O desafio de aprender Inglês
Por Aline Vohlbrecht
Considerado um dos idiomas mais importantes do mundo, o estudo da língua inglesa tornou-se imprescindível. O inglês é a língua dos negócios, das viagens, da comunicação com o mundo todo. Confira o bate-papo com a professora de inglês, Graciele Silveira. Nesta entrevista, ela fala da importância de dominar a língua e dá dicas para quem deseja aprender um idioma.
Aline: O que levou você a escolher a profissão de professora de Inglês?
Graciele: Eu sempre quis trabalhar como professora, mas, a princípio, meu desejo maior era trabalhar com a língua portuguesa. Como também sempre gostei de músicas e filmes em inglês, acabei ingressando em um curso de inglês e, por fim, decidi cursar a faculdade.
Aline: O inglês é uma língua fácil de aprender?
Graciele: Acredito que não há uma língua fácil de aprender, é necessário ‘mergulhar’ no idioma, ter contato…
Aline: Quais os maiores desafios para aprender a língua inglesa?
Graciele: As diferenças entre a escrita e a pronúncia das palavras. Alguns sons que não fazem parte da língua portuguesa, assim como alguns fatores pessoais que eu tive e vejo em muitos que é o receio de errar e, desse modo, acabar não tentando produzir.
Aline: Quais os erros mais comuns?
Graciele: No que se refere ao uso da língua, a pronúncia de alguns sons que não fazem parte da língua portuguesa, como o som do ‘th’, por exemplo, e também alguns itens gramaticais, como contar sobre coisas que fizeram no passado, são fatores que causam muitas dúvidas. Já na atitude do aprendiz, acredito que o não participar por medo de errar é um dos maiores empecilhos na aprendizagem.
Aline: Existe uma idade ideal para começar a estudar um idioma?
Graciele: É difícil afirmar qual idade seria ideal, mas de acordo com minha experiência profissional, percebo que boa parte dos alunos que começaram quando crianças, agora adolescentes têm uma boa capacidade de se comunicar na língua-alvo.
Aline: Você leciona em escola e em cursos de idioma. Existe alguma diferença de método pedagógico na abordagem da língua?
Graciele: Na medida do possível, procuro trabalhar com a abordagem comunicativa de ensino nas duas escolas e não focar apenas em um ensino vazio, que prioriza a gramática sem dar uma aplicação à mesma na vida real. Contudo, a escola pública exige algumas adaptações devido às condições oferecidas.
Aline: Muitas pessoas afirmam que não é possível aprender inglês na escola e que, se o objetivo é ser proficiente na língua, é necessário recorrer a cursos de idiomas. O que você pensa sobre isso?
Graciele: A minha experiência na escola pública é apenas com o Ensino Médio e há uma série de dificuldades que acredito que tornam muito difícil a aquisição da fluência exclusivamente por meio das aulas. Na escola, boa parte dos alunos do Ensino Médio vem de um Ensino Fundamental em que nunca estudaram inglês, a carga horária consiste em um período de 50 minutos com uma turma de em média 30 alunos. Procuro desenvolver um pouco de cada uma das habilidades necessárias à comunicação (produção oral e escrita e recepção oral e escrita), mas com as condições dadas é difícil aprofundar os estudos. Nesse sentido, acredito que, para quem pode, o curso é interessante porque a carga horária é maior, os recursos tecnológicos são melhores e também há uma quantidade bem menor de alunos por turma. No entanto, insisto que o ‘mergulhar’ na língua independente das condições financeiras e de ingressar em um curso, essa é a melhor ferramenta, pois vejo na escola pública alunos que nunca fizeram curso com um excelente nível de proficiência devido ao contato com jogos de vídeo-game, séries em inglês e a participação em bandas musicais.
Aline: Qual a importância do uso dos recursos tecnológicos para o ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira?
Graciele: Os recursos tecnológicos permitem que os alunos tenham contato com materiais autênticos da língua, contato com nativos do inglês e, além disso, motivam os alunos, pois são parte integrante do cotidiano deles.
Aline: Que dicas você daria para quem quer aprender um novo idioma?
Graciele: Fazer um curso de inglês é interessante porque permite ter contato na língua-alvo com outros aprendizes, ter ajuda de um professor, bom material didático, etc., mas acredito que só assistir às aulas não é o suficiente, é necessário buscar conhecimento fora da sala de aula. Como eu já havia mencionado anteriormente, uma das principais dicas, em minha opinião, é ter o máximo de contato possível com a língua por meio de música, séries, filmes, jogos e etc.
Aline: Que tipo de recursos você indicaria para potencializar o aprendizado?
Graciele: O uso do livro didático é útil, mas o contato com materiais autênticos da língua como textos escritos, vídeos, músicas, redes sociais são bem eficientes, pois permite aos alunos perceber que a língua inglesa não está distante deles e nem é de acesso impossível, conforme muitos alunos, principalmente da escola pública, imaginam. Além disso, o uso de jogos educativos também é interessante, pois permite que os discentes pratiquem o que aprenderam por meio de atividades prazerosas.
Aline: O que você pensa sobre o futuro do ensino do idioma?
Graciele: Acredito que o futuro do ensino da língua é promissor porque a necessidade de uso dela vem crescendo muito.
Aline: Qual a importância de saber falar inglês no mundo globalizado em que vivemos?
Graciele: O inglês é de grande importância porque é uma língua de uso internacional,que permite a comunicação em diferentes partes do mundo para fins comerciais, de estudos e lazer, etc. Além disso, somos bombardeados na internet e em outros meios por uma série de expressões que fazem parte da língua inglesa.