Áudio séries: novo estilo de podcast faz sucesso no Brasil

Por Helena Isquierdo      

Por que não experimentar o formato que relembra as antigas radionovelas?

Podcasts trouxeram  para o público uma outra forma de consumir os mais diversos conteúdos

No dia 21 de outubro, é comemorado no Brasil o Dia do Podcast. A data é uma homenagem ao primeiro podcast postado em território brasileiro, além de ser uma ótima iniciativa para divulgar o meio – que há alguns anos ainda não era tão popular.

O formato, que hoje já se tornou uma febre no mundo inteiro, trouxe para seus ouvintes uma outra forma de consumir conteúdos: através de áudios disponibilizados em plataformas de streaming.

Essa forma de comunicação abrange assuntos sobre absolutamente qualquer área. Jornalismo, educação, cinema, cultura, atualidades, esportes, entrevistas… São inúmeros os formatos de podcasts que estão disponíveis atualmente. Entre esses nichos, há um que vem ganhando força e destaque recentemente: as áudio séries. Essa possibilidade foi bem aceita pelo público, e cresceu durante a pandemia.

E uma das mais conhecidas e faladas nos últimos meses é Paciente 63, do Spotify Studios, disponível de forma gratuita na plataforma.

A trama é narrada pelas vozes de Seu Jorge e Mel Lisboa, nos papéis de Pedro Roiter e Dra. Elisa Amaral. Ele, um possível viajante no tempo nascido na “geração entre pandemias”, e ela, uma médica responsável por atender pacientes internados em um hospital psiquiátrico. Os dois se encontram em outubro de 2022, em um mundo pós-pandemia da Covid-19.

Gravação do Podcast Paciente 63 com Mel Lisboa (Elisa) e Seu Jorge (Pedro)               Foto: Bruno Poletti

 

O personagem Pedro veio do ano de 2062 para evitar uma catástrofe mundial ainda pior do que a pandemia de 2020, responsável por destruir grande parte do Planeta Terra. E, para salvar a humanidade, ele afirma precisar da ajuda da terapeuta. Inicialmente, Elisa acredita que o homem precisa de ajuda médica, mas aos poucos se envolve na história. Os personagens, que começam com uma relação de paciente e terapeuta, acabam criando laços improváveis e intensos ao longo dos episódios.

A áudio série possui 10 episódios, que se tornam mais envolventes a cada minuto. O roteiro de ficção faz até mesmo quem não é fã do gênero não conseguir parar de escutar.

Todos os episódios estão disponíveis de forma gratuita na plataforma do Spotify.

A ideia das séries em formato de podcast ainda não é tão popular no Brasil, mas, sem dúvida, Paciente 63 é uma ótima escolha para quem procura um entretenimento rápido, inteligente e muito intrigante. É o tipo de história que faz você pensar em dezenas de teorias…

A produção é uma adaptação da áudio série chilena “Caso 63”, de Julio Rojas. E, para quem gostar do formato, já estão disponíveis diversas áudio séries para maratonar nos principais serviços de streamings.

Brasil passou a ocupar neste ano a quinta posição no ranking de países que mais produzem no formato

O que é podcast?

Não há dúvidas que o formato de mídia nunca esteve tão em alta no Brasil como agora, mas como os podcasts nasceram?

O termo apareceu pela primeira vez em 2004, em uma publicação do jornal The Guardian. A palavra é uma junção de “iPod” (dispositivo da Apple de reprodução de áudio), e “broadcasting”, termo que significa transmissão.

Mas o primeiro podcast só surgiu, de fato, alguns meses depois, através de Adam Curry (ex-VJ da MTV). Já o programa pioneiro no Brasil foi o “Digital Minds”, criado pelo programador Danilo Medeiros, também em 2004.

Em 2019, de acordo com uma matéria publicada no site da Associação Nacional de Jornais (ANJ), existiam mais de dois mil programas ativos no país. Na época, a pesquisa analisou que quatro em cada dez brasileiros já tinham consumido algum tipo de podcast.

Para a Geração Z e os Millennials, as preferências são conteúdos de humor e comédia. A Geração X opta por notícias e temas relacionados à saúde. Já os Baby Boomers buscam por notícias e documentários.
Imagem: Pexels

O Brasil passou a ocupar em 2021 a quinta posição no ranking de países que mais produzem no formato. O estudo realizado pela Globo em parceria com o Ibope também constatou que cerca de 57% dos brasileiros começaram a ouvir podcasts durante a pandemia do Covid-19. É possível dizer que essa foi uma das principais alternativas encontradas pela população para driblar a solidão do isolamento social.

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Superação e representatividade em uma fantasia de Brigid Kemmerer

Por Sabrina Borges    

Livro “Sombria e Solitária Maldição” apresenta uma mulher com deficiência que é exemplo de resistir

Obra literária de ficção  é o primeiro volume da série “Cursebreakers”          Foto: Sabrina Borges

 

“Sombria e Solitária Maldição” conta a história de Harper, Rhen e Grey. A jovem Harper vive algumas dificuldades. O pai dela se envolveu com agiotas, afundou a família ainda mais em dívidas e fugiu deixando a esposa e os filhos com a obrigação de pagar a conta. A mãe da menina está em um estágio terminal de câncer e o irmão realiza “trabalhos” no mundo do crime, a fim de garantir um tempo a mais para pagar o débito da família.

A trama inicia quando Harper está de tocaia observando um dos trabalhos do irmão. Ela está escondida e percebe um homem sequestrando uma mulher, que está desacordada. Ela não consegue fingir que não viu nada e parte para cima do homem, batendo nele com uma chave de roda. O sequestrador é rápido e, sem muito esforço, consegue imobilizar Harper no chão. No momento em que ela acha que vai ser agredida, tudo fica escuro e ela é transportada para o reino de Emberfall.

Ela se vê presa em um castelo com o seu sequestrador, soldado da guarda real, chamado Grey e com o príncipe herdeiro de Emberfall, Rhen. No castelo vazio, em meio à música e acontecimentos mágicos, Harper tenta fugir de várias formas e acaba sempre ajudando alguém no seu caminho de fuga ou encontrando algum perigo.

Durante a trama ela descobre que o reino está amaldiçoado há mais de 300 anos. O príncipe precisa que alguém se apaixone por ele para que a maldição seja quebrada. Depois de ter tentado com centenas de mulheres, ele desacredita que a maldição seja quebrada e que ele seja digno de amor.

Ao decorrer da história, Harper cria um relacionamento de amizade e companheirismo, tanto com o príncipe, quanto com o guarda real. O romance é algo trabalhado de forma mais sutil, deixando o leitor muito mais familiarizado com a fantasia em si. Nesta obra, todos os personagens perderam muito. Todos têm um passado desafiador e precisam lidar com as consequências de suas escolhas. E, em meio a tudo isso, existe um monstro terrível que massacrou quase o reino inteiro e um país vizinho, tentando invadir e tomar as terras de Emberfall.

Mesmo que existam algumas questões que poderiam ser problematizadas na história, como o sequestro. A narrativa demonstra uma evolução na construção da personagem, que vai contra tudo o que esperam dela, por ter deficiência e ser mulher. Ela é destemida, é um exemplo de líder, é a salvadora da história toda. Ela toma para si os papéis do príncipe, do guerreiro e do irmão, que poderiam assumir os créditos por resolver os conflitos da história.

O livro físico de “Sombria e Solitária Maldição” tem 504 páginas e foi publicado pela editora Plataforma 21 em 2020. Escrito por Brigid Kemmerer, a obra é avaliada pelos usuários do Google como uma boa leitura. Ainda, segundo o “Google Books”, 96% das pessoas que realizaram a leitura gostaram. De acordo com as avaliações da rede social Skoob, as estatísticas mostram que 41% das pessoas que realizaram a leitura deram cinco estrelas, 38% avaliaram com quatro estrelas, 17% classificaram o livro com três estrelas, e os outros 5% ficaram divididos entre uma e duas estrelas.

Brigid Kemmerer é uma escritora americana de ficção para jovens adultos

Sobre a autora

A escritora nasceu em Nebraska, nos Estados Unidos. Enquanto crescia, mudou-se com os pais diversas vezes, e, assim, conheceu muitos lugares diferentes do território americano. Desde o deserto de Albuquerque, no Novo México, na região sudoeste, ao lago Erie, em Cleveland, no estado de Ohio, na parte norte do país.

Suas obras são dedicadas aos jovens e elogiadas pela crítica. Brigid Kemmerer vive em Maryland (EUA) com o marido e os filhos. A autora já publicou “Aos perdidos, com amor” e “Mais do que palavras podem dizer”. “Sombria e solitária maldição” é o primeiro volume da série “Cursebreakers”.

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Academia de História resgata memórias de Canguçu

Por Jéssica Griep Timm     

Instituição ACANDHIS busca resgatar passado da cidade com a participação de estudiosos

A Academia Canguçuense de História, a ACANDHIS, é um importante patrimônio da cidade de Canguçu. Constituída em 13 de setembro de 1956, pelo coronel canguçuense Cláudio Moreira Bento, tem como principal objetivo resgatar as memórias de Canguçu, através de livros, depoimentos, documentos e registros de fatos históricos.

Cláudio Moreira Bento é um historiador e militar do Exército Brasileiro. Atual presidente da Academia Canguçuense de História e da Federação de Academias de História Militar Terrestre do Brasil. Formou-se pela Academia Militar das Agulhas Negras, na qual passou a dedicar-se a estudos e pesquisas sobre Canguçu, onde deparou-se com um cenário de poucos registros. Diante disso, o coronel passou a trabalhar no resgate da história do município e convidou acadêmicos e pesquisadores para fazer parte do processo, dando assim, os primeiros passos para a estruturação da ACANDHIS.

 

O historiador e militar Cláudio Moreira Bento é atual presidente da Academia Canguçuense de História

Com a realização de muita pesquisa e da reunião de uma série de documentos colecionados pelo seu pai, o historiador conseguiu escrever dois volumes sobre a História de Canguçu. No entanto, a publicação do seu primeiro exemplar nomeado “Canguçu, reencontro com a História – um exemplo de reconstituição comunitária”, só ocorreu em 1983, devido à dificuldade de conseguir apoio na época.
 
Apesar de iniciar o trabalho de estruturação da Academia Canguçuense de História no ano de 1956, oficialmente, a Academia está em funcionamento efetivo desde 1988, estando localizada ao lado do Cine Teatro Municipal de Canguçu, na Praça Dr. Francisco Carlos dos Santos.

Instituição resgata passado de Canguçu

O coronel Bento revelou que a instituição é “como a casa da memória canguçuense”. Tendo a participação em outras organizações voltadas à história brasileira e internacional, ele reconhece que a Academia de História de Canguçu é uma das mais belas e completas do Brasil. “Hoje, Canguçu talvez tenha a cidade brasileira com a história mais bem resgatada, com uma das instalações mais bonitas, simpáticas e mais acolhedoras de todas que eu já frequentei”, elogia.

O coronel ainda enfatizou que hoje, graças à ACANDHIS, é possível saber tudo sobre a história do município e que, além do papel histórico, essa preservação possui grande valor social e cultural. “É importante a história para conhecer o passado, entender o presente e então ter subsídios para construir um futuro de pés no chão.”

Neste ano, a Academia completou 33 anos de atividade. Em sua biblioteca, localizada junto à sua sede, é possível encontrar mais de mil exemplares de livros com temáticas históricas. Além disso, em referência a Canguçu, já são mais de 30 livros disponíveis para consulta.

Aos visitantes interessados em conhecer o local ou os seus materiais, a Academia recebe visitações mediante agendamento. Contatos podem ser feitos através da página do Facebook da instituição.

Biblioteca da Academia conta com mais de mil livros com temáticas históricas

 

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Prezado Cel Bento,

Obrigado pelo otimo texto sobre Porto Alegre no tempo do cerco farroupilha.

Estou procurando informações sobre o Gen Bueno, gaucho, que desertou da coluna de Garibaldi, durante a retirada de Roma, em 1849.

Sua ajuda seria altamente apreciada

Atenciosamente

Antonio Gerbase

Leveza, otimismo e esperança na série Ted Lasso

Por Milena Schivittez        

Primeira temporada da Apple TV+ conquista telespectador com jeito de ser fora dos padrões de técnico de futebol

                  Ao longo dos episódios, os personagens passam de desacreditados para esperançosos                 Foto: Divulgação

Eu acredito em acreditar. Talvez essa não seja a frase mais comum a ser dita por um técnico de futebol antes de uma partida decisiva, ainda mais quando o time está prestes a ser rebaixado. Talvez essa frase não seja comum a ser dita em nenhum momento dentro do vestiário. Mas esse é o jeito Lasso de enxergar o esporte, o trabalho e a vida. Com muito otimismo e sensibilidade, Ted Lasso é uma série que ninguém sabia, mas que todos precisavam. 

Original do Apple TV+, Ted Lasso teve um lançamento modesto em agosto de 2020. A comédia dramática idealizada e escrita por Jason Sudeikis, que também dá vida ao personagem principal, junto com Brendan Hunt (o “Coach Beard”), Bill Lawrence e Joe Kelly, foi criada a partir de um comercial para promover a cobertura da Premier League pela emissora NBC.

O formato é de mocumentário, que faz paródias de eventos famosos. O comercial “An American Coach in London” apresenta um treinador de futebol americano, Ted Lasso, que foi convidado para comandar um time de futebol inglês. O problema é que Lasso nunca treinou um time de futebol, muito menos conhece o esporte. E é com essa premissa que a série começa.

Lasso é chamado para treinar o AFC Richmond, um time medíocre da primeira divisão, mas que é a paixão dos moradores do distrito. Ele enfrenta resistência por parte do time, dos jornalistas e dos torcedores, que não entendem o motivo pelo qual foi contratado o treinador sem experiência. Isso, porém, não desanima Lasso, até porque falta de otimismo não parece ser possível para ele.

Dotado de uma animação e simpatia incomparável, e de uma esperança incomum, ele vai, em 10 episódios, conquistando um por um, dos mais emocionados aos mais céticos, chegando, claro, no próprio público. Ao longo da temporada, fica cada vez mais improvável que Richmond consiga fugir do rebaixamento, mas o “Lasso way” contagia os telespectadores, nos levando a torcer no jogo final como se fosse o nosso próprio time do coração.

Desafiando os padrões do esporte e da própria figura do técnico, Ted Lasso apresenta uma verdadeira aula de como encarar os desafios através da empatia e da sensibilidade. Sempre citando que, para ele, o resultado não é o principal e, sim, fazer com que os jogadores acreditem neles mesmos.

Nesse sentido, a série se mostra muito mais que uma comédia sobre futebol, mas sobre as relações entre os personagens apresentados. Eles passam de desacreditados para esperançosos. A chegada de Lasso impacta positivamente em cada um dos funcionários, jogadores e, principalmente, na vida de Rebecca Welton (Hannah Waddingham), diretora do AFC Richmond.

   Donnie Campbell, treinador de basquete em uma escola estadunidense que adotou o projeto Lasso                      Foto: Reprodução/Vahe Gregorian

O Projeto Ted Lasso no cotidiano de uma escola estadunidense

Não é à toa que a série, em sua primeira temporada, foi um dos grandes destaques do Emmy 2021, levando o prêmio de Melhor Série de Comédia, junto com os prêmios de atuação para Jason Sudeikis, na categoria principal, e Hannah Waddingham, como atriz coadjuvante. Além disso, o impacto foi tanto que muitas escolas e times estadunidenses adotaram o “Lasso Way” em seus ginásios e salas de aula, promovendo o esporte e o ensino por meio do incentivo, do apoio e do otimismo.

Ted Lasso foge do cinismo e ceticismo característico das comédias dramáticas atuais, apresentando a dosagem certa entre os momentos cômicos e emocionantes, sendo um sopro de leveza e uma surpresa boa para quem assiste. No final, não há como não se apaixonar pelo jeito Lasso de ser.

 

 

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Pelotenses participam de filme inspirado em games

Por Tatiane Meggiato     

Curta-metragem homenageia jogo GTA, que faz críticas ao “sonho americano”

Lançado no dia 15 de de Outubro “GTA – Na frente da bala” é um filme curta-metragem feito por fãs em homenagem aos 20 anos do famoso jogo GTA (Grand Theft Auto). O game usa a roupagem da vida marginal para fazer uma crítica e sátira ao ”sonho americano”, abordando temas como ganância, pobreza, traição e superação. Já o filme trata de uma história que antecede o jogo. Produz uma reflexão em torno de dois personagens exclusivos que vivem em meio ao caos da cidade fictícia Liberty City. O curta foi produzido por Vinicius Lemes e Alec Braga, sendo escrito, dirigido e editado por Luis Carlos. Há participantes dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Todos os integrantes gaúchos são de Pelotas.                             

Vinicius Lemes é um dos pelotenses que participou e ajudou na criação do curta

Tendo como um dos principais passatempos os jogos online, foi participando de salas e fóruns no mundo inteiro que Vinicius Lemes, um dos pelotenses participantes, conheceu o jovem diretor do curta Luís Carlos.  “Ele ficou admirado por uma análise minha de um dos GTA’S e entrou em contato comigo para me pedir dicas sobre o jogo no futuro curta que ele queria produzir. Ficou chocado com a coincidência de eu também produzir filmes independentes e, cada vez mais, fomos criando uma amizade ao ponto de eu ter uma maior influência no curta-metragem dele”, recorda Vinicius.

Cartaz de divulgação

A participação de Vinicius foi noventa por cento online, por ligações e chamadas de vídeos, revisões do roteiro, escolha de figurinos e edição do trailer. Os outros dez por cento foram no estúdio de fotografias Insight, em Pelotas, onde foi feita a gravação do áudio de um diálogo entre dois atores pelotenses, para as cenas finais e os créditos do curta. “Eu fui revisor do roteiro, que é cem por cento feito pelo Luis Carlos. Minha função foi revisar cenas importantes relacionadas ao jogo e criar uma pequena cena para depois dos créditos do filme.”

Os outros pelotenses são Jeferson Lopes que, neste curta-metragem, atuou como diretor de áudio da cena pós créditos. Os atores independentes que gravaram um diálogo, no papel de radialistas da Rádio Game, são Leandro Rodrigues e Miguel Dutra. Vinicius ”Monu” Bruno criou a trilha chamada ”Give me Liberty”, com mixagem de Ricardo Rosado, que fecha o final do curta enquanto rolam os créditos.

Leandro Rodrigues e Miguel Dutra fazem personagens radialistas                                                                                   

O filme tem a duração de 21 minutos. Com uma direção focada na dramaticidade, o roteiro e edição por Luís Carlos trata de temas como de violência, depressão, romance, criminalidade e uma forte reflexão sobre a vida. Está disponível na plataforma Youtube.

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Drama e Comédia na série “This is Us”

Por Matheus Müller    

Quatro temporadas já foram lançadas no Brasil desde 2016

O seriado americano “This Is Us” é uma produção do diretor Dan Fogelman com exibição desde 2016, com cinco temporadas. Mas apenas quatro delas já foram lançadas aqui no Brasil no serviço de streaming Prime Video. A série tem uma pegada muito emotiva e busca sempre envolver e criar um laço com os espectadores através dos acontecimentos dramáticos e hilários da vida dos principais personagens. O elenco da série é basicamente a família Pearson, que tem as suas histórias e problemáticas desenvolvidas com maestria ao decorrer da narrativa.

A série apresenta um humor familiar durante todos os seus episódios e isso não é feito aleatoriamente. Muito pelo contrário, este é um artifício propositalmente utilizado para narrar a história. Todo esse aprofundamento nas vidas dos personagens nos faz ter apego por eles. E, então, assim, somos cativados no decorrer dos 18 episódios de cada uma das cinco temporadas.

Os personagens e seus respectivos atores são Randall Pearson (Sterling K. Brown), logo após sua esposa Beth Pearson (Susan Kelechi Waston), o patriarca da família Jack Pearson (Milo Ventimiglia), sua fiel dupla de vida Rebecca (Mandy Moore). A seguir, temos Kevin Pearson (Justin Hartley), Kate (Chrissy Metz) e, por último, seu marido Toby (Chris Sullivan).

A série retrata as vivências da família como um todo de uma maneira muito delicada, dando a atenção, tempo de tela e desenvolvimento adequados e precisos para cara personagem e a situação em que se encontra. Isso tudo foi desenvolvido desde o episódio piloto. Jamais perde o ritmo, sempre mantendo o telespectador surpreso e, às vezes, triste também.

O que dizer deste seriado? Revela um sentimento de pertencimento a algum lugar, uma emoção sentida por diversos telespectadores da obra, já que esta retrata as diferenças sociais de maneira única e que se espelha na sociedade contemporânea. Ela fala com os mais diversos públicos e toca em assuntos que são pouco falados e retratados na mídia, por esse motivo a série cativou tantos fãs ao redor do mundo.

A série sabe lidar com cuidado e destreza os acontecimentos. O enredo ganha vida e nos leva a ver a história fora da tela, como se fosse a vivência de algum conhecido nosso. Claro que tudo isso é no sentido figurado, já que estes personagens são fictícios e retratam não uma, mas diversas pessoas no mundo a fora.

“This Is Us” é acolhedora, misteriosa e complexa, mas não ao ponto de você não entender o que se passa durante a narrativa. Tenta buscar alguma solução junto com os personagens para seus problemas, estes que, por muitas vezes, projetamos como nossos problemas devido ao fato de que ocasionalmente serem parecidos com os nossos.

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Projeto Leia Rio Grande apoia escritores do município

Por Ana Caroline Rossetto e Milene Louzada   

Ações promovem nomes locais da literatura por transmissões e oficinas online

Próximo evento na quinta-feira pode ser acessado pelo Facebook

O Projeto Leia Rio Grande teve seu lançamento no dia 8 de julho em uma transmissão online, visto que a atividade iniciou durante o período pandêmico. Todas as suas ações foram realizadas no ambiente virtual. O principal intuito do projeto é incentivar e apoiar a literatura local da cidade de Rio Grande. Criou um canal de comunicação entre grupos, coletivos, instituições e pessoas que se interessem pelo fomento da leitura. Para ampliar ainda mais esta rede de apoio entre os escritores e os leitores, também há o trabalho com a memória rio-grandina, com a criação de conteúdos relativos à bibliografia e biografias de autores da cidade.

O projeto é uma parceria entre o Conselho Municipal de Política Cultural, Secretaria de Município da Cultura, Esporte e Lazer e Diretoria de Arte e Cultura (DAC) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Os grupos de leitura também são parceiros da atividade, sendo eles: Kilombo Literário, Confraria da Leitura, Clube de Leitura Furg, Clube de Leitura Conjunta e o Leia Mulheres Rio Grande.

Ao longo dos quatro meses de atuação, já foram executados cursos de escrita criativa e introdução a poética da poesia, encontros virtuais com autores, lançamentos de obras e dicas de leitura compartilhadas no perfil do Leia Rio Grande no Instagram.

Lançamento do grupo Escritores de Quinta

Uma das obras lançadas de forma online pelo Leia Rio Grande é o livro “Ventania” que, através de um encontro virtual no dia 26 de agosto, foi apresentado ao público. A obra foi contemplada no Edital do Livro da Câmara de Vereadores do Rio Grande e elaborado pelo grupo Escritores de Quinta, que é composto por oito autores, e organizado por Alison Guedes Altmayer e Joselma Noal.

Karoline Veiga França faz parte dos Escritores de Quinta e ressalta a importância do projeto no alcance de novos leitores e conexão com a literatura local. “O ‘Ventania’ foi um grande sucesso e temos um feedback interessante dos leitores. Alguns desses provavelmente vieram após a transmissão. As pessoas não só se interessaram em conhecer a obra contemplada, mas também a nossa obra anterior: ‘Histórias de Vento, Mar e Amor’”, destaca a escritora.

No dia 14 de outubro, mais uma ação foi realizada, dessa vez com foco na literatura infantil. A conversa online teve a participação de Elizângela Teixeira, professora e escritora do livro “Me chamem de Daniel, porque Daniel é o meu nome” e de Andriara Nunes Nunes, escritora de “Professora Andriara em: Gato Preto”, história construída com crianças da escola pública.

 

Elizângela Teixeira Foto: Reprodução Instagram

“Participar do projeto está sendo uma experiência maravilhosa, uma oportunidade de estabelecer diálogos, trocas, parcerias com outros escritores e amantes da Literatura”, diz Elizângela. A escritora também enfatiza a visibilidade que o projeto dá aos artistas e a ótima oportunidade de divulgar os seus trabalhos.

 

 

 

 

 

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Lanceiros negros: ideia para alavancar carreiras

Por Ester Caetano  

Projeto foi um desdobramento do Festival Porongos lançado em 2019

Na coordenação estão João Pedro Lopes, Thaise Machado e Mauryani Oliveira     Foto: Elizabeth Thiel

Impulsionando a cena artística do Rio Grande do Sul e ressignificando as comemorações da Semana Farroupilha do mês de setembro, o projeto Aceleradora Lanceiros Negros foi lançado no mês de agosto. Apoia o trabalho de artistas negros gaúchos e objetiva o fomento da cultura negra no Sul do Brasil.

A iniciativa é um desdobramento do Festival Porongos, criado em 2019 por jovens empreendedores negros. Nasce em forma de manifesto, fazendo presente a história dos Lanceiros Negros, que lutaram na Guerra Civil Farroupilha em troca de liberdade. A diretora criativa do projeto, Thaise Machado, comenta que a Aceleradora veio com o objetivo de levar adiante a ideia iniciada pelo festival.

Depois do lançamento de um edital de seleção e a divulgação dos selecionados, as atividades de mentoria e facilitação começaram no dia 4 de outubro e vão até a data de 11 de novembro. Foram 20 artistas selecionados. O perfil dos participantes vai desde produtores culturais, aqueles que gostam de fazer cultura ou os que querem ingressar no meio. “Chamou-se aqueles que estão já atuando na área, mas também pessoas que gostariam de atuar. Então, podem ser artistas, produtores, performers, qualquer pessoa que tenha uma ligação com arte e cultura. A gente acredita que a arte e a cultura também são uma ferramenta para galgar espaços e ser reconhecido profissionalmente”, relata Thaise.

A diretora criativa do projeto revela que a ideia surgiu como forma de alavancar carreiras múltiplas ao compartilhar conhecimentos na área. Parafraseando a ativista de Direitos Humanos, Jurema Werneck, acredita que os seus passos vieram de longe e, assim como foi difícil para ela emergir, seria possível fazer mais pelos outros que irão vir. “Porque olhando pra trás, no nosso percurso, a gente viu que foi uma caminhada muito difícil, muito sozinha, e a gente pensou em congregar”. E complementa: “A gente entende que essa ação é olhar para trás e compreender os passos dos nossos mais velhos e entender também que no futuro seremos esses mais velhos dessa nova geração. Então, é importante entender mesmo essa conexão ancestral que a gente tem”, expõe.

Pensou em um espaço que primeiro acolhesse potenciais agentes culturais entre pessoas LGBTQIAP+, negros, indígenas e afro-indígenas. Foi preciso entender as características e quais são as dificuldades para alcançar as capacitações. É preciso união, mesmo sendo um grupo diversificado e que cada um carregue as suas particularidades.  “Somos diversos no grupo, mas também temos características que nos aproximam e peculiaridades”.

Além da Thaise, estão à frente no comando das realizações os produtores Mauryani Oliveira e João Pedro Lopes. Eles trouxeram profissionais que são renomados na cena artística gaúcha, como Nina Fola, Saskia, Valéria Barcellos, Silvia Abreu, Rafa Rafuagi, Jaqueline Fernandes, Carol Anchieta, Dina Prates e Tiago Souza.

Serão programadas várias atividades todas com transmissão posterior pelo YouTube. A Aceleradora Lanceiros Negros é um projeto financiado pela Natura Musical, via Lei de Incentivo à Cultura do Estado do Rio Grande do Sul. Acompanhe o andamento do projeto pela página do Facebook

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Rio-grandino Léo Handpan inova com instrumento musical incomum  

Por Paulo Marques   

Artista adotou para si o nome do artefato handpan, que é de origem europeia e tem referências indiana e caribenha

Léo Handpan homenageia com seu pseudônimo o seu instrumento musical favorito   Foto: Reprodução Facebook

Leonardo José Domingues Leopoldo é um músico rio-grandino que nunca se conformou com o mais do mesmo. Aficionado pela música e mais especificamente pela bateria, em 1995 começou os estudos para tocar o instrumento. Já no ano seguinte, juntamente com alguns colegas da escola, participou da sua banda inicial, a Marca Registrada. Esta foi apenas a primeira das muitas bandas que Léo fez parte na cidade de Rio Grande. Depois dela se sucederam outras tantas, como Proibida, Rajneesh, Duplo Vértice, Stay, Lollypop, Questão X e, por último, em 2012, a banda João Solteiro. Ao longo da sua trajetória, o músico realizou inúmeros shows na região e participou de concursos e festivais, sempre tocando bateria ou percussão.

Depois de mais de 15 anos vivenciando o mundo da música e das apresentações artísticas, resolveu dar um tempo. Não que tivesse enjoado ou cansado, mas sim motivado por necessidades pessoais, seja pelo trabalho, afinal não é um músico profissional, ou pela família, que passou a lhe demandar mais tempo. Porém, sempre antenado ao que de novo acontecia no cenário musical, começou a se interessar por um instrumento de percussão incomum e que lhe fazia sonhar em voltar a fazer aquilo que tanto gosta, tocar.

Léo passou então a aprofundar a pesquisa por um instrumento não muito comum por aqui, o handpan. Em 2017, descobriu no Brasil um fabricante e conseguiu adquirir o seu. A partir daí, a vontade em criar e fazer novas experimentações fazem parte da sua rotina, tanto que Leonardo Leopoldo se rebatizou como Léo Handpan. É como se estivessem nascidos juntos, o músico e o instrumento não se separam, são confidentes e companheiros nas mais diversas ocasiões.

Com a dificuldade de conciliar sua vida pessoal, profissional e musical, Léo desistiu, pelo menos por enquanto, de participar de uma nova formação de banda. É complicado, diz ele, juntar a galera para tocar, pois cada um tem seus compromissos. Desta forma, o handpan lhe permite investir em um projeto solo. Neste seu novo momento, primeiramente começou a fazer versões de músicas de sucesso utilizando o novo instrumento, tentando trazer a sua sonoridade para um público mais amplo, que se identifica mais facilmente com uma música conhecida. Um exemplo é a música “In the End” da banda estadunidense Linkin Park, o seu primeiro trabalho adaptado. O clipe da sua versão no handpan já possui mais de 25 mil visualizações na plataforma Youtube e ela foi utilizada para a produção de um trailer de um documentário chileno sobre a cultura do Peru. Esta bela curiosidade talvez seja motivada pela inegável sonoridade de um ambiente andino ao qual o handpan remete.

O trabalho autoral e a música “Cassinero”

Além de instrumentista de percussão, Léo também se aventurou na composição musical. A música “Cassinero” nasceu em meio a uma noite de sono, quando acordou com uma sonoridade na cabeça e uma parte da letra em mente, que rapidamente foi passada para o papel. Lançada no ano de 2019, a música valoriza a cidade de Rio Grande e, especialmente, o balneário Cassino, com sua orla de praia, os molhes da barra, as vagonetas, entre outras características locais. Léo é muito apegado às suas origens e conseguiu falar um pouco das suas vivências através desta composição, além de ser um gesto de reconhecimento e gratidão com a sua terra natal. Para ele, o Cassino é um lugar onde relaxa, encontra inspiração, diverte-se, e que está sempre aberto para a população desfrutar dos seus encantos.  

Sempre ligado ao estilo do rock, hoje Léo faz versões de músicas conhecidas para a sonoridade do handpan. O músico lamenta a falta de espaços locais para divulgar os trabalhos. Se já eram poucos antes da pandemia, a tendência é de que a situação se torne ainda pior em um futuro próximo. Por outro lado, as mídias associadas à internet possibilitam que a divulgação de um trabalho extrapole o perímetro local e possa ser conhecida em qualquer lugar do mundo.

O Handpan

               Artefato musical possui um formato que lembra uma nave espacial                     Foto: Reprodução Facebook

Este instrumento foi criado na Suíça por Felix Rohner e Sabina Schärer, sendo apresentado em 2001, após mais de dez anos de estudos em relação ao seu formato e aos seus sons. A inspiração se deu pela mistura de instrumentos de origem indiana com outro utilizado em Trinidad e Tobago. O handpan é tocado com as mãos e possui um formato que lembra uma nave espacial. De acordo com os seus criadores, o que mais fascina as pessoas é o efeito relaxante do seu som instrumental. Pode, inclusive, causar benefícios à saúde, tanto que é utilizado em sessões de meditação, relaxamento e yoga. O instrumento que Léo possui é de uma marca brasileira, fabricado em Minas Gerais pelo gaúcho formado em música pela UFPel, Giancarlo Borba.

Como projetos para o futuro, Léo Handpan tem o desafio de tentar popularizar um pouco mais o instrumento, fazendo com que ele não se restrinja apenas ao público que busca os benefícios relaxantes. Para isso, pretende seguir fazendo versões musicais através de covers e indo aos poucos introduzindo composições autorais no repertório para criar a sua própria identidade com o instrumento. Além disso, pretende elaborar uma forma de apresentação com o handpan, provavelmente com a participação de outros músicos e com elementos de música eletrônica, levando assim a sonoridade do instrumento a um público maior e mais abrangente.

Quem sabe, então, em algum evento musical próximo, você não se depare em meio ao palco de apresentação de uma banda com um instrumento em formato de disco voador que possui um som que irá lhe transportar mentalmente para um outro mundo.

O trabalho do músico rio-grandino pode ser acompanhado pelas suas mídias sociais como o Facebook, Instagram ou ainda pelo canal do Youtube.

Versão da  música “In the End” já tem mais de 25 mil visualizações no Youtube   Foto: Reprodução Facebook

 

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COMENTÁRIOS

Que lindo, Leo Handpan merece esse reconhecimento!

Maria Lucia dos Santos Bezerra

Esse cara além de talentoso é um baita ser humano.
Sucesso eterno meu amigo…

Liane Guadalupe

Muito legal a matéria, eu não conhecia esse instrumento, pra quem curte arte foi uma excelente matéria. Parabéns ao jornalista e músico pela iniciativa.

Michele Vieira

Boa tarde amigo!

Onde comprou este lindo instrumento?

obrigado.

Daniel

Fala Leo blz adorei esse instrumento, não conhecia…achei o som incrível….tem o contato do fabricante? ..caso possa me indicar….o som do handpan e lindo demais….parece que toca nossa alma

Sucesso sempre Leo
Abraço

Marcos Moreira

Recém-lançada, série “Round 6” tem sucesso de audiência

Por William Engel     

Envolvendo jogos mortais, produção para o streaming é cercada de polêmicas

A personagem jogadora 067 é uma fugitiva da Coreia do Norte   Foto: Reprodução Netflix

No dia 17 de setembro, a Netflix, em parceria com a produtora Siren Pictures, lançou a série “Round 6”. De origem sul-coreana, vem ganhando milhares de fãs no mundo todo e chegou a ficar em primeiro lugar em mais de 75 países, desbancando inclusive fenômenos como a queridinha série inglesa “Sex Education”. Esse fenômeno tem explicação em seu roteiro, no qual 456 endividados participam de jogos sangrentos em busca de um prêmio milionário.

A série idealizada por Hwang Dong-hyuk, tem como enredo um grupo de encalacrados que recebe uma proposta de quitar suas dívidas participando de jogos, mas o que eles não esperam é que esses jogos são mortais. Os jogos infantis, em sua maioria com base na cultura sul-coreana, são a premissa da competição. Quem ganha passa de fase, quem perde leva um tiro. Esse modelo de competição sangrento e com muita adrenalina vem atraindo os espectadores.

A série, no entanto, não agradou todo mundo. Principalmente o senhor Kim da província de Seongju, na Coreia do Sul. Ele teve seu número de telefone divulgado no cartão entregue ao personagem principal na série. Informou que desde o dia 24 de setembro tem recebido mais de 4000 ligações e mensagens por dia. Apesar de estar sendo indenizado pela Netflix, lamenta ter de trocar de número, pois se trata de um telefone comercial.

Outro fator interessante na série é a semelhança com algumas produções como o filme “Jogos Vorazes” e a série brasileira “3%”, também do catálogo da Netflix. A produção do filme tem sido acusada de plágio por sua similaridade com um filme japonês de 2014 denominado “As The Gods Will”, que tem a mesma premissa de endividados competindo por dinheiro. Sobre a polêmica. o diretor Hwang Dong-hyuk afirma que apesar de algumas similaridades, seu projeto estava engavetado desde 2008.

Mais um problema vem sendo a audiência do público infantil, apesar de ser uma produção voltada para os adultos. Isso ocorre principalmente pelo fato de os desafios inicialmente serem brincadeiras para crianças. Também a divulgação da série por aplicativos e redes sociais tem sido uma preocupação para os pais.

                             Os atores Park Hae-soo e Lee Jung-jae participam da série                Foto: Divulgação/Netflix

A produtora de streaming Netflix vem dando bastante visibilidade a produções asiáticas, não é a primeira vez que traz  temáticas importantes da região como foi o caso da história da personagem 067 na série, que é uma fugitiva norte coreana. Essa realidade é algo muito comum na Coreia do Sul e a série traz à tona um dos problemas dessa evasão do norte e como isso afeta a vida das famílias, assim como a xenofobia realizada pelos sul-coreanos para com os nortenhos.

O sucesso foi tanto que a produção alcançou a extraordinária marca de 100% de aprovação da crítica no site americano Rotten Tomatoes, além da nota 8,3/10 no Site IMDB (Índice de Mídia e Datebase), e da nota 4,2/5 pelos usuários do site brasileiro Adorocinema. Outra série com a mesma temática é a japonesa com oito episódios “Alice in Borderland”, que também conta com um roteiro envolvendo mortes, competição e adrenalina.

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