Caroline Ribeiro Paz / Currículum Lattes
Linha de Pesquisa: Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano
Texto introdutório: Licenciada em Dança pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL); Mestranda em Artes Visuais no PPGAV – Programa de Pós-graduação em Artes Visuais, UFPEL; Bolsista da PRPPGI (Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação; Integrante do Grupo de Pesquisa OMEGA ? Observatório de Memória, Educação, Gesto e Arte (UFPEL); Bailarina da Abambaé Companhia de Danças Brasileiras. Artista e pesquisadora ligada as temáticas da cultura e religiosidade afro-brasileiras e folclóricas. Atuante também como professora, bailarina, coreógrafa, preparadora corporal. (Texto extraído diretamente da plataforma Lattes)
Título da dissertação
Entre as palhas de Xapanã: sentidos e conexões para a criação etno-performativa
Orientador(a): Prof. Dr. Thiago Silva de Amorim Jesus
RESUMO
A pesquisa apresentada refere-se a dissertação de mestrado desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, vinculada à linha de pesquisa Processos de Criação e Poéticas do Cotidiano. O objetivo principal foi compor uma obra artística de caráter etnoperformativo e problematizá-la a partir da experimentação e criação de um novo olhar sobre os gestos e sentidos inspirados no Orixá Xapanã, por meio de uma vídeodança. Tem-se como objetivos específicos: produzir um material em vídeodança como forma de valorização e divulgação da temática negra; refletir sobre o processo criativo em dança em torno do universo do Orixá Xapanã; contribuir para a divulgação das artes negras através de uma obra de vídeodança afroreferenciada. O estudo, que adotou como linha teórico-metodológica a etnografia performativa, aborda um processo de criação artística inspirado no Orixá Xapanã e em seus signos, no qual busquei, através de experimentações que emergiram do meu corpo em movimento, a construção de uma obra audiovisual em performance que resultou na criação da obra em vídeo ―Atotoó – interditos e mistérios do negrocorpo‖, em parceria com a artista Bárbara Cezano. Foram adotados como principais referenciais teóricos: (SILVA,2014); (RIBEIRO, 2019); (DUMAS, 2019); (CORRÊA, 1992); (DANTAS, 2016); (SAMPAIO, 2012); (COELHO, 2019); (OSTROWER, 1981); (NETO, 2019); (MUNANGA,2005); (CÔRTEZ,2013); (PRANDI, 2005; 2001);(GUIMARÃES, 2017); (FERREIRA, 2011), entre outros que também colaboraram para o desenvolvimento dessa escrita. Procurou-se explorar elementos associados ao universo afrorreligioso mediante uma visualidade contemporânea, evitando o distanciamento de aspectos ancestrais da cultura negra que se articulam com o Batuque no Rio Grande do Sul, tomando por base minha experiência como praticante e frequentadora de um Terreiro. A pesquisa se conduziu por uma linha narrativa que teve como ponto central a relação indivíduo-orixá-religiosidade, traduzindo e relendo para a cena em vídeo alguns dos elementos que representassem ou fizerem referência a essa divindade, tais como a pipoca, a palha, o fogo. Em suma, o foco esteve voltado para a exploração de características em sua dança, de forma direta e indireta, o movimento e o não movimento, orientando-se pela energia e força que são marcas de Xapanã, mantendo, como característica essencial, o mistério que envolve a mitologia associada a este Orixá que tematiza a obra.
Palavras-chave: Orixá Xapanã. Vídeo-Dança. Negritude. Etnografia Performativa.
Banca:
Profa. Dra. Amélia Vitória Conrado
Profa. Dra. Rosângela Fachel de Medeiros
Data: 28/abril/2021