Projeto de Extensão Entreoitavas – Aprendendo a valorizar desde a infância
Aulas gratuitas estão sendo oferecidas a crianças de seis a nove anos através do Projeto de Extensão Entreoitavas, do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
O foco é na formação musical dos jovens através da vivência a participação ativa em conjunto. As atividades de musicalização são feitas a partir de uma metodologia onde o movimento, canto e trabalho instrumental devem estar unidos. Os encontros já iniciaram, e acontecerão todas as terças-feiras, das 8h30min às 9h30min. São 16 vagas disponibilizadas, com inscrições gratuitas.
Data: todas as terças-feiras, das 8h30min às 9h30min.
Local: sala 402 do prédio 2 do Centro de Artes, na rua Álvaro Chaves, 65.
Mais informações podem ser obtidas na Câmara de Extensão (sala 317 do prédio 1) ou através do telefone (53) 3284-5514.
A professora Lélia Negrini Diniz é coordenadora do projeto, que teve início no começo deste semestre e envolve cerca de 30 alunos do curso de Licenciatura em Música. Docente da UFPel há dez anos, ela trouxe para cá experiências vividas em outras instituições, nas quais também trabalhou com crianças. Agora, seu dever é ensinar seus acadêmicos a passar seus conhecimentos aos pequenos. “É outro desafio, de ensinar a ensinar”, arma. Trazê-los para dentro da sala de aula é uma ideia que foi trabalhada no doutorado de Lélia, que, neste ano, decidiu visitar algumas escolas da redondeza do Centro de Artes para convidar os alunos. Apesar de a divulgação ter sido pequena, a adesão foi alta, e dez das 16 vagas já estão preenchidas.
O objetivo é claro: valorizar as artes. Para isso, é preciso ser um bom ouvinte e adquirir vivência através do contato com outras áreas. A música faz parte da vida de todos, mas poucas escolas lecionam. “A música é uma área do conhecimento”, ressalta a professora Lélia. Ela explica que existe um projeto dentro da UFPel, coordenado por outra docente, que foca na musicalização para bebês, então a ideia do Entreoitavas é dar continuidade a esse trabalho. O intuito é montar um grupo instrumental infantil, mantendo a formação inicial de crianças de seis a nove anos que teve sua primeira aula ontem. A expectativa é que o meio e o final deste ano sejam marcados por apresentações.
Um bom começo
Pelo clima do primeiro encontro, os pequenos já estão contando as horas para a próxima semana. Oito alunos compareceram, além da professora e dos seus discentes da graduação. Em roda, todos participaram e interagiram entre si, questionando e apontando suas ideias. Cada ação dos mais jovens era observada pelos mais velhos que, claramente, estavam encantados. “As crianças são muito ligadas, todos estavam muito afim”, pontua Lélia. A dinâmica envolveu atividades com muito movimento e música para treinar a percepção dos diferentes sons e notas musicais. No final, as crianças foram levadas a uma sala de instrumentos para entender o que os espera nos próximos dias.
Quando a aula se aproximava do fim, os pequenos lamentaram e perguntaram se o próximo encontro já seria no dia seguinte. Na porta da sala, mais crianças – acompanhados dos seus responsáveis – aguardavam para se matricular. O importante, segundo a professora, é promover a interação. “Não se importaram com os adultos na sala. Todo mundo é aluno e brinca junto”, completa. Mais informações.