POLÍCIA FEDERAL – A LEI É PARA TODOS

Imagem: Divulgação

Por Graça Vignolo de Siqueira

“2013. Durante a realização da Operação Bidone, a Polícia Federal apreende no interior um caminhão carregado de palmito, que trazia escondido 697 kg de cocaína. As conexões do tráfico os levam ao doleiro Alberto Youssef (Roberto Birindelli) e, posteriormente, ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa (Roney Facchini), que revela uma imensa estrutura envolvendo construtoras e o governo, de forma a desviar dinheiro público.”

Talvez você leia que o diretor Marcelo Antunez deveria aguardar o fim da Lava Jato para lançar o filme. Ou então lerá que é tendencioso. Seja qual for a opinião que lhe agradar mais, o melhor ainda é tirar suas próprias conclusões.

O cinema nacional tem me surpreendido nos últimos meses. Depois de assistir ao ótimo João, O Maestro, fiquei feliz com a produção de Polícia Federal – A Lei é Para Todos.
A trama já é conhecida, pois até hoje lidera as manchetes de todos os jornais, com seus desdobramentos. Em cartaz no Cineflix Cinemas, foi uma experiência agradável assisti-la sob a ótica cinematográfica.

Os atores que vivem os personagens, Ivan Romano (Antonio Calloni), Beatriz (Flávia Alessandra), Júlio (Bruce Gomlevsky), Ítalo (Rainer Cadete), Lula (Ary Fontoura) e Juiz Sérgio Moro (Marcelo Serrado) estão brilhantes. É claro que Calloni se sobressai, mas todos fizeram ótimas atuações.

Quando as investigações começaram em 2013, ninguém sequer imaginaria onde iriam parar. E o filme mostra essa descoberta que deixa a todos boquiabertos. Pois quando a investigação avança se aproxima dos políticos mais influentes do país.

Nada é surpresa para quem acompanha os noticiários, mas a produção bem feita e a trilha sonora que acompanha os momentos mais tensos -na prisão de Youssef-, mostram que estamos caminhando para a excelência do cinema nacional.

Thomas Stavros, roteirista, ouviu cerca de 11 delegados para escrever a história do filme, que foi baseada no livro de Carlos Graieb e Ana Maria Santos, de mesmo título.

O filme se esforça no discurso isento e apartidário e enfatiza que não é apenas um partido, ou uma pessoa, que tem culpa. E ainda há mais um ponto favorável ao mostrar que a corrupção existe no país desde a chegada dos portugueses.

O trailer pode ser conferido aqui

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