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HISTÓRICO_OLD

     O atual Curso de Licenciatura em Física (CLF) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) é o resultado de uma evolução do curso aprovado pelo Conselho Universitário desta universidade em 10 de julho de 1990 e criado pela Portaria Nº. 07/90. A justificativa original para sua criação foi a expressiva carência de professores com formação em Física na região da 5a Delegacia de Educação, atual 5a Coordenadoria Regional de Educação. Em 1991, foi realizado o primeiro processo seletivo (vestibular) e ingressou na UFPel a primeira turma do curso, composta por trinta alunos.

     A implantação do Curso de Licenciatura em Física, além de suprir a deficiência de profissionais qualificados para o Ensino de Física nas escolas de segundo grau (Ensino Médio), visava alcançar dois outros objetivos: o primeiro, de ordem pedagógica, visava formar profissionais com sólidos conhecimentos em Física, de forma a permitir que seus egressos pudessem, se assim o desejassem, dar prosseguimento aos seus estudos em Nível de Pós-Graduação, qualificando-os como Pesquisadores em Física e/ou Professores Universitários; o segundo, de ordem funcional da UFPel, visava racionalizar a utilização de recursos humanos e materiais, uma vez que os departamentos do Instituto de Física e Matemática (IFM) já ofereciam um elevado número de disciplinas para o Curso de Meteorologia, as quais contavam com um reduzido número de alunos. Por esse motivo, buscou-se aproveitar o maior número possível de disciplinas já oferecidas àquele curso.

     De acordo com o projeto de criação, o curso seria diurno, oferecendo trinta vagas anuais, com duração média de oito semestres (3015 horas e 157 créditos), duração mínima de sete semestres e máxima de dez semestres.

     Em 1992, após avaliação do projeto pedagógico, foi proposta uma reestruturação curricular, cuja principal alteração foi a inclusão de um conjunto de novas disciplinas chamadas integradoras. Essas disciplinas foram criadas com a finalidade de promover uma estreita vinculação entre as disciplinas de Física e as disciplinas pedagógicas, e foram distribuídas ao longo do curso, sendo algumas incluídas já nos primeiros semestres. Ao ser aprovado, o novo currículo passou a ter a duração média de oito semestres (2820 horas e 143 créditos), mínima de sete semestres e máxima de doze semestres. Esse currículo passou a vigorar a partir de 1993.

     Houve uma segunda reformulação do currículo em 1996, quando o curso passou a ter um total de 2880 horas, sendo 1920 horas de disciplinas de formação em Física, incluídas as disciplinas de Física, Matemática, Química, Estatística e Informática, 285 horas de disciplinas didático-pedagógicas, 360 horas-aula de disciplinas integradoras, 210 horas de disciplinas eletivas e 105 horas de prática de ensino (Estágio Supervisionado), além das disciplinas optativas que foram mantidas no currículo.

     Em novembro de 2011, segundo novas orientações do MEC/CNE, o Curso de Licenciatura em Física da UFPel passou por uma terceira reestruturação e ficou reorganizado da seguinte forma: carga horária total de 3030 horas, sendo esse total composto por 2660 horas de formação específica, 200 horas de formação complementar e 170 horas de formação livre.

     A atual proposta, fruto do trabalho conjunto do Núcleo Docente Estruturante (NDE) e do Colegiado do Curso de Licenciatura em Física (CCLF) da UFPel, visa homogeneizar a distribuição de créditos nos oito semestres letivos do curso, suavizando a transição do Ensino Médio para o Ensino Superior e combatendo assim a evasão discente, além de possibilitar a realização de Atividades Complementares e Livres durante qualquer semestre letivo. Dessa forma, o Curso Licenciatura em Física da UFPel, em sua nova proposição, fica com uma carga horária total mínima de 2973,33 horas, sendo esse total composto por 2603,33 horas de formação especifica, 200 horas de formação complementar e 170 horas de formação livre.

     Desde sua criação, o Curso de Licenciatura em Física da UFPel foi submetido a duas avaliações externas, sendo a primeira em 1998, quando do seu reconhecimento, e em 2000, quando foram avaliadas as condições de oferta. Quando da avaliação para fins de reconhecimento do curso, a comissão designada pelo Ministério da Educação fez algumas observações de caráter administrativo, sugerindo melhorias na infraestrutura de laboratórios e bibliotecas e propondo algumas mudanças de caráter pedagógico. As devidas melhorias e alterações sugeridas foram realizadas para atender às exigências do MEC.

     Quando da avaliação das condições de oferta, a comissão registrou uma avaliação satisfatória para a maioria dos itens verificados, como é possível constatar através do relatório por ela elaborado. Porém, dois aspectos mereceram destaque especial na avaliação: a integração dos professores, alunos e administração do curso, e a consistente formação em Física proporcionada a todos os egressos através do grupo de disciplinas de Matemática, Física Básica e Física Moderna.

     Até o momento, o curso formou 34 turmas totalizando 223 egressos distribuídos segundo a tabela abaixo:

 

Ano

1º semestre 2º semestre
1994 02
1995 07
1996 02 10
1997 08
1998 02 10
1999 01 15
2000 03 11
2001 09
2002 02 14
2003 18
2004 15
2005 17
2006 11
2007 01 07
2008 04 10
2009 02 03
2010 03 12
2011 05 02
2012 04 06
2013 01  01
2014 03 02
2015 02 01
2016 06  

 

 

     No último processo seletivo realizado (2017), o Curso de Licenciatura em Física obteve o preenchimento de 26 das 44 vagas ofertadas.

     A Coordenação do Curso de Licenciatura em Física foi exercida, até a presente data, pelos seguintes professores:

 

  • Ennio Sallaberry Gonçalves (primeiro coordenador);
  • Maria Odette Botelho Nyemeier;
  • Virgínia Mello Alves;
  • Milton Britto de Almeida;
  • Victor Paulo Barros Gonçalves;
  • Fábio Teixeira Dias;
  • Valdemar das Neves Vieira;
  • Marcelo Pereira Machado;
  • Fernando Jaques Ruiz Simões Junior.

 

      As novas diretrizes curriculares, propostas pelo Ministério da Educação para os cursos de licenciatura, prevêem o desenvolvimento das atividades referenciadas num Projeto Pedagógico, que deverá se nortear pela construção do saber, respaldando-se na indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, em consonância com a missão das Instituições de Ensino Superior no atendimento às demandas da sociedade.