Terapia dos florais: soluções para apaziguar

Por: Henrique König

“As grandes verdades passam por três fases: no início, são ridicularizadas. Depois, são ferozmente combatidas para, no final, serem aceitas como verdades inquestionáveis”, afirmou o filósofo alemão Schopenhauer. A sentença faz tamanho sentido sobre a história dos florais, compostos adquiridos de diferentes plantas, na formação de um tratamento complementar a problemas, buscando combater o desequilíbrio emocional dos pacientes.

A utilização de plantas e flores para o tratamento da saúde humana é bastante antiga. Os estudos mostram métodos desenvolvidos desde antes de Cristo e por diferentes partes do mundo. Os aborígenes australianos degustavam flores inteiras para sentir seus efeitos. O povo egípcio e outros africanos já usavam as flores para tratar desequilíbrios emocionais. Na Europa, o médico suíço-alemão Paracelsus desenvolvia essências florais para seus pacientes no século XVI.

Edward Bach

A história da terapia floral aqui contada tem origem com o médico e cientista Edward Bach, nascido em Birmingham, na Inglaterra, em 1886. Foi em sua cidade natal e em Londres que estudou a maior parte do tempo. Trabalhou como patologista e bacteriologista e começou a observar pontos não levados em consideração antes. Associou a personalidade das pessoas às suas doenças desenvolvidas e descobriu curas a partir das plantas e flores.

Bach foi capaz de correlacionar grupos de bactérias a determinadas atitudes emocionais dos pacientes. Passou então a diagnosticar doenças através de sintomas psicológicos ao invés dos dispendiosos exames bacteriológicos. Edward tornou-se instatisfeito com os métodos da medicina ortodoxa, que focava nas doenças e não nos pacientes.

O médico inglês se especializou cada vez mais em estudar a personalidade das pessoas que recorriam a ele, encontrar atitudes e emoções em comum e em combater os problemas através dos florais. Edward Bach abriu caminho para novos sistemas de pesquisa em essências florais, hoje presentes por todo o planeta.

Vale ressaltar que é fundamental procurar florais somente de sistemas já estabelecidos e amplamente pesquisados, como, por exemplo, o sistema Saint Germain no Brasil.

A terapia floral

Terapia floral é um modelo terapêutico reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1983. Ele é baseado em princípios da Física, que reconhece a existência de campos eletromagnéticos ao redor de nosso corpo, também denominados corpos sutis. Dessa maneira, considera as moléculas bioquímicas como uma espécie de energia vibratória, em que a matéria (nosso corpo) é seu estado mais condensado.

Terapia floral é reconhecida pela OMS desde 1983. Foto: Henrique König/Em Pauta

Portanto, a terapia floral é uma terapia complementar, vibracional como a Homeopatia, que se baseia nas essências energéticas obtidas de flores para o tratamento dos diversos estados emocionais, relacionados a doenças físicas ou psíquicas. A terapia floral utiliza as essências desenvolvidas através das flores para estimular a saúde das pessoas.

Com o intuito de padronizar termos e técnicas de preparação de florais terapêuticos, a Associação Riograndense de Terapeutas Florais e Vibracionais, a ARTFLOR, desenvolveu um Manual para Terapeutas Florais (2004).

Qual a diferença de homeopatia e terapia floral?

As essências florais diferenciam-se dos medicamentos homeopáticos desde o início. Embora elas também sejam de natureza energética e não química, se divergem no seguintes pontos:

– Na terapia floral, não há dinamização e diluição como na homeopatia.

– A homeopatia trata a nível físico, ou também mental e emocional. Já a terapia floral parte de tratamento emocional e espiritual, que a partir disso reflete no mental e no físico.

– A homeopatia pode gerar efeitos colaterais graves, enquanto os florais normalmente não possuem contraindicações.

– A homeopatia pode ser concebida por diferentes formas, como tabletes, glóbulos ou papéis, que não existem na terapia floral, que é líquida, apesar de poder ser misturada a pomadas, cremes e outras formas farmacêuticas.

Essências florais e homeopatia não devem ser confundidas. Foto: Henrique König/Em Pauta

Exemplos de essências florais

Neide Margonari, artista plástica e manipuladora de essências florais, é a criadora dos florais de Saint Germain. Em 1990, ela criou 81 essências que são obtidas das flores brasileiras. Dentre as que foram criadas, estão o ipê-roxo, embaúba, anis, algodão, alcachofra, gerânio, alho, aveia selvagem e rosa-rosa. Abaixo, alguns exemplos de florais de Saint Germain e suas aplicações recomendadas:

Canela: recomendado quando surgem situações incômodas em que não se consegue ver a causa. Canela trabalha a pessoa presa somente nos detalhes e que não consegue ter a visão do todo.

Cidreira: recomendado a quem tem dificuldade de lidar com imprevistos, com ansiedade, nervosismo, incompreensão e histerismo.

Goiaba: recomendado a pessoas para lidar com o medo concreto, em geral, em situações de grande perigo ou de grande pressão, quando essas podem perder o controle.

Ipê Roxo: recomendado para os que não veem saída em situações de grande estresse. Este floral alinha e repõe energias após situações de grande desgaste físico, mental e emocional.

Pau Brasil: recomendado para despertar o talento, a real vocação das pessoas.

Saint Germain: recomendado para combater a depressão profunda.

Vitória: recomendado para pessoas trabalharem a autenticidade. Aos que carregam sentimentos de inferioridade, de inadequação e de auto-anulação.

Portanto, as essências florais são compostos produzidos para elevar o bem estar das pessoas. Servem para domar problemas nas personalidades, mas também para serem tomados na medida certa, em momentos de conflitos, situações intensas, no combate ao pânico, à ansiedade e para ajudar na resolução de inconvenientes.

É fundamental procurar um especialista antes do consumo. É uma área reconhecida para o trabalho de farmacêuticos e laboratoristas e esses profissionais, em instituições regularizadas, podem auxiliar na escolha das essências florais aos que desejam.

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