Morre uma lenda do rock
18 de março, esta data marcará para sempre os fãs do rock, pois foi neste dia que Chuck Berry, o grande ícone do rock foi encontrado morto em sua residência. Aos 90 anos de idade, Berry deixa órfã uma multidão de fãs, que sentirão falta do estilo energético do ex-cabeleireiro que contagiou milhões de pessoas nos quatro cantos do planeta, por mais de seis décadas.
Berry fez parte da linhagem que ajudou a criar o rock como um estilo musical independente, juntando country e blues, o artista desaparecido sedimentou a estrada roqueira, criando uma música menos cerebral, mas extremamente dançante e que vem cativando milhões desde o seu surgimento na década de 1950.
Endeusado por mitos do rock, tais como John Lennon (Beatles), Bryan Wilson (Beach Boys) e Keith Richards (Rolling Stones), Chuck Berry fazia o básico nas suas canções, que tratavam de temas banais, mas de uma forma altamente divertida. Assim, as letras de Berry falavam de um universo composto de festas, carros, paixões arrebatadoras e grandes aventuras, tudo ao gosto de boa parte dos fãs de rock.
Fato é que Chuck Berry era dotado de uma energia incomum, que incendiava suas apresentações, um verdadeiro furacão no palco e inovador ao lançar o “passo do pato”, uma marca registrada de suas performances.
O mito Berry iria lançar um disco com canções inéditas ainda no ano de 2017. A obra seria intitulada “Chuck” e seria o primeiro esforço do artista no sentido de produzir material inédito depois de 38 anos.
Homem de biografia controversa, Chuck foi ao mesmo tempo o artista inovador e o ídolo musical de várias gerações, mas também esteve envolvido em episódios nebulosos em que sofreu com o racismo da sociedade dos Estados Unidos, afinal “ousou” fazer sucesso na década de 1950, quando a política segregacionista ianque estava numa de suas fases mais tenebrosas. Mas sua vida também ficou marcada por agressões contra diversas mulheres, uma nódoa que manchou sua reputação e que o acompanhou desde sempre.
Mas entre aspectos positivos e negativos ficará o legado de Berry, um artista atemporal, revolucionário e que concebeu várias pérolas do cancioneiro popular, tais como, “Johnny B. Goode”, “Roll Over Beethoven”, entre outras.