Pesquisa utiliza araçá e pitanga na produção de balas mastigáveis

por Andressa Machado

As balas possuem sabores doces, com características das frutas, textura macia e colorações agradáveis.

Araçá vermelho, pitanga e araçá amarelo.  Foto: Google Imagens

Araçá vermelho, pitanga e araçá amarelo.
Imagem: Google Imagens

Lisiane Vergara, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFPEL, está desenvolvendo balas mastigáveis – convencionais e de baixo teor calórico – de pitanga vermelha e araçá vermelho e amarelo em seu projeto de mestrado. O projeto teve início em 2014 e é coordenado pela professora, mentora da ideia, Josiane Freitas Chim, responsável pelo Centro de Ciências Químicas, Farmacêuticas e de Alimentos.

A escolha de se trabalhar com balas mastigáveis surgiu da possibilidade de levar estas frutas a todo tipo de consumidor e obter o produto sem a necessidade do uso de corantes. Este tipo de bala é um resultado do cozimento de açúcares, gordura e outros ingredientes e diferencia-se das balas duras no percentual de umidade e na temperatura de cocção. “Até o momento poucos estudos foram realizados sobre a inserção de frutas, principalmente nativas, na formulação com balas mastigáveis”, disse Lisiane.

As frutas utilizadas têm diversas propriedades benéficas. O araçá, por exemplo, é rico em substâncias corantes e bioativas, especialmente compostos fenólicos e carotenoides. Já a pitanga é uma fruta rica em vitaminas, principalmente pró-vitamina A, e também em substâncias bioativas. E, para quem não conhece, Lisiane explica que a pitanga tem sabor equilibrado entre o doce e o ácido, já o araçá, que é um fruto de baga globosa e com polpa suculenta, também tem sabor doce e acidez mais pronunciada.

A importância de se trabalhar com estas frutas se dá por serem escassas as informações a respeito de suas potencialidades na elaboração deste tipo de produto, além de também agregar valor aos frutos da região. Ademais, “Estima-se que o desenvolvimento de balas mastigáveis a partir destas frutas nativas seja uma alternativa viável de aproveitamento das mesmas: uma opção de consumo com possibilidade de manutenção das características químicas relevantes da fruta e produção de balas sem adição de corantes”, ressalta a mestranda.

Balas mastigáveis.  Imagem: Lisiane Vergara

Balas mastigáveis.
Imagem: Lisiane Vergara

As balas mastigáveis são uma nova forma de produto a partir da utilização de frutos nativos, o que acaba aumentando as suas possibilidades de consumo. Além disso, este tipo de produto permite que seja feita a produção com baixo teor calórico, atendendo as demandas crescentes de mercado por produtos light.

“Os consumidores estão cada vez mais conscientes do papel da alimentação em suas vidas, modificando seus hábitos alimentares, preferindo alimentos menos calóricos, mais saudáveis e nutritivos”, disse Lisiane. Desta forma, a ideia de, além de produzir balas convencionais, também produzir as de baixo teor calórico, é de grande importância, tanto para o projeto quanto para o mercado.

Além de Lisiane e Josiane, o projeto conta com a participação de outros professores e pesquisadores da UFPel das instituições FURG, CAVG e Embrapa, sem as quais o trabalho não poderia ser realizado.

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