Escritor de São Lourenço do Sul dá voz às histórias de seu fusca em livro

“As Aventura do Fusca Amadinho” foi escrito em primeira pessoa e evidencia vivências do autor com família e amigos      

Por Larissa Schneid Bueno    

Livro será lançado em junho, no mês que é celebrado o Dia Mundial do Fusca 
Fotos: Divulgação

 

Em São Lourenço do Sul, um amor diferenciado proporcionou a construção de um livro com as histórias de um fusca. O agente de turismo Rodrigo Seelfeld, também escritor e autor do livro “As Aventuras do Fusca Amadinho”, foi a figura oculta responsável por eternizar os momentos que viveu com sua família em seu primeiro carro, de 52 anos.

A iniciativa de criar o primeiro livro, escrito solitariamente por Rodrigo, surgiu após a sua participação nas oficinas literárias do Centro de Escritores Lourencianos (CEL), ministradas pela professora Cleia Dröse.

Lá, Rodrigo conheceu um mundo de oportunidades, de leitura, de dedicação e de conhecimento, e aprendeu a escrever contos com base em todas as regras, características e detalhes necessários. E foi após um exercício, cujo objetivo era fazer com que os participantes trouxessem para o mundo o que achavam de mais interessante, que Seelfeld decidiu começar a história da sua obra.

“O livro tem uma peculiaridade. Ele é um livro de bolso e diferente: vem na primeira pessoa. Então é como se o fusca estivesse escrevendo a própria história. Desde o dia em que ele chegou à nossa família, a relação dele comigo, com a minha esposa Aline, com a minha filha Maria Flor, com os nossos amigos, o conflito que tinha com uma kombi que comprei e, por fim, uma declaração de amor, o amor enlatado que eu faço a ele”, disse Rodrigo.

A construção de todas as histórias do fusca, que podem ser lidas por crianças e adultos, levou cerca de três meses para ficar pronta, visto que correções precisaram ser feitas, além de complementações textuais, imagens e formatação gráfica.

Ao falar sobre o andamento da escrita, Rodrigo conta que o maior desafio encontrado no processo foi trazer todos os elementos que caracterizam a relação do fusca com ele e sua família, e informou que a previsão de lançamento é para o mês de junho.

“Foi o primeiro carro que a gente teve, já andamos bastante com ele aqui em São Lourenço, na zona rural e temos várias histórias, então o maior desafio foi colocar todas elas e trazer também como uma forma de diversão para esse livro. A previsão de lançamento é em junho, porque neste mês a gente comemora, no dia 22, o Dia Mundial do Fusca, então vamos lançar o livro no início ou no meio do mês de junho. Ele já está na impressão”, frisa.

 

Agente de turismo, escritor e autor, Rodrigo Seelfeld, é a figura oculta que eterniza as histórias de seu fusca

 

Além de evidenciar a história do fusca com as pessoas, o livro também mostra a simplicidade através de um novo despertar para a vida. Mesmo enferrujado, com detalhes na lataria que precisam ser reparados, o fusca que não estava andando há tempos é acolhido por uma família, mostrando sua vulnerabilidade por meio das cicatrizes que adquiriu com o tempo, assim como acontece com os seres humanos.

“É um ato de resistência contra esse mundo moderno, em que tudo pode ser substituído, alterado, trocado. Então, acho que isso é simbólico. Imaginem um fusca escrevendo a sua própria história, coloquem-se no lugar dele, carregando pessoas para cima e para baixo, e depois sendo acolhido por uma família, após muito tempo parado. Além da visão do fusca, o leitor terá a sensação de simplicidade nas coisas simples da vida. A experiência é mostrar que vale a pena acreditar nos seus sonhos e em novas oportunidades. Eu sou apenas um escritor fantasma por trás do fusca, transformando todos os sentimentos dele em escrita”, destaca.

O livro poderá ser adquirido diretamente com o autor ou no site da editora Pragmatha, a qual apoia a obra com o CEL, e, em data a ser definida, a história também será lançada na versão e-book para venda.

“Vamos convidar muitas pessoas para estar conosco para que, após a leitura, conversar sobre o impacto que o livro quer causar. Não podemos desistir dos nossos sonhos, mesmo com toda a dificuldade da vida, com todo dia a dia. Todos nós temos histórias lindas de vida, de ficção, porque a literatura é aberta, é um mundo em que a gente viaja. O impacto literário que o livro traz é uma viagem interna, é como eu me colocaria no lugar de um fusca escrevendo”, finaliza.

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