Resenha de “Os mercenários 3”
Por Graça Siqueira
“Barney (Sylvester Stallone) e sua trupe de mercenários (Jason Statham, Dolph Lundgren entre outros) resgatam Doc (Wesley Snipes), um dos integrantes originais do grupo, que estava preso há oito anos. Logo em seguida eles partem para cumprir uma missão, onde têm uma grande surpresa: o reencontro com Conrad Stonebanks (Mel Gibson), que Barney acreditava ter matado. Antigos colegas que se tornaram inimigos, Barney e Conrad agora se enfrentam em um grande duelo onde os demais mercenários são também envolvidos.”
Quando Os Mercenários surgiu em 2010 eles eram nove: Stallone, Statham, Li, Lundgren, Couture, Crews, Bruce Willis, Steve Austin e Mickey Rourke. Tinha roteiro e direção de Stallone, um orçamento relativamente baixo para Hollywood, 80 milhões e rendeu mais de 270 milhões. Confesso que não consegui assisti-lo além dos primeiros 15 minutos. Naquela época acredito que eu era mais seleta ou mais crítica, sei lá. Mas o classifiquei como horrível.
Então em 2012 foi lançada a continuação. Além do elenco original chegaram Chuck Norris, Jean-Claude Van Damme e Liam Hemsworth. O orçamento já tinha o valor considerável de 100 milhões e a receita arrecadou mais de 300 milhões. Assisti dessa vez, do início ao fim e dei muitas risadas. E acreditei que aqueles amigos em cena se divertiam muito também.
Agosto chegou e o dia 21 lançou Os Mercenários 3. Quando vi o display enorme, com aquele pessoal todo dando risada, achei de cara que mais uma vez eu iria gostar. Afinal era muita gente boa junta! Aliás, tantas estrelas que só posso imaginar que os amigos se reuniram para uma diversão e devem ter trabalhado de graça. Talvez tenham combinado que dividirão o lucro. E desta vez com a presença de Antonio Banderas e Mel Gibson.
Bem, a trama se passa em função de Barney e sua turma que são contratados pelo governo para que busquem por um alvo, sem que o matem. O governo o quer vivo para ser julgado por crimes de guerra. O nome é dado, o lugar também, mas quando Barney se depara com o sujeito descobre que é um ex-companheiro a quem julgava ter matado por traição.
Stonebanks também o reconhece e pegando a turma de surpresa atira em Caesar deixando-o muito ferido. Barney resolve então que não pode mais perder amigos e dispensa a turma. Mas para pegar Stonebanks é necessário que tenha sangue novo, homens fortes e mais jovens. Barney então sai à procura de jovens dispostos a uma viagem, talvez, sem volta.
Mas quem disse que seus antigos parceiros o abandonarão? Até entrosar a turma antiga com a nova leva um tempo, mas logo estarão fazendo de tudo para saírem vencedores nessa luta do bem contra o mal.
A trama é repleta de muita ação, explosões, mortes, tiros, lutas corporais e muito humor. A cada novo filme é agregada uma grande estrela. Desta vez temos Antonio Banderas e Mel Gibson interpretando um vilão, com cara de louco, sua maior especialidade. Agora pense bem, você já assistiu a um filme com tantos nomes famosos?
Talvez o melhor mesmo na série Os Mercenários seja o autodeboche. Eles brincam muito com a idade, com o físico e com o cansaço. Mas eu lhes asseguro que neste temos um roteiro mais aprimorado e desenvolvido. Com tantas estrelas em cena ainda é possível sentir a ausência de Bruce Willis, que não concordou com o cachê oferecido. Acredito que perdeu a chance de se divertir.
Quem rouba a cena é o personagem de Banderas. Caricato, engraçado, tagarela e amante latino acima de tudo. Suas cenas sempre causam risos na plateia. Outra novata é Ronda Rousey, lutadora do UFC e que dá um show em lutas de solo. Além do fortão Kellan Lutz, que ficou conhecido como o Emmett Cullen da saga Crepúsculo e depois foi Hércules.
Aprendi a apreciar Os Mercenários. Traz sempre os heróis de filmes da década de 80 e 90. Abusa do bom humor e ação sem mostrar sangue, para que possa ser liberado nos EUA. Curti muito e recomendo como entretenimento.