilhar com os colegas do curso as suas experiências com as instituições visitadas, através de um seminário que deverá ser apresentado nos próximos dias.

    Biblioteca Nacional, conversa com o Coordenador de Preservação Jayme Spinelli.

    Biblioteca Nacional, visitando a seção de preparo dos documentos para microfilmagem.

    O grupo do Curso de Conservação e Restauro no Real Gabinete Português de Leitura.

    Projeto Guerra e Paz – Atelier Aberto de Restauro – conversa com os coordenadores técnicos, os Restauradores Edson Motta Jr e Cláudio Valério Teixeira.

    Atelier Marilka Mendes, as Restauradoras Ana e Teresa mostrando obra em processo de restauração.

  • Viagem de estudos a Porto Alegre

    Alunos e professores do Curso de Conservação e Restauro realizaram viagem de estudos em Porto Alegre-RS no dia 20 de novembro do presente ano.  Pela manhã participaram do curso promovido pela ABRACOR “Conservação e Restauro – Conceitos e práticas”, onde assistiram palestra sobre a conservação e o restauro de artefatos em metal e outros tipos de objetos. Pela tarde, guiados pela professora do Curso de Conservação e Restauro Luiza Fabiana Neitzke de Carvalho, o grupo visitou os cemitérios de Porto Alegre, onde pode conferir a diversidade de esculturas que compõe este patrimônio ao ar livre, na cidade de Porto Alegre. Desta visita foram conseqüentes diversos questionamentos, tais como a pertinência da arte funerária como tipologia de patrimônio cultural, sua preservação, e possíveis metodologias para a sua conversação, além das diversas leituras de cunho iconológico e iconográfico, que foram exercitadas in loco.

  • Conservação e Restauro de Estuques

    Através das atividades propostas pela disciplina de conservação e restauro de estuques, sob responsabilidade da Profa. Daniele Fonseca, os alunos aprendem técnicas tradicionais de execução desses bens integrados. Neste semestre, a disciplina deu especial atenção ao estuque lustrado, muito utilizado no casario histórico da cidade de Pelotas.
    A disciplina conta com o apoio do GEPE (Grupo de estuques e pesquisa em estuques) e do restaurador Fábio Galli, como ministrante do projeto de ensino que é executado paralelamente à disciplina, através do qual será restaurada parte da parede de estuque lustrado do prédio da Antiga Escola de Belas Artes, hoje sede dos cursos de Conservação e Restauro, Museologia e do mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural.

  • O estudo dos agentes biológicos de deterioração no Curso de Conservação e Restauro.

     

    Em agosto de 2010, o professor do curso de Conservação e Restauro Jaime Mujica e seus alunos, realizaram visitas a Biblioteca de Ciências e Tecnologia da UFPel, localizada no Campus de Capão de Leão, objetivando a consulta de sua documentação. Lá se depararam com uma grande coleção de livros e, também, encontraram exemplares de meados do século XVIII, que apresentavam indícios de ataque recente de Coleópteros (“brocas”).

    Preocupados com a possibilidade de perda dos objetos, o grupo somou-se ao pessoal responsável pelo acervo (os bibliotecários Maria Beatriz Vaghetti Vieira e Ubirajara Cruz), o que permitiu a elaboração de algumas frentes de ação, dentre elas, tarefas executáveis dentro da disciplina de “Agentes Biológicos de Deterioração”, ministrada pelo Prof. Jaime Mujica.

    Esta disciplina integra o currículo do Curso de Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis do ICH/UFPEL e, objetiva, o estudo dos fatores biológicos de degradação dos Bens Culturais.

    Iniciado o semestre com a oferta desta disciplina, realizaram-se novas visitas. Os discentes foram enfrentados com os problemas do acervo e, neste momento, o grupo priorizou a análise da coleção de obras de referência, em decorrência da necessidade de conjugar o pouco tempo de trabalho disponível com a importância histórica dos objetos, que eram aqueles que apresentavam os maiores problemas de conservação. Constataram-se a partir de registros e fotografias, diversas patologias decorrentes da atividade de agentes biológicos e ambientais, como, por exemplo, a existência de ootecas de Blattarias (“baratas”), colônias de fungos, adultos de Lepisma saccharina (“traça-de-livro”), adultos e larvas de anobiideos (“brocas”), dentre outros.

    O prof. Jaime explica que, por meio das discussões realizadas, verificou-se que o local apresentava boas condições de luminosidade e umidade, porém, a falta de prateleiras suficientes, determinou uma disposição inapropriada dos livros, o que facilitou o ataque das brocas e os demais danos físicos, também observados. A turma voltou ao local e revisou todo o material restante da biblioteca. Foi feita uma limpeza localizada nas prateleiras (onde se encontrou material infestado) e a limpeza das próprias obras comprometidas. O material que apresentou somente evidências de ataques biológicos passados foi higienizado e posteriormente retornou as prateleiras de guarda. Já o material com evidencias de agentes biológicos recentes, foi higienizado e segregado para tratamento posterior, onde cada livro foi embalado em saco plástico, removido para outra sala, e congelado durante duas semanas. Esse foi o método adotado para a sua desinfestação biológica.

    Passada estas etapas de identificação e tratamento dos agentes biológicos dos objetos da Biblioteca, as obras mais comprometidas deverão passar por um processo de restauro, objetivo este, que ainda deverá ser acordado entre ambas as partes.

    Tendo como exemplo esta disciplina, o prof. Jaime Mujica explica que tem empregado uma metodologia inversa à tradicional: em vez de dar soluções a situações hipotéticas durante as aulas, confronta os alunos com situações problemáticas reais, para que, posteriormente, eles possam buscar soluções para estes problemas observados e naturalmente se direcionem a procurar nas aulas subseqüentes e na bibliografia específica, informações que subsidiem possíveis soluções para os problemas encontrados. Mujica também destaca o engajamento e comprometimento dos alunos envolvidos nos trabalhos e todo o apoio fornecido pelos bibliotecários e demais funcionários da referida Biblioteca.

    Alunos junto a biblioteca

    Professor Jaime Mujica

    Alunos realizaram higienização dos documentos pertencentes ao acervo

    Algumas das patologias encontradas nos documentos

    Danos encontrados nos documentos.

  • Disciplinas de Conservação e Restauro de Bens Culturais em Madeira

    Nas disciplinas de Conservação e Restauro de Bens Culturais em Madeira (I e II) os alunos aprendem a lidar com as especificidades da intervenção em objetos desta natureza. A proposta da disciplina é o trabalho com objetos variados que tenham a madeira como suporte, de maneira a possibilitar vivências de problemas distintos no campo da conservação e do restauro, o que permite aos alunos  diferentes situações de aprendizado. A troca de experiências é estimulada a partir de seminários realizados como atividades previstas das disciplinas.
    Ministradas pela Profa. Daniele Fonseca, também é disponibilizado aos alunos nestas disciplinas, a participação da restauradora Keli Scolari, para o auxilio e orientação nos procedimentos de intervenção.
    Dentre a variedade de objetos, alguns alunos trabalham com peças que fazem parte do acervo do Museu Etnográfico da Colônia Maciel. Este museu possui importante acervo relacionado a cultura da imigração italiana na região sul do estado do Rio Grande do Sul, já sendo foco de outras atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFPel.

  • Projeto de restauro do acervo do Museu da Baronesa em Pelotas

    Tradicional instituição cultural e ponto turístico da cidade de Pelotas, o Museu da Baronesa tem recebido alunos do Curso de Conservação e Restauro do ICH/UFPEL, que lá realizam a restauraçao de peças do acervo da instituição, através do Projeto de Extensão coordenado pela professora Andréa Bachettini e supervisionado pela restauradora Keli Scolari.

    Integram esta equipe as alunas Ângela Marina Macalossi e Isabel Halfen Torino, que participam de etapa do projeto que restaura três molduras de espelhos de cristal, com ornatos em madeira e gesso. As peças em estilo Luis XV- Rococó, têm moldura em pinho de riga laminadas em folhas de ouro e pertencem a um acervo que representa o modo de vida das famílias tradicionais de Pelotas no século XIX e início do século XX.

    O processo de intervenção por elas realizado segue critérios internacionais para conservação e restauração de bens culturais. Foram feitos levantamentos fotográficos e gráficos, registro do estado de conservação das peças e registro de todos os tratamentos que estão sendo realizados, em fichas catalográficas, desde a higienização, desmontagem das peças, desinfestação, limpeza mecânica e química, até a remoção de intervenções anteriores, complementação de partes faltantes, reintegração cromática e aplicação de camadas protetoras. Para este trabalho foi necessária a realização de pesquisas históricas sobre os objetos, e sobre as técnicas e materiais que os constituem, de maneira a subsidiar os procedimentos realizados no trabalho.

    Uma das peças já foi restaurada. O término para a restauração das outras duas está previsto para dezembro de 2010. Após isso, os objetos estarão disponíveis para exposição no museu.

    Também participam deste projeto os alunos Flávia Silva Faro, Claudia Fontoura Lacerda, Fabiane Rodrigues Moraes e Marcelo Hansen Madail, que estão realizando a restauração de quatro molduras das seguintes pinturas: Retrato de Filisbina da Silva, Retrato de Anibal Antunes Maciel (pai do Barão dos Três Serros), Retrato da Baronesa dos Três Serros e Cena de Interiorv – Quarto da Baronesa. As pinturas estão sendo restauradas por Andréa Bachettini e Keli Scolari.

    As atividades do projeto têm permitido atividades práticas que contribuem para a área em formação no curso de graduação, permitindo a comparação e discussão de metodologias para a conservação e restauração de Bens Culturais a partir de exercícios práticos. Os alunos, além de participarem do restauro destes Bens Culturais, discutem diversos temas vinculados a sua área de atuação, dirigidos pelos docentes e especialistas envolvidos no projeto.

    Integrante da equipe realiza higienização de um dos espelhos

    Detalhe do espelho antes da restauração, com várias avarias

    Detalhe do espelho restaurado

    Espelho restaurado

    Equipe realiza análises da estrutura de um dos espelhos.

    Detalhes da moldura do espelho têm partes perdidas reconstituídas.

    Reconstituição volumétrica de elementos faltantes da moldura do espelho (detalhe).