Operações integradas: a união das forças de segurança pública em Pelotas

Segundo o Observatório Municipal de Segurança Pública e Prevenção Social, a cidade de Pelotas teve uma queda de 71% no índice de roubos a pedestres desde o início do pacto há 6 anos. 

Por Kaique Cangirana 

Viatura na cidade de Pelotas. (Foto: Michel Corvello – Arquivo/Ascom)

Operações integradas  que reúnem as principais forças de segurança de Pelotas, no combate à criminalidade e perturbação do sossego, acontecem há seis anos no município.  A prefeitura divulgou que mais de 10 mil horas de serviços foram prestados em mais de 1,7 mil operações que compõem o pacto Pelotas pela paz desde 2017.

Fazem parte das operações: a Brigada Militar, Polícia civil, Bombeiros, Guarda Municipal, Defesa Civil, Agentes e Fiscais da Prefeitura de Pelotas. Em uma publicação de comemoração ao trabalho das operações integradas, a população pelotense explanou críticas, questionamentos e solicitações para o ampliamento das operações em diversas regiões da cidade.

Dentre as principais reclamações e solicitações para iniciativa policial, duas localizações chamaram a atenção. A Av. Bento Gonçalves foi um dos locais com pedidos de intervenção durante as noites de sábado, enquanto a Av. Duque de Caxias também tem solicitação dos pelotenses pela ação policial nas noites de domingo. As avenidas são as áreas com a denúncia frequente de perturbação da paz. Moradores do centro denunciam principalmente, o barulho de automóveis, sons musicais e o fluxo intenso de pessoas e barulho nas duas regiões.

As ações integradas de forças de segurança têm sofrido críticas pela concentração de suas atividades na esquina entre as ruas Gonçalves Chaves e  Dom Pedro II, região onde um jovem de 20 anos foi assassinado a tiros na madrugada do dia 3 de agosto. Essas localizações possuem grande fluxo de ocorrências de perturbação e estão incluídas na “lei do sossego” sancionada pela Prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) no mês de julho. A lei que ainda não está em vigor, prevê a mediação, conscientização e ação das forças integradas no combate às aglomerações e perturbações da paz em localizações específicas de Pelotas.

João Pedro, estudante da Universidade Católica de Pelotas, lamenta as ocorrências e cobra ações efetivas das forças de segurança:

“É frustrante para um ponto de encontro tão importante para os estudantes e que normalmente está repleto de policiamento, que tenhamos ocorrências como essa. É claro que também devemos reconhecer a problemática com perturbação ao sossego das pessoas que residem nos arredores. Se é para juntar todas aquelas forças policiais, restringir o movimento de pessoas e estabelecer regras, que sejam efetivas e bem feitas com a prevenção a mortes e a possibilidade de manter a interação e a liberdade das pessoas em socializar “, disse o estudante.

As operações Integradas surgiram com o Pacto Pelotas pela Paz em 2017. Através do Observatório Municipal de Segurança Pública e Prevenção Social,  encontramos a pesquisa e divulgação de dados que mensuram a qualidade e quantidade dos serviços de segurança pública. Segundo o Observatório Municipal de Segurança Pública e Prevenção Social, a cidade de Pelotas teve uma queda de 71% no índice de roubos a pedestres desde o início do pacto há 6 anos.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) concluiu que Pelotas está entre as 14 cidades com maior desenvolvimento em políticas de segurança pública, o levantamento inclui todo o estado do Rio Grande do Sul e obteve resposta de mais de 90% dos municípios gaúchos. O mapeamento constatou que o município possui 13 das 14 políticas de segurança utilizadas pela pesquisa.

 

 

 

 

 

 

 

 

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