Nesta quinta-feira (2), a general norte-americana, Laura J. Richardson, chefe do Comando Sul do Exército dos Estados Unidos, afirmou que Washington precisa descobrir uma maneira de conter o avanço da Nova Rota da Seda na América do Sul.
A fala da militar ocorreu durante um painel virtual de debate do Instituto das Américas, salientando que a iniciativa chinesa causaria “insegurança e instabilidade” na região.
“[A Nova Rota da Seda da China] é absolutamente algo com o que temos que lidar e que precisamos conter. Temos que encontrar uma maneira de fazer isso ou a iniciativa continuará causando insegurança e instabilidade, não apenas na minha região, mas no planeta inteiro”, afirmou.
Segundo o governo chinês, a Nova Rota da Seda busca promover a cooperação internacional entre Pequim e mais de 60 de seus parceiros comerciais na Ásia, África e Europa. Em fevereiro, o governo da Argentina anunciou a adesão de Buenos Aires ao projeto no que deve render investimentos chineses de US$ 23,7 bilhões (cerca de R$ 113,7 bilhões) no país sul-americano.
EUA trabalham em alternativa à Nova Rota da Seda
Richardson ressaltou que o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA está trabalhando em projetos na América do Sul que possam oferecer uma alternativa aos projetos chineses de infraestrutura.
Segundo ela, a organização militar norte-americana está trabalhando com Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai em recursos para uma base de dados da bacia hidrográfica do rio da Prata. Além disso, no Chile, os militares dos EUA estariam oferecendo assistência em questões relacionadas à pesca ilegal, disse a general.
A chefe do Comando do Sul citou ainda que a mesma organização também presta algum tipo de assistência em Honduras, Equador, Peru, República Dominicana e Argentina.
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